Jovem enterra mãe e irmãs mortassite brazinosedesite brazinorotasite brazinoimigração no Saara :site brazino

migrantes mortos no deserto  Foto AP
Legenda da foto, Migrantes morreramsite brazinosede no trajeto entre Niger e Argélia

site brazino Os corpossite brazino92 pessoas foram encontrados no Deserto do Saara, no norte do Níger, na quinta-feira. Elas eram, acredita-se, migrantes, que morreramsite brazinosede depoissite brazinouma sucessãosite brazinoeventos que começou com uma panesite brazinoum dos caminhõessite brazinoque viajavam.

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"Estávamos indo para a Argélia visitar parentes. Éramos maissite brazino100site brazinoum comboiosite brazinodois veículos. Nosso caminhão quebrou e foi preciso um dia inteiro para consertá-lo. Depois disso, a água acabou.

Conseguimos encontrar um poço, mas a água era pouca. Os motoristas pediram que a gente aguardasse no local, enquanto eles fossem atrássite brazinomais água.

Mas uma noite e um dia depois eles não tinham retornado, e foi quando as pessoas começaram a morrersite brazinosede. No segundo dia sem água, 15 pessoas do grupo morreram.

Continuamos a viagem levando os corpos conosco e foi quando o segundo caminhão voltou trazendo água, graças a Deus.

Cruzamos com forçassite brazinosegurança da Argélia, mas os soldados deram meia volta porque não poderiam ser vistos nos ajudando. Seria ilegal.

Eles disseram que teríamossite brazinonos esconder dentrosite brazinouma trincheira, onde passamos mais uma noite sem água.

Muitas mulheres e crianças morreram. Os motoristas tinham um poucosite brazinoágua, mas não dividiram conosco.

De lá fomos levadossite brazinovolta para o Níger e, ao entrarmos no país, os motoristas retiraram os corpos do caminhão e os enterraram. As mães primeiro e as crianças por cima.

Eles disseram que seríamos levadossite brazinovolta para nossa cidade, mas no meio do caminho a gasolina acabou. Eles pediram dinheiro para comprar mais combustível e disseram que teríamossite brazinodescer dos caminhões. Nunca mais voltaram.

Esperamos dois dias no deserto, sem comida, sem água, até que decidimos começar a andar.

Alguns veículos passaram, tentamos pará-los sem sucesso. Um dos carros até atropelou e matou três que estavam no nosso grupo.

Àquela altura éramos oito, incluindo minha mãe e minhas irmãs mais novas. Quando ficamos muito cansadas, nos sentamos embaixosite brazinouma árvore e foi quando umasite brazinominhas irmãs morreu. E foi lá onde a enterramos.

Continuamos andando e no dia seguinte minha outra irmã morreu. No terceiro dia, minha irmã morreu. Eu mesma as enterrei.

Nenhum dos carros que passavam queria parar para me socorrer.

Depoissite brazinoum tempo eu encontrei uma árvore, sentei-me à sombra e quando estava quase desistindo um carro passou.

Eu tirei a blusa e comecei a acenar vigorosamente. O motorista parou e perguntou o que tinha acontecido. Eles me deram leite, água e um biscoitosite brazinoarroz.

E foi assim que consegui chegar a Arlit, onde me reuni com meu avô.

E aqui estou. Meu pai faleceu há um tempo, e agora perdi minha mãe e minhas irmãs.

Estou morando com minha tia. Pelo que soube, apenas eu, uma menina e 18 homens sobreviveram. Éramos maissite brazino100".