O mundo secreto dos médicos que Cuba exporta:jogos com bônus de boas vindas

Retratojogos com bônus de boas vindasDayli Coro
Legenda da foto, Dayli Coro diz que já foi ameaçada com arma diversas vezes quando cumpria missão na Venezuela

O texto foi atualizado às 10h11jogos com bônus de boas vindas21jogos com bônus de boas vindasmaiojogos com bônus de boas vindas2019.

Cuba jogos com bônus de boas vindas é reconhecida há tempos pelajogos com bônus de boas vindas"diplomacia médica", enviando milharesjogos com bônus de boas vindasprofissionaisjogos com bônus de boas vindassaúde jogos com bônus de boas vindas para trabalharjogos com bônus de boas vindasmissões pelo mundo todo e recebendo,jogos com bônus de boas vindastroca, bilhõesjogos com bônus de boas vindasdólares.

No Brasil, profissionais cubanos integraram o programa Mais Médicosjogos com bônus de boas vindas2013 até o finaljogos com bônus de boas vindas2018, quando o presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito e disse que não aceitaria mais os termos do acordo negociado com o governojogos com bônus de boas vindasCuba durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

De acordo com uma pesquisa recente, alguns dos médicos enviados para missõesjogos com bônus de boas vindasdiferentes países dizem que as condiçõesjogos com bônus de boas vindastrabalho podem ser um "pesadelo".

A BBC News reuniu algumas histórias e dados para entender esse mundo secretojogos com bônus de boas vindasmédicos exportados por Cuba para o mundo.

Promessas antes das missões

A cubana Dayli Coro sempre quis ser médica. "Estudei por vocação. Costumava dormir entre três e quatro horas por diajogos com bônus de boas vindastanto estudar. Trabalhei muito no meu primeiro anojogos com bônus de boas vindasprática. Pegava vários turnos extras", conta.

"E, agora que estou formada, não posso ser médicajogos com bônus de boas vindasCuba. É frustrante."

Dayli, hoje com 31 anos, queria se especializarjogos com bônus de boas vindasatendimentojogos com bônus de boas vindasunidadesjogos com bônus de boas vindasterapia intensiva (UTIs). Depoisjogos com bônus de boas vindasse formar, disseram a ela que, se fosse para uma missão médica na Venezuela, ganharia experiência na área que escolheu, alémjogos com bônus de boas vindaspoder contar esse período como os três anosjogos com bônus de boas vindasserviço social obrigatório que todos os formandosjogos com bônus de boas vindasmedicina precisam cumprirjogos com bônus de boas vindasCuba.

Ela concordoujogos com bônus de boas vindasse juntar ao que Havana chamajogos com bônus de boas vindas"missões internacionalistas", seguindo os passosjogos com bônus de boas vindascentenasjogos com bônus de boas vindasmilharesjogos com bônus de boas vindasmédicos cubanos. Desde 1960, o trabalho médicojogos com bônus de boas vindasCuba no exterior é usado pelo governo do país como um símbolojogos com bônus de boas vindassolidariedade. Fidel Castro chamava os médicos que participavam dessas missõesjogos com bônus de boas vindasintegrantes do "exércitojogos com bônus de boas vindasjalecos brancos"jogos com bônus de boas vindasCuba.

Alémjogos com bônus de boas vindasser fontejogos com bônus de boas vindasorgulho e prestígio, a diplomacia médica garante recursos para o regime. Vale lembrar que um dos principais importadores dos serviços médicos é a Venezuela, aliado estratