Como ensinar as crianças a enfrentar riscos na vida:bet patrocinador flamengo

Com as ruas fechadas para o tráfegobet patrocinador flamengocarros nos finsbet patrocinador flamengosemana, crianças podem andarbet patrocinador flamengobicicleta com segurançabet patrocinador flamengoBarcelona, na Espanha

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Todos nós,bet patrocinador flamengoalgum momento, precisamos ser capazesbet patrocinador flamengoavaliar riscos para poder navegar pelo mundo com segurança, sem orientação dos nossos pais ou responsáveis. Sem esse conhecimento, estaremos muito mais propensos a tomar decisões insensatas, que podem resultarbet patrocinador flamengoproblemasbet patrocinador flamengosaúde e dificuldades financeiras — e atébet patrocinador flamengoinfrações criminais.

Como as crianças aprendem essas lições? E o que os pais e responsáveis podem fazer para traçar um caminho mais seguro para seus filhos no mundo e talvez também selecionar alguns truques para eles?

Com cada vez mais literatura disponível sobre a psicologia do risco, podemos finalmente responder essas questões. Os psicólogos agora identificaram por que, muitas vezes, as crianças deixambet patrocinador flamengoidentificar riscos elementares, as razões por que os adolescentes parecem estar brincando com seu futurobet patrocinador flamengoalguns momentosbet patrocinador flamengobusca por emoções e as barreiras educacionais que podem impedir que as pessoas aprendam, até na idade adulta, a avaliar riscos racionalmente.

Cada estágiobet patrocinador flamengodesenvolvimento precisabet patrocinador flamengouma abordagem diferente. Mas, com a orientação correta, é possível ensinar as crianças e adolescentes a desenvolver alta "capacidadebet patrocinador flamengotomadabet patrocinador flamengodecisões", com enormes consequências para o resto das suas vidas.

"Esses conhecimentos que definem nosso destino podem ser ensinados", afirma o psicólogo Joshua Weller, da Universidadebet patrocinador flamengoLeeds, no Reino Unido, especializadobet patrocinador flamengotomadabet patrocinador flamengoriscos. "Eles podem ser cultivados e desenvolvidos com muitos métodos diferentes."

Crianças brincandobet patrocinador flamengobrinquedo giratório no parque

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Legenda da foto, As crianças desenvolvem seu sensobet patrocinador flamengoperigobet patrocinador flamengoforma gradual

O pisobet patrocinador flamengovidro

Os bebês humanos nascem com conhecimento inato surpreendentemente pequeno, mesmo sobre os riscos mais básicos. Como muitos pais sabem por experiências assustadoras, os bebês que estão aprendendo a engatinhar tentam jogar-se para fora da cama oubet patrocinador flamengouma mesabet patrocinador flamengotrocabet patrocinador flamengofraldas sem um momento sequerbet patrocinador flamengohesitação.

Estudos indicam que o medobet patrocinador flamengoaltura vem apenas com a experiência, à medida que a criança aprende a prestar mais atenção àbet patrocinador flamengovisão periférica. Somente com algumas semanasbet patrocinador flamengomovimentos independentes, eles começam a mostrar sinaisbet patrocinador flamengoansiedade (como aumento da frequência cardíaca), por exemplo, quando observam uma queda abrupta atravésbet patrocinador flamengoum pisobet patrocinador flamengovidro.

Como esponjas sociais, as crianças pequenas, muitas vezes, aprendem a reconhecer o perigo por terceirização, observando as expressões faciais e a linguagem corporal dos demais.

Chris Askew, da Universidadebet patrocinador flamengoSurrey, no Reino Unido, mostrou a crianças com oito anosbet patrocinador flamengoidade fotografiasbet patrocinador flamengotrês marsupiais australianos incomuns — o gato-marsupial, o quokka e o cuscuz-malhado. Eles foram associados a uma fotobet patrocinador flamengoum rosto assustado, sorrindo ou a nenhuma foto.

Nos testes que se seguiram, eles relataram sentir mais medo dos animais que haviam sido associados aos rostos assustados e apresentaram muito menos disposiçãobet patrocinador flamengoabrir uma caixa apresentada como se, dentro delas, estivesse o animalbet patrocinador flamengoquestão.

E os efeitos foram duradouros, pois outros testes revelaram, meses depois da exposição original, que eles ainda eram mais propensos a associar àqueles animais palavras que descrevem medo.

