Qual a importância estratégicalink pixbet gratisRafah, último refúgiolink pixbet gratismilhareslink pixbet gratispalestinos cujo 'coração' Israel diz ter assumido controle:link pixbet gratis

Criançalink pixbet gratismeio a escombros

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Ataquelink pixbet gratisIsraellink pixbet gratisRafah no domingo (26) matou dois líderes do Hamas mas também provocou morteslink pixbet gratisdezenaslink pixbet gratiscivis

O exército israelense assumiu nesta terça-feira (28) o controle da rotatória Al-Awda, no coraçãolink pixbet gratisRafah, segundo disseram testemunhas oculares e jornalistas locais à BBC.

De acordo com Rushdi Abualouf, correspondente da BBC no território palestino, a rotundalink pixbet gratisAl-Awda é uma área-chave que agrega os principais bancos, empresas e lojaslink pixbet gratisGaza, bem como as suas instituições governamentais.

Uma testemunha, que procurou refúgio com alink pixbet gratisfamília no Hospital dos Emirados, localizado na zona oeste da cidade, disse à BBC que os soldados israelenses se posicionaram no topolink pixbet gratisum edifício com vista para a praça e começaram a disparar sobre qualquer pessoa que se aproximasse.

Segundo o Ministério da Saúdelink pixbet gratisGaza, controlado pelo Hamas, nas últimas 24 horas 46 pessoas morreram no território.

As Forçaslink pixbet gratisDefesalink pixbet gratisIsrael (FDI) confirmaram que tropas percorreram durante a noite o corredor Philadelphi, a estreita zona tampão que separa Gaza e o Egito.

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O comando das FDI afirmou que as forças estão “envolvendo-se com terroristas no combate corpo a corpo e localizando túneis, armas e infraestrutura terrorista na área”.

Entretanto, segundo o porta-voz da Casa Branca John Kirby, os Estados Unidos não estão interpretando a situação como uma invasãolink pixbet gratisgrande escala a Rafah.

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"Ainda não acreditamos que uma grande operação terrestre seja justificada... E não estamos vendo isso neste momento", declarou Kirby a jornalistas.

Rafah se tornou, nas últimas semanas, um dos principais focos do conflitolink pixbet gratisGaza.

Pelo menos 45 pessoas foram mortas,link pixbet gratisacordo com o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas, enquanto outras centenas sofreram queimaduras graves, fraturas e ferimentos por estilhaços.

O primeiro-ministrolink pixbet gratisIsrael, Benjamin Netanyahu, prometeu que vai continuar a guerra contra o Hamas mesmo após intensa condenação internacional ao episódiolink pixbet gratisdomingo.

Netanyahu disse que o ataque foi um "acidente trágico", mas acrescentou: "Não pretendo acabar com a guerra anteslink pixbet gratistodos os objetivos terem sido alcançados".

Ele disse que é vital que Israel tome "todas as precauções possíveis" para proteger os civis e insistiu que as Forçaslink pixbet gratisDefesalink pixbet gratisIsrael (FDI) estão se esforçando "para não prejudicar aqueles que não estão envolvidos" no conflito.

Em seu discurso no parlamento, Netanyahu foi interrompido por protestoslink pixbet gratisfamiliareslink pixbet gratisreféns sequestrados pelo Hamas durante o ataquelink pixbet gratis7link pixbet gratisoutubro. Alguns criticam o governo por não ter conseguido chegar a um acordo para a libertação dos sequestrados.

O Conselholink pixbet gratisSegurança das Nações Unidas (ONU) realiza uma reuniãolink pixbet gratisemergência nesta terça-feira (28/5), a pedido da Argélia, para discutir o ataquelink pixbet gratisRafah.

Em comunicado divulgado na segunda-feira (27), o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que o ataque "matou dezenaslink pixbet gratiscivis inocentes que procuravam apenas abrigo neste conflito mortal".

"Não há lugar segurolink pixbet gratisGaza. Este horror temlink pixbet gratisacabar", disse ele.

