4blaze apostas entrarjulho: por que parque da Dinamarca celebra independência dos EUA:blaze apostas entrar

No fim do século 19 e início do século 20, houve um êxodoblaze apostas entrarmassablaze apostas entrardinamarqueses para os EUA. Esses emigrantes partiramblaze apostas entrarbuscablaze apostas entrarmelhores condiçõesblaze apostas entrarvida e atrás dos Mórmons, movimento religioso americano que levou milharesblaze apostas entrardinamarqueses a se converterem.

A Rebild National Park Society, grupo dinamarquês-americano que organiza o Festival Rebild, estima que cercablaze apostas entrar300 mil pessoas deixaram a Dinamarca rumo aos EUA até 1912.

“Muitos deixaram a Dinamarcablaze apostas entrartempos difíceis. Eles vieram para a América, e alguns aproveitaram essa liberdade e oportunidade para ser alguém na vida, e se sentiram muito orgulhosos e gratos à América”, explica Niels Voigt Guldbjerg, presidente do Danish American Club na Dinamarca, que morou nos EUA por 32 anos.

"Eles estavam tão longe naquela época que quando voltavam para a Dinamarca, tinha um significado maior, e eles amavam tanto a América porque os EUA tinham dado a eles a oportunidade que não tiveram no seu país."

Um desses emigrantes era Max Henius, um bioquímico que se estabeleceublaze apostas entrarChicago e fundou a bem-sucedida American Brewing Academy, ensinando a arte da fermentação no estilo europeu aos cervejeiros locais antesblaze apostas entrara Lei Seca entrarblaze apostas entrarvigorblaze apostas entrar1920.

Se voltar à Dinamarca era uma jornada rara, cara e demorada (de várias semanasblaze apostas entrarnavio) para esses migrantes, aqueles que fizeram fortuna no exterior se sentiam particularmente motivados a voltar e reconhecer tanto a importânciablaze apostas entrarsuas origens, quanto às oportunidades que os EUA tinham proporcionado a eles.

Foi este grupoblaze apostas entrar"novos americanos", liderados por Henius, que comprou um terrenoblaze apostas entrar80 hectares no norte da Dinamarca, para servir como um localblaze apostas entrarboas-vindas a todos os dinamarqueses-americanos. Eles doaram o terreno ao rei dinamarquês Christian 10º, que porblaze apostas entrarvez criou o Rebild Bakker (Parque Nacional Rebild) como um refúgio natural para todos os dinamarqueses. Mas a doação veio com uma contrapartida.

Todos os anos, Henius insistiu, o parque deveria realizar um festival comemorando o Dia da Independência dos EUA, como um símbolo da amizade entre os dois países. O parque nacional também serviria como um local onde os dinamarqueses americanos que regressassem poderiam se sentir sempreblaze apostas entrarcasa, seja se encontrando com parentes ainda na Dinamarca ou celebrando o sonho americano com amigos que seguiram a mesma trajetória.

O resultado, hoje, é uma miscelâneablaze apostas entrartradições que contempla a paixão dinamarquesa pela cantoria e aquavit, bebida destiladablaze apostas entrarorigem escandinava.

Emblaze apostas entrarinauguraçãoblaze apostas entrar1912, debaixoblaze apostas entrarchuva, o Rebild Festival reuniu maisblaze apostas entrar10 mil pessoas no parque — sendo que 1 mil encararam uma longa jornadablaze apostas entrarnavio dos EUA para celebrar suas origens,blaze apostas entraracordo com a Rebild National Park Society.

No auge do pós-guerra,blaze apostas entrar1948, a celebração atraiu cercablaze apostas entrar50 mil pessoas. Entre as presenças notáveis ao longo dos anos, estão: o juiz da Suprema Corte dos EUA, Earl Warren (1955); Walt Disney (1961); o ex-presidente dos EUA Richard Nixon e o rei dinamarquês Frederik 9º (1962); a seis vezes ganhadora do Grammy Dionne Warwick (1988); o ator americano Richard Chamberlain (1990); e a procuradora-geral dos EUA, Janet Reno (1994).

Hoje, o festival da amizade se transformoublaze apostas entraruma celebraçãoblaze apostas entrarquase uma semanablaze apostas entrarconfraternizações, festasblaze apostas entrargala e solenidadesblaze apostas entrartoda a regiãoblaze apostas entrarRebild, que continua a fortalecer os laços que unem os dois países. É um lugarblaze apostas entrarque todas as pessoas interessadas nos EUA, quer tenham estado lá ou não, podem se reunir e comemorar.

No almoçoblaze apostas entrarabertura do 4blaze apostas entrarjulhoblaze apostas entrar2019, conheci Helle Agerbak Lyngaa, uma fã do festivalblaze apostas entrar52 anos que foi vestida da cabeça aos pés com adereços patrióticos, como destaque para o arco na cabeça com a bandeira americana e a camiseta com a inscrição "Made in America" —embora ela seja 100% dinamarquesa.

Ela sentou à minha mesa e logo fez amizade com quem estava sentado ao nosso redor: uma porçãoblaze apostas entrarrecém-chegados; um homem que participa do evento todos os anos desde 1948; e três geraçõesblaze apostas entrardinamarqueses apaixonados pelo Rebild Festival.

