Alzheimer: uma notícia boa e três preocupações sobre os novos remédios:m estrelabet com
No iníciom estrelabet com2023, outra medicação contra esse tipom estrelabet comdemência recebeu sinal verdem estrelabet comterras americanas: o lecanemabe (dos laboratórios Eisai e Biogen). Ainda não há previsãom estrelabet comquando ele chegará ao Brasil.
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E mais uma opção pode estar a caminho: na Conferência Internacional da Associaçãom estrelabet comAlzheimerm estrelabet com2023, realizada há pouco na Holanda, foram apresentados os resultados positivos dos estudos com o donanemabe (Eli Lilly), que foi capazm estrelabet comfrear a progressão dos sintomas da doença.
Por um lado, os avanços recentes foram comemorados e renovaram as esperanças, ao indicarem saídas para ao menos atrasar a perda das memórias e do raciocínio.
Por outro, especialistas ouvidos pela BBC News Brasil questionam quem realmente se beneficiará dos novos tratamentos quando eles estiveremm estrelabet comfato disponíveis.
Conheça a seguir os detalhes das medicações e os argumentos levantados por médicos e pelas farmacêuticas responsáveis pelas inovações.
Boa notícia: avanço 'extraordinário'
Em resumo, a doençam estrelabet comAlzheimer é marcada por dois processos principais. Na primeira delas, ocorre o acúmulom estrelabet comuma proteína chamada beta-amiloide nos espaços entre os neurônios.
Anos depois, essas células nervosas são afetadas por outra proteína, conhecida como TAU.
O resultado disso é a morte dos neurônios, o que leva ao aparecimento progressivom estrelabet comsintomas como esquecimentos e dificuldadesm estrelabet comraciocínio.
Mas e se fosse possível "varrer" a tal da beta-amiloide do cérebro? Será que isso seria capazm estrelabet cominterromper a evolução desta doença?
Foi justamente a partir dessa hipótese que surgiram os primeiros testes com anticorpos monoclonais, uma família farmacológica da qual fazem parte aducanumabe, lecanemabe e donanemabe, entre outros princípios ativos.
Os tais anticorpos monoclonais são usados não apenas contra o Alzheimer, mas também já há moléculas aprovadas desse tipo contra diversos tumores e até contra a covid-19.
No universo da demência, porém, os primeiros testes com esses fármacos acabaram frustrados. Algumas versões anteriores dos anticorpos monoclonais até conseguiam limpar a beta-amiloide do sistema nervoso, mas isso não se traduziam estrelabet commelhoras clínicas entre os voluntários.
Ou seja: o cérebro deles até apresentava menos quantidade dessa proteína tóxica, mas os impactos nas lembranças e no pensamento continuavam a avançarm estrelabet comforma desenfreada.
Mas aí os especialistas tiveram outra ideia. O Alzheimer é uma doença progressiva e lenta — e há uma janelam estrelabet comanos ou até décadas entre o início do acúmulo da beta-amiloide e o aparecimento dos primeiros sintomas.
E se os remédios fossem usados justamente nessa fase, classificada como comprometimento cognitivo leve ou demência inicial?
Esses estudos foram realizados nos últimos sete a cinco anos, períodom estrelabet comque os pesquisadores aprenderam lições valiosas.
A primeira delas é que a formação dos novelosm estrelabet combeta-amiloide no cérebro pode ser divididam estrelabet comuma sériem estrelabet cometapas. Elas surgem como monômeros, evoluem para oligômeros e, depois, formam fibrilas. Com o avanço do conhecimento, os especialistas puderam entenderm estrelabet comdetalhes o que acontecem estrelabet comcada uma dessas fases.
Nomes complicados à parte, na prática isso significa que anticorpos monoclonais diferentes podem agir numa fase ou outra desse processo, o que supostamente levaria a resultados melhores ou piores.
"A dúvida era como interferir nessa cascatam estrelabet comeventos,m estrelabet commodo que ela pudesse ser interrompida antes que o quadro se tornasse irreversível", contextualiza o neurologista Fábio Porto, diretor científico da Associação Brasileiram estrelabet comAlzheimer - Regional São Paulo.