Mas o simples reconhecimento do perigo costuma não ser suficiente para manter a criançabet patrocinador flamengosegurança, pois o cérebrobet patrocinador flamengodesenvolvimento pode não ter a rapidez suficiente para reagir imediatamente ao problema.

Pesquisas indicam que nós só aprendemos a integrar totalmente nossos sentidos, como a visão e a audição, com cercabet patrocinador flamengo10 anosbet patrocinador flamengoidade. Isso dificulta o reconhecimento, por exemplo, da velocidadebet patrocinador flamengoaproximaçãobet patrocinador flamengoum carro.

O cérebrobet patrocinador flamengodesenvolvimento das crianças mais jovens também tende a se distrair mais facilmente. Isso significa que elas podem simplesmente esquecer os possíveis riscos.

Quando o assunto são temas como a segurança na rua, os pais são frequentemente aconselhados a estabelecer rotinas, como sempre olhar para a esquerda e para a direita diversas vezes antesbet patrocinador flamengoatravessar a rua ou esperar o sinal verde no semáforo para pedestres. Essa prática repetida deverá fazer com que esses comportamentos se tornem habituais, sendo eventualmente adotados pelas crianças sem necessidade dos lembretes constantes.

Aumentando a racionalidade

Orientar as crianças através da adolescência também apresenta suas próprias dificuldades.

O cérebro dos adolescentes é conhecido por sofrer grandes mudanças estruturais, que parecem aumentar a sensibilidade dabet patrocinador flamengosinalizaçãobet patrocinador flamengodopamina, um neurotransmissor associado ao prazer.

Houve épocabet patrocinador flamengoque se achava que isso tornaria os adolescentes mais impulsivos do que as crianças mais jovens, pois eles buscam ativamente situaçõesbet patrocinador flamengorisco que possam oferecer maior dosagembet patrocinador flamengodopamina. Mas experimentosbet patrocinador flamengolaboratório, que tentaram examinar os processos cognitivos envolvidos na avaliaçãobet patrocinador flamengorisco, indicam que esta é uma profunda injustiça com os adolescentes.

Os estudos, muitas vezes, assumem a formabet patrocinador flamengoapostas. Eles podem receber um pião multicolorido com uma seta no meio, por exemplo. Se o pião parar na cor correta, eles têm a chancebet patrocinador flamengoganhar US$ 10 (cercabet patrocinador flamengoR$ 53), mas existe uma chancebet patrocinador flamengo50%bet patrocinador flamengonão ganharem nada. Ou eles podem optar por um pagamento menor, mas garantido,bet patrocinador flamengoUS$ 5 (cercabet patrocinador flamengoR$ 26,50).

Ao contrário da expectativabet patrocinador flamengoque os adolescentes inevitavelmente são conduzidos pelo risco, esses estudos demonstram que os adolescentes tendem a ser mais cautelosos, optando, muitas vezes, pelas somas pequenasbet patrocinador flamengoganho garantido,bet patrocinador flamengocomparação com seus companheiros mais jovens.

"Quando oferecemos aos adolescentes a oportunidadebet patrocinador flamengoevitar correr riscos, na verdade, eles escolhem a opção segura com mais frequência que as crianças", afirma Ivy Defoe, professora do departamentobet patrocinador flamengoeducação e desenvolvimento infantil da Universidadebet patrocinador flamengoAmsterdã, na Holanda.

Defoe publicou recentemente um relatório analisando os estudos científicos existentes sobre a tomadabet patrocinador flamengoriscos pelos adolescentes. E os resultados a levaram a concluir que os adolescentes não são necessariamente predispostos a rebelar-se. Muitas vezes, é apenas questão das situações que eles estão enfrentando.

À medida que os adolescentes ganham independência dos olhos atentos dos pais, existem muito mais oportunidadesbet patrocinador flamengoagir impetuosamente, seja tentando roubar, experimentando drogas ilegais, entrandobet patrocinador flamengouma gangue, tendo sexo sem proteção ou disputando corridasbet patrocinador flamengorua com os amigos.

"O acesso a situações que levam a riscos aumenta dramaticamente durante a adolescência e o início da idade adulta", explica Defoe. E, às vezes, é difícil resistir à tentação.

