Como a ciência explica misteriosa 'paralisia do sono':

Homem dormindocama

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Recentemente, os cientistas começaram a entender os motivos que levam algumas pessoas a acordar sem conseguirem se mover

O quarto parecia quente e limitador, como se as paredes estivessem se fechando.

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O XV Piracicaba é um dos mais tradicionais e populares festivais da música do Brasil. Ele está pronto todo os anos, no mês {k0} julho interior São Paulo - Festival É interessante por sua obra diversificada que inclui a memória para o mundo brasileiro

  • O festival é realizado {k0} uma área 150 mil metros quadrados, com Cinco palcos diferentes e distribuídos por diversas áreas.
  • O XV Piracicaba é considerado por ter uma das melhores programações para as indústrias da música do Brasil, com grande variedade e internacionalidades.
  • O festival é realizado pela Prefeitura Piracicaba e conta com o apoio das empresas locais, bem como regional.
  • es E-mail: **

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Dia dia Palco Artistas
° 1° dia Palco Principal Banda do Mar, Anselmo Ralph (Ivete Sangalo)
2° dia Palco 2 Charlie Brown Jr., Los Hermanos (em inglês)
3° dia Palco 3 Aerosmith, Queen + Adam Lambert (Aero-Herp) - Def Leppard

Informações Adiccionais

musical, o XV Piracicaba oferece muitas atrações paralelas s/a.o e jogos entre outras coisas

O festival também conta com um sistema bilhetes {k0} diferentes operações, para que os espectadores possam personalizar sua experiência no acordo entre suas preferências e interesses.

O XV Piracicaba é um dos mais importantes do Brasil e uma das principais atrações da história. É Uma ocasião única para curtir a música, culinária y cultura {k0} Portugal!

Encerrado Conclusão

O XV Piracicaba é um festival que não se faz necessária ser apresentado, uma das principais atrações do ano {k0} pirataria no interior paulista. Uma programação está diversificada e tem algo para todos os gostos É a única maneira maneira da cultura à música cultária

É uma experiência única e inesquecível para todos os amantes música, mergulho. Então não mais tempo & komprar seus avanços agora mesmo!

Fim do Matérias recomendadas

Fiqueipânico, até que, cerca15 segundos depois, consegui me mover.

Só mais tarde descobri o nome do que havia acontecido comigo: paralisia do sono.

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Novo podcast investigativo: A Raposa

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Episódios

Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa

É uma condição noturna surpreendentemente comum, na qual parte do seu cérebro acorda, enquanto o seu corpo permanece temporariamente paralisado.

Depois daquele primeiro e assustador episódio, a paralisia tornou-se frequente — um episódio a cada duas ou três noites.

Quanto mais acontecia, menos assustadora ela se tornava, até que passou a ser pouco mais do que um inconveniente.

Mas a paralisia do sono pode ser algo muito mais sério. E, para algumas pessoas, ela é acompanhadaterríveis alucinações.

Conversei com uma pessoa afetada pela condição, que pediu para ser identificada apenas pelo primeiro nome. Victoria tem 24 anosidade e se lembra do que aconteceu com ela certa noite, quando tinha apenas 18 anos.

"Acordei e não conseguia me mover", ela conta. "Vi essa figura parecida com um gremlin escondida atrás da minha cortina. Ela pulou sobre o meu peito. Achei que tivesse entradooutra dimensão. E o mais assustador era que eu não conseguia gritar. Era tudo tão vívido, tão real."

Outras pessoas têm alucinações com demônios, fantasmas, alienígenas, intrusos ameaçadores e até parentes mortos.

Elas veem partes dos seus próprios corpos flutuando no ar ou cópias clonadassi próprias,pé ao lado da cama. Alguns veem anjos e acreditam, mais tarde, que tiveram uma experiência religiosa.

Pesquisadores acreditam que essas alucinações possam ter alimentado a crença nas bruxas na Europa, no início da Idade Moderna, e talvez até expliquem alguns relatos atuaisabdução por alienígenas.

Os cientistas acreditam que a paralisia do sono provavelmente tenha existido desde o surgimento dos seres humanos.

Existem diversas descrições detalhadasepisódios ao longo da história da literatura. Mary Shelley, por exemplo, aparentemente se inspirouuma pintura ilustrando um episódioparalisia do sono para escrever uma cena no livro Frankenstein.

Mas a paralisia do sono só começou a ser estudada recentemente.

"Foi um fenômeno ignorado... mas, nos últimos 10 anos, o interesse vem aumentando", afirma o pesquisador do sono Baland Jalal, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos.