Criançaslink pixbet gratismeio a escombros após ataque

Crédito, EPA

Legenda da foto, Israel está sendo criticado pela açãolink pixbet gratisdomingolink pixbet gratisRafah e pelo uso desproporcionallink pixbet gratisforçalink pixbet gratisGaza

Organizações internacionais condenaram o ataque. A União Europeia pediu que Israel respeite uma decisão do Tribunal Internacionallink pixbet gratisJustiça da semana passada para suspender os ataqueslink pixbet gratisRafah. O principal diplomata do bloco, Josep Borrell, classificou o ataquelink pixbet gratisdomingo como "horrível".

Apesar da decisão do tribunal, Israel prometeu continuar com a invasão a Rafah.

O alto comissário dos direitos humanos da ONU, Volker Turk, disse que o ataque mostrou que não houve "nenhuma mudança aparente nos métodos e meioslink pixbet gratisguerra utilizados por Israel que já levaram a tantas morteslink pixbet gratiscivis".

Israel lançou o ataquelink pixbet gratisdomingolink pixbet gratisRafah horas depois do primeiro ataque com mísseis do Hamas contra Tel Avivlink pixbet gratisvários meses.

As Forçaslink pixbet gratisDefesalink pixbet gratisIsrael (FDI) disseram que o ataque a Rafah matou dois comandantes do Hamas e que está investigando as morteslink pixbet gratiscivis na área.

Mas o Crescente Vermelho da Palestina disse que o ataque aéreo teve como alvo tendas que abrigavam pessoas desalojadas pertolink pixbet gratisuma instalação da ONUlink pixbet gratisTal al-Sultan, cercalink pixbet gratis2 quilômetros a noroeste do centrolink pixbet gratisRafah.

Vídeos da árealink pixbet gratisTal al-Sultan na noitelink pixbet gratisdomingo mostram uma grande explosão e incêndios. É possível ver uma sérielink pixbet gratisestruturaslink pixbet gratischamas ao ladolink pixbet gratisuma faixa que dizia "Acampamentolink pixbet gratisPaz do Kuwait 1" e socorristas carregando vários corpos.

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) disse na segunda-feira que umalink pixbet gratissuas instalações recebeu corposlink pixbet gratispelo menos 28 pessoas mortas no ataque, incluindo mulheres e crianças.

A MSF afirmou ter tratado outros 180 palestinos feridos, a maioria com graves ferimentos por estilhaços, fraturas, lesões traumáticas e queimaduras.

A MSF rejeitou a alegaçãolink pixbet gratisIsraellink pixbet gratisque o ataque teria sido preciso, afirmando que o "ataque a um campo povoado na chamada 'zona segura'link pixbet gratisRafah mostra o total desrespeito pelas vidas dos civislink pixbet gratisGaza".

Os EUA disseram que as imagens do ataque são "dolorosas", mas insistiram que Israel tem o direitolink pixbet gratisse defender.

"Israel tem o direitolink pixbet gratisir atrás do Hamas, e entendemos que este ataque matou dois importantes terroristas do Hamas que são responsáveis por ataques contra civis israelenses", disse um porta-vozlink pixbet gratissegurança nacional da Casa Branca.

Mas o porta-voz também disse que "Israel deve tomar todas as precauções possíveis para proteger os civis".

Importância estratégica

Rafah é considerada por Israel como a última fronteira da guerra contra o Hamaslink pixbet gratisGaza.

A cidade, que fica na parte mais ao sul da Faixalink pixbet gratisGaza, tem sido durante décadas um ponto estratégico por servir como passagem na fronteira entre Gaza e o Egito.

Rafah é o pontolink pixbet gratisentrada para assistência humanitárialink pixbet gratisGaza e a portalink pixbet gratissaída para doentes, feridos e viajantes.

Israel considera o local "o último bastião do Hamas" — e seu governo prometeu destrui-lo.

De acordo com a inteligência israelense, o Hamas está há anos construindo uma redelink pixbet gratistúneis e esconderijos, a partir dos quais realiza ataques contra Israel.

É por isso que Rafah virou alvo do primeiro-ministrolink pixbet gratisIsrael, Benjamin Netanyahu, quelink pixbet gratismaio lançou o seu exércitolink pixbet gratisuma operação militar como parte dalink pixbet gratistentativalink pixbet gratis"destruir" o Hamas.

Mas Rafah não é apenas um dos pontoslink pixbet gratisatenção dos militares israelenses.

