O que explica a lenta vacinação contra covid-19 na União Europeia:casas de apostas estrangeiras
E não é pela faltacasas de apostas estrangeirascompracasas de apostas estrangeirasimunizantes: foram fechados acordos com quatro laboratórios que totalizam 1,1 bilhãocasas de apostas estrangeirasdoses, alémcasas de apostas estrangeirasmais 500 milhõescasas de apostas estrangeirasopções futuras.
São aplicadas atualmente na UE as vacinas da Pfizer-BioNtech, Moderna e Astrazeneca/Oxford. As primeiras entregas da Janssen, da Johnson & Johnson, estão previstas a partircasas de apostas estrangeiras19casas de apostas estrangeirasabril.
Outros dois contratos foram firmados com a alemã Curevac e a francesa Sanofi, que ainda não solicitaram autorizaçãocasas de apostas estrangeirasuso na União Europeia, e representam outros 500 milhõescasas de apostas estrangeirasdoses potenciais.
No total, os gastos da UE com vacinas ultrapassam 2 bilhõescasas de apostas estrangeiraseuros (R$ 13,4 bilhões).
Por que a vacinação está lenta?
O comissário europeu da indústria, Thierry Breton, responsável pela campanhacasas de apostas estrangeirasvacinação na UE, prefere apontar um responsável pela lentidão da imunização nos países do bloco: o laboratório britânico AstraZeneca, que entregou apenas 30 milhõescasas de apostas estrangeirasdoses das 120 milhões previstas no primeiro trimestre do ano e ainda com atraso.
"Se tivéssemos recebido 100% das vacinas AstraZeneca previstas no contrato, a União Europeia estaria hoje no mesmo patamar da Grã-Bretanhacasas de apostas estrangeirastermoscasas de apostas estrangeirasvacinação", disse o comissário, acrescentando que o "vácuo" registrado "é devido unicamente às falhas nas entregas da AstraZeneca."
No segundo trimestre, o laboratório sueco-britânico deverá entregar na UE apenas 70 milhõescasas de apostas estrangeirasdoses, menos da metade das 180 milhões previstas.
Discussões na Europa apontam outros erros na estratégiacasas de apostas estrangeirasvacinação do bloco, a começar pela demora na aquisição das vacinas, diferentemente do que fizeram os Estados Unidos. O governo do ex-presidente Donald Trump começou a investir para acelerar o desenvolvimentocasas de apostas estrangeirasimunizantes contra a covid-19casas de apostas estrangeirasabril do ano passado.
O presidente da França, Emmanuel Macron, reconheceucasas de apostas estrangeirasum discurso recente que a Europa não soube agir rapidamentecasas de apostas estrangeirasrelação às vacinas. "Somos muito lentos, muito complexos e reagimos menos rápido do que os Estados Unidos", declarou Macron.
Segundo ele, os americanos foram "mais ambiciosos", e a Europa precisa voltar a ter "gosto do risco", se referindo às futuras vacinascasas de apostas estrangeirassegunda geração contra a covid-19.
Em junho passado, a UE decidiu fazer compras conjuntascasas de apostas estrangeirasvacinas contra a covid-19, que ficaram a cargo da Comissão Europeia.
O objetivo foi garantir condições mais vantajosas nas negociações por conta dos grandes volumes, alémcasas de apostas estrangeirasproteger os pequenos países do bloco, com mais dificuldades para adquirir imunizantescasas de apostas estrangeirasmaneira isolada. A distribuição é feitacasas de apostas estrangeirasmaneira proporcional à população.
Recentemente, Macron voltou a defender essa estratégia. Mas as compras envolvendo 27 países membros, com burocracias na tomadacasas de apostas estrangeirasdecisões e negociações longas para tentar garantir melhores preços, atrasaram o processo.
A UE também demorou para adquirir vacinas com a nova tecnologiacasas de apostas estrangeirasRNA mensageiro, da Pfizer e da Moderna. Os primeiros contratos com esses dois laboratórios foram firmados sócasas de apostas estrangeirasnovembro.
