Os perigosúltima lotofáciltransformar a camaúltima lotofácillocalúltima lotofáciltrabalho, mesmo sem sentir dores:última lotofácil

Umúltima lotofácilcada 10 relatou que passou "a maior parte ou toda a semanaúltima lotofáciltrabalho" —última lotofácil24 a 40 horas ou mais — na cama.

Isso é especialmente forte entre os jovens. No Reino Unido, profissionaisúltima lotofácil18 a 34 anos são os menos propensos a ter uma mesa e cadeira adequadas para trabalhar — e eles têm duas vezes mais chanceúltima lotofáciltrabalhar da cama do que profissionais mais velhos.

Mas usar a cama como escritório nem sempre é resultado da faltaúltima lotofáciluma cadeira adequada — muitos simplesmente adoram o conforto e a praticidade da instalação.

No Instagram, a hashtag #WorkFromBed reúne milharesúltima lotofácilfotos, muitas delas com pessoas sorridentes aconchegadasúltima lotofácilseus pijamas com xícarasúltima lotofácilcafé — às vezes, até com uma bandejaúltima lotofácilcafé da manhã.

Mas o fato é que transformar a camaúltima lotofácilescritório pode desencadear uma sérieúltima lotofácilproblemasúltima lotofácilsaúde, tanto físicos quanto psicológicos.

E, mesmo que você não sinta nada agora, os efeitos adversos — possivelmente permanentes — podem aparecer mais adiante.

Pesadelo ergonômico

É importante reconhecer que trabalharúltima lotofácilcasa é um privilégio que não é permitido a centenasúltima lotofácilmilhõesúltima lotofácilpessoas.

Além disso, para alguns trabalhadores remotos, a faltaúltima lotofácilespaço disponível para uma estaçãoúltima lotofáciltrabalho completa significa que trabalhar da cama pode ser a única opção.

Ainda assim, para outros, trata-se da opção mais fácil eúltima lotofácilmenor esforço, afinal, motivação é algo que estáúltima lotofácilbaixa durante a pandemia. As pessoas podem até ter uma escrivaninha ou uma mesaúltima lotofácilcozinha para colocar o computador — e simplesmente optam por não usar.

Mas os especialistas dizem que, independentementeúltima lotofáciltrabalhar da cama ser uma opção ou não, o conselho ergonômico é um só: não é bom para o seu corpo, por isso é muito importante variar a postura e apoiar diferentes partes do corpo sempre que possível.

O pescoço, as costas e os quadris, por exemplo, ficam tensos quando você estáúltima lotofáciluma superfície macia que favorece afundar ou se esparramar.

"Nada disso é ideal", diz Susan Hallbeck, diretoraúltima lotofácilengenharia do sistemaúltima lotofácilsaúde da Mayo Clinic, uma das maiores instituiçõesúltima lotofácilpesquisa médica dos Estados Unidos.

"Você não tem o suporte que seja propício ao trabalho."

Os jovens, ela ressalta, são particularmente propensos a se tornarem vítimas desses maus hábitos, uma vez que podem não sentir a tensão gerada imediatamente.

Mas a dor vai aparecer ao longo do caminho. E dependendoúltima lotofácilquão ruins foram seus hábitos no último ano, o estrago já pode estar feito.

Isso depende da pessoa, mas pode ser tarde demais para desfazer os problemas ergonômicos que você vai enfrentar quando envelhecer.

Esses males podem incluir simples doresúltima lotofácilcabeça até rigidez permanente nas costas, artrite e o que é conhecido como dor cervical — dores nos ossos, ligamentos e músculos do pescoço que permitem o movimento.

"Qualquer coisa é melhor do que continuar com o mau hábito. Quando você puder parar, pare", sugere Hallbeck.

Se você precisar continuar trabalhando da cama, tente recriar a experiênciaúltima lotofácilsentar eretoúltima lotofáciluma cadeira o máximo que puder e busque uma "postura neutra" — isto é, evite colocar tensãoúltima lotofácilqualquer parte do seu corpo.

Enrole um travesseiro e posicione sob a região lombar para dar apoio, coloque travesseiros embaixo dos joelhos, tente separar a tela do teclado (se for possível) e posicione a tela no nível dos olhos ou mais alto. Faça o que fizer, evite se deitarúltima lotofácilbruços para digitar; isso realmente tensiona o pescoço e os cotovelos.

Na dúvida, seja criativo, usando, por exemplo, uma tábuaúltima lotofácilpassar roupa como mesa improvisada.

Se for possível, no entanto, vale a pena pagar para ter algum conforto.

