Com reforçonovibet kifisiafronteiras na Europa, imigrantes optam por 'rotas da morte':novibet kifisia
- Author, Daniela Fernandes
- Role, De Paris para a BBC Brasil
novibet kifisia Com o reforço da segurança nas fronteirasnovibet kifisiatoda a Europa e nos Estados Unidos, imigrantes ilegais são cada vez mais obrigados a optar por rotas perigosas para chegar aos seus destinos, aumentando o númeronovibet kifisiavítimas fatais nessas jornadas.
Segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), já chega a 900 o númeronovibet kifisiamortos só na travessia do mar Mediterrâneo, rota usada por imigrantes ilegais africanos que tentam chegar às ilhasnovibet kifisiaLampedusa, Sicília e Malta, no sul da Europa.
O número é quase o dobro do registradonovibet kifisia2012 e o triplonovibet kifisiadez anos atrás.
"O númeronovibet kifisiamortes vem crescendo porque as fronteiras europeias são cada vez mais vigiadas", disse à BBC Brasil Jumbe Omari Jumbe, porta-voz da OIM.
"Há cada vez menos opções para entrar na Europa. Isso leva as pessoas a utilizar alternativas cada vez mais desesperadas e perigosas".
Outra rota amplamente utilizada por imigrantes clandestinos é a da fronteira entre México e Estados Unidos, onde morreram 463 pessoas no ano passado, o maior número desde 2005. Neste ano, apenasnovibet kifisiaum ponto da fronteira, na região do rio Grande, 70 pessoas perderam a vida.
A travessia via Golfonovibet kifisiaÁden, entre a África e o Iêmen e a Árabia Saudita, também é apontada pela OIM como uma rota migratória bastante perigosa. Não há números oficiais, mas as estimativas apontam para entre 100 e 200 mortes anuais nesta rota.
Sírios
O númeronovibet kifisiaimigrantes africanos que tentam entrar na Europa tem se mantido estávelnovibet kifisia2007 a 2012,novibet kifisiatornonovibet kifisia20 mil a 30 mil por ano - exceto 2011, quando o conflito da Líbia elevou o número para 63 mil.
A maioria desses imigrantes vem da África subsaariana,novibet kifisiapaíses como Eritreia, Somália, Etiópia, mas também do Sudão, Mali e Gana, alémnovibet kifisiarefugiadosnovibet kifisiapaíses árabesnovibet kifisiaconflito.
Neste anonovibet kifisia2013, o número dos que tentaram a travessia já tinha chegado a 30 mil no inícionovibet kifisianovembro, graças,novibet kifisiaparte, ao númeronovibet kifisiasírios fugindo do conflitonovibet kifisiaseu país e que se juntaram aos imigrantes africanos. Estima-senovibet kifisia8 mil o númeronovibet kifisiaimigrantes sírios que tentaram a travessia do Mediterrâneo neste ano.
Os perigos dessas jornadas vieram à tona mais uma vez com duas tragédiasnovibet kifisiaoutubro. Na primeira, um barco com 500 imigrantes africanos naufragou próximo à Lampedusa, causando 360 mortes.
Na segunda, poucos dias depois, outra embarcação também a caminhonovibet kifisiaLampedusa, com cercanovibet kifisia230 passageiros, afundou ao sulnovibet kifisiaMalta, provocando 87 mortes.
Os dados causam preocupação, pois, apesarnovibet kifisiao númeronovibet kifisiaimigrantesnovibet kifisiatrânsito ser relativamente estável, o totalnovibet kifisiamortes está aumentando.
"O númeronovibet kifisiamortes vem crescendo porque as fronteiras europeias são cada vez mais vigiadas", disse à BBC Brasil Jumbe Omari Jumbe, porta-voz da OIM. "Há cada vez menos opções para entrar na Europa. Isso leva as pessoas a utilizar alternativas cada vez mais desesperadas e perigosas".
"As fronteiras terrestres foram reforçadas e o Mediterrâneo se tornou praticamente a única alternativa para entrar na Europa", diz Jumbe, porta-voz da OIM. "No passado, havia várias outras opções, incluindo a Grécia, a Búlgaria e também por avião".
O exemplo mais recente do reforço das fronteiras terrestres na Europa para impedir a entradanovibet kifisiaimigrantes é a decisão da Bulgárianovibet kifisiainiciar a construçãonovibet kifisiaum muronovibet kifisia30 quilômetros (e 3 metrosnovibet kifisiaaltura) emnovibet kifisiafronteira com a Turquia.
Esse será o terceiro muro na Europa a obstruir o acessonovibet kifisiaimigrantes, após o dos enclaves espanhóisnovibet kifisiaCelta e Melila, no Marrocos,novibet kifisia1998, e o construído pela Grécia,novibet kifisia12,5 quilômetros, também na fronteira com a Turquia, finalizado no ano passado.
O porta-voz da OIM afirma ainda que o númeronovibet kifisiamortesnovibet kifisiaimigrantes que atravessam o Mediterrâneo para entrar na Europa vem crescendo desde a criação da Agência Europeia para a Gestão da Cooperação Operacional às Fronteiras Externas (Frontex), que acabaou reforçando o controle nas fronteiras europeias.
Segundo dados do OIM, no ano da criação do Frontex,novibet kifisia2004, foram registradas 296 mortes na rota do Mediterrâneo entre a África e as ilhasnovibet kifisiaLampedusa, Sicília e Malta.
Em 2008, esse número havia saltado para 682, mas caiu para 431novibet kifisia2009, mesmo assim isso representa um aumentonovibet kifisia45%novibet kifisiarelação a 2004.
Números globais
A OIM calcula que 20 mil pessoas morreram desde 1988 na travessia do Mediterrâneo entre a África e o sul da Europanovibet kifisiageral, o que representa uma médianovibet kifisia800 pessoas por ano.
A OIM ressalta que as estatísticasnovibet kifisiamortes na rota entre a África e Lampedusa, Sícilia ou Malta, via mar Mediterrâneo, são consideradas, desde 2005, as mais realistas na comparação com rotas migratóriasnovibet kifisiaoutras regiões do mundo, onde os dados podem ser subestimados.
Por esse motivo, não há números globaisnovibet kifisiamortesnovibet kifisiarotas migratórias.
A Austrália, que recebeu nos últimos anos milharesnovibet kifisiarefugiados do Afeganistão e Iraque, também possui números considerados mais precisos: 1.484 imigrantes morreram afogados tentando entrar no país nos últimos 13 anos (incluindo os corpos não encontrados), o que dá uma médianovibet kifisia114 pessoas por ano.
O totalnovibet kifisiamortes na rota México-Estados Unidos vêm crescendo pela mesma razão observada na Europa: reforço cada vez maior da segurança nas fronteiras, o que leva as pessoas a utilizarem caminhos cada vez mais "isolados, traiçoeiros e perigosos", diz a ONGnovibet kifisiadireitos humanos Wola.
Para especialistas e ONGS, o controle maior das fronteiras dos países ricos também têm feito com que imigrantes caiam nas mãosnovibet kifisiaredesnovibet kifisiatráfico humano.