"Você precisa encontrar algumas almas gêmeas, que é o que fazemos aqui", diz ela.

"[O almoço] é a principal coisa, a cereja do bolo", acrescenta Lyngaa, que frequenta o festival desde os cinco anosblaze apostas entraridade e é membroblaze apostas entrarlonga data do Danish American Club e da Rebild Society.

"Mas acho todos os outros eventos [nas semanas que antecedem o festivalblaze apostas entrar4blaze apostas entrarjulho] tão importantes quanto, porque é quando você consegue fazer as amizades."

"Isso tem muito a ver com tradição. Muitos dinamarqueses-americanos que voltam para casa estãoblaze apostas entrarbuscablaze apostas entrarmemórias — e vêm porque anseiam pelo o que deixaram para trás. Ainda há esse anseio por tradição", acrescenta.

O almoço, um banqueteblaze apostas entrarduas horasblaze apostas entrarpratos típicos dinamarqueses, como arenqueblaze apostas entrarconserva, smorrebrød (espécieblaze apostas entrarsanduíche aberto) e Aalborg (bebida destilada), foi marcado por brindes, canções e um poucoblaze apostas entrarformalidade, quando um grupoblaze apostas entraramericanos e dignitários locais foi homenageado por suas contribuições às festividades.

"Houve uma época nos EUAblaze apostas entrarque as pessoas não estavam tão interessadasblaze apostas entrarsuas origens e herança cultural, e tentavam não falarblaze apostas entrarlíngua nativablaze apostas entrarcasa", diz o americano Ed Bladt, presidente do Rebild no Vale do Delaware.

Embora viva nos EUA e seja americano, Bladt é casado com uma dinamarquesa, fala dinamarquêsblaze apostas entrarcasa, e as primeiras palavras que seus filhos e netos falaram foram "skål", saudação feita ao brindar, como “saúde”.

Ele foi homenageado no ano passado com vários prêmios, inclusive sendo proclamado prefeito por um diablaze apostas entrarAalborg, cidade natalblaze apostas entrarHenius,blaze apostas entrarreconhecimento por seus esforços na promoção das relações dinamarquês-americanas.

Agora, diz Bladt, há um interesse renovado na herança cultural, talvez por causa da presença da tecnologia que facilita manter conexões fortes.

"Quando você chega à Dinamarca, todo mundo quer que você vá visitá-lo, e nem sempre você consegue porque é muita gente, então vamos ao Rebild", conta Bladt.

"Rebild é um lugar onde podemos nos reunir e encontrar [com todos os amigos e parentes dinamarquesesblaze apostas entraruma só vez]."

Embora o eventoblaze apostas entrar2019 tenha sido frio e úmido, centenasblaze apostas entrarpessoas saíram da tenda do almoço e subiram a trilha marcada por bandeiras americanas até a principal atração nas colinas do parque.

Fomos saudados com a cerimôniablaze apostas entrarhasteamento das bandeiras dos EUA e da Dinamarca e uma oraçãoblaze apostas entrardinamarquês enfatizando os laços entre os dois países. Outros discursos se seguiram, entre cantoriasblaze apostas entrarmúsicas dinamarquesas tradicionais e uma versãoblaze apostas entrarGod Bless America.

A cena foi surreal. Eu estava diante da bandeira americana, enquanto tremiablaze apostas entrarfrio debaixoblaze apostas entrarum dilúvio. Mas para os dinamarqueses, assim como para aqueles que compareceram à primeira edição do festival, aquilo não era nada. Um ditado popular na Dinamarca diz que: "Não existe tempo ruim, só roupa inadequada". E foi o que eu constatei, uma vez que havia cercablaze apostas entrarmil pessoas naquele evento ao ar livre após o almoço no parque.

Embora o númeroblaze apostas entrarparticipantes possa ter diminuído desde a épocablaze apostas entrarHenius — atraindo aproximadamente 2 mil pessoasblaze apostas entraranos ensolarados, e 7,5 mil no 100º aniversário do eventoblaze apostas entrar2012, segundo o secretário-geral da Rebild National Park Society, Lars Bisgaard — a paixão por tudo o que é americano continua forte.

"Acho que a cultura é,blaze apostas entrarcerta forma, como a moda. Em 20 ou 30 anos, as tendências mudam, e acho que elas voltam, é apenas uma questãoblaze apostas entraratrair as pessoas", avalia Lyngaa.

"Acredito que a Rebild [National Park] Society ainda estará presente nos próximos 100 anos, talvez não da mesma forma e no mesmo formato, mas estaremos sempre por aqui. Ansiamos pela aventura do sonho Americano, e os americanos anseiam porblaze apostas entrartradição e raízes na Dinamarca. Isso sempre vai estar presente."

blaze apostas entrar Leia a versão original blaze apostas entrar desta reportagem (em inglês) no site BBC Travel blaze apostas entrar .

- Este texto foi originalmente publicadoblaze apostas entrarhttp://vesser.net/vert-tra-52924460

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