O segundo aprendizado tem a ver com a necessidadem estrelabet comfazer o diagnóstico precoce da doença. Ora, se a ideia é tratar indivíduos que sequer apresentaram sintomas (ou ainda estão com incômodos muito leves), como saber quem está com os agregadosm estrelabet combeta-amiloidem estrelabet comformação no cérebro?
A necessidadem estrelabet comidentificar esses indivíduos levou a uma verdadeira revolução dos exames para identificar o Alzheimer.
Embora ainda hoje, nos consultórios médicos, o diagnóstico dependa da avaliação do profissional da saúde e da aplicaçãom estrelabet comum questionário, já começam a aparecer testes mais assertivos, que conseguem quantificar a proteína tóxica no sistema nervoso.
Isso pode ser feito, por exemplo, por meiom estrelabet comexamesm estrelabet comimagem (como o PET/CT),m estrelabet comlíquor (a coleta por punçãom estrelabet comuma amostra do líquido presente na medula espinhal e no cérebro) e até do sangue.
Embora essas ferramentas ainda estejam restritas ao ambientem estrelabet compesquisa e aos grandes centros especializados, a tendência é que elas se popularizem nos próximos anos.
Um exame que avalia o plasma sanguíneo para auxiliar no diagnósticom estrelabet comAlzheimer, por exemplo, já foi aprovado pela FDA nos Estados Unidos.
"E com certeza eles estarão disponíveis para a pesquisa e para a prática clínicam estrelabet combreve no Brasil", antevê o médico Ricardo Nitrini, professor titularm estrelabet comneurologia da Faculdadem estrelabet comMedicina da Universidadem estrelabet comSão Paulo (FMUSP).
"Mas a importância do diagnóstico precoce não é, e nem deve ser, om estrelabet comcriar estigmas, mas, sim, permitir o avanço nos métodos que permitam a prevenção. Nós podemos compará-los aos exames para detecção precocem estrelabet comcâncerm estrelabet commama ou próstata", pondera o neurologista.
"Os maiores avanços da Medicina sempre dependem do diagnóstico muito precoce e da prevenção. E estamos nos aproximando rapidamente deste estágio para a doençam estrelabet comAlzheimer", completa ele.
E, não custa reforçar, todas essas tecnologias só se tornaram reais a partir das necessidades que apareceram durante os testes com os anticorpos monoclonais e outras medicações — o que, por si só, já representa uma excelente notícia.
"Sem dúvida, essas novas medicações representam um avanço científico extraordinário", concorda o neurologista Paulo Caramelli, professor titular do Departamentom estrelabet comClínica Médica da Universidade Federalm estrelabet comMinas Gerais (UFMG).
"Elas contribuem para validar teorias sobre o Alzheimer e mostram que,m estrelabet comfato, a proteína beta-amiloide tem um papel importante na evolução da doença", complementa ele.
Preocupação 1: resultados 'modestos'
Como explicado mais acima, os estudos que avaliaram os anticorpos monoclonais nas fases iniciais do Alzheimer tinham como principal objetivo conferir se o tratamento se traduziam estrelabet commelhoras clínicas — ou seja, uma recuperação das funções cognitivas ou ao menos uma redução no ritmom estrelabet compiora.
Os testes com o lecanemabe, por exemplo, envolveram 1795 participantes com quadros demenciais leves. Metade deles recebeu o remédio, enquanto a outra parcela tomou placebo, uma substância sem nenhum efeito terapêutico. Todos passaram por exames e testes cognitivos para comparar os resultados.
Ao finalm estrelabet com18 mesesm estrelabet comexperiência, o grupo que usou esse anticorpo monoclonal tinha menos beta-amiloide e apresentava um "declínio moderadamente menor nas medidasm estrelabet comcognição e função" quando comparado a quem tomou placebo.
Com o donanemabe, o esquema foi parecido: 1736 voluntários divididosm estrelabet comduas turmas (remédio versus placebo) acompanhados por um ano e meio.
Os resultados também mostram uma desaceleraçãom estrelabet comaté 60% do declínio cognitivom estrelabet comquem recebeu a terapia.
Mas como traduzir essas informações para a prática?
"Essa redução do declínio significa que os pacientes que fizeram o tratamento pioraram menos que aqueles que tomaram placebo. Mas eles não deixaramm estrelabet compiorar", responde Porto.
