Demitido por não cortar água, 'Robin Hood' francês tenta reaver emprego:foto cassino las vegas

Água | Crédito: AP

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Legenda da foto, Homem foi desligadofoto cassino las vegasempresa ao se recusar a interromper fornecimentofoto cassino las vegaságua a clientes devedores
  • Author, Daniela Fernandes
  • Role, De Paris para a BBC Brasil

foto cassino las vegas Um francês, demitido por ter se recusado a cortar a águafoto cassino las vegasfamílias pobres que não pagavam as contas, tenta reaver seu emprego na Justiça.

Marc, cujo sobrenome não foi revelado pela imprensa, trabalhou durante 20 anos na filialfoto cassino las vegasgestãofoto cassino las vegaságuas da multinacional francesa Veolia, que fatura maisfoto cassino las vegas29 bilhõesfoto cassino las vegaseuros e emprega 318 mil pessoasfoto cassino las vegas48 países do mundo.

O homem trabalhava no serviçofoto cassino las vegascobranças na unidade do grupofoto cassino las vegasAvignon, no sul da França, e era encarregadofoto cassino las vegascortar o fornecimentofoto cassino las vegaságuafoto cassino las vegasclientes devedores.

Mas desde 2006 ele se recusava a cumprir a tarefa, apesar das inúmeras advertências da direção da empresa.

Na cartafoto cassino las vegasdemissãofoto cassino las vegasMarc, a empresa justifica o desligamento pela "recusa da realização dos fechamentos do sistemafoto cassino las vegaságua decorrentes do não pagamento das contas".

"Em algumas das casas, a geladeira estava vazia, não havia nada para comer. Sou antesfoto cassino las vegastudo humano", disse Marc à rádio France Bleu Vaucluse.

"Eu tentava negociar com essas pessoas, propondo dividir os valoresfoto cassino las vegasvárias prestações, orientá-las, elas não eram maus pagadores", declarou Marc, que afirma ter solicitado à empresa inúmeras vezesfoto cassino las vegastransferência a um outro serviço do grupo.

"Há anos eu pedia para mudarfoto cassino las vegasfunção. Não é fácil ir à casa das pessoas para cobrar dinheiro. Muitas vezes fui insultado", diz o ex-funcionário.

A Veolia alega que o não cumprimento das ordens para cortar o fornecimentofoto cassino las vegaságua causava problemas à organização da empresa, já que outros empregados tinhamfoto cassino las vegasrealizar a tarefa no seu lugar.

"Nafoto cassino las vegasficha, estava escrito que ele tinha essa missão. Nós somos uma empresa com regras. Os funcionários não escolhem as tarefas que eles têm vontadefoto cassino las vegasrealizar", afirmou um responsável regional da Veolia.

A empresa afirma que os cortesfoto cassino las vegaságua diziam respeito aos "maus pagadores". Segundo um porta-voz da companhia, "as pessoas desfavorecidas são da alçada dos serviços sociais, que podem assumir uma parte ou o montante total das contas não pagas".

Quando era possível, Marc instalava no relógiofoto cassino las vegaságua um sistema que diminuía a forçafoto cassino las vegasvazão, mas permitia ao usuário manter o fornecimento, com um volumefoto cassino las vegaságua reduzido.

O ex-funcionário afirma que desde 2009 houve mudanças na política da empresafoto cassino las vegasrelação aos clientes devedores e que o corte totalfoto cassino las vegaságua passou a ser exigidofoto cassino las vegasforma sistemática.

Segundo o jornal regional Midi Libri, 1 mil famílias na regiãofoto cassino las vegasAvignon teriam sido beneficiadas pela decisão do funcionáriofoto cassino las vegasnão cortar o fornecimentofoto cassino las vegaságua.

Apoio

O ex-funcionário ganhou o apoiofoto cassino las vegassindicatos efoto cassino las vegasmoradoresfoto cassino las vegasAvignon.

"A água é um bem universal. Marc se recusava simplesmente a cortar a águafoto cassino las vegaspessoas desfavorecidas. Algumas não tinham mais móveis nem comidafoto cassino las vegascasa", diz Thierry Lapoirie, secretário-geral da unidade regional do sindicato CGT.

Uma petição intitulada "Demitido pelo direito à água", lançada pelo sindicato na internet, recolheu 7 mil assinaturas.

O julgamentofoto cassino las vegassua demissão e seu pedido para ser reintegrado a outro serviço da companhia deveria ter ocorrido nesta quinta-feira, mas a decisão foi adiada para março.

Dezenasfoto cassino las vegaspessoas com cartazes se reuniram nesta quinta-feirafoto cassino las vegasfrente ao tribunal do Trabalhofoto cassino las vegasAvignon para apoiar o ex-funcionário e protestar contrafoto cassino las vegasdemissão e os "cortesfoto cassino las vegaságua selvagens".

"Esse senhor é muito corajoso. Temos o direitofoto cassino las vegasnos revoltar contra afoto cassino las vegasdemissão. A água não é uma mercadoria", afirmou Marie-Helène, uma das manifestantes, ao jornal Midi Libre.