Crise síria faz EUA assumirem papeljogos de futebol on linepolícia do mundo:jogos de futebol on line

Síria
Legenda da foto, EUA dizem que não se pode ficar impassível observando o conflito na Síria
  • Author, Mark Mardell
  • Role, Da BBC Newsjogos de futebol on lineWashington

jogos de futebol on line Barack Obama tenta a todo custo convencer o Congresso americano a aprovar uma intervenção na Síria. O presidente diz que o voto dos parlamentares é vital para a credibilidade dos Estados Unidos perante o mundo.

A decisãojogos de futebol on lineatacar vem na esteira da declaração feita por Obama meses atrás, garantindo que usaria a força se o regimejogos de futebol on lineBashar al-Assad cruzasse a “linha vermelha”, no caso, se usasse armas químicas.

A grande pergunta, no entanto, está nos detalhes do debate sobre uma internvenção na Síria. Essencialmente, a questão é se o mundo precisajogos de futebol on lineuma polícia e se os Estados Unidos deveriam simplesmente assumir esse papel.

Obama, assim como o ex-presidente Bush, tem dois grandes argumentos. O primeiro é o interesse nacional. Obama afirma que a Síria não é uma ameaça imediata aos Estados Unidos, mas sim aos países aliados e às bases americanas na região, caso Assad use armas químicas.

Os Estados Unidos também temem que armas possam cair nas mãosjogos de futebol on lineterroristas, que poderiam usá-las contra os americanos.

Uma coisa é óbvia: quanto mais poderosa for uma potência, será mais provável que ela tenhajogos de futebol on linese preocupar com crisesjogos de futebol on lineterritórios distantesjogos de futebol on linecasa. No caso, trata-se do Oriente Médio, mas não seria diferente se fosse no Paraguai ou na Letônia.

Relutante intervenção

Presidente Barack Obama, com Putin
Legenda da foto, A Rússia não quer uma intervenção. Outros países, inclusive aliados, também são relutantes

Se o argumento do interesse nacional é muito claro, a ideiajogos de futebol on lineintervir por “razões morais” é muito mais obscura. Esse é o segundo argumento.

Obama e o secretáriojogos de futebol on lineEstado, John Kerry, têm dito que o mundo não pode ficar parado assistindo tamanho sofrimento.

Nota-se que são americanos, franceses e britânicos os que defendem o argumentojogos de futebol on lineum intevencionismo liberalizante. Mas não são apenas os russos os que são contra. A China também não concorda.

Acadêmicos e o cidadão comum acham desconcertante o fatojogos de futebol on lineos Estados Unidos querem impor os seus valores ao resto do mundo.

A China reafirma com frequência que quer o fim do programa nuclear da Coreia do Norte, ainda assim é relutantejogos de futebol on lineforçar uma solução.

E não são apenas russos e chineses que pensam assim. É raro ouvir vozes a favorjogos de futebol on lineuma intervenção militar vindas da Índia ou do Brasil, da Nigéria ou do Japão.

Países na vizinhança do Oriente Médio podem até querer que alguém tome uma atitude, mas eles mesmos são relutantes com a ideiajogos de futebol on linetomarem essa dianteira.

Legitimidade

Armas químicas
Legenda da foto, Inspetores da ONU investigam possível usojogos de futebol on linearmas químicas, a 'linha vermelha' dita por Obama

Um país com a funçãojogos de futebol on linepolícia poderia até ter alguma autoridade moral se não tivesse sido, no passado, uma potência imperialista. Ou se não for os Estados Unidos que, apesarjogos de futebol on linenunca terem tido um império, já deixaram suas pegadasjogos de futebol on lineboa parte do mundo.

Eu perguntei ao ex-primeiro ministro britânico Tony Blair, um dos líderes da intervenção no Iraquejogos de futebol on line2003, se o ataque ao território iraquiano não teria mais legitimidade se fosse liderado na época pela Suécia. Ele foi certeiro na resposta.

“Bem… eles (suecos) não conseguiriam fazer isso. Conseguiriam?”, disse.

A questão é que os britânicos formaram suas forças armadas para defender um antigo império ao redor do mundo. Já os Estados Unidos se desenvolveram militarmente primeiro para atuar na Europa e, no pós-guerra, para confrontar seu antigo inimigo, a União Soviética.

Se a proposta original desse aparato já não existe, o instintojogos de futebol on lineintervenção permanece vivo.

Tarefa americana

Protesto contra a Síria
Legenda da foto, A possibilidadejogos de futebol on lineuma nova guerra não conta com o respaldojogos de futebol on lineboa parte da opinião pública mundial

Talvez o termo “imperialismo” o faça pensarjogos de futebol on linecoisas como: “isso tem a ver com petróleo”. Mas os antigos imperialistas vitorianos realmente pensavam que estavam levando a outros povos a civilização e o cristianismo, a ordem e o estadojogos de futebol on linedireito àqueles que não conseguiriam chegar a tal ponto sozinhos.

A crença dos Estados Unidos najogos de futebol on linemissão é mais universal e não é inspiradajogos de futebol on linevalores raciais. Ainda assim, há um entusiasmo similiar, ojogos de futebol on linerefazer o mundo àjogos de futebol on lineprópria imagem.

Claro que lutar contra o horror das armas químicas não é a mesma coisa que introduzir a democracia com a forçajogos de futebol on lineum rifle.

Mesmo assim, emerge a questão sobre quem tem a autoridade para julgar se normas internacionais foram violadas e quem decide qual será a punição.

A ONU éjogos de futebol on linetese o órgão que pode ordenar que a “polícia global” entrejogos de futebol on lineação. Diante da relutância da Rússiajogos de futebol on lineaprovar uma intervenção contra a Síria (os russos têm direitojogos de futebol on lineveto no Conselhojogos de futebol on lineSegurança), os americanos dizem que a ONU não está funcionando.

Mesmo que a posição russa possa parecer cínica, a posição dos Estados Unidos parece ajogos de futebol on lineum promotor que diz que o sistema não funciona apenas porque o juri acolheu ajogos de futebol on lineacusação.

Obama sabe como uma intervenção repercutiria no mundo. Pela mesma razão ele relutoujogos de futebol on lineliderar a operação na Líbia. Isso também explica a lentidão diante da crise na Síria.

Mas agora Obama decidiu. Mesmo que nenhum outro país (com exceção da França, que já deu seu apoio aos americanos) apoie a intervenção, essa é uma tarefa que os Estados Unidos têmjogos de futebol on linedesempenhar. Pouca gente nos Estados Unidos no resto do mundo concorda com ele, mas ninguém tem outra opção sobre a mesa.