Devido à faltacasas de apostas estrangeirasdoses, alguns países do bloco começaram a evocar a possibilidadecasas de apostas estrangeirascomprar sozinhos outras vacinas, como a russa Sputnik V, que ainda não tem autorizaçãocasas de apostas estrangeirasuso na Europa.
Foi o que fez a Hungria, que preferiu nem esperar o aval da agência europeia. Resultado: 25,5% da população húngara já recebeu a primeira dose, bem acima da média europeia, e quase 10% tomou a segunda.
Recentemente, o país registrou um pico no númerocasas de apostas estrangeirasmortes diárias, com base na média dos últimos sete dias.
Além disso, houve problemascasas de apostas estrangeiraslogística para distribuição das vacinas na Europa ecasas de apostas estrangeirasadaptação da capacidadecasas de apostas estrangeirasprodução no continente.
Ceticismo com a AstraZeneca
Esses problemas logísticos foram solucionados, e o númerocasas de apostas estrangeirasunidadescasas de apostas estrangeirasfabricação dos imunizantes contra a covid-19 vem sendo ampliado na Europa.
Mas há um outro fator que pode perdurar e dificultar a aceleração da campanhacasas de apostas estrangeirasvacinação no bloco: a desconfiançacasas de apostas estrangeirasrelação à vacina da AstraZeneca por parte da população do continente.
Isso está levando várias pessoas a cancelarem agendamentos e preferirem os imunizantes da Pfizer ou da Moderna, mesmo que seja necessário esperar porcasas de apostas estrangeirasdisponibilidade.
O ceticismocasas de apostas estrangeirasrelação à AstraZeneca é devido aos raros casoscasas de apostas estrangeirastromboses e embolias que foram detectados e levaram 12 países da UE a suspender temporariamente,casas de apostas estrangeirasmeadoscasas de apostas estrangeirasmarço, a aplicação dessa vacina.
Após análisecasas de apostas estrangeirasum totalcasas de apostas estrangeiras29 casoscasas de apostas estrangeirastrombose na época, a Agência Europeia do Medicamento informou que ela "é segura e eficaz" e que não há uma relação direta entre o imunizante e os casos relatados. A OMS também fez declarações nesse sentido.
Diferentemente dos demais países do bloco, a Finlândia e a Dinamarca preferiram, no entanto, prolongar a suspensão por algumas semanas.
Na França, ocorreram alguns casoscasas de apostas estrangeirasmortescasas de apostas estrangeiraspessoas que tomaram o imunizante e tiveram coágulos sanguíneos, inclusive cerebrais. O casocasas de apostas estrangeirasum jovemcasas de apostas estrangeiras24 anos que trabalhacasas de apostas estrangeirasum hospital e faleceu dez dias após tomar o imunizante ganhou repercussão.
As autoridades francesas vêm reiterando que a vacina da AstraZeneca é segura, possui o aval da agência sanitária do país e da UE, e que milhõescasas de apostas estrangeiraspessoas já receberam esse imunizante na Europa e no mundo, enquanto há apenas algumas dezenascasas de apostas estrangeirascasoscasas de apostas estrangeirasefeitos graves.
Ou seja, que o risco é muito baixo e o benefíciocasas de apostas estrangeirasser vacinado é bem maior.
O primeiro-ministro francês, Jean Castex, foi imunizado com a vacina da AstraZenecacasas de apostas estrangeirasfrente às câmerascasas de apostas estrangeirasTV. A chanceler alemã, Angela Merkel, informou que também tomará esse imunizante.
Mas a desconfiançacasas de apostas estrangeirasuma parte dos franceses e europeus não foi dissipada.
Na França, locaiscasas de apostas estrangeirasvacinação no norte do país ficaram com centenas dosescasas de apostas estrangeirasAstrazeneca encalhadas no último finalcasas de apostas estrangeirassemana e tiveramcasas de apostas estrangeirasfechar antes do horário previsto por faltacasas de apostas estrangeirasinteressados.
Em Calais, no norte, a prefeita informou que tinha 550 dosescasas de apostas estrangeirasAstraZeneca e apenas 70 agendamentos previstos para os próximos dias.
