Conheça soluções para a crise da águabwin ios6 cidades do mundo:bwin ios
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PEQUIM – TRANSPOSIÇÃO DE ÁGUA
A China está entre os 13 países listados pela ONU com grave falta d’água: com 21% da população mundial, o país tem apenas 6% da água potável do planeta.
Cercabwin ios400 cidades do país enfrentam obstáculosbwin iosabastecimento, e Pequim é uma delas: com uma população crescente, a capital já consome mais água do que tem disponívelbwin iosseus reservatórios.
Além disso, diversos rios chineses secaram recentementebwin iosdecorrênciabwin iossecas prolongadas, crescimento populacional, poluição e expansão industrial.
Para enfrentar a questão, a companhiabwin ioságuabwin iosPequim está apostandobwin iosum projeto multibilionário para redirecionar rios, o Projetobwin iosDesviobwin iosÁgua Sul-Norte, cuja primeira etapa deve ser concluída neste ano.
O objetivo é mover bilhõesbwin iosmetros cúbicosbwin ioságua do sul ao norte (mais árido) anualmente ao longobwin iosuma distância superior à que separa o Oiapoque do Chuí (extremos do Brasil), a um custo que deve superar os US$ 60 bilhões. Seria necessária a construçãobwin ios2,5 mil kmbwin ioscanais.
bwin ios -É VIÁVEL EM SP? O governador paulista, Geraldo Alckmin, propôs uma obrabwin iostransposição para interligar o Sistema Cantareira à bacia do rio Paraíba do Sul - proposta polêmica, já que este último é a principal fontebwin iosabastecimento do Estado do Riobwin iosJaneiro, mas vista como "viável" pela Agência Nacionalbwin iosÁguas (ANA). O custo estimado ébwin iosR$ 500 milhões.
No entanto, para Marussia Whately, consultorabwin iosrecurso hídricos do ISA (Instituto Socioambiental), São Paulo estaria avançando sobre outras fontesbwin ioságua sem cuidar da água que tem disponível atualmente.
"Vamos investirbwin iosgrandes obras antesbwin iospensar na gestão das perdasbwin ioságua, no consumo e na degradação das fontesbwin ioságua atuais?", questiona.
<bold><link type="page"><caption> Leia mais: Sudeste pode 'aprender com Nordeste a lidar com a seca'</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2014/08/140820_crise_agua_nordeste_sudeste_rb.shtml" platform="highweb"/></link></bold>
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PERTH (AUSTRÁLIA) – DESSALINIZAÇÃO
Perth é a "cidade mais seca" entre as metrópoles da Austrália. Segundo a presidente da Western Australia Water Corporation, Sue Murphy, as mudanças climáticas ocorreram mais rápido e antes do que era esperado no oeste do país. "Nos últimos 15 anos, a águabwin iosnossos reservatórios foi reduzida para um sexto do que havia antes", disse à BBCbwin iosjunho.
A cidade construiu duas grandes estações para remover o sal da água coletada no Oceano Índico e torná-la potável.
Hoje, Perth obtém metadebwin iossua água potável a partir do mar. Mas os ambientalistas criticam o processo por ser caro e demandar muita energia. Os moradores sentiram o impactobwin iossuas contasbwin ioságua, que dobrarambwin iosvalor nos últimos anos.
A cidade também está fazendo experimentos com o sistema Gnangara,bwin iosmaior fonte hídrica subterrânea. Por uma década, Perth injetou nos aquíferos subterrâneos a água que foi usada pela população, já tratada. A água é filtrada naturalmente pelo solo arenoso e depois extraída para ser consumida pela população ou usada na irrigação agrícola. O teste foi considerado bem-sucedido, e um programa oficial foi estabelecido –bwin iosmeta é obter desta forma 7 bilhõesbwin ioslitros por ano.
"Com um clima mais seco, precisamos ser menos dependentesbwin ioschuva, por isso apoiamos estes projetos", disse Mia Davies, ministrabwin iosÁgua e Florestas do Leste da Austrália. Ao mesmo tempo, houve uma campanha pelo uso racional da água, o que fez com que a demanda por água hoje seja 8% menor do quebwin ios2003, apesarbwin iosa população ter crescido maisbwin ios30%.
bwin ios -É VIÁVEL EM SP? A dessalinização não seria uma opção coerente, diz Whately, do ISA, já que São Paulo não é cidade costeira e o Brasil tem um enorme patrimôniobwin ioságua doce. Ao mesmo tempo, já se falabwin iosrecorrer ao uso emergencialbwin ioságua usada: o governo paulista anunciou nesta semana planosbwin iosconstruir uma Estaçãobwin iosProduçãobwin iosÁguabwin iosReúso na zona sulbwin iosSão Paulo.