"Foi possível atrasar a progressão das fases da doençam estrelabet comAlzheimerm estrelabet comcercam estrelabet comquatro a seis meses", complementa o médico.
Ou seja: o tratamento com os anticorpos monoclonais funcionou como uma espéciem estrelabet comfreio, que segurou por um tempo extra a evolução do Alzheimer para as etapas mais graves e incapacitantes.
"Essas medicações definitivamente conseguem reduzir substancialmente os depósitosm estrelabet comamiloide. Isso é inequívoco e indiscutível. Mas ainda temos um efeito clínico modesto, que talvez seja difícilm estrelabet comser mensurado do pontom estrelabet comvista individual", analisa Caramelli, que também é coordenador da Sociedade Internacional para o Avanço das Pesquisas e dos Tratamentos contra o Alzheimer (Istaart).
"Para as pessoas que eventualmente usarem esses medicamentos, isso é algo que precisará ser muito bem explicado", pontua o neurologista.
A BBC News Brasil procurou as farmacêuticas responsáveis pelos anticorpos monoclonais para que elas pudessem se posicionar sobre esses pontos.
Para Luiz André Magno, diretor médico sênior da Eli Lilly no Brasil, o donanemabe abre "a possibilidadem estrelabet comretardar o avanço da doença e o declínio cognitivo dos pacientes".
"Quando falamosm estrelabet comuma doença que não possui cura, buscar soluções para reduzir o impacto que ela pode causar na vida dos pacientes e seus familiares é o mais importante e efetivo", argumenta.
"Isso significa mais tempo nos estágios menos impactantes e mais funcionais da doença, assim como um atraso no iníciom estrelabet comum estágio posteriorm estrelabet comdeclínio. Isso é algo extremamente valioso para os próprios pacientes e aqueles que estão ao seu redor", diz ele.
Em nota, o laboratório Eisai lembrou que o lecanemabe atingiu os objetivos propostos nos estudos clínicos.
"E esses resultados dão suporte adicional para o significado clínico das melhoras observadas nos testes cognitivos. Além disso, com base nas informações e orientações sobre significância clínicam estrelabet comespecialistasm estrelabet comdoençam estrelabet comAlzheimer e das agências regulatórias, a Eisai acredita que um efeitom estrelabet com25% ou mais é clinicamente significativo", defende o texto.
Já a Biogen, responsável pelo aducanumabe, que não foi aprovado para uso no Brasil pela Agência Nacionalm estrelabet comVigilância Sanitária (Anvisa), declarou que possui "um compromissom estrelabet comlongo prazo com a comunidadem estrelabet comAlzheimer".
"A busca ousada por tratamentos transformadores para essa doença sem cura, passa pela necessidade não atendidam estrelabet compacientes, famílias, cuidadores e pela necessidadem estrelabet comredução da carga financeira sobre os sistemasm estrelabet comsaúde. A companhia ressalta ainda que conta com um programa robustom estrelabet comdesenvolvimento clínico com foco nessa área terapêutica."
"Estamos comprometidos a dedicar nossos esforços para trazer soluções ao que hoje é considerada uma crisem estrelabet comsaúde públicam estrelabet comescala global. Nossa ciência serve à humanidade, e buscaremos fazer sempre o que for melhor para o paciente", conclui o texto.
Preocupação 2: efeitos colaterais 'potencialmente graves'
Os testes clínicos com os anticorpos monoclonais detectaram alguns eventos adversos importantes entre os pacientes que fizeram o tratamento.
No lecanemabe, os pesquisadores relataram efeitos colaterais classificados como "sérios". São eles: reações relacionadas à infusão (esses remédios são aplicados na veia, uma vez por quinzena ou por mês), inchaço e pequenas hemorragias no cérebro (conhecidas pela siglam estrelabet cominglês ARIA-E), fibrilação atrial (um tipom estrelabet comarritmia cardíaca), síncope e angina (dor no peito).
Já no donanemabe, os autores também destacam o maior riscom estrelabet comARIA-E e reações relacionadas à infusão do fármaco. Três voluntários faleceram durante o estudo após complicações relacionadas ao inchaço e às pequenas hemorragias no cérebro.
