'Skiplagging': o truque para comprar passagemanalise apostas esportivasavião mais barata que as companhias aéreas odeiam:analise apostas esportivas

Mulher puxando malaanalise apostas esportivasrodinha

Crédito, Alamy

Legenda da foto, 'Skiplagging' é uma tática usada por viajantes experientes para economizar no preço da passagem

Desta forma, o passageiro não completa a jornada inteira que reservou, mas economiza dinheiro fazendo isso - e é bom lembrar que isso só funciona para quem não despachou bagagem, pois esta só pode ser retirada no destino final.

A prática virou notícia no início deste ano, quando a companhia aérea alemã Lufthansa processou um passageiro que economizou dinheiro pulando um trechoanalise apostas esportivasuma passagemanalise apostas esportivasida e volta.

As companhias aéreas odeiam quando os passageiros tentam burlar o sistema. E, apesar do fatoanalise apostas esportivasprocessos como este tenham fracassado no passado, a Lufthansa pede uma indenizaçãoanalise apostas esportivasmaisanalise apostas esportivasUS$ 2 mil ao passageiro.

Enquanto isso, as empresas tentam conter a ondaanalise apostas esportivaspassageiros que conseguem tarifas mais baratas comprando passagens com as chamadas "cidades ocultas".

"A emissãoanalise apostas esportivasbilhetes com 'cidades ocultas' é um problema que as próprias companhias aéreas estão criando", diz Henry Harteveldt, fundador da empresaanalise apostas esportivasconsultoriaanalise apostas esportivasviagens Atmosphere Research.

"Entendo perfeitamente, como analistaanalise apostas esportivascompanhias aéreas e empresário, por que as companhias aéreas tiram o máximo que podem onde têm vantagem. É disso que se trata o negócio ", diz Harteveldt.

Saídeanalise apostas esportivasaeroporto

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Legenda da foto, Passageiros compram passagem com escala, por ser mais barata, e deixam o aeroporto na cidadeanalise apostas esportivasconexão

"Mas quando uma companhia aérea coloca preços estúpidos e a tarifaanalise apostas esportivasum hub [aeroporto] é absurdamente alta, é quase como se as empresas fizessem um convite às reservas com 'cidade oculta'."

Não se trata da distância

A questão, diz Harteveldt, é a lógica que sustenta os preços das companhias aéreas, o que pode parecer incompreensível para os clientes.

"Se a companhia aérea A tiver um concorrenteanalise apostas esportivasbaixo custo, ela vai equiparar (a tarifa); se não, cobra um ágio. Tudo depende da concorrência, e é por isso que as companhias aéreas reduzem estrategicamente as tarifasanalise apostas esportivasalguns mercados, eanalise apostas esportivasoutros não. Nas minhas discussões com as empresas, elas dizem que não querem perder participaçãoanalise apostas esportivasmercado e vão correr um risco calculado. "

Peter Belobaba, principal pesquisador do Centro Internacionalanalise apostas esportivasTransporte Aéreo do Institutoanalise apostas esportivasTecnologiaanalise apostas esportivasMassachusetts (MIT, na siglaanalise apostas esportivasinglês), diz que esse tipoanalise apostas esportivastarifação é encontradoanalise apostas esportivastodo o mundo.

"Por exemplo, Boston-Las Vegas é uma rotaanalise apostas esportivaslazer que é mais sensível ao preço. Já Boston-Houston é um mercado empresarial, o que significa tarifas mais altas. São mercados muito diferentes quando se trataanalise apostas esportivasconcorrência e sensibilidade aos preços", explica.

Aviões da Lufthansa

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A Lufthansa está processando um passageiro que abandonou o voo durante uma conexão

"Do pontoanalise apostas esportivasvista econômico, faz todo o sentido cobrar tarifas mais baixas na rota Boston-Las Vegas, mesmo que seja mais longe do que Houstonanalise apostas esportivastermosanalise apostas esportivasmilhas, especialmente se a concorrência estiver cobrando US$ 199 por um voo sem escalas ", acrescenta.

Tony Webber, diretor-executivo da empresaanalise apostas esportivaspesquisaanalise apostas esportivasaviação Air Intelligence e ex-economista-chefe da companhia aérea Qantas, diz que processos judiciais contra passageiros, como o apresentado pela Lufthansa, são uma tática assustadora.

Ele explica que o 'skiplagging' tem impacto na receita das companhias aéreas à medida que elas não conseguem maximizar seus ganhos - se tivessem vendido o assento para o voo direto, teria sido provavelmente a uma tarifa mais alta.

Assim, a emissãoanalise apostas esportivaspassagens para 'cidades ocultas' reduz o lucro que a empresa teria por cada assento e dificulta o que já é um negócio com margem reduzida.

Mas, argumenta Harteveldt, as companhias aéreas praticam overbooking (vendaanalise apostas esportivasmais passagens do que assentos disponíveis) porque sabem que alguns passageiros não vão aparecer, então é improvável que o assento fique vazio.

Dilema ético

Ainda assim, passageiros frequentes fustigados pelas altas taxas, serviços ruins, atrasos e cancelamentosanalise apostas esportivasvoos tendem a não se importar muito com os problemas das empresas aéreas.