"Se você vai trabalharúltima lotofácilcasa por muito tempo" — e a maioria dos especialistas prevê que sim — "realmente vale a pena investirúltima lotofáciluma boa estaçãoúltima lotofáciltrabalho, mesmo que seja uma estaçãoúltima lotofáciltrabalho bem pequena", acrescenta Hallbeck.

Confundindo o cérebro

Quando você trabalha da cama por um ano, isso não apenas destrói potencialmente o seu corpo.

Também é possivelmente prejudicial paraúltima lotofácilprodutividade e hábitosúltima lotofácilsono.

"Como especialistasúltima lotofácilsono, tendemos a recomendar que a cama seja para: dormir, fazer sexo ou para quando você está doente. É isso", diz Rachel Salas, professora associadaúltima lotofácilneurologia e especialistaúltima lotofácilsono da Universidade Johns Hopkins, nos EUA.

"Quanto mais você assiste TV na cama, joga videogame na cama e não dorme na cama, seu cérebro começa a aprender: 'OK, podemos fazer qualquer uma dessas atividades na cama'. Ele começa a construir essas associações, que eventualmente evoluem para comportamentos condicionados."

Isso é o que os especialistas chamamúltima lotofácil'higiene do sono' — basicamente, as boas práticas no que se refere a estar na cama.

Vestir o pijama à noite é uma boa higiene do sono porque indica ao corpo que é horaúltima lotofácilcomeçar a desligar. Ler notícias no celular ou enviar e-mails da cama são exemplosúltima lotofáciluma má higiene do sono.

Então, quando você monta um escritório na cama — com seu laptop, celular, aplicativos e todas as telas brilhantes que seu trabalho exige diariamente —, seu cérebro e corpo mais cedo ou mais tarde paraúltima lotofácilassociar a cama com descanso.

Esse é um dos principais motivos pelos quais a pandemia levou à 'corona-insônia', diz Salas, se referindo ao aumento globalúltima lotofácilinsônia e distúrbios do sonoúltima lotofácildecorrência da pandemiaúltima lotofácilcovid-19.

"Você está realmente treinando seu cérebro a ficar alerta e [contando a ele que] este é o lugar onde suas ideias surgem e estáúltima lotofácilmodo trabalho", acrescenta a especialista.

"Quando você está tentando relaxar e dormir, seu cérebro fica tipo: 'Espera aí, o que estamos fazendo? É horaúltima lotofáciltrabalhar'."

Fazer isso por um ano, ou qualquer períodoúltima lotofáciltempo prolongado, pode levar à insônia ou a algo chamado distúrbio do ritmo circadiano.

É quando os relógios internos do nosso corpo, que nos dizem quando é horaúltima lotofácildormir, ficam foraúltima lotofácilsintonia no longo prazo.

Salas afirma que isso também pode agravar problemas não relacionados ao sono, como a síndrome das pernas inquietas,última lotofácilque as partes afetadas do corpo precisam descansar para evitar os sintomas associados à condição.

E noites conturbadas, dores no corpo ou ambas significam que no trabalho, você tem menos chanceúltima lotofácilser produtivo, criativo ou focado, dizem os especialistas, o que torna provável que seu trabalho seja prejudicado.

Um problema para todos?

A questão mais perniciosa, entretanto, é que todos esses potenciais problemas podem aparecerúltima lotofácilalguns profissionais que trabalham da cama, masúltima lotofáciloutros não.

"Algumas pessoas vão jurar que não é um problema para elas: elas dirão que podem trabalhar na cama, podem dormir na cama", diz Salas.

"Elas podem fazer o que quiserem na cama e isso não afeta negativamente seu sono."

Genética, fatores ambientais, quão ruins são seus hábitos, por quanto tempo você os pratica,última lotofácilidade: tudo isso desempenha um papelúltima lotofácilse trabalhar da cama por um ano ou mais vai realmente ser prejudicial para você.

"Não é uma relaçãoúltima lotofácilresposta à dose", explica Hallbeck.

E embora trabalhar da cama não seja necessariamente algo que você possa — ou queira — mudar, é importante terúltima lotofácilmente que seu corpo e cérebro podem não sentir as consequências no momento. Mas poderão, algum dia.

"Eles não vão sentir isso agora", diz Hallbeck, especialmente sobre os profissionais mais jovens que trabalham da cama.

"Mas à medida que envelhecerem, vai aparecer."

Pode parecer como só mais uma coisa a se preocupar na era da covid-19. Mas, se esse período nos ensinou alguma coisa, é que, no que diz respeito à saúde, é melhor prevenir do que remediar.

"Se você não tiver nenhum dos efeitos negativos, ótimo", afirma Salas.

"Mas pode não ser sempre o caso."

última lotofácil Leia a versão original última lotofácil desta reportagem (em inglês) no site BBC Work Life última lotofácil .

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