Segundo responsáveiscasas de apostas estrangeirascentroscasas de apostas estrangeirasvacinação na França, as vagas para tomar vacinas da Pfizer e da Moderna desaparecemcasas de apostas estrangeiraspoucos minutos, enquanto as da AstraZeneca levam até dois dias para serem preenchidas.
Vários médicoscasas de apostas estrangeirasconsultórios e farmacêuticos, que também podem aplicar a AstraZeneca na França, informam que houve cancelamentos para tomar essa vacina e alguns enfrentam dificuldades para encontrar interessados.
Além dos supostos efeitos colaterais, falhas na comunicação sobre essa vacina por parte das autoridades também contribuiu para criar uma confusão sobre o imunizante, com diferentes mudançascasas de apostas estrangeirasrelação às faixas etárias autorizadas.
Na França, inicialmente, a recomendação inicial da agênciacasas de apostas estrangeirassaúde eracasas de apostas estrangeirasaplicar esse imunizante apenascasas de apostas estrangeiraspessoas com até 65 anos. Outros países europeus, como Bélgica e Suécia, fizeram o mesmo (na Espanha, era só até 55 anos).
O argumento écasas de apostas estrangeirasque os estudos não indicavam os eventuais riscos e eficácia para populações mais idosas.
Logo depois, a França resolveu autorizar o imunizante para todas as idades. Após o períodocasas de apostas estrangeirassuspensão dessa vacina decorrente dos casoscasas de apostas estrangeirastrombose, a França decidiu limitar a vacinação com AstraZeneca a quem tem maiscasas de apostas estrangeiras55 anos. O argumento foicasas de apostas estrangeirasque as reações adversas ocorreram com pessoas jovens.
Na Alemanha, o governo passou a autorizar essa vacina só para pessoas com maiscasas de apostas estrangeiras60 anos. No país, também tem ocorrido o mesmo que na França: locaiscasas de apostas estrangeirasvacinação com a vacina da AstraZeneca vazios e os que aplicam o imunizante da Pfizer têm filacasas de apostas estrangeirasespera.
'Vacinódromo'
Alguns especialistas consideram que o ceticismocasas de apostas estrangeirasrelação à AstraZeneca será superado com a ampliação das campanhascasas de apostas estrangeirasimunização e o aumento do númerocasas de apostas estrangeiraspessoas vacinadas. Outros argumentam que as autoridades deveriam fazer campanhascasas de apostas estrangeirasinformação a respeito.
Para completar a desconfiançacasas de apostas estrangeirasparte dos europeus, a AstraZeneca decidiu mudarcasas de apostas estrangeirasnome na Europa e passou a se chamar Vaxzevria. Curiosamente, o laboratório não publicou comunicado sobre isso. A mudança foi vista no site da agência sanitária europeia.
Segundo especialistas, a mudançacasas de apostas estrangeirasnomecasas de apostas estrangeirasuma empresa ou marca não resolve seus problemas. Se a desconfiança perdurar, isso poderá atrasar o ritmo da vacinação na União Europeia, já que os países contam com a vacina da AstraZeneca para ampliar o númerocasas de apostas estrangeiraspessoas imunizadas.
"Vacinar, vacinar, vacinar,casas de apostas estrangeirasmanhã, tarde, noite, aos domingos e feriados", afirmou Macron.
A partir desta terça-feira (6/4), por exemplo, o icônico Stadecasas de apostas estrangeirasFrance, nos arredorescasas de apostas estrangeirasParis, se tornará um "vacinódromo" que simbolizará a tão esperada aceleração da vacinação contra a covid-19 no país.
Mas, por enquanto, faltaram as doses para isso. Em abril, a França prevê receber mais dosescasas de apostas estrangeirasimunizantes do que o total das entregas nos últimos três meses.
O comissário europeu Thierry Breton, responsável pela vacinação, declarou que a imunidade coletiva na União Europeia poderá ser atingidacasas de apostas estrangeirasmeadoscasas de apostas estrangeirasjulho.
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