Lucas Mendes: México, o novo Brasil :betesporte app baixar
Oriente Médio? Consome mais diplomacia, tempo e dólares do que merece. O país deve concentrar suas atenções na região Ásia/Pacífico e no Ocidente. China, Japão e a vizinhança ocidental são as principais peças no tabuleirobetesporte app baixarHaass. A Europa é previsível.
América Latina? "Vai muito bem", me disse ele durante uma entrevista nesta semana no Council. Não merece nem um capítulo no livro. Sobre o Brasil, há quatro referências irrelevantes. A Venezuela merece quatro citações curtas. Cuba nenhuma.
Para um homem que passou anos com o presidente Reagan resolvendo problemas na Nicarágua, El Salvador e Honduras e crises menores na América Central, tudo lá foi bem resolvido, e se não foi, dane-se. Não tem importância. Nem a Venezuela.
Na política externa, os Estados Unidos devem pensar no mundo inteiro, focarbetesporte app baixarpoucas regiões e só colocar botas no chão onde há interesses vitaisbetesporte app baixarjogo. Síria? Iraque? Afeganistão? Países da Primavera Árabe? Não são vitais. Israel é vital.
Um Irã nuclear, um Paquistãobetesporte app baixardecomposição, uma Coreia do Norte destramelada? Problemões. Soluções? Só milagrosas. Estão fora do alcance americano. Entrar com armas e soldados? Negativo. Terrorismo? Vai estar conosco durante décadas, mas nãobetesporte app baixargrande escala, como os ataques às torres.
A segunda parte do livro e a proposta do título dominaram a segunda parte da conversa. Para Haass, o mundo quer e depende da liderança americana, mas os Estados Unidos precisam colocar a casabetesporte app baixarordem. Segundo o que chamabetesporte app baixar"Doutrina da Restauração", Haass acha que os americanos devem resolver cinco problemas domésticos essenciais: deficit, energia, educação, infraestrutura e imigração.
Perguntei a ele se a palavra "restauração" foi inspirada na Restauração Britânica, que trouxe a monarquiabetesporte app baixarvolta à Grã-Bretanha no século 17. Ele achou graça, mas a Restauração Britânica é considerada um milagre e o que ele propõe para Washington não exige apenas um. Exige vários: aumentar e criar novos impostos, reduzir pensões, programasbetesporte app baixarassistências social ebetesporte app baixarsaúde.
A conversa enrola. Vamos terminar com o Brasil. Porque não merece nenhuma referência importante no livro? Em parte porque vai bem, mas, diz ele, não tão bem como antes.
"O Brasil era o encanto dos emergentes. Nos últimos dois, três anos, perdeu muitas atrações." Ele fala da desilusão dele ebetesporte app baixarum grupobetesporte app baixaramericanos numa viagem recente. Os superpoderes do Executivo assombraram Haass e a turma dele. Mandabetesporte app baixartudo, intimida o investidor. A impressão da paisagem não foi melhor. O aeroporto do Galeão também assombrou pelo desconforto e decadência. Ele acha que a Copa e a Olimpíada podem diminuir ainda mais as atrações brasileiras.
Para Haass, o México é o novo Brasil. As novas atrações do vizinho pareciam irresistíveis: um novo e jovem presidente, abertura política, menos governo central, menos poderes das oligarquias, menos corrupção, reforma disto e daquilo. Promessabetesporte app baixarcrescimento a 4,5, 5% ao ano. Promessas.
No primeiro trimestre deste ano, o México cresceu 0,8%. O Brasil cresceu 0,6%. Os números confirmam: o México é o novo Brasil. Neste e noutros índices, estamos quase gêmeos, vamosbetesporte app baixarmal a pior.
O próximo livrobetesporte app baixarRichard Haass merece um capítulo sobre a América Latina. Antes que ela vá para o brejo.