Em 2020, Jalal conduziu o que pode ter sido o primeiro teste clínico sobre diferentes formastratamento da paralisia do sono.

Quadro 'O Pesadelo', do pintor suíço Johann Heinrich Füssli (1741-1825)

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A paralisia do sono inspirou obrasarte e ficção, incluindo o quadro 'O Pesadelo', do pintor suíço Johann Heinrich Füssli (1741-1825)

Jalal é um dos poucos cientistas do sono que estão investindo tempo e energia na pesquisa dessa condição.

Eles esperam elaborar um quadro mais detalhado das suas causas e efeitos — e descobrir o que a condição pode nos contar sobre os mistérios do cérebro humano como um todo.

Até recentemente, havia pouco consenso sobre a experiência da paralisia do sono. Os estudos eram esporádicos e havia pouca consistência entre os métodos.

Até que,2011, o psicólogo clínico Brian Sharpless realizou a análise mais abrangente já realizada sobre a incidência da condição. Na época, ele trabalhava na Universidade Estadual da Pensilvânia e, atualmente, é professor visitante do St. Mary’s CollegeMaryland, ambos nos Estados Unidos.

O psicólogo também é um dos autores do livro Sleep Paralysis: Historical, Psychological and Medical Perspectives ("Paralisia do sono: perspectivas históricas, psicológicas e médicas",tradução livre).

Sua análise incluiu dados35 estudos realizados ao longocinco décadas. Coletivamente, eles envolveram mais36 mil voluntários.

Sharpless concluiu que a paralisia do sono é mais comum do que se pensava anteriormente.

Quase 8% dos adultos afirmaram ter passado pela experiênciaalgum momento da vida. Este índice é muito maior entre estudantes universitários (28%) e pacientes psiquiátricos (32%).

"Realmente, não é tão incomum", afirma Sharpless.

A explicação e o tratamento

Depois da experiência com a condição, algumas pessoas buscam explicações sobrenaturais ou até paranormais. Mas, na verdade, Jalal explica que a causa é muito mais simples.

À noite, o nosso corpo passa por quatro estágiossono. O último estágio é o chamado movimento rápido dos olhos (REM, na siglainglês). É neste estágio que sonhamos.

Durante o sono REM, o cérebro paralisa os músculos, provavelmente para evitar que você atue fisicamente nos seus sonhos e acabe se machucando. Mas, às vezes (os cientistas ainda não sabem exatamente o motivo), a parte sensorial do cérebro sai prematuramente do sono REM.

Com isso, você acorda. Mas a parte inferior do cérebro ainda estáREM, explica Jalal, e continua enviando neurotransmissores para paralisar seus músculos.

"A parte sensorial do cérebro fica ativa", segundo Jalal. "Você está acordando mental e sensorialmente — mas, fisicamente, você ainda está paralisado."

Quando eu tinha pouco mais20 anosidade, eu sofriaparalisia do sono a cada duas ou três noites, mas o impacto sobre a minha vida, mesmo naquela época, era pequeno.

Era apenas uma história interessante para contar para a família e os amigos. E, neste particular, minha experiência era comum.

"Para a maioria das pessoas, é algo peculiar que faz parte das suas vidas", afirma Colin Espie, professormedicina do sono da UniversidadeOxford, no Reino Unido.

"É um pouco como o sonambulismo", segundo ele. "A maioria das pessoas sonâmbulas nunca consulta um médico. É uma curiosidade familiar, um temaconversa."

Mas, para uma minoria infeliz, a condição é mais desafiadora. A pesquisaSharpless concluiu que 15% a 44% das pessoas que sofremparalisia do sono passam por "estresse clinicamente significativo", devido à condição.

Os problemas costumam surgir como consequência da forma como reagimos à paralisia do sono, mais do que da condiçãosi. Os pacientes passam o dia obcecados para saber quando poderá surgir o próximo episódio.

"Ela pode gerar ansiedade no início e no final da noite", explica Espie. "Você cultiva uma redepreocupaçãotorno dela. Sua pior expressão é tornar-se uma espécieataquepânico."

Nos casos mais sérios, a paralisia do sono pode ser um sinalnarcolepsia latente — uma condição do sono mais séria, na qual o cérebro é incapazregular os padrõessono e vigília, fazendo com que a pessoa adormeçamomentos inadequados.

Os médicos afirmam que a paralisia ocorre com mais frequência quando a pessoa dorme pouco, o que fragmenta a arquitetura do sono. Alguns pacientes também costumam sofrer mais quando dormembarriga para cima, embora a explicação para este fenômeno seja desconhecida.

