Lucas Mendes: Por favor, me apalpem:roleta probabilidades
- Author, Lucas Mendes
- Role, De Nova York para a BBC Brasil
roleta probabilidades Pliiisi. Pliisi. Nunca fui apalpado pela políciaroleta probabilidadesNova York. Uma injustiça. Sou latino e exijo minha apalpada.
Apalpam maisroleta probabilidades500 mil negros e latinos por ano, qual é o meu problema? Mitch Schwartz tem cabelos brancos como eu e já foi revistado 12 vezes.
A qualquer hora deve sair a decisão da juíza federal Shira Scheindlin que vai mexer com a apalpação da polícia. O caso Floyd x Nova York envolve direitos civis e já estároleta probabilidadesjulgamento há dois meses.
Os queixantes acusam a políciaroleta probabilidadesabordar e revistar milharesroleta probabilidadespessoas nas ruasroleta probabilidadesNova York só porque são negros ou latinos. Uma violação da 4ª emenda (constitucional) que protege contra buscas sem motivo.
Pelos sinais que vêm do tribunal, a juíza vai dar uma apalpada legal no prefeito e na polícia. Ferro neles.
O número pessoas abordadas que são presas ou multadas por algum crime não chega a 10%. A juíza ironizou o "faro" dos policiais que apalpam 90% inutilmente.
O índiceroleta probabilidadeshomicídiosroleta probabilidadesNova York cai tanto que deixouroleta probabilidadesser notícia. Uma injustiça. Do ano passado para cá, neste primeiro semestre, a queda foiroleta probabilidades25%, e hoje estamos a menosroleta probabilidadesuma morte por dia. Pré 1950.
A polícia atribui a redução a uma supervisão mais intensaroleta probabilidadesparceiros agressivos e a um novo métodoroleta probabilidadeslidar com crimes entre as gangues. Mas numa perspectiva mais longa,roleta probabilidadesdez anos, a lei do Stop and Frisk, Parar e Apalpar,roleta probabilidades2002, na versão do prefeito e do cheferoleta probabilidadespolícia, foi uma das principais responsáveis pela redução do crimeroleta probabilidadesNova York.
O chefe usa dois números. Na década anterior ao prefeito Bloomberg e ao "Parar e Apalpar", 12 mil pessoas foram assassinadas na cidade. Desde a posse do prefeito, o número caiu para 5 mil.
Os jornais, entre eles o New York Times, colocaram os contadores para conferir e revelaram que, por causa das críticas, o númeroroleta probabilidadesapalpadas do ano passado para cá caiu 25% e o númeroroleta probabilidadescrimes caiu exatamente na mesma proporção. Menos revistas, menos crimes. Como o prefeito e o cheferoleta probabilidadespolícia explicam esta coincidência?
Eles dizem que quando muitos bandidos sabem que podem ser abordados deixam as armasroleta probabilidadescasa. Maisroleta probabilidades8 mil armas foram confiscadasroleta probabilidadesdez anos. Quantos crimes foram evitados? Ninguém sabe.
A questão racial é complicada. A grande maioria dos parados e apalpados são negros e latinos nos bairros onde o índiceroleta probabilidadescrimes é mais alto. Eles cometem maisroleta probabilidades90% dos crimes na cidade e maisroleta probabilidades90% das vítimas são negros e latinos.
Mas, como observou a juíza, 90% são abordados inutilmente.
Resposta do chefe Kelly: "Os negros representam 23% da população da cidade. Devemos abordar só 23% dos negros? Os homens são 50% da população e responsáveis por 90% dos crimes. Devemos, pela lógica das percentagens, abordar só 50% dos homens?"
Os brancos cometem 6% dos crimes e representam 13% dos apalpados. O prefeito diz que os brancos têm mais motivos para protestar porque são proporcionalmente duas vezes mais abordados do que os negros e os latinos.
Por lei, cada abordagem da polícia e todos os contatos com a população são cadastrados, até informações para turistas.
Com uma eleição pela frente, os números viraram parte do futebol político. A Câmara dos Vereadores atropelou o prefeito com duas leis. Uma propõe a criaçãoroleta probabilidadesum supervisor acima do cheferoleta probabilidadespolícia e outra autoriza os abordados a processar a cidade. Vão castrar a apalpação.
Bloomberg prometeu vetar as duas leis e, se perder, vai investir milhões - ele tem bilhões- nas campanhas pró apalpadores.
Pela porcentagemroleta probabilidadescrime por mil habitantes, Nova York é quatro vezes mais segura do que Oslo e duas vezes mais do que Copenhagem. Deve ser manipulação estatística, mas nunca me senti tão seguro numa cidade.
Todas as vezes que viajo entro numa fila, tiro sapato, o cinto, esvazio os bolsos, disparo o alarme e sou apalpado. Qual o problemaroleta probabilidadesser apalpado na rua? Por favor, seu guarda, apalpe. Por favor, outra vez.
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Entre as quarenta cidades mais violentas do mundo, quantas são brasileiras?
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Quantas mexicanas e quantas americanas estão entre as quarenta?
roleta probabilidades Resposta: O Brasil lidera com 13 cidades. O México vemroleta probabilidadessegundo com 10. Os Estados Unidos têm três e não estão entre as dez primeiras.
San Pedroroleta probabilidadesSulla,roleta probabilidadesHonduras, apareceroleta probabilidadesprimeiro lugar. Juarez, no Méxicoroleta probabilidadessegundo, e Maceió,roleta probabilidadesterceiro.