Prisões brasileiras são 'um inferno', diz Barbosabetesporte comercialLondres:betesporte comercial
Considerado o complexo penitenciário mais violento do Brasil, Pedrinhas sofre com superlotação das celas e infraestrutura precária. Vídeos recentes mostrando presos sendo decapitados durante uma violenta rebelião ocorrida no interior do presídio ganharam as manchetes da imprensa brasileira e contribuíram para afundar o governo maranhensebetesporte comercialuma crise sem precedentes.
Em dezembro do ano passado, pouco antesbetesporte comercialentrarbetesporte comercialférias, Barbosa recebeu um relatóriobetesporte comercialum juiz do Conselho Nacionalbetesporte comercialJustiça (CNJ), órgão que também preside, sobre a situação da penitenciária.
"Vi algumas fotos do que aconteceu lá (em Pedrinhas) e fiquei horrorizado. Mas não pensem que isso só acontece no Maranhão. São locais onde há a absoluta ausênciabetesporte comercialpoder do Estado", afirmou ele.
Preconceito
Convidado para falar sobre o funcionamento do STF, Barbosa deixoubetesporte comerciallado o protocolo e abordou temas variados durante seu discurso, desde a lentidão do Judiciário ao crescimentobetesporte comercialpolíticos ligados a Igrejas evangélicas.
Suas declarações mais fortes foram feitas quando o ministro encerroubetesporte comercialexposição sobre a Corte e decidiu responder a perguntas da plateia.
Sobre racismo, Barbosa afirmou que o Brasil "precisa fazer algo para incluir os negros na sociedade".
"O Brasil nunca enfrentoubetesporte comercialfrente o preconceito contra negros. As cotas não são o bastante. Se o país quer ser respeitado como um grande player no cenário mundial, é preciso fazer algo para inserir essas pessoas", afirmou ele.
"E isso se dá através da educação, que é, no meu ver, o principal problema do Brasil", acrescentou.
Segundo Barbosa, ainda que "respondam por mais da metade da população brasileira", os negros ainda têm uma participação "pequena" nas camadas mais altas da sociedade.
"A televisão brasileira, por exemplo, é dinamarquesa", criticou Barbosa, provocando risos no auditório.
Corrupção e fundamentalismo
O presidente do STF também mencionou casosbetesporte comercialcorrupção no Judiciário e ressaltou o papel do Conselho Nacionalbetesporte comercialJustiça (CNJ) como órgão punitivo.
"Muitos juízes brasileiros são honestos, mas nem todos. Há alguns poucos que não são. Nesse sentido, o CNJ tem tido um papel importante."
Ao ser questionado se acredita que o Brasil está dando "um passo para trás" ao misturar "religião e política", Barbosa afirmou que não encara o crescimento no númerobetesporte comercialpolíticos com filiações religiosas como "uma ameaça" para o país.
"Trata-se, no entanto,betesporte comercialuma clara distorção no sistema político. O Brasil é um Estado laico e assuntosbetesporte comercialEstado não deveriam se envolver com religião. Algo precisa ser feito", afirmou o presidente do STF, sem mencionar o quê.
Barbosa reiterou mais uma vez que não tem intençãobetesporte comercialconcorrer à presidência.
"Nunca fui político, nunca fui filiado a nenhum partido e não vou ser candidato à presidência", disse.
Ao fim da palestra, o presidente do STF foi ovacionado pelo público. Rodeado por estudantes, ele teve dificuldadebetesporte comercialdeixar o auditório dada à quantidadebetesporte comercialpedidosbetesporte comercialfoto.
Londres foi a última etapabetesporte comercialum ciclobetesporte comercialseminários e encontros que Barbosa realizou na Europa. Antesbetesporte comercialchegar ao Reino Unido, o magistrado esteve na França, onde encontrou autoridades e também deu palestras.
O ministro estava inicialmentebetesporte comercialférias, mas decidiu renunciar ao descanso para participar dos eventos. A decisãobetesporte comercialBarbosa gerou polêmica após o jornal O Estadobetesporte comercialSão Paulo noticiar que ele ganhou 11 diáriasbetesporte comercialtrabalho, no valor totalbetesporte comercialR$ 14 mil.