Remessascasas de apostas segurasbrasileiros nos EUA caem até 90%, mas podem aliviar auge da crise no Brasil:casas de apostas seguras

Duas pilhas, uma com moedascasas de apostas segurasdólar e outracasas de apostas segurasreal, sobre superfície vermelha

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Crise do coronavírus impactou enviocasas de apostas segurasdinheirocasas de apostas segurasbrasileiros dos EUA para Governador Valadares,casas de apostas segurasMinas Gerais

Os Estados Unidos tiveram seu primeiro caso da doença dois meses antescasas de apostas segurasValadares. Em meadoscasas de apostas segurasmarço, enquanto os valadarenses começavam a se informar sobre o tema, grandes cidades americanas, como Boston e Nova York, já estavamcasas de apostas segurasquarentena, com comércios fechados e atividades econômicas paralisadas.

Sem trabalho e,casas de apostas segurasalguns casos, sem dinheiro nem mesmo para comer, os migrantes tiveram que reduzir drasticamente o envio dos dólares ao Brasil.

E a redução foi percebida não só nos bancos mas também, com diferençascasas de apostas segurasmagnitude, pelas empresas financeiras especializadascasas de apostas segurasremessas.

"A agência Brazuca, correspondente da Western Union na cidade, confirmou uma quedacasas de apostas seguras10% do númerocasas de apostas seguraspedidoscasas de apostas segurasremessas para Valadares. Já a LP Câmbio e Turismo, correspondente da agência MoneyGram, relata quedacasas de apostas segurasaproximadamente 85% no volumecasas de apostas segurastransferências dos EUA para a cidade", diz o secretário Manoel.

A crise dos Estados Unidos e o bolso brasileiro

Imagem amplacasas de apostas segurasprédios e montanhacasas de apostas segurasGovernador Valadares

Crédito, Prefeituracasas de apostas segurasGovernador Valadares

Legenda da foto, Quatrocasas de apostas segurascada cinco chefescasas de apostas segurasfamíliacasas de apostas segurasGovernador Valadares (foto) tem algum parente morando nos EUA

Valadares é representativa do que tem acontecido no resto do Brasilcasas de apostas segurasrelação às remessas do exterior.

Em 2019, o dinheiro enviado pelos migrantes representou quase US$ 3 bilhões, ou 0,2% do Produto Interno Bruto do país. É pouco, quando se levacasas de apostas segurasconta que remessas somaram 17% do PIBcasas de apostas segurasEl Salvador, ou quase 3% do PIB no México. "Mas é um valor que cresceu 15%casas de apostas seguras2018 a 2019 e que tem um impacto muito importante localmente", diz Manuel Orozco, presidente do think tank InterAmerican Dialogue. "É certamente um dinheiro muito relevante quando se pensa no númerocasas de apostas seguraspessoas diretamente impactadas por esses recursos", completa.

As estimativas dão contacasas de apostas segurasque entre 50% e 80% da comunidadecasas de apostas seguras1,2 milhãocasas de apostas segurasbrasileiros nos EUA enviem dinheiro regularmente para parentes e amigos no Brasil. De acordo com Orozco, cada migrante ajuda,casas de apostas segurasmédia, 1,2 famílias. Isso significa que entre 720 mil e 1,1 milhãocasas de apostas segurasfamílias recebem periodicamente recursos do exterior, diretamente injetados na economia doméstica.

Entre os latinos, os brasileiros são também os que mandamcasas de apostas segurasmédia os valores mais altoscasas de apostas segurasvolta a seus países.

Mas, com maiscasas de apostas seguras30 milhõescasas de apostas seguraspessoas oficialmente desempregadas e uma retração econômicacasas de apostas segurasquase 5% no primeiro trimestrecasas de apostas seguras2020, os Estados Unidos têm sentido com força os efeitos da recessão causada pela epidemia.

"Talvez os maiores prejudicados sejam os milhõescasas de apostas segurasimigrantes, muitos sem status legal. Essas pessoas costumam trabalharcasas de apostas segurasempregos que as expõem ao riscocasas de apostas segurascontágio, têm pouco ou nenhum acesso a cuidados médicos e não podem obter acesso aos recursos financeiros disponíveis a cidadãos demitidos ou residentes legais do governo dos EUA", diz Paolo Pasquariello, professorcasas de apostas segurasfinanças na Universidadecasas de apostas segurasMichigan.

"E é muito improvável que alguma ajuda direta venha no futuro próximo. Assim, a repercussão econômicacasas de apostas segurasseus problemas nos EUAcasas de apostas segurasseus paísescasas de apostas segurasorigem é inevitável, já que costumavam fazer remessas regulares. Essas remessas provavelmente secam à medida que as oportunidades econômicas e as contas crescentes consomem as escassas economias desses imigrantes", diz.

Duas pedestres com máscara passamcasas de apostas segurasfrente a comércio fechado com gradescasas de apostas segurasNova York

Crédito, EPA/JUSTIN LANE

Legenda da foto, Pedestres passamcasas de apostas segurasfrente a comércio fechadocasas de apostas segurasNova York; professor Paolo Pasquariello, da Universidadecasas de apostas segurasMichigan, diz que repercussão econômica do coronavírus nos EUA recairá fortemente sobre imigrantes

Dono do supermercadocasas de apostas segurasprodutos brasileiros Rio, no bairro do Queens,casas de apostas segurasNova York, há 27 anos, o comerciante Ricardo Bastos atesta as dificuldades. Seu estabelecimento, localizado no coração da comunidade brasileira, era o principal pontocasas de apostas segurasenviocasas de apostas segurasremessas ao país na região.

