Crise síria faz EUA assumirem papeljoao rock betsulpolícia do mundo:joao rock betsul
Os Estados Unidos também temem que armas possam cair nas mãosjoao rock betsulterroristas, que poderiam usá-las contra os americanos.
Uma coisa é óbvia: quanto mais poderosa for uma potência, será mais provável que ela tenhajoao rock betsulse preocupar com crisesjoao rock betsulterritórios distantesjoao rock betsulcasa. No caso, trata-se do Oriente Médio, mas não seria diferente se fosse no Paraguai ou na Letônia.
Relutante intervenção
Se o argumento do interesse nacional é muito claro, a ideiajoao rock betsulintervir por “razões morais” é muito mais obscura. Esse é o segundo argumento.
Obama e o secretáriojoao rock betsulEstado, John Kerry, têm dito que o mundo não pode ficar parado assistindo tamanho sofrimento.
Nota-se que são americanos, franceses e britânicos os que defendem o argumentojoao rock betsulum intevencionismo liberalizante. Mas não são apenas os russos os que são contra. A China também não concorda.
Acadêmicos e o cidadão comum acham desconcertante o fatojoao rock betsulos Estados Unidos querem impor os seus valores ao resto do mundo.
A China reafirma com frequência que quer o fim do programa nuclear da Coreia do Norte, ainda assim é relutantejoao rock betsulforçar uma solução.
E não são apenas russos e chineses que pensam assim. É raro ouvir vozes a favorjoao rock betsuluma intervenção militar vindas da Índia ou do Brasil, da Nigéria ou do Japão.
Países na vizinhança do Oriente Médio podem até querer que alguém tome uma atitude, mas eles mesmos são relutantes com a ideiajoao rock betsultomarem essa dianteira.
Legitimidade
Um país com a funçãojoao rock betsulpolícia poderia até ter alguma autoridade moral se não tivesse sido, no passado, uma potência imperialista. Ou se não for os Estados Unidos que, apesarjoao rock betsulnunca terem tido um império, já deixaram suas pegadasjoao rock betsulboa parte do mundo.
Eu perguntei ao ex-primeiro ministro britânico Tony Blair, um dos líderes da intervenção no Iraquejoao rock betsul2003, se o ataque ao território iraquiano não teria mais legitimidade se fosse liderado na época pela Suécia. Ele foi certeiro na resposta.
“Bem… eles (suecos) não conseguiriam fazer isso. Conseguiriam?”, disse.
A questão é que os britânicos formaram suas forças armadas para defender um antigo império ao redor do mundo. Já os Estados Unidos se desenvolveram militarmente primeiro para atuar na Europa e, no pós-guerra, para confrontar seu antigo inimigo, a União Soviética.
Se a proposta original desse aparato já não existe, o instintojoao rock betsulintervenção permanece vivo.
Tarefa americana
Talvez o termo “imperialismo” o faça pensarjoao rock betsulcoisas como: “isso tem a ver com petróleo”. Mas os antigos imperialistas vitorianos realmente pensavam que estavam levando a outros povos a civilização e o cristianismo, a ordem e o estadojoao rock betsuldireito àqueles que não conseguiriam chegar a tal ponto sozinhos.
A crença dos Estados Unidos najoao rock betsulmissão é mais universal e não é inspiradajoao rock betsulvalores raciais. Ainda assim, há um entusiasmo similiar, ojoao rock betsulrefazer o mundo àjoao rock betsulprópria imagem.
Claro que lutar contra o horror das armas químicas não é a mesma coisa que introduzir a democracia com a forçajoao rock betsulum rifle.
Mesmo assim, emerge a questão sobre quem tem a autoridade para julgar se normas internacionais foram violadas e quem decide qual será a punição.
A ONU éjoao rock betsultese o órgão que pode ordenar que a “polícia global” entrejoao rock betsulação. Diante da relutância da Rússiajoao rock betsulaprovar uma intervenção contra a Síria (os russos têm direitojoao rock betsulveto no Conselhojoao rock betsulSegurança), os americanos dizem que a ONU não está funcionando.
Mesmo que a posição russa possa parecer cínica, a posição dos Estados Unidos parece ajoao rock betsulum promotor que diz que o sistema não funciona apenas porque o juri acolheu ajoao rock betsulacusação.
Obama sabe como uma intervenção repercutiria no mundo. Pela mesma razão ele relutoujoao rock betsulliderar a operação na Líbia. Isso também explica a lentidão diante da crise na Síria.
Mas agora Obama decidiu. Mesmo que nenhum outro país (com exceção da França, que já deu seu apoio aos americanos) apoie a intervenção, essa é uma tarefa que os Estados Unidos têmjoao rock betsuldesempenhar. Pouca gente nos Estados Unidos no resto do mundo concorda com ele, mas ninguém tem outra opção sobre a mesa.