No Egitosportingbet casino appconflito, a 'guerra' também é midiática:sportingbet casino app
O discurso homogêneo ficou escancarado nos dias que antecederam o referendo à Constituição, realizado nesta semana e cuja aprovação deverá ser por uma grande maioria, sem nenhuma surpresa.
A forte campanha pelo "sim" que havia tomado as ruas migrou para as telas, com apresentadores atuando como militantes e opiniões discordantes sendo criticadas no ar. Um canal privado dizia que o voto afirmativo significaria o fim da Irmandade, gruposportingbet casino appMorsi. Em outra emissora, telespectadores eram convidados a explicarem os motivos pelos quais aprovariam a nova Carta.
Uma mãe teria denunciado o próprio filho à polícia por ele pertencer a um grupo crítico ao Exército e à Constituição, após ter assistido a um programa na TV que descreveu este movimento como "traidor", informou um jornal online local.
"A imprensa deliberadamente não conseguiu cumprir seu papel", disse o Instituto do Cairo para Estudossportingbet casino appDireitos Humanos, que monitorou a imprensa local durante o referendo. Para o grupo, a mídia egípcia teve uma "cobertura propagandística", ausentesportingbet casino app"todas as normas e princípios profissionais".
"A mídia tornou-se uma campanhasportingbet casino appmobilizaçãosportingbet casino appuma nota só, com o único tom dissonante oferecido pela Al-Jazeera Mubasher Egito. No entanto, (ela) também não foi capazsportingbet casino appfornecer uma cobertura profissional imparcial do processo", disse o relatório.
Do amor ao ódio à Al Jazeera
Discordar da linha oficial é quase proibido no Egito nestes dias. O diretorsportingbet casino appum canal estatal foi afastado neste mês após a emissora exibir, por oito minutos, um documentário favorável a Morsi, cuja Irmandade foi considerada uma "organização terrorista" pelas autoridades, termo rapidamente adotado por grande parte da imprensa.
Alémsportingbet casino apptoda a liderança do grupo ter sido presa, opositores que fizeram campanha pelo "não" no referendo desta semana também foram detidos, mesmo destinosportingbet casino apprenomados ativistas egípcios críticos ao governo.
Mas é a Al-Jazeera que tem sido o principal alvo das autoridades. A rede, que causou a ira coletivasportingbet casino appegípcios ao chamar a ação do Exércitosportingbet casino app"golpe", é vista como simpatizante à Irmandade. Ironicamente, o mesmo canal era idolatrado por manifestantes há três anos, porsportingbet casino appcobertura das revoltas no mundo árabe.
A emissora teve seus escritórios no Egito fechados e cincosportingbet casino appseus jornalistas continuam presos - dois deles há cinco meses. Os outros três, ligados ao canalsportingbet casino appinglês da emissora, foram detidos enquanto trabalhavamsportingbet casino appum hotel no Cairo e podem enfrentar acusaçõessportingbet casino appenvolvimento com organização terrorista e ameaça à segurança nacional. No ano passado, outra equipe havia sido presa e deportada enquanto trabalhava na capital egípcia.
Críticos dizem que o canal local da rede exagera emsportingbet casino appcobertura, inflando a participaçãosportingbet casino appmanifestantessportingbet casino appatos contra o governo ousportingbet casino appseu discurso a favor da Irmandade.
"A Al-Jazeera Mubasher realmente tem sido a voz da Irmandade Muçulmana. Tudo é tendencioso, daí reação à cobertura. Isso não significa que seja uma boa ideia colocar jornalistas na cadeia", disse a professora Naila Hamdy, do Departamentosportingbet casino appJornalismo e Comunicações da Universidade Americana no Cairo.
Durante a cobertura do referendo, cinegrafista que trabalhava para a agênciasportingbet casino appnotícias Associated Press, foi detido enquanto retransmitia imagenssportingbet casino appuma sessãosportingbet casino appvotação no Cairo. O mesmo vídeo estava sendo televisionado, ao vivo, pela Al-Jazeera egípcia, o que levou autoridades à conclusãosportingbet casino appque ele era empregado da emissora do Catar, informou a AP.
Câmera vista como ameaça
Não são apenas jornalistas da Al-Jazeera que se tornaram alvo no Egito. Correspondentes e fotógrafos estrangeiros relatam detenções ou questionamentossportingbet casino appautoridades quase diários enquanto trabalham no país.
A situação piorou após a ação das forçassportingbet casino appsegurança que matou centenassportingbet casino apppartidáriossportingbet casino appMorsi,sportingbet casino appagosto do ano passado, quando a imprensa internacional passou a ser acusada por autoridadessportingbet casino appser simpática à Irmandade – tese que foi amplamente acolhida por egípcios, que se tornaram apáticos à atuaçãosportingbet casino apprepórteres estrangeiros.
Poucos casos revelam a atual relação das autoridades com a imprensa do que um revelado pela revista The Economist, e que virou motivosportingbet casino appchacota na internet: uma equipesportingbet casino apprelações públicassportingbet casino appWashington foi contratada pelo governo para melhorar a imagem do Egito e enviou uma equipe para fazer gravações no país. O grupo, no entanto, foi detido horas depoissportingbet casino appiniciar seus trabalhos no Cairo.
Um fotógrafo estrangeirosportingbet casino appum jornal local foi ao Twitter desabafar após ter seu material revistado sucessivas vezes ao trabalhar na emblemática praça Tahrir, no centro do Cairo: "Algo está errado quando uma câmerasportingbet casino appuma praça da cidade é tida como tão perigosa quanto uma arma".