Os 'skiplaggers' são geralmente os viajantes mais experientes, que costumam ser os melhores clientes da companhia.

E a única maneiraanalise apostas esportivasdescobrir quantas pessoas estão recorrendo à prática é perguntando ao Skiplagged, site que facilita a busca por 'cidades escondidas'analise apostas esportivasconexões.

Terminal para conexãoanalise apostas esportivasaeroporto

Crédito, Alamy Stock Photo

Legenda da foto, A prática também é conhecida como 'hidden city' - ou 'cidade escondida'

O fundador do site, Aktarer Zaman, não respondeu aos questionamentos feitos pela BBC. Mas o fato é que ele parece ter muitos simpatizantes.

Quando a companhia aérea americana United tentou processá-lo sem sucessoanalise apostas esportivas2015, uma campanhaanalise apostas esportivasfinanciamento coletivo arrecadou maisanalise apostas esportivasUS$ 80 mil paraanalise apostas esportivasdefesa.

Mas até que ponto essa prática pode ser questionada? Afinal, a companhia aérea ofereceu um assento a um determinado preço e recebeu esse valor.

A coluna The Ethicist, que debate questões éticas no jornal americano New York Times, não vê problema com o skiplagging. Nos comentários, os leitores concluem que fazer uma compra não obriga você a usar o produto.

"Sim, as companhias aéreas foram remuneradas, mas geralmente essa remuneração proporcional é menor do que o valoranalise apostas esportivasmercado das tarifas para o trecho que o passageiro perdeuanalise apostas esportivaspropósito", explica Webber.

Ou seja, embora a companhia aérea tenha sido paga pelo passageiro, o valor é inferior ao que a empresa teria recebido se o passageiro não tivesse recorrido ao 'skiplagging'.

Na verdade, os contratosanalise apostas esportivastransporte aéreo, que definem unilateralmente o acordo entre a empresa e o passageiro na hora da compra da passagem, muitas vezes proíbem a emissãoanalise apostas esportivasbilhetes para 'cidades escondidas' e prometem tomar uma sérieanalise apostas esportivasmedidasanalise apostas esportivascasoanalise apostas esportivassuspeitaanalise apostas esportivasviolação por parte dos passageiros.

É compreensível, no entanto, que os passageiros tenham aversão a contratosanalise apostas esportivastransporte, uma vez que as companhias aéreas recorram a eles como uma desculpa para não prestar serviços quando algo dá errado.

Negócio arriscado

Como o processo aberto pela Lufthansa mostra, a prática pode ser arriscada para o passageiro. Se você tentar abandonar o vooanalise apostas esportivasuma conexão, pode ser descoberto e até mesmo impedidoanalise apostas esportivassair do aeroporto.

"Requer esforço e tempo para fazer isso", diz Harteveldt.

"Reservar itinerários incomuns pode levantar bandeiras vermelhas, alguém pode sinalizar e monitorar você enquanto voa. Em alguns casos, você pode receber uma carta ou ser recepcionado por um segurança da empresa no portãoanalise apostas esportivasembarque. A intenção das companhias aéreas é intimidar e recuperar o que elas consideram ser perdaanalise apostas esportivasreceita. "

Webber acredita, no entanto, que é quase impossível rastrear passagens para 'cidades escondidas'. Mas com a adoçãoanalise apostas esportivasnovas tecnologias, isso não vai durar muito tempo.

As companhias aéreas já têm muitas informações que podem extrair dos registrosanalise apostas esportivaspassageiros frequentes. E,analise apostas esportivasfato, muitas empresas aguardam o desembarque dos passageiros e os acompanham até o portãoanalise apostas esportivasembarque do próximo trecho.

Ser pego, acrescenta Harteveldt, pode significar comprar uma passagemanalise apostas esportivasúltima hora que custa mais do que o valor que você estava tentando economizar.

As agênciasanalise apostas esportivasviagem, poranalise apostas esportivasvez, podem perder a possibilidadeanalise apostas esportivasemitir bilhetes para determinada companhia aérea se reservarem bilhetes para 'cidades escondidas'.

Além disso, as empresas aéreas podem compartilhar os nomes dos passageiros que adotam esta prática com seus parceiros ou simplesmente bani-los.

Na opinião da jornalista Benét Wilson, que escreve sobre viagens, é algo que os passageiros devem fazer poranalise apostas esportivasprópria conta e risco.

"Eu entendo como os viajantes se sentemanalise apostas esportivasrelação aos preços das passagens e o fatoanalise apostas esportivasque estão tentando roubá-los. Mas isso realmente dependeanalise apostas esportivasonde você mora. Se você moraanalise apostas esportivasum hub, os preços são mais altos. Isso se chama capitalismo."

"Também entendo a tentaçãoanalise apostas esportivascompensar isso, mas você precisa entender que pode ser processado, pode perder todas as suas milhasanalise apostas esportivaspassageiro frequente. Podem cancelaranalise apostas esportivasadesão."

Em resumo, diz ela:

"Não odeie o adversário. Odeio o jogo."

analise apostas esportivas Leia a versão original analise apostas esportivas desta reportagem (em inglês) no site BBC Capital analise apostas esportivas .

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