Sírios dizem que Brasil dificulta vindamr jack bet horizontinarefugiados:mr jack bet horizontina
Sedemr jack bet horizontinauma das maiores colônias sírias fora do Oriente Médio, o Brasil concedeu refúgio a 258 sírios desde 2010, segundo o Ministério da Justiça. O número equivale a 0,01% dos 2 milhõesmr jack bet horizontinasírios que,mr jack bet horizontinaacordo com a ONU, fugiram desde o início dos confrontos.
Para analisar pedidosmr jack bet horizontinarefúgio, o governo determina que o solicitante estejamr jack bet horizontinaterritório nacional. O problema, segundo Mohamad e outros sírios ouvidos pela BBC Brasil, é que muitos não têm conseguido sequer cumprir a etapa anterior: obter um visto para o Brasil. E, sem o documento, eles não podem voar até o país.
Membro da Coordenação da Revolução Síria no Brasil, grupo no Facebook que defende a queda do presidente sírio, Bashar al-Assad, o comerciante Amer Masarani diz que o númeromr jack bet horizontinarefugiados no Brasil seria muito maior se as regras para o visto fossem menos rígidas.
Masarani, que vivemr jack bet horizontinaSão Paulo há 17 anos, afirma ter sido procurado por ao menos seis compatriotas que tiveram pedidosmr jack bet horizontinavisto negados.
Juntomr jack bet horizontinaoutros pequenos empresários árabesmr jack bet horizontinaSão Paulo emr jack bet horizontinaduas associações islâmicas, Masarani tem auxiliado sírios que tentam vir ao Brasil desde o pedidomr jack bet horizontinavisto atémr jack bet horizontinachegada e regularização.
Como o Brasil não emite vistos específicos a candidatos a refúgio, a alternativa aos que querem fugir para o Brasil são vistosmr jack bet horizontinaturista. Para concedê-los, o governo exige dez requisitos, entre os quais comprovantemr jack bet horizontinaemprego, extrato bancário dos últimos seis meses, certificadomr jack bet horizontinaantecedentes criminais e uma carta convite.
Para Masarani, as exigências não levammr jack bet horizontinaconta o conflito. "A economia síria entroumr jack bet horizontinacolapso, os bancos pararammr jack bet horizontinafuncionar, muitos perderam o emprego, os prédios públicos fecharam. É impossível conseguir esses documentos."
"O governo brasileiro está tratando esses sírios como turistas, mas eles são refugiados que estão correndo riscomr jack bet horizontinavida. Muitos fogem só com a roupa do corpo".
Joias por comida
Ao testemunhar a agoniamr jack bet horizontinaum sírio incapazmr jack bet horizontinaobter um visto para o Brasil, a agentemr jack bet horizontinaturismo carioca A.A.C. passou a considerar um plano radical.
Ela diz ter conhecido o homem – moradormr jack bet horizontinaAlepo, segunda maior cidade síria – pela internet há um ano. Desde então, afirma que passaram a dialogar diariamente, tornando-se "amigos íntimos".
No período, ela foi apresentada a seus parentes, consolou-o quando um amigo foi morto e habituou-se a ouvir explosões durante suas conversas. Em março, estimulou-o a fugir para o Brasil.
"Ele quer muito vir. Lá está faltando luz, água, comida. Quem tem joias troca por uma dúziamr jack bet horizontinaovos."
A agentemr jack bet horizontinaturismo diz, no entanto, que ele jamais conseguiu reunir a documentação exigida. Além dos dez requisitos, ela diz ter sido informada por uma funcionária da embaixada brasileira na Síriamr jack bet horizontinaque ele precisaria comprovar movimentação bancáriamr jack bet horizontinaao menos US$ 2 mil (R$ 4,6 mil) mensais.
Desempregado – ela diz que a indústriamr jack bet horizontinaque trabalhava fechou por causa da guerra –, ele não pôde cumprir as exigências. Foi então que ela teve a ideiamr jack bet horizontinase casar com ele, para que o sírio pudesse viajar com um visto familiar.
O matrimônio ocorreria por procuração, sem que ela precisasse estar na Síria, e reduziria as exigências para o visto. Ela diz estudar formasmr jack bet horizontinatirar os planos do papel. "Eu seria capazmr jack bet horizontinafazer isso por ele, mas tenho que planejar tudo com cuidado".
'Riscos à segurança nacional'
Desde julhomr jack bet horizontina2012, a embaixada brasileira na Síria mantém apenas funcionários locais, que encaminham os pedidosmr jack bet horizontinavisto para o consuladomr jack bet horizontinaBeirute, no Líbano. Segundo Amer Masarani, da Coordenação da Revolução Síria no Brasil, a análise dos pedidos leva entre três e quatro meses.
Para agilizar o processo, ele diz que muitos sírios têm viajado para Beirute ou para Amã, na Jordânia, onde os serviços consulares brasileiros operam normalmente. Ele afirma, porém, que mesmo nas duas cidades muitos pedidos têm sido negados.
Masarani diz que o governo brasileiro dificulta a vindamr jack bet horizontinasírios porque, segundo ele, apoia Bashar al-Assad. "O Brasil não quer dar mais visibilidade ao conflito".
Já o Itamaraty diz que as exigências feitas aos sírios se aplicam a qualquer estrangeiromr jack bet horizontinapaíses com os quais o Brasil não tenha acordomr jack bet horizontinaisençãomr jack bet horizontinavistos. Além disso, segundo um assessormr jack bet horizontinaimprensa do órgão, "numa circunstância como a presente (na Síria), temos que tomar cuidado para não aceitar pessoas que possam pôrmr jack bet horizontinarisco a segurança nacional".
O órgão diz recusar vistos apenas quando uma sériemr jack bet horizontinarequisitos é descumprida. A pasta estima que, desde agostomr jack bet horizontina2012, apenas 10% dos pedidosmr jack bet horizontinavistomr jack bet horizontinasírios processados pelo consuladomr jack bet horizontinaBeirute tenham sido negados.
Para Masarani, o argumento da segurança nacional não se sustenta. Ele cita o caso da Suécia, que recebeu cercamr jack bet horizontina15 mil refugiados sírios desde 2012, quase 60 vezes mais que o Brasil. A maioria ingressou no país com vistosmr jack bet horizontinaentrada regulares; outros, por uma cotamr jack bet horizontinarefugiados acordada com a ONU.
"Será que a Suécia não se preocupa commr jack bet horizontinasegurança nacional?", indaga.