É também o refúgiolink pixbet gratisdezenaslink pixbet gratismilhareslink pixbet gratispalestinos que para lá fogem da guerra que acontecelink pixbet gratisoutras parteslink pixbet gratisGaza.

Tanqueslink pixbet gratisIsrael

Crédito, Getty Images

Refúgio

Com uma árealink pixbet gratiscercalink pixbet gratis55 quilômetros quadrados, a cidadelink pixbet gratisRafah era até maio o único acesso a Gaza não controlado por Israel.

Após o início da atual guerra — desencadeada pelo ataque surpresa lançado pelo Hamas contra Israellink pixbet gratis7link pixbet gratisoutubro, no qual 1,2 mil pessoas foram mortas e cercalink pixbet gratis250 foram feitas reféns, segundo as autoridades israelenses —, Rafah virou o último pontolink pixbet gratisrefúgio para maislink pixbet gratisum milhãolink pixbet gratispalestinos que foram deslocados das suas cidades atacadas por Israel.

Como resultado da chegada massivalink pixbet gratispessoas, a populaçãolink pixbet gratisRafah aumentoulink pixbet gratiscercalink pixbet gratis280 mil habitantes para cercalink pixbet gratis1,4 milhão.

O chefe do Conselho Norueguês para os Refugiados, Jan Egeland, diz que Rafah é "o maior campolink pixbet gratispessoas deslocadas do mundo".

Rafah

O impacto sobre os refugiados palestinos e o medolink pixbet gratisuma catástrofe humanitária levaram os Estados Unidos a pedirem a Netanyahu que evitasse lançar uma ofensiva na área sem primeiro adotar medidaslink pixbet gratisproteção para os civis.

No entanto, o primeiro-ministro optou por levar adiante o seu plano, mesmo depois que o Tribunal Internacionallink pixbet gratisJustiça decidiu que Israel deveria interromper as suas operaçõeslink pixbet gratisRafah.

Os acontecimentoslink pixbet gratisRafah têm uma importância que vai muito alémlink pixbet gratisuma operação local.

Último bastião do Hamas

Palestinos fugindolink pixbet gratisRafah

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Seguindo as instruçõeslink pixbet gratisIsrael, muitos habitanteslink pixbet gratisGaza deixaram Rafah

Israel afirma que milhareslink pixbet gratiscombatentes do Hamas, bem como alguns dos seus líderes, estãolink pixbet gratisRafah. No início dalink pixbet gratisofensivalink pixbet gratismaio, havia cercalink pixbet gratisquatro batalhões do Hamas ali.

O Hamas e o seu esconderijolink pixbet gratisRafah são vistos como uma ameaça para os israelenses que vivemlink pixbet gratiscidades e assentamentos no sul do desertolink pixbet gratisNegev.

Estima-se que 200 mil israelenses tiveramlink pixbet gratisabandonar as suas casas após o início da guerra com o Hamas, se mudando para áreas mais seguras, longe das zonaslink pixbet gratisfronteira, onde poderiam ser alvos do Hamas ou do seu aliado no Líbano, a milícia xiita Hezbollah.

Muitas destas pessoas já tinham vivido por anos sob a ameaçalink pixbet gratisfoguetes que eram lançados ocasionalmentelink pixbet gratisGaza contra Israel.

A inteligêncialink pixbet gratisIsrael acredita que alguns dos foguetes que o Hamas dispara contra o país estejam armazenadoslink pixbet gratisdepósitos escondidos nalink pixbet gratisredelink pixbet gratistúneislink pixbet gratisRafah, que se tornou um refúgio para alguns dos seus principais líderes.

No domingo (26), o ataque israelense ao campolink pixbet gratisrefugiadoslink pixbet gratisTal al-Sultan matou dois líderes do Hamas, Yassin Rabia e Khaled Nagar, responsáveis ​​pelas atividades do grupo na Cisjordânia ocupada,link pixbet gratisuma ação que custou a vida a dezenaslink pixbet gratiscivis palestinos.

Hospitallink pixbet gratisAl Shifa

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O hospital Al Shifa foi destruído após o ataquelink pixbet gratistropas israelenses

Para Frank Gardner, repórterlink pixbet gratissegurança da BBC, não está claro o que Israel ganharia comlink pixbet gratisoperaçãolink pixbet gratisRafah.