"As novas drogas apresentaram efeitos colaterais potencialmente graves", constata Nitrini.
Caramelli destaca que alguns pacientes com determinado perfil genético têm mais riscom estrelabet comdesenvolver esses eventos adversos.
"A gente sabe que esses efeitos colaterais são mais comunsm estrelabet compessoas com Alzheimer que apresentam uma variante específicam estrelabet comum gene chamado APOE", detalha ele.
"Possivelmente, no uso clínico, será recomendado fazer um teste genético antesm estrelabet comtomar a decisão sobre fazer ou não o tratamento", complementa o médico.
Porto concorda e entende que a decisão sobre o uso ou não desses remédios será compartilhada entre todos os envolvidos.
"Precisaremos sentar com a família e o paciente para mostrar todas as evidências, pois a barreira entre a eficácia e a segurança desses remédios é tênue", classifica ele.
A Eisai respondeu à reportagem dizendo que, nos EUA, onde o lecanemabe já está aprovado, a farmacêutica "desenvolveu uma iniciativa educacional para avançar ainda mais a compreensão da comunidade sobre o gerenciamento e o monitoramentom estrelabet comARIA no mundo real".
Lembrando que, neste contexto, ARIA (ou anormalidadesm estrelabet comimagem relacionadas à amiloide) são os edemas e micro-hemorragias cerebrais que acometeram alguns voluntários dos testes clínicos.
"A iniciativa conta com um portal online sobre a detecçãom estrelabet comARIA voltado a neurologistas, radiologistas e outros profissionaism estrelabet comsaúde essenciais para o manejom estrelabet compacientes com doençam estrelabet comAlzheimer", informa a Eisai.
Já Magno declarou que a "Eli Lilly está comprometidam estrelabet comentender melhor os eventos adversos para esta classem estrelabet comterapias, incluindo fatoresm estrelabet comrisco do paciente e possíveis atenuantes para melhorar a segurança do paciente".
"Por isso, a Lilly também iniciou o estudo Trailblazer-Alz 6, que nos ajudará a entenderm estrelabet comforma mais profunda a relação dos eventos adversos", complementa ele.
Preocupação 3: preços 'extremamente altos'
Terapias inovadoras costumam chegar ao mercado com um preço bastante elevado.
O aducanumabe, o primeiro tratamento aprovado contra o Alzheimer depoism estrelabet comdécadas, custava US$ 56 mil (R$ 265 mil) por ano nos Estados Unidos. Depoism estrelabet comum tempo, a Biogen anunciou que cortaria o preço pela metade — e agora ele é vendido por US$ 28 mil (R$ 132 mil) por lá.
Já o lecanemabe sai por US$ 26,5 mil (R$ 123 mil) ao ano para os americanos.
E, segundo os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, o preço pode ser um grande impedimento para o acesso aos anticorpos monoclonais pela maioria dos pacientes.
"Falamosm estrelabet comvalores extremamente altos não só para paísesm estrelabet comrenda média e baixa, como o Brasil, mas até para lugaresm estrelabet comalta renda, como Estados Unidos e Reino Unido", destaca Caramelli.
"Na nossa Constituição está escrito que ‘saúde é direito do povo e dever do Estado'. Este é um problema numa épocam estrelabet comque os tratamentos são caríssimos", observa Nitrini.
Valores como esses podem ser insustentáveis até para os sistemasm estrelabet comsaúde públicos e privados.
"Uma coisa é você ter um custo alto para um tratamentom estrelabet comdoença rara, que afeta poucas pessoas. Outra é ter esse preço para uma droga contra uma doença tão comum como o Alzheimer", compara Porto,
O Ministério da Saúde calcula que há 1,2 milhãom estrelabet compacientes com Alzheimer no país. Todos os anos, outros 100 mil indivíduos recebem esse diagnóstico no país.
Em resposta à reportagem, a Eli Lilly disse que, "como o donanemabe encontra-sem estrelabet comprocessom estrelabet comaprovação ou submissão regulatória, ou seja, não está oficialmente aprovadom estrelabet comnenhum país, ainda não podemos falar sobre esse tema [o custo do tratamento]".
