Como a Alemanha virou o país dos automóveis:roleta shopee

Bertha investiu seu doteroleta shopeecasamento para financiar o trabalho do marido. O Motorwagen, porém, ainda precisavaroleta shopeeautorização para circular - o governo estava reticente, por causaroleta shopeeum desastroso test drive no qual cavalos e cachorros, assustados pelo barulho do motor, avançaram para cima da plateia. Tirar o protótipo da garagem para a viagem pioneira, portanto, era uma ação ilegal, com dois propósitos: mostrar que o carro era seguro e pronto para ser vendido, e enviar uma mensagem para Carl, incentivando-o a continuar.

"Não foi apenas Carl quem inventou o automóvel. Foi a equiperoleta shopeeCarl e Bertha. Os dois acreditavam no Motorwagen e trabalhavam juntos o tempo todo", disse o executivo Meyer, que pesquisou e mapeou a rotaroleta shopee2008 como um projeto pessoal. O percurso cruza várias cidades, vilas e aldeias visitadas por Bertha.

"Eu queria dar a ela o lugar na história que merece."

Em uma era sem GPS e mapasroleta shopeeestradas, Bertha tinha apenas rios e trilhosroleta shopeetrem para guiá-la até a casaroleta shopeesua mãe. Imaginando-a sobre paralelepípedosroleta shopeeum carrinho com rodasroleta shopeemadeira e um motorroleta shopeedois e quatro tempos, pode-se ter uma ideiaroleta shopeecomo era corajosa. Talvez um pouco imprudente também. E essa talvez seja a razão pela qual o plano deu certo.

Investigar qual era o lugar da Alemanha na história do automóvel foi o que me levou aos centros industriais do sul do país. Eu viajavaroleta shopeecarro por Baden-Württemberg e pela Baviera – Estados onde ficam as montadorasroleta shopeeluxo do país –, parandoroleta shopeetodas as atrações culturais e museus ligados à cultura automobilística. Pude perceber a concentração extraordináriaroleta shopeeespaços como esses.

"Quando você cruza um país buscando uma perspectiva diferente, como a da história automotiva, você realmente o descobreroleta shopeenovo", disse Meyer, enquanto navegávamos por estradas secundárias. "É uma verdadeira aventura."

A viagemroleta shopeecarroroleta shopeeBertha impulsionou a era do automóvel. Em vezroleta shopeeser descartado, o Motorwagen No. 3 entrouroleta shopeeprodução no fimroleta shopee1888 e,roleta shopee1900, a Benz & Cie tornou-se a maior montadora do mundo.

Avançando esse filme para os dias atuais, a Alemanha ainda é o país dos carros premium e da cultura automobilística. De acordo com um estudo publicado pelo think tank alemão Friedrich-Ebert-Stiftungroleta shopee2018, mais da metade dos veículosroleta shopeepassageiros vendidos na Europa e quase dois terços dos carrosroleta shopeeluxo comercializados no mundo foram projetados na Alemanha,roleta shopee2016. A pergunta é: por quê?

As razões do sucesso

"Você poderia dizer que havia algo 'no ar'roleta shopeetoda a Europa", disse Gerhard Heidbrink, do Mercedes-Benz Corporate Archives, referindo-se à mecanização que tomou conta da Grã-Bretanha recém-industrializada do século 19, da França e da Alemanha.

Enquanto isso,roleta shopeeBaden-Württemberg e na Baviera, complexas leisroleta shopeeherança dividiam as fazendas familiaresroleta shopeeparcelas reduzidas, tornando a agricultura pouco rentável. Sucessivas gerações tiveram que ganhar a vida com criatividade. Então, quando Carl Benz se formou e começou a trabalhar como engenheiro mecânico, se viu cercado por colegas inventivos,roleta shopeeuma região que favorecia o empreendedorismo e a indústria pesada.

Alguns traços alemães clássicos também podem ter influenciado o sucesso dos fabricantesroleta shopeeautomóveis – qualidades como Leidenschaft (entusiasmo) e Detailverliebtheit (atenção aos detalhes). Por exemplo, no museu Technoseum,roleta shopeeMannheim, uma autêntica linharoleta shopeemontagem da Porscheroleta shopee1990 foi remontada peça por peça – estão lá até as garrafasroleta shopeecerveja que os trabalhadores recebiam durante os turnos.

Se isso não for Detailverliebtheit, não sei o que seria.

E não foi por acaso que Gottlieb Daimler – fundador da Daimler-Motoren-Gesellschaft, hoje Daimler AG, criador da marca Mercedes-Benz – e seu sócio Wilhelm Maybach cunharam o lema "Das Beste oder nichts" ("O melhor, ou nada").

"Para nós, normalmente, o que é bom nunca é bom o suficiente", comentou um guia turístico do museu da Audi,roleta shopeeIngolstadt.

"É claro que não se pode dizer que todos os 82 milhõesroleta shopeealemães são assim, mas ser 'fleissig' (diligente) é uma qualidade pela qual lutamos", complementou um outro guia, do Museu Porsche,roleta shopeeStuttgart.

Rivalidades e crescimento

À medida que crescia, a indústria automobilística alemã foi moldada por empresas que nasciam, se fundiam e se desmembravam, com um olhar atento aos talentos da engenharia.