"Os últimos meses do conflito arrasadorlink pixbet gratisGaza não conseguiram provocar a tão esperada libertação dos reféns. A última vez que um número significativolink pixbet gratisreféns saiu vivolink pixbet gratisGaza foilink pixbet gratisnovembro e foi resultadolink pixbet gratisuma troca cuidadosamente negociada por Catar e Egito", diz Gardner.

"Os militares israelenses avaliam que quatro batalhões do Hamas sobreviveram acima e abaixo do sololink pixbet gratisRafah e querem terminar o trabalho como pretendido inicialmente. Mas mesmo que consigam destruir estas unidades, as hipóteseslink pixbet gratisos reféns escaparem ilesos são mínimas."

Política e aliançaslink pixbet gratisjogo

Palestinoslink pixbet gratisRafah

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Nas ruaslink pixbet gratisRafah, uma multidãolink pixbet gratispalestinos saiu para celebrar a possibilidadelink pixbet gratisum cessar-fogo que não se concretizou

Politicamente, o que acontecelink pixbet gratisRafah pode afetar negociaçõeslink pixbet gratismeses com o Hamas, mediadas pelo Catar e pelo Egito, para alcançar um cessar-fogo, bem como a libertaçãolink pixbet gratisalguns dos israelenses sequestrados e dos palestinos detidoslink pixbet gratisIsrael.

A evolução da situaçãolink pixbet gratisRafah também poderá ter consequências no que acontece no sempre delicado equilíbrio do Oriente Médio como um todo, onde a diplomacia americana vem tentando promover há algum tempo uma normalização das relaçõeslink pixbet gratisIsrael com a Arábia Saudita e outros países árabes.

Se a campanha militar lançada após os ataques do Hamas contra Israellink pixbet gratis7link pixbet gratisoutubro representou um obstáculo difícillink pixbet gratisultrapassar, a escalada da operaçãolink pixbet gratisRafah prejudicou ainda mais a relação entre Israel e os seus vizinhos árabes.

A Arábia Saudita disse desde o início das operaçõeslink pixbet gratisRafah que espera que Israel concordelink pixbet gratisacabar com a guerra com o Hamas e se comprometa a seguir um caminho que leve à criaçãolink pixbet gratisum Estado palestino.

A normalização das relações entre Israel e a Arábia Saudita é vista como um avanço importante não só devido às suas implicações bilaterais, mas também porque ambos os países — tal como os Estados Unidos — veem com desconfiança a política do Irã no Oriente Médio e o seu plano nuclear.

Outra relação tensionada pela ofensivalink pixbet gratisRafah é a entre Israel e o Egito, que foi o primeiro Estado árabe a reconhecer Israel.

Passagemlink pixbet gratisRafah

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A passagemlink pixbet gratisRafah, na fronteira entre Gaza e o Egito, tem sido uma portalink pixbet gratisentrada para ajuda humanitária e uma saída para os feridos

Desde o início do conflito, o governolink pixbet gratisAbdel Fattah al-Sisi tem se preocupado com a possibilidadelink pixbet gratisa violêncialink pixbet gratisGaza levar os combatentes e líderes do Hamas para o Sinai.

Cairo não vê com bons olhos os membros do Hamas, uma organização que se originou como um ramo da Irmandade Muçulmana Egípcia e que considera uma ameaça àlink pixbet gratisprópria segurança.

O receio da chegada do Hamas a partirlink pixbet gratisRafah é uma das razões que o Cairo aponta para não abrir a fronteira com Gaza e permitir a entradalink pixbet gratisrefugiados palestinoslink pixbet gratisterritório egípcio.

Além da política, existe o impacto da ofensiva israelense na situação humanitárialink pixbet gratisRafah.

Nos últimos meses, têm surgido preocupações na comunidade internacional com o perigolink pixbet gratisas centenaslink pixbet gratismilhareslink pixbet gratispalestinos sobrevivendolink pixbet gratisRafah serem empurradas para a fronteira com o Egito.

O grupo conhecido como Jihad Islâmica também operalink pixbet gratisRafah, aliado do Hamas no seu ódio a Israel e que também lançou foguetes contra o território israelenselink pixbet gratisdiversas ocasiões.