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NOVA YORK - PROTEÇÃO DE MANANCIAIS
Uma das maiores cidades do mundo, Nova York iniciou nos anos 1990 um amplo programabwin iosproteção aos mananciaisbwin ioságua, para prevenir a poluição nessas nascentes e, assim, evitar gastos volumosos com tratamento ou buscabwin iosnovas fontesbwin iosabastecimento.
O projeto incluiu aquisiçãobwin iosterras pelo governo nas nascentesbwin ioságua, com o objetivobwin iosprotegerbwin iosvegetação e garantir que os lençóis freáticos continuassem a ser alimentados; assistência financeira a comunidades rurais nessa regiãobwin iostrocabwin ioscuidados com o meio ambiente; e mitigação da poluição nos mananciais. Com isso, a cidade conseguiu ampliarbwin iosdécadas a vida útilbwin iosseus mananciais.
O programa também envolveu campanhas pela redução do consumo. Dados oficiais apontam que o consumo per capita da cidade erabwin ios204,1 galõesbwin ioságua por diabwin ios1991 e caiu para 125,8 galões/diabwin ios2009.
bwin ios - É VIÁVEL EM SP? Para Whately, trata-se da opção mais adequada para a realidade paulista: "A ideia (em Nova York) foi pensar o recurso que eles tinham disponíveis e cuidar deles,bwin iosvezbwin iosinvestirbwin iosobras", diz.
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ZARAGOZA (ESPANHA) – CONSCIENTIZAÇÃO E METAS
Secas severas nos anos 1990 deixaram milhõesbwin iosespanhóis temporariamente sem água. Mas um relatório da Comissão Europeia aponta que o maior problema no país não costuma ser a faltabwin ioschuvas, e sim "uma culturabwin iosdesperdíciobwin ioságua".
A cidadebwin iosZaragoza, no norte, encarou o problema com uma ampla campanhabwin iosconscientizaçãobwin iosescolas, espaços públicos e imprensa pelo uso eficiente da água e o estabelecimentobwin iosmetasbwin iosreduçãobwin iosconsumo. Dos cercabwin ios700 mil habitantes, 30 mil se comprometeram formalmente a gastar menos água.
A estratégia incluiu incentivos para a comprabwin iosaparelhos domésticos econômicos (chuveiros, vasos sanitários, torneiras e máquinasbwin ioslavar louça eficientes, cujas vendas aumentarambwin ios15%); melhoria no uso da águabwin iosedifícios e espaços públicos, como parques e jardins; e cuidados para evitar vazamentos no sistema.
A meta estabelecidabwin ios1997,bwin ioscortar o consumo domésticobwin ioságuabwin iosmaisbwin ios1 bilhãobwin ioslitros águabwin iosum ano, foi atingida. Antes da campanha, diz a Comissão Europeia, apenas um terço das casasbwin iosZaragoza praticava medidasbwin ioseconomiabwin ioságua; ao final da campanha, eram dois terços. O consumo total caiu mesmo com o aumento no númerobwin ioshabitantes.
"O projeto mostrou que é possível lidar com a falta d’águabwin iosum ambiente urbano usando uma abordagem economicamente eficiente, rápida e ecológica", diz o 2030 Water Resources Group, consórcio que reúne ONGs, governos, ONU e empresasbwin iosbuscabwin iossoluções ao uso da água no mundo.
bwin ios -É VIÁVEL EM SP? Não apenas viável como necessário, diz Whaterly, do ISA. "Se houvesse, por exemplo, um amplo programabwin iosincentivos à aquisiçãobwin ioshidrômetros individuais (em vezbwin ioscoletivos) nos edifíciosbwin iosSão Paulo, haveria uma economia brutalbwin ioságua", opina. "Também são necessários incentivos à construçãobwin ioscisternas e sistemas individuaisbwin iosreúso da água."
<bold><link type="page"><caption> Leia mais: Maior crise hídricabwin iosSão Paulo expõe lentidão do governo e sistema frágil</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2014/03/140321_seca_saopaulo_rb.shtml" platform="highweb"/></link></bold>
Whately opina também que, ante a urgência da situação, a cidade precisa fixar metas e incentivos à redução do consumo mais duras do que as promovidas atualmente pela Sabesp - por exemplo, forçando consumidores maiores a cortar mais seu gastobwin ioságua e debatendo a imposiçãobwin iosmultas a quem aumentou o consumobwin iosplena estiagem.
