Movimento estudantil desafia o chavismo na Venezuela:gestao de banca sportingbet

Manifestaçõesgestao de banca sportingbetestudantesgestao de banca sportingbetCaracas | Foto: AFP

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Legenda da foto, Universitários se mobilizaram após tentativagestao de banca sportingbetviolentar estudante

gestao de banca sportingbet Milharesgestao de banca sportingbetestudantes protestaram nos últimos dois diasgestao de banca sportingbetCaracas contra o governo venezuelano, no maior desafio à liderançagestao de banca sportingbetNicolás Maduro desde que ele assumiu o comando do país, após a mortegestao de banca sportingbetHugo Chávez.

Apoiados por gruposgestao de banca sportingbetoposição, os estudantes pedem ação imediata contra os altos índicesgestao de banca sportingbetcriminalidade, a inflação e a faltagestao de banca sportingbetbensgestao de banca sportingbetconsumo básicos.

Na quarta-feira passada, o protesto terminougestao de banca sportingbetconfronto e deixou três mortos - um manifestante pró-governo e dois estudantes, que se manifestavam contra a administração chavista - e dezenasgestao de banca sportingbetferidos.

A líder estudantil Gabriela Arellano, conselheira universitária da Universidade dos Andes, disse à BBC que os confrontos começaram quando grande parte dos mobilizados já tinham se dispersadogestao de banca sportingbetmeio a rumores da chegadagestao de banca sportingbetgovernistas radicais conhecidos como "coletivos".

Pouco depois, homensgestao de banca sportingbetmotocicletas chegaram atirando no resto da multidão.

"Era uma manifestação pacífica, mas lamentavelmente os grupos armados que o governo lidera transformaram o diagestao de banca sportingbetluto", relembra a estudantegestao de banca sportingbethistóriagestao de banca sportingbet26 anos, que afirma ter vídeosgestao de banca sportingbetvizinhos que demonstram o acontecido.

Arellano, ao ladogestao de banca sportingbetmilharesgestao de banca sportingbetcidadãos a pé e representantes políticosgestao de banca sportingbetoposição, havia chegado à porta do Ministério Público para exigir a liberação dos estudantes detidos na semana passada nos protestos contra a insegurança, organizadosgestao de banca sportingbetdiferentes cidades do país.

Mas para o governo, os manifestantes são "fascistas" tentando dar um golpegestao de banca sportingbetEstado como ogestao de banca sportingbetabrilgestao de banca sportingbet2002, quando o então presidente Hugo Chávez foi deposto por 48 horas após os episódios violentos registrados nos arredores do Paláciogestao de banca sportingbetMiraflores.

O presidente Nicolás Maduro pediu a seus apoiadores que vão às ruas no sábado "pela paz e contra o fascismo". Ele chegou a convocar uma manifestação para a última quinta-feira, mas poucos manifestantes compareceram.

Manifestação na quarta-feira | Foto: Reuters

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Legenda da foto, Protesto da quarta-feira terminougestao de banca sportingbetconfronto que deixou três mortos

Maduro afirma que não será deposto, apesargestao de banca sportingbetos manifestantes negarem qualquer intençãogestao de banca sportingbetdar um golpegestao de banca sportingbetEstado.

Oposição?

Daniel Martínez, presidente da Federaçãogestao de banca sportingbetEstudantes da Universidade Simón Bolívar, explicou que os protestos das últimas duas semanas se devem à insegurançagestao de banca sportingbetque padecem os centros acadêmicos.

As manifestações começaram após uma estudante universitária sofrer uma tentativagestao de banca sportingbetestupro. Rapidamente os protestos ganharam um teor antigoverno.

"Os protestos se intensificaram porque detiveram e reprimiram estudantes que se manifestavam pacificamente. Prenderam estudantesgestao de banca sportingbetmenosgestao de banca sportingbet24 horas", afirma Martínez, estudantegestao de banca sportingbetarquiteturagestao de banca sportingbet23 anos.

A Federaçãogestao de banca sportingbetEstudantes, principal órgão estudantil do país, diz que doze dos universitários permanecem presos, mantidos a centenasgestao de banca sportingbetquilômetrosgestao de banca sportingbetsuas casas, tratados como delinquentes comuns e acusadosgestao de banca sportingbetatosgestao de banca sportingbetterrorismo e outros crimes.