As rivalidades corporativas se alternavam entre ferozes e ignoradas - como quando as grandes competidoras Benz, com sederoleta shopeeMannheim, e Daimler,roleta shopeeStuttgart, finalmente fundiram suas empresasroleta shopee1926. Entretanto, lealdades históricas permanecem.

"Se você não quer problemas aqui, apenas não diga que Daimler inventou o automóvel", brincou um guia turísticoroleta shopeeMannheim,roleta shopeetom (um pouco) zombeteiro.

Rivalidades instáveis não eram necessariamente ruins. Muitas vezes eles tiveram o efeitoroleta shopeeestimular a inovação. O típico pioneiro da indústria automotiva do sul da Alemanha era um Tüftler ("aperfeiçoador"), obcecado por melhorar o produto, sempre por tentativa e erro, explicou Frank Jung, arquivista-chefe da Porsche AG.

"Afinal, se você não se esforça para atingir a perfeição, não há razão para mudar nada."

Inovações

Ao visitar os museusroleta shopeepatrimônio automotivo da Alemanha, você começa a entender como esses inventores pioneiros se esforçaram para não só acompanhar o padrão do Motorwagen, mas para introduzir inovações.

A lista, extensa, é sempre crescente. Um a um, surgiram o carburadorroleta shopeeDaimler e Maybach, que permitia o usoroleta shopeegasolina como combustível; o primeiro Mercedes 35 PS, da Daimler, que,roleta shopee1900, apresentou o formato e o conceito do carro moderno; o icônico Porsche 356, inspirado no design austero da Escola Bauhaus; o primeiro carro elétrico da BMW, o BMW 1602e,roleta shopee1972; o Audi A8,roleta shopee2019, guiado por inteligência artificial. E assim por diante.

Apesar da concorrência com a França, que teve um grande desenvolvimento da indústriaroleta shopeecarros a partirroleta shopeefins do século 19, os fabricantes alemães conseguiram se manter na vanguarda da indústria - por causaroleta shopeesua engenhosidade, que impulsionou o desenvolvimento dos carros década a década, disse Heidbrink: "Inovação e luxo sempre andaramroleta shopeemãos dadas (na indústria alemã)".

Todo ano, por exemplo, os funcionários da Audi pelo mundo são estimulados a oferecer ideias para melhorias – e elas alcançam a casa dos milhares. Muitas dessas sugestões acabam sendo implementadas no Audi Forum Ingolstadt, sede mundial eroleta shopeeprincipal fábricaroleta shopeemontagem, a uma horaroleta shopeeMunique.

As pessoas aqui claramente compartilham uma grande paixão por carros – produzindo-os, aprimorando-os, e também se divertindo com eles.

"No verão, a Alemanha é a perfeição da beleza", escreveu certa vez Mark Twain, referindo-se a suas extensas viagens pelo sudoeste do país. A vista do meu para-brisa agora éroleta shopeefazendas com as bordas bem delimitadas, campos amarelosroleta shopeecanolaroleta shopeefloração, cumesroleta shopeemontanhas baixas e trechos ocasionaisroleta shopeeflorestas densas,roleta shopeeonde despontam castelos e aldeias medievais repletaroleta shopeecasasroleta shopeeestilo enxaimel. Uma paisagem feita sob medida para a estrada. E, para os alemães, uma justificativa a mais para apreciarroleta shopeeinvenção.

O carro na cultura alemã

Carros têm raízes mais profundas na cultura alemã do que como mero meioroleta shopeetransporte, complementou Winfried A Seidel, que usou produtos do Veterama – conhecido mercado alemãoroleta shopeeautomóveis e peças clássicas – para abrir o Automuseum Dr. Carl Benz, na vilaroleta shopeeLadenburg. É onde a famíliaroleta shopeepioneiros Benz, eventualmente, se estabeleceu. "Somos uma naçãoroleta shopeecolecionadores, há muitos carros valiosos na estrada", disse.

No caminho entre Ladenburg e Munique, onde fica a sede do Grupo BMW, percorri um pequeno trecho da chamada "Romantische Straße" ("via romântica"), estradaroleta shopee350 quilômetros famosa por suas paisagens. Eu conduzia um carro panorâmico e cruzava os estadosroleta shopeeBaden-Württemberg e Baviera. Depoisroleta shopeeuma visita ao BMW Welt, espécieroleta shopeeshowroom da empresa, e ao Museu da BMW, ambosroleta shopeeMunique, a experiênciaroleta shopeeextrair todas as rotações por minuto do meu Volkswagen Tiguan, alugado dias antes, foi a mais memorável que vivi ao volanteroleta shopeeanos.

Para minha surpresa, às vezes havia, sim, limiteroleta shopeevelocidade na mítica via expressa do sistema rodoviário federal alemão. Mas fascinante mesmo foi ver que o limite apareceu nãoroleta shopeeum sinal qualquer da rodovia, mas diretamente no painel do meu Tiguan – uma tecnologia certamente mais avançada do que a disponível nas frotasroleta shopeealuguel do meu país natal, o Canadá.

Pelo que se nota, maisroleta shopeeum século depoisroleta shopeeBertha Benz terminar a primeira viagemroleta shopeecarro da história, os alemães ainda encontram maneirasroleta shopeeaperfeiçoar a jornada.

roleta shopee Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube roleta shopee ? Inscreva-se no nosso canal!