Menina penduradabet patrocinador flamengocabeça para baixo na árvore

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Legenda da foto, Chega um momentobet patrocinador flamengoque as crianças precisam aprender a avaliar riscos com independência e tomar suas próprias decisões

Capacidadebet patrocinador flamengotomadabet patrocinador flamengodecisões

Ao tentar ajudar os adolescentes a gerenciarbet patrocinador flamengoliberdade recém-descoberta, vale a pena lembrar que existem diferenças consideráveisbet patrocinador flamengoavaliaçãobet patrocinador flamengorisco entre os indivíduosbet patrocinador flamengoqualquer idade.

Em laboratório, existem grandes variações no desempenho das pessoasbet patrocinador flamengotarefas referentes a apostas, por exemplo. Por isso, embora os adolescentes médios podem não ser conduzidos pelo perigo, uma parte considerável, muitas vezes, pode ignorar essa cautela.

Em muitos casos, este pode ser o resultadobet patrocinador flamengotécnicasbet patrocinador flamengoraciocínio geralmente fracas. Para pesquisar esta possibilidade, os psicólogos também desenvolveram um teste mais abrangente da "capacidadebet patrocinador flamengotomadabet patrocinador flamengodecisões" (DMC, na siglabet patrocinador flamengoinglês).

O teste inclui questões que avaliam a capacidadebet patrocinador flamengoseguir regras lógicas básicas ponderando os prós e os contrasbet patrocinador flamengodiferentes opções. Ele também mede inclinações cognitivas comuns que podem desvirtuar a compreensãobet patrocinador flamengoriscobet patrocinador flamengouma pessoa.

O teste pode apresentar aos participantes, por exemplo, duas afirmações separadas sobre preservativos. Uma diz o seguinte:

Imagine que um tipobet patrocinador flamengopreservativo tem índicebet patrocinador flamengofalhabet patrocinador flamengo5%. Ou seja, se você tiver sexo com alguém que seja portador do vírus HIV, há 5%bet patrocinador flamengopossibilidade que esse tipobet patrocinador flamengopreservativo deixebet patrocinador flamengoevitar que você seja exposto ao vírus.

Enquanto a outra diz:

Imagine que um tipobet patrocinador flamengopreservativo tem índicebet patrocinador flamengosucessobet patrocinador flamengo95%. Ou seja, se você tiver sexo com alguém que seja portador do vírus HIV, há 95%bet patrocinador flamengopossibilidade que esse tipobet patrocinador flamengopreservativo evite que você seja exposto ao vírus.

As duas afirmações seriam apresentadas separadamente,bet patrocinador flamengodiferentes partes do texto, e,bet patrocinador flamengocada caso, os participantes precisam determinar se os preservativos são uma forma adequadabet patrocinador flamengoreduzir o riscobet patrocinador flamengocontágio.

As duas afirmações expressam a mesma informaçãobet patrocinador flamengorisco, mas muitas pessoas afirmam que os preservativos do primeiro exemplo são ineficazes e que os do segundo grupo são eficientes. Isso é conhecido como o "viés do enquadramento".

Esse tipobet patrocinador flamengoinconsistência nas suas respostas indica que você pode não estar acostumado a avaliar informações estatísticasbet patrocinador flamengoforma crítica, concentrando-se nos detalhes específicos do que está sendo apresentado. Na verdade, você confia na essência com base na formabet patrocinador flamengoapresentação, o que pode ser enganoso.

Outras questões testam a consistência da percepçãobet patrocinador flamengorisco das pessoas. Pode-se pedir aos participantes, por exemplo, que adivinhem suas chancesbet patrocinador flamengomorrer no próximo ano ou nos próximos 10 anos.

Logicamente falando, a probabilidade fornecida para a primeira questão deve ser menor do que a segunda, já que o riscobet patrocinador flamengomorrer aumenta ao longo do tempo. Mas nem todas as respostas refletem essa situação. Novamente, elas podem refletir uma incapacidade geralbet patrocinador flamengopensar com lógica sobre as probabilidades.

Por fim, pergunta-se aos participantes seu conhecimento geral sobre riscos comuns ebet patrocinador flamengoconfiança nas respostas.

Alguém que tivesse certeza do seu conhecimento sem nada que o justificasse receberia nota menor do que outra pessoa que reconhecessebet patrocinador flamengoimprudência. Isso é importante, pois, muitas vezes, a nossa incapacidadebet patrocinador flamengoavaliar nossas próprias capacidades nos coloca nas situações mais perigosas.