"Realizamos a submissão regulatória para a FDA no segundo trimestrem estrelabet com2023 e uma resposta é esperada até o final do ano, e estamos trabalhando no dossiêm estrelabet comsubmissão regulatória para a Anvisa, assim comom estrelabet comoutros países", detalhou Magno, diretor médico da farmacêutica.
Já a Eisai entende que é "prematuro" falar sobre preço do lecanemabe no Brasil.
"Acreditamos que é nossa missão garantir que os pacientes com necessidades tenham acesso aos medicamentos inovadores e estamos comprometidos para garantir o acesso ao levarm estrelabet comconsideração o sistemam estrelabet comsaúde e o nívelm estrelabet comrendam estrelabet comcada país", diz o texto enviado à BBC News Brasil.
O que o futuro reserva?
Vale reforçar que esses novos medicamentos não estarão disponíveis para todos os pacientes com Alzheimer: eles só serão prescritos para casos bem iniciais, uma vez que eles não trazem ganhos nas fases moderada ou avançada da doença.
E isso nos leva, inclusive, a outra discussão: como ficam os pacientes com demênciam estrelabet comestágios mais adiantados? Por ora, os fármacos disponíveis para esses casos (caso dos inibidores da colinesterase, da memantinam estrelabet comestrelabet comantidepressivos) atuam sobre os sintomas, como a agitação ou problemas emocionais.
"Nos últimos anos, houve uma mudançam estrelabet comfoco para o tratamento precoce e uma redução significativa do númerom estrelabet comestudos nas fases intermediárias e avançadas do Alzheimer", lamenta Caramelli.
Mas novidades são esperadas para o futuro.
"Certamente, o tratamento da doençam estrelabet comAlzheimer não será feito somente com anticorpos contra a proteína beta-amiloide", aposta Nitrini.
Aplacar a inflamação cerebral ou limpar a proteína TAU, outras marcas desse tipom estrelabet comdemência, são outros possíveis alvos terapêuticos.
"Num futuro não tão próximo, a terapia gênica ou genética deverá entrarm estrelabet comcena. O Alzheimer é uma doença predominantemente genética", continua o neurologista
"Os avanços terapêuticos vão ter que incluir correçõesm estrelabet commutações, que são raras no Alzheimer, ou correçõesm estrelabet compolimorfismos [variações nos genes], que são comuns e começam a ser alvosm estrelabet comterapia gênica", diz ele.
Para Porto, o futuro das terapias contra essa demência se aproximarão do que acontece hoje no câncer,m estrelabet comque a linham estrelabet comcuidado se modificam estrelabet comacordo com as características do paciente e as particularidades do tumor.
"Nós poderemos começar com um remédio e, quando ele pararm estrelabet comfuncionar, partir para uma segunda ou uma terceira linham estrelabet comopções", especula o médico.
Caramelli pondera que é quase impossível encontrar um paciente com demência que seja acometido só pelo Alzheimer. Segundo ele, os problemasm estrelabet commemória e cognição geralmente têm múltiplas causas.
É comum, por exemplo, encontrar os agregadosm estrelabet combeta-amiloide e TAU (típicos do Alzheimer) juntom estrelabet comuma demência vascular (quando problemas na circulação sanguínea cerebral levam à morte dos neurônios).
"Mesmo que algum dia tenhamos uma ‘balam estrelabet comprata’ que elimine o Alzheimer, isso não resolverá o problemam estrelabet comuma vez por todas", pondera ele.
Diante dessas evidências, em estrelabet commeio a tantos avanços tecnológicos e científicos valiosos, o professor da UFMG acredita que a chave para lidar com o Alzheimer continuará na prevenção.
"Todos nós infelizmente corremos o riscom estrelabet comdesenvolver esse acúmulom estrelabet comproteínas anormais no cérebro", diz ele.
"O que a gente precisa fazer é tomar ciência e consciênciam estrelabet comque é possível prevenir alguns dos fatoresm estrelabet comrisco para o Alzheimer. Portanto, controlar a pressão alta, o diabetes, o colesterol e o peso, fazer exercícios físicos, não fumar, buscar uma dieta saudável e ter uma atividade cognitiva e intelectual são atitudes fundamentais para a saúde do cérebro", conclui o neurologista.