Morteslot rubyex-miss obriga Maduro a assumir criseslot rubysegurança na Venezuela:slot ruby
O casoslot rubyAndreína é parte do cotidianoslot rubymuitas famílias venezuelanas que permanecem no anonimato, vitimadas pelos altos índicesslot rubyimpunidade apontados como uma das causas que alimentam a violência na Venezuela.
"O assassino do meu filho continua solto. A impunidade é o grande problema", reclama. Dadosslot rubyONGs indicam que somente 3% dos casosslot rubyhomicídios no país são julgados e seus responsáveis, sentenciados.
Planoslot ruby'pacificação'
No casoslot rubySpear, o desenlace parece ser outro. As autoridades venezuelanas aceleraram as investigações e sete suspeitos do duplo homicídio estão detidos. A filhaslot rubycinco anos do casal, ferida durante o assalto, está foraslot rubyperigo.
A comoção interna e a notoriedade internacional do caso levaram o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, a convocar uma reuniãoslot rubyemergência, na quarta-feira, com governadores e prefeitos, aliados e opositores, para desenhar um planoslot ruby"pacificação" para o país.
Participou, inclusive, o governador opositor e ex-candidato presidencial Henrique Capriles, principal líder anti-chavista.
O apertoslot rubymãos entre o presidente e Capriles - que até então não havia reconhecido a legitimidadeslot rubyMaduro como mandatário eleito - foi visto como um gestoslot rubyrara conciliaçãoslot rubytorno do problema, principal fatorslot rubypreocupaçãoslot ruby8 entre cada 10 venezuelanos.
"Como interromper a matança na Venezuela? O que é necessário fazer que ainda não fizemos? Porque algo não fizemos para que isso ocorra dessa maneira, ainda que seja verdade que baixaram alguns índices (de violência) aqui e ali", afirmou Maduro durante o encontro, ao prometer atuar com "mãoslot rubyferro" contra os criminosos.
Armas
Entre as medidas imediatas anunciadas por Maduro - que prometeu obter resultados concretosslot rubyum mês - estão a ampliação do programa social A Toda Vida Venezuela,slot rubycombate à criminalidade, a elaboraçãoslot rubyuma leislot rubypacificação e o reforço no policiamento e desarme.
"Ninguém pode ficar com armas, as armas são da República", afirmou Maduro.
A oposição vê com desconfiança o chamadoslot rubyconciliação para combater o problema. "Se queremos ganhar a luta contra a violência temos que ter fatos, não retórica", afirmou Capriles, após o encontro.
Nas redes sociais, como é comum no país, a politização do caso é evidente. Durante um protesto convocado por atores, na segunda-feira, uma fâ da atriz chegou a pedir a incorporação da penaslot rubymorte na Constituição.
Crise no gabinete
A crise teria provocado também uma reviravolta no Palácioslot rubyMiraflores, a sede do governo. Nesta quinta-feira, todos os ministros colocaram seus cargos "à disposição" do presidente para facilitar uma "renovação" no governo.
Na véspera, Maduro havia ordenado a destituição do diretor da Polícia Nacional Bolivariana e da presidente da Unes, Universidadeslot rubyformação policial.
Para Luis Cedeño, diretor da ONG Paz Ativa, a reação do governo é "adequada". "Hugo Chávez nunca tratou diretamente do problema. Maduro finalmente assumiu a responsabilidade e isso é um passo importante", afirmou Cedeño à BBC Brasil.
Chávez considerava que o combate à violência deveria ocorrer a partir do combate à da desigualdade social. Críticos apontam, no entanto, que sem uma reforma dos sistemas Judicial, Penitenciário -slot rubyestado similar ou pior ao do Brasil - eslot rubySegurança Civil, a inclusão social, por si só, não basta para resolver o problema. " A pobreza caiu, as condiçõesslot rubyvida melhoraram, mas a insegurança cresceu", afirma Luis Cedeño.
A Venezuela é um dos países mais violentos do hemisfério, com um índiceslot ruby39 homicídios por cada 100 mil habitantes,slot rubyacordo como Ministérioslot rubyInterior e Justiça.
Relatórioslot ruby2012 do escritório antidrogas da ONU cita cifras ainda maiores, com 45 homicídios acada 100 mil habitantes. No Brasil, aindaslot rubyacordo com as Nações Unidas, a taxa éslot ruby21 assassinatos por cada 100 mil habitantes.
"Quantos famosos mortos serão necessários para que medidas efetivas sejam tomadas?", questiona à BBC Brasil o músico Victor Huaman. "Monica Spear representa todos os mortos venezuelanos? Não acredito. Onde estão os responsáveis pelos mortos anônimos diários, das crianças que, assim como a filha dela, ficaram órfãs?"
Huaman foi vítimaslot rubyum sequestro relâmpago - esteve 15 horas sob poderslot rubyassaltantes até ser liberado.
"Nos acostumamos a ir cedo pra casa por temor à violência, mas não questionamos por que isso ocorre. O medo se tornou um negócio e as pessoas se escondemslot rubycarros blindados, atrásslot rubygradesslot rubyproteção ou até mesmo com uma arma, mas isso não gera incomodidade suficiente para despertar uma reaçãoslot rubytoda a sociedade,slot rubychavistas e opositores", afirmou.