Lucas Mendes: Lição americana:sportingbet limita

No desespero, várias escolas falsificam testes, mas este é um problema menor.

As ênfases nos testessportingbet limitamatemática e inglês enfraquecem outros cursos do currículo e os resultados nas duas matérias dominantes ainda são decepcionantes.

Renda é fator. Na escola onde Ron Berler passou o ano, Brookside,sportingbet limitaNorwalk, Estadosportingbet limitaConnecticut, só 38% dos alunos que entram no primeiro ano sabem escrever o próprio nome, a diferença entre maiúscula e minúscula ou contar até 10.

Dois terços dos moradores da cidade ganham menossportingbet limitaUS$ 45 mil por ano. Em New Cannan, uma cidade próxima, onde metade dos moradores tem renda médiasportingbet limitaUS$ 200 mil por ano, todos sabem as respostas.

Além da ênfase exagerada nos testes que ele acha duvidosos, Ron Berler diz que os pais são mais culpados do que os professores. Neste caso são 500 alunos mas nas reuniões periódicassportingbet limitapais e professores para discutir os problemas dos filhos, aparecem menossportingbet limita30 pais, a maioria delessportingbet limitabons alunos que não precisamsportingbet limitareforços e correções.

Contra o argumento que muitos pais trabalham mais horas do que os pais ricos e não podem ir à escola no fim do dia, Ron explica que as reuniões foram marcadassportingbet limitadiferentes dias, horários, nos finssportingbet limitasemana e o comparecimento só foi alto quando a escola informou que serviria pizzas. Compareceram125 pais.

Com os cortes mandatórios impostos pelo Congresso, "o sequester", as escolas públicas já começaram a sangrar e as principais vítimas são as crianças dos cursos pré-primários e dos dois primeiros anos, considerados os blocos essenciais na formação dos estudantes. Depois, mostram os estudos, é muito mais difcil "consertar" um aluno.

Nos Estados Unidos houve pequeno progresso na matemática, mas no inglês o avanço foi medíocre mesmo nas escolas "charter", as públicas/privadas, que recebem dinheiro do estado mas têm completa autonomia nos currículos, horários e métodossportingbet limitaensino. No Brasil, pesquisas recentes entre crianças da mesma idade, mostram que o problema maior está na matemática e os números são muito piores do que os americanos.

O brasileiro Paulo Blikstein, professor na Escolasportingbet limitaEducação esportingbet limitaCiência da computaçãosportingbet limitaStanford, na Califórnia, tem ideias revolucionárias sobre ensino, usosportingbet limitacomputadores e robótica para cursossportingbet limitaciências e matemática, inclusivesportingbet limitavizinhanças urbanas pobres.

Paulo acha que os testes são ótimos e lucrativos para a enorme indústria que produz os testes mas não é a melhor fórmula para testar escolas e alunos. "O ideal", diz Paulo, éh uma avaliação holística que olhe para uma sériesportingbet limitafatores, inclusive os testes, mas isto é caro, trabalhoso e ninguém quer fazer” . Ele vê um ponto positivo nas escolas "charter": "Muitas são laboratórios para novas ideiassportingbet limitaeducação".

O Brasil foi as ruas pedir mais dinheiro para educação e conseguiu. Os americanos investiram e investem bilhões sem resultados. Onde os brasileiros vão investir?

Na minha última coluna, "Indignados e indignos" , escrevi que a violência contaminava os protestos brasileiros. Recebi e-mails perguntando quem são mais vândalos: os políticos, construtores e administradores corruptos, que roubam escolas, merendassportingbet limitacrianças, hospitais, constroem prédios e estradas podres, ou os manifestantes que destroem e queimam meia dúziasportingbet limitaônibus e propriedades? Concordo que os corruptos são vândalos muito piores do que os depredadores. Mas revoluções mais profundas na Índia, Estados Unidos e África do Sul, foram lideradas pelos pacifistas Gandi, Luther King e Mandela. Sem quebrar e queimar, os protestos no Brasil teriam feito consquistas maiores. Quem apostou na violência. Porque?