Determinados setores da oposição atenderam à convocação dos estudantes. Em especial Leopoldo López, ex-prefeitogestao de banca sportingbetChacao e líder do partido Vontade Popular.

Um dia depois do confronto, segundo a imprensa local, o governo emitiu uma ordemgestao de banca sportingbetprisão contra López, que foi acusadogestao de banca sportingbetincitação à deliquência, intimidação pública, danos à propriedade pública e até homicídio doloso qualificado.

Apesargestao de banca sportingbetos estudantes reconhecerem que se opõem ao governogestao de banca sportingbetMaduro, eles não querem ser chamadosgestao de banca sportingbet"oposição".

"Os estudantes são oposição ao status quo, sempre queremos que as coisas sejam melhores, mas isso não significa que sejamos a voz dos partidosgestao de banca sportingbetoposição, não somos um partido político. Somos a vozgestao de banca sportingbetum país que pede mudanças", disse Martínez.

"Nos opomos à violência que vem do governo. Nos opomos à maneira como este governo administra as universidades. Nos opomos à maneira como este governo faz muitas coisas que fazem os venezuelanos sofrerem todos os dias."

Sempre nas ruas

Os universitários venezuelanos são historicamente a vanguarda dos protestosgestao de banca sportingbetrua no país e muitosgestao de banca sportingbetseus líderes chegaram a postosgestao de banca sportingbetpoder.

Assim foi com o fim das emissões do canal Radio Caracas Televisióngestao de banca sportingbet2007, durante a presidênciagestao de banca sportingbetChávez, quando os universitários lideraram as manifestações.

De fato, eles estão presentes sempre que acontecem mudanças políticas, como por exemplo durante a geraçãogestao de banca sportingbet1928, quando surgiram líderes estudantis como o ex-presidente Rómulo Betancourt, que enfrentava naquele momento o regimegestao de banca sportingbetJuan Vicente Gómez.

Manifestaçãogestao de banca sportingbetCaracas | Foto: Reuters

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Legenda da foto, Estudantes negam acusaçõesgestao de banca sportingbetMaduro, que falagestao de banca sportingbet"golpegestao de banca sportingbetEstado"

Depois disso, os protestos estudantis levaram à derrubada do governogestao de banca sportingbetMarcos Pérez Jimánezgestao de banca sportingbet1958, além da presença quase constante dos jovens nos protestos populares que continuaram a acontecer no períodogestao de banca sportingbetalternância entre os partidos Acción Democrática e Copei.

"Na história da Venezuela, os estudantes são a vanguarda, a consciência da sociedade pisoteada e oprimida. Hoje o governo é um partido que já está há 15 anos no poder, mas antigamente a universidade também era contestadora e crítica diante dos abusos", disse Arellano.

O presidente Nicolás Maduro acusou aos participantes dos protestos do 12gestao de banca sportingbetfevereirogestao de banca sportingbetquerer provocar um golpegestao de banca sportingbetEstados e os chamou repetidas vezesgestao de banca sportingbet"fascistas", mas os estudantes negam as acusações.

"Não somos golpistas, o que somos e representamos é a mudança que este país precisa. Falamgestao de banca sportingbetrevolução, mas fazem o mesmo que governo anteriores. Falamgestao de banca sportingbetrevolução e o país está cada vez pior. Os verdadeiros revolucionários são os estudantes que querem transformar este país", afirma Daniel Martínez.

"Sempre que alguém protesta por um direito, o governo sai com o discursogestao de banca sportingbetque 'sofremos um golpegestao de banca sportingbetEstado' ou que 'estão criando uma agenda oculta para desestabilizar'. Desestabilizada está a sociedade venezuelana que vive com medo e fazendo filas", disse a líder estudantil Arellano.

Ela afirmou ainda que "se o governo fizer as coisas bem, o povo voltará para suas casas". "Mas se o governo, ao invésgestao de banca sportingbetresponder as exigências, aumentar a criminalização, a perseguição e as torturas, obviamente terá muito mais pessoas na rua", afirma.