Prisão na Noruega é comparada a hotel:cbet neptunas
cbet neptunas Em algumas unidades prisionais da Noruega, o conceitocbet neptunasprisão modelo é levado ao extremo. Características do sistema penitenciário local como prisões para poucos detentos, estímulo ao trabalho, instalações carcerárias adequadas e projetoscbet neptunasressocialização do sentenciado fazem algumas prisões chegarem a ser comparadas com hotéis.
Uma das mais famosas sem dúvida é Halden, que já foi chamada pela imprensa europeiacbet neptunas"a prisão mais humana do mundo". Ela é a menina dos olhos do programa norueguêscbet neptunasencarceramento, que se diz focado na "reabilitação" dos presos e não emcbet neptunas"punição".
Nessa prisão não há celas superlotadas. Na verdade, os detentos ficamcbet neptunasquartos individuais – equipados com televisor, frigobar, escrivaninha e banheiro privado. Nas janelas não há grades, mas sim uma vista para um bosque próximo ao complexo.
Ela abriga criminosos considerados perigosos - condenados por crimes como homicídio, tráficocbet neptunasdrogas e violência sexual - e está longecbet neptunasficar superlotada: foi projetada para abrigar cercacbet neptunas250 detentos (e dificilmente atinge essa marca) e tem quase 350 funcionários para cuidar deles.
A comparação com um hotel é comum, mas irrita boa parte dos presos. Semelhante ao que ocorre nas Apacs brasileiras, apenas sentenciados que já estiveramcbet neptunasoutras prisões dizem sentir-se felizardos por estar lá.
Ilha
Também na Noruega, a prisãocbet neptunasBastoy, para sentenciadoscbet neptunasbaixa periculosidade, faz os detentos cumpriremcbet neptunaspena como se vivessemcbet neptunasuma pequena vila. A comunidade possui 80 edifícios, ruas, plantações, um campocbet neptunasfutebol, uma escola, uma igreja, lojas e até praias.
A gestão da prisão tenta seguir uma visão sustentável, adotando até ações para diminuir as emissõescbet neptunasCO2.
Mas nem todas as prisões do país seguem modelos como esses. Mas mesmo as prisões "normais" não se comparam à realidadecbet neptunassuperlotação e faltacbet neptunasinfraestruturacbet neptunasalgumas unidades brasileiras como Pedrinhas, no Maranhão, o presídio Centralcbet neptunasPorto Alegre, ou os Centroscbet neptunasDetenção Provisóriacbet neptunasSão Paulo.
Na prisãocbet neptunassegurança máximacbet neptunasLla – onde está preso Anders Breivik, o atirador que assassinou 77 pessoascbet neptunasuma ilhacbet neptunas2011 – cada detento também temcbet neptunascela individual, acesso a computador (sem internet), ginásio para exercícios e biblioteca.
Com menoscbet neptunas150 presos e quase 250 guardas e funcionários, a segurança é feita sem armascbet neptunasfogo.
Usando esses modelos, autoridades norueguesas dizem que conseguem baixar as taxascbet neptunasreincidênciacbet neptunaspresos no crime para 20% no sistema prisional como um todo. No Brasil, essa taxa giracbet neptunastornocbet neptunas70%.
Mas certamente há diferenças. É mais fácil ter projetoscbet neptunasexcelência quando a população carcerária do país não ultrapassa os 4.000 detentos, como é o caso da Noruega, segundo dadoscbet neptunas2010 do ICPS (sigla do Centro Internacional para Estudos Prisionais). O Brasil tem quase 550 mil presos (dadoscbet neptunas2012).
A manutençãocbet neptunasum preso na prisão modelocbet neptunasHalden custaria ao Estado o equivalente a aproximadamente R$ 37 mil por mês.
No Brasil, a realidade orçamentária é muito mais modesta. O custo mensal aproximadocbet neptunasum preso no sistema estadual écbet neptunasR$ 1.800, segundo o Ministério da Justiça. Em uma prisão federal, o custo écbet neptunasaproximadamente R$ 4 mil.
Mas, segundo analistas, por causa dos altos índicescbet neptunasreincidência, o modelo que ressocializa ao invéscbet neptunasapenas punir pode acabar sendo um investimento que compense - e que, por isso, mereça ser considerado.