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CIDADE DO MÉXICO – NOVOS AQUÍFEROS
Em junho, o presidente mexicano Enrique Peña Nieto afirmou que 35 milhõesbwin ioshabitantes do país têm pouca disponibilidadebwin ioságua, tantobwin iosqualidade comobwin iosquantidade.
Essa escassez é grave na própria capital, a Cidade do México, onde uma combinaçãobwin iosfatores – como grande concentração populacional, esgotamentobwin iosrios e tratamento insuficiente da água devolvida ao solo – causa extrema preocupação.
Em 2009, partes da cidade foram submetidas a racionamentobwin ioságua após uma forte seca; e autoridades ouvidas pela imprensa local afirmam que, no ritmo atual, a cidade pode não ter água o suficientebwin ios2030.
Uma aposta da Cidade do México são aquíferos identificados no ano passado, cuja viabilidade está sendo estudada. Estão sendo perfurados poços para não apenas confirmar a existência das fontes subterrâneasbwin ioságua, mas também avaliarbwin iosqualidade para consumo humano.
Até 2016, as autoridades dizem que será possível saber se os aquíferos serão ou não uma alternativabwin iosabastecimento para a megalópole. O problema, dizem, é que a perfuração, a 2 kmbwin iosprofundidade, deve sair muito mais cara do que perfuraçõesbwin iosfontes mais próximas à superfície.
Para David Barkin, professor da Universidade Autônoma Metropolitana na Cidade do México e estudioso da questão da água, o plano mexicano pode não ser concretizado por causa dos altos custos envolvidos na exploração do aquífero.
Além disso, diz ele, a forma como as autoridades tratam a água disponível atualmente é "obscena" - citando desperdícios, construções residenciaisbwin iosáreas que deveriam servir para armanezagembwin ioságua natural e problemasbwin iosplanejamento.
bwin ios -É VIÁVEL EM SP? Para Whately, o usobwin ioságua subterrânea já é uma realidade para diversas cidades brasileiras, mas, por serem importantes reservasbwin ioságua para o futuro, seu uso deve ser racional. "Ainda temos pouco conhecimento a respeitobwin iosnossos aquíferos. Eles precisam ser melhor estudados e mais bem cuidados – por exemplo, há locaisbwin iosque o usobwin iosagrotóxicos (no solo) pode prejudicá-los."
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CIDADE DO CABO (ÁFRICA DO SUL) – GUERRA AO DESPERDÍCIO
Khayelitsha, a 20 km da Cidade do Cabo, é uma das maiores "townships" (como são chamadas as comunidades carentes sul-africanas) do país, com 450 mil habitantes. No início dos anos 2000, uma investigação descobriu que cercabwin iosuma piscina olímpica era perdida por hora por causabwin iosvazamentos embwin iosredebwin ioságua.
A principal fontebwin iosdesperdício eram os encanamentos domésticos, muitos dos quais deficientes e incapazesbwin iosresistir alta à pressãobwin iosbombeamento da água.
Com isso, aumentavam o consumobwin ioságua e também a inadimplência, já que muitas pessoas não conseguiam pagar as contas mais caras. Além disso, a Cidade do Cabo vive sob constante ameaçabwin iosfalta d’água.
Um projeto-pilotobwin iosUS$ 700 mil, iniciadobwin ios2001, funcionoubwin iosduas frentes: a reformabwin iosencanamentos ruins e a redução da pressão da água fornecida ao bairro, para evitar os vazamentos.
Segundo um relatório do governo da Cidade do Cabo, o projeto custou menosbwin iosUS$ 1 milhão e o investimento foi recuperadobwin iosmenosbwin iosseis meses.
Com a iniciativa, aliada a uma campanhabwin iosconscientização para evitar desperdícios, Khayelitsha conseguiu economizar 9 milhõesbwin iosmetros cúbicosbwin ioságua por ano, equivalente a US$ 5 milhões, segundo o consórcio 2030 Water Resources.
bwin ios - É VIÁVEL EM SP? Para Whately, as perdasbwin ioságua também são um "problema enorme"bwin iosSão Paulo. "Quase um terço da água é perdida (no caminho ao consumidor), o que equivale a todo o volume do Guarapiranga e Alto Tietê juntos", diz. "Em alguns casos, encanamentos antigos podem contribuir para isso. Seria necessário mapear, com a ajuda das prefeituras, áreas onde há grandes perdasbwin ioságua e identificar os motivos."