Lucas Mendes: Verão, sexo e corrupção:bwinone 6

Dois escândalos sexuais sustentam os tabloides e fascinam pela forma que ressuscitaram. São da minha vizinhança.

Um deputado democrata , o priápico Anthony Weiner, renunciou há dois anos quando fotos do volume do seu weiner (é gíria para pênis), rijo embaixo da cueca, foram para as manchetes.

Inteligente, gênio na autopromoção, judeu casado com uma palestina brilhante assessorabwinone 6Hilary Clinton, tinha futuro promissor. Semana passada, anuncioubwinone 6candidatura a prefeito. Foi estraçalhado pelos editoriais e ouve insultos nas ruas, mas está empatadobwinone 6primeiro lugar nas pesquisas.

O outro escandaloso é o ex-governadorbwinone 6Nova York Elliot Spitzer. Milionário, casado com três filhos, não menos brilhante, tinha sido um promotor implacável, inclusive com prostitutas e gigolôs. Quando se elegeu governador, houve quem visse nele o primeiro presidente judeu dos Estados Unidos, até aparecer numa listabwinone 6clientesbwinone 6uma agenciabwinone 6prostituição.

Ele era o cliente número 9 no livrinho da cafetina, um dos melhores. Isto foi há cinco anos. Que tristeza e humilhação, a da mulher diante das câmeras solidária com o marido.

Esta semana, Spitzer derrubou Weiner das primeiras páginas quando anunciou que será candidato a comptroller, o terceiro posto mais importante da cidade — embora a maioria dos novaiorquinos não saiba explicar o que faz o "controlador" ou soletrar a palavra. Ele fiscaliza as finanças da cidade. O candidato favorito era um democrata, agorabwinone 6pânico.

Como marido freguêsbwinone 6prostitutas ele foi infame, mas Spitzer sabe fazer contas e hojebwinone 6dia muitos eleitores confundem fama e infâmia. Mais surpreendente é a outra candidata a fiscal. Kristin Davis ficou conhecida como "Madame Manhattan", mas antes era vice-presidentebwinone 6um hedge fundbwinone 6US$ 2 bilhões na Wall Street.

Quando ficou desempregada crioubwinone 6agênciabwinone 6prostituição, que tinha entre os clientes, além do governador, o jogador David Bekham e o homem do FMI Dominique Strauss-Kahn. Por causa das leis aprovadas pelo governador Spitzer, Kristin passou quatro meses numa prisão barra pesada, mas a participação dela na campanha é folclórica.

A safrabwinone 6corruptos deste verão seria uma das pioresbwinone 6muitos anos. Foi salva pelo governador da Virgínia. O Estado esta próspero e o nome dele, Bob McDonnell, conservador com benção do Tea Party, chegou a entrar na listabwinone 6possíveis candidatos a presidentebwinone 62016 pelo Partido Republicano. Ainda está no poder, mas as ambições presidenciais evaporaram e o cargo estabwinone 6perigo.

O candidato "Bob for Jobs" — este era o lema delebwinone 6campanha com a promessabwinone 6acabar com a fraude e a corrupção no Estado — tem um amigo rico e generoso. Jonnie Williams, dono da Star Scientific, uma fábricabwinone 6produtosbwinone 6dieta, que anda mal das pernas, queria que o governador ajudasse a liberar e promover uma pílula para emagrecer à basebwinone 6tabaco.

Na amizade entrou um Rolexbwinone 6US$ 6,5 mil, outros US$ 15 mil para uma festabwinone 6casamento da filha do governador, um paletóbwinone 6veludobwinone 6US$ 10 mil, dois paresbwinone 6sapatos finos e uma bolsa da Louis Vuitton. Ele se complicou quando disse que o Rolex tinha sido presentebwinone 6Natal da mulher, mas tinha sido do Jonnie, a pedido da mulher.

Uma mentira leva a outra ebwinone 6pouco tempo o cozinheiro do governador estava na prisão, acusadobwinone 6roubo e acusando os filhos do governadorbwinone 6roubar até papel higiênico da mansão. O cartãobwinone 6crédito oficial era usado para comprasbwinone 6geral,bwinone 6desodorantes a limpadores intestinais. O governador negou os excessos dos filhos, mas reembolsou o Estado com um chequebwinone 6US$ 2,4 mil.

Qual dos escândalos é mais mortal para um político americano? Dois estudos mostram que os pecadores sexuais perdem mais eleitores do que corruptos, mas depoisbwinone 6quatro anosbwinone 6penitência, quase todos estão perdoados.