Cairo tem 'diap1xbetBagdá' com bombas nas ruas e moradores assustados:p1xbet

Explosãop1xbetbomba no Cairo. Foto: Reuters

Crédito, REUTERS

Legenda da foto, Sexta-feira foi um dos dias mais tensos dos últimos meses no Cairo
  • Author, Hugo Bachega
  • Role, Do Cairo para a BBC Brasil

p1xbet A sexta-feira ainda amanhecia quando o chão tremeup1xbetdiversos bairros do Cairo. Um carro-bomba explodiup1xbetfrente a um prédiop1xbetsegurança no centro da capital, deixando quatro mortos, incluindo três policiais. Era só o início do diap1xbetBagdá do Cairo.

Outras três explosões, todas ao redorp1xbetinstalações policiais, deixaram outros dois mortos, na véspera do terceiro aniversário da revoluçãop1xbet2011, neste sábado.

A explosão no centro deixou uma enorme cratera na rua e destruiu diversos andares do prédio. O ataque danificou ainda o Museup1xbetArte Islâmica do Cairo e, à noite, voluntários diziam que cercap1xbetmetade dos artigos poderia ter sido perdida.

O ataque, no entanto, não assustou uma multidãop1xbetegípcios que se agrupoup1xbetfrente ao prédio, agitando bandeiras e pôsteres do general Abdel Fattah al-Sisi, chefe das Forças Armadas, e cantando músicas porp1xbetcandidatura à Presidência, ignorando as poçasp1xbetsangue no chão e destroços do carro explodido.

'A cama tremeu'

Num bairro residencial do Cairo, um artefato explodiu pertop1xbetuma estação do movimentado metrô. “A cama tremeu”, contou um morador. Horas depois, mais atos pró-Sisi. Em todos os casos, manifestantes já tinham seus culpados: a Irmandade Muçulmana.

Relatos surgiamp1xbetque possíveis integrantes do grupo islâmico estariam sendo perseguidos nas ruas e policiais estariam desaconselhando motoristas com longas barbas, uma tradiçãop1xbetmembros da Irmandade, a evitar áreas consideradas delicadas. Jornalistas também reportavam serem atacados por multidões enfurecidas, no que se tornou habitual no Egito.

Durante todo o dia, o voo rasantep1xbetum helicóptero militar atraía olhares dos poucos que se saíam às ruas, que já estavam tomadas por veículos do Exército e soldados, num reforçop1xbetsegurança para os atos deste sábado.

Já à noite, Cairo era uma cidade diferente. Um perturbador silêncio tomou conta da capital, quieta sem as buzinas dos carros, ausentes das ruas. Restaurantes e bares, que têm na sexta-feira ump1xbetseus mais movimentados dias, fecharam por questõesp1xbetsegurança, num ato raro por aqui.

Não precisava tanto: moradores preferiram ficarp1xbetcasa, temendo novos ataques com o fim do dia. Muitos tentavam entender a escalada da violência, mas pareciam ser unânimesp1xbetque "este era só o começo", como disse um egípcio.

A cidade acordava neste sábado já respirando tensão, com dezenasp1xbetmarchas programadas por diferentes grupos para relembrar a revolução, numa receita para novos confrontos.

Na emblemática praça Tahrir, acessos estavam fechados e um helicóptero do Exército já sobrevoava a área nas primeiras horas da manhã. Lojas estavam fechadas e a maioria das ruas permanecia deserta.

O Cairo, novamente, se preparava para o pior.