"Caiucasas de apostas seguras80% o envio. Às vezes tem cliente que vem aqui pra mandar a cota mínima,casas de apostas segurasUS$ 20, ou um pouco mais, US$ 40, US$ 50. E você vê que a pessoa tá tirando da própria boca pra mandar, porque sente que o parente lá estácasas de apostas segurasmais necessidade que ela aqui", diz Bastos, que tem oferecido 40 quentinhas diárias com arroz, feijão e carne para clientes que não têm tido o que comercasas de apostas segurasmeio à crise.

Para o economista Pasquariello, é possível que,casas de apostas segurasum primeiro momento, os governos locais no Brasil ecasas de apostas segurasoutros países destinatárioscasas de apostas segurasremessas tenham que "organizar seus próprios pacotescasas de apostas segurasresgate para famíliascasas de apostas segurasdificuldades, incapazescasas de apostas seguraspagar aluguel ou comprar alimentos, poiscasas de apostas segurasúnica fontecasas de apostas segurasrenda (remessas do exterior) secou repentinamente".

"É um lado da globalização no qual não costumamos pensar. Nós realmente estamos no mesmo barco, muito mais do que podemos acreditar", diz Pasquariello.

Manoel reconhece que a Prefeituracasas de apostas segurasGovernador Valadares está muito preocupada com o impacto da perda momentânea dos recursos estrangeiros. Para tentar aliviar o problema, cortou temporariamente os tributos municipaiscasas de apostas seguraspequenos negócios. "Mas a cidade não tem condições financeirascasas de apostas segurasfazer mais", diz.

Efeito anticíclico das remessas

Ilustração mostra notacasas de apostas segurasreal com gráficos, ícones representando vírus e palavra 'covid-19'

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Com maiscasas de apostas seguras30 milhõescasas de apostas seguraspessoas oficialmente desempregadas e uma retração econômicacasas de apostas segurasquase 5% no primeiro trimestrecasas de apostas seguras2020, os EUA têm sentido com força os efeitos da pandemiacasas de apostas segurascoronavírus na economia

Apesar do mau momento nas remessas, a expectativa dos especialistas no assunto é que os repasses se recuperem e até superem o patamar anterior tão logo os migrantes consigam fontes segurascasas de apostas segurasrenda. Com a reabertura gradual da economia americana a partircasas de apostas segurasmaio, isso deve começar a acontecer.

"O envio do dinheiro é considerado uma das quatro grandes necessidades básicas dos migrantes, atrás apenascasas de apostas seguraspagar o aluguel, as contas ecasas de apostas segurasse alimentar", afirma Orozco. Por isso, a estimativa dele é que, na média, o montantecasas de apostas segurasremessas caia apenas entre 7% e 15% no anocasas de apostas seguras2020.

"As remessas tendem a ter um efeito anticíclico nas economias dos paísescasas de apostas segurasorigem dos migrantes", afirma Álvaro Lima, diretorcasas de apostas seguraspesquisa da Agênciacasas de apostas segurasPesquisa e Desenvolvimentocasas de apostas segurasBoston. "Quando esses países estãocasas de apostas seguraspior situação, os migrantes que estão bemcasas de apostas segurasoutro país injetam dinheiro ali e aliviam a recessão. É uma fonte tão segura que alguns países latinos as empregam como garantiacasas de apostas segurassuas dívidas."

Como o pico da epidemia nos EUA deve ter sido alcançadocasas de apostas segurasabril, cercacasas de apostas segurasseis semanas à frente do Brasil, quando este estivercasas de apostas segurasseu pior momento econômico, os migrantes estarãocasas de apostas segurasrecuperação financeira e terão condiçãocasas de apostas segurassocorrer suas famílias. É a apostacasas de apostas segurasRalph Boragina, diretor para Brasil da Golden Money Transfer, empresa que operacionaliza cercacasas de apostas seguras4%casas de apostas segurastodas as remessas dos EUA para a América Latina.

Segundo ele, embora o comportamento dos brasileiros tenha mudado na crise, emcasas de apostas segurasagência, a redução do montante enviado não foi tão drástica. "Os brasileiros costumavam mandar,casas de apostas segurasmédia, US$ 500 a cada 20 dias. Agora estão fazendo remessas menores,casas de apostas segurastornocasas de apostas segurasUS$ 300, US$ 350, mas aumentou um pouco a frequência do envio", diz Boragina.

As transferências sugerem que os brasileiros não têm esperado acumular reservas para mandar e que estão atentos ao câmbio para maximizar o impacto dos recursos. "O dólar está muito alto. No diacasas de apostas segurasque o (então ministro da Justiça Sergio) Moro saiu, a cotação explodiu. Então os migrantes correram pra enviar o que tinham porque o dinheiro valorizou e dava pra ajudar ainda mais gente no Brasil", relata Boragina.

Com 21 anoscasas de apostas segurasexperiência nesse mercado, ele se permite uma previsão: "Se a situação ficar muito difícil no Brasil, as remessas vão explodir. Já vi muito brasileiro aqui passar necessidade pra ajudar parente. O sujeito nos Estados Unidos têm uma vida super humilde, quando você vê, ele comprou três apartamentos para a família no Brasil".

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