O tratamento mais comum da paralisia do sono é educacional. Os pacientes simplesmente aprendem a ciência por trás da condição e são tranquilizados, sabendo que não há perigo.

Às vezes, pode-se utilizar alguma formameditação. O objetivo é reduzir a ansiedade dos pacientes na horair dormir e treiná-los a permanecer calmos quando surgir a paralisia do sono.

Em casos mais sérios, pode-se considerar o usomedicamentos, incluindo inibidores seletivos da recaptaçãoserotonina (SSRIs, na siglainglês), normalmente empregados para o tratamento da depressão, mas que apresentam o efeito colateralsuprimir o sono REM.

'Máquinacontar histórias'

Criança com olhos abertoscama

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Legenda da foto, O estressealgumas pessoas que sofrem paralisia do sono é tão grande que elas acabam ficando preocupadas na horadormir

Os episódios mais dramáticos e memoráveis da paralisia do sono normalmente são acompanhadosalucinações vívidas. Normalmente, essas visões noturnas causam medo, mas os cientistas também acreditam que elas possam nos contar histórias fascinantes sobre o cérebro humano.

Quando entramosparalisia do sono, o córtex motor do cérebro começa a enviar sinais para o corpo, dizendo para que ele se mova. Mas os músculos estão paralisados,forma que o cérebro não recebe sinaisretorno.

"Existe uma incongruência... o indivíduo está partido, decomposto", afirma Jalal.

Como resultado, o cérebro "preenche a lacuna" e criaprópria explicação por que os músculos não conseguem se mover. É por isso que tantas alucinações incluem uma criatura sentada no peito ou segurando o corpo da pessoa.

Este processo reforça a ideia comum entre os cientistas evolucionistasque o cérebro humano é uma "máquinacontar histórias".

Nós lutamos para aceitar o fatoque grande parte do mundo é aleatória e, com isso, nosso cérebro imagina narrativas dramáticas,um esforço para encontrar significadoalgo corriqueiro.

Christopher French, chefe da unidadepesquisa sobre psicologia anomalística da Universidade Goldsmiths,Londres, passou maisuma década conversando com pessoastodo o mundo que sofreram essas alucinações e registrando o que elas diziam.

"Existem temas comuns, mas também há muitas idiossincrasias, muita variabilidade", afirma French.

Algumas alucinações sãodifícil explicação e até, simplesmente, bizarras.

Ao longo dos anos, French registrou visõesum gato preto com aparência sinistra e um homem sendo estrangulado por plantas. Mas outras alucinações são muito mais comuns e parecem ser fortemente influenciadas pela cultura local.

Na Terra Nova, no Canadá, é comum ver uma "bruxa velha" sentada sobre o peito. Já os mexicanos relatam um "homem morto" deitado sobre o peito e,Santa Lúcia, no Caribe, as pessoas falamkokma — as almas das crianças não batizadas — estrangulando-as durante o sono.

Os turcos descrevem o karabasan, uma criatura misteriosa e fantasmagórica, enquanto os italianos costumam ter alucinações com bruxas.

Tudo isso fortalece a ideiaque os seres humanos são animais predominantemente sociais e fortemente influenciados pela cultura e pelas expectativas.

De fato,uma sérieestudos, Baland Jalal comparou os sintomas da paralisia do sono na Dinamarca e no Egito, entre voluntários com idade e distribuiçãogênero similares. Ele encontrou um abismo cultural nas formasmanifestação da paralisia do sono.

Os egípcios sofreram paralisia do sono com muito mais frequência do que os dinamarqueses (44% contra 25%) e apresentaram maior propensão a apresentar explicações sobrenaturais. Os voluntários egípcios que acreditavamfantasmas e demônios também passaram mais tempo paralisadoscada episódio.

A teoriaJalal é que o medo do sobrenatural aumenta o medo das pessoasrelação à paralisia do sono. E essa ansiedade torna o fenômeno mais comum — uma demonstração da relação íntima entre o nosso corpo e a nossa mente.

"Quando você tem estresse e ansiedade, aarquitetura do sono ficará mais fragmentada,forma que você tem maior propensão a sofrer paralisia do sono", afirma ele.

"Digamos que aavó diga, 'a criatura tem esta aparência, ela vem à noite e ataca você'", prossegue ele. "E, devido a esse medo, [você fica] hiperdesperto, os centrosmedo do seu cérebro estão hiperalertas. E eis que, durante o sono REM, [você] sente, 'oh, algo está errado, não consigo me mover, a criatura está aqui'."

"Parece que a cultura realmente pode criar este efeito surpreendente", conclui Jalal.