Todas essas questões podem soar um tanto acadêmicas, mas o desempenho das pessoas sobre a escalabet patrocinador flamengocapacidadebet patrocinador flamengotomadabet patrocinador flamengodecisões, no jargão da psicologia, tem "validade ecológica". "Ele prevê muitos resultados ao longo do caminho", explica Weller, que realizou vários desses estudos.

Quando o testebet patrocinador flamengocapacidadebet patrocinador flamengotomadabet patrocinador flamengodecisões é realizadobet patrocinador flamengoadolescentes, por exemplo, os que apresentam notas mais baixas tendem a fazer mais usobet patrocinador flamengodrogas e exibir comportamentos transgressores, como desrespeitar frequentemente as normas da escola. E, quando o teste é realizadobet patrocinador flamengoadultos, ele parece prever tudo, desde perder um voo até contrair uma doença sexualmente transmissível ou pedir falência.

É importante observar que isso depende muito do seu QI. A capacidadebet patrocinador flamengotomadabet patrocinador flamengodecisões não é apenas uma medida do poder cerebral bruto, mas especificamentebet patrocinador flamengocomo alguém é capazbet patrocinador flamengoavaliar as situações.

Menina atravessando a ruabet patrocinador flamengomãos dadas com a mãe

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Legenda da foto, Praticar rotinas pode ajudar a tornar as tarefas diárias mais seguras, como atravessar a rua

Aprendendo a pensar

As pesquisasbet patrocinador flamengoIvy Defoe e Joshua Weller indicam que os pais e professores podem precisarbet patrocinador flamengouma abordagem mais sofisticada para orientar os adolescentes e pré-adolescentes para enfrentar os riscos da vida. Em vezbet patrocinador flamengosimplesmente impor regras fixas que eliminam a exposição das crianças ao risco, pode ser mais útil, a longo prazo, ajudá-los a aprimorar suas técnicasbet patrocinador flamengopensamento e tomadabet patrocinador flamengodecisões.

Talvez o mais importante seja o incentivo do autocontrole e da regulação emocional, pois muitos perigos resultam da impulsividade. Práticas como mindfulness (atenção plena) podem ser úteis, bem como práticas metacognitivas, como ensinar as crianças a imaginar as consequências das suas ações.

Ao longo do processo, os pais podem incentivar o usobet patrocinador flamengopensamento crítico — estratégicas como procurar evidências que contradigam suas premissas. E as escolas também podem ajudar as crianças e os jovens a aprender a tomar decisões melhores.

Em um teste entre alunos do 10° ano escolarbet patrocinador flamengoOregon, nos Estados Unidos, professores e alunosbet patrocinador flamengohistória examinaram eventos importantesbet patrocinador flamengotermos das decisões enfrentadas por figuras históricas, por exemplo, assumindo o papelbet patrocinador flamengometalúrgicos decidindo se irão ou não entrarbet patrocinador flamengogreve por melhores salários.

O estudo concluiu que a abordagem melhorou o desempenho acadêmico dos estudantes, bem como suas avaliações no testebet patrocinador flamengocapacidadebet patrocinador flamengotomadabet patrocinador flamengodecisões.

Weller enfatiza a necessidadebet patrocinador flamengouma abordagembet patrocinador flamengomúltiplas frentes. "Não acho que exista uma única coisa que deve ser receitada", afirma ele.

O objetivo é usar todos os meios possíveis para fazer com que as crianças e adolescentes comecem a pensar nos riscosbet patrocinador flamengoforma mais analítica.

Afinal, quando atingirem a idade adulta, eles devem estar preparados para lidar mais racionalmente com os perigos da vida — e, eventualmente, usar essas técnicas para também proteger seus próprios filhos.

* David Robson é escritorbet patrocinador flamengociências e autor do livro O efeito da expectativa: como o seu pensamento pode transformarbet patrocinador flamengovida (em tradução livre do inglês), publicado no Reino Unido pela editora Canongate e, nos EUA, pela Henry Holt. Sua conta no Twitter é @d_a_robson.

bet patrocinador flamengo Leia a versão original desta reportagem bet patrocinador flamengo (em inglês) na seção Family Tree do site BBC Future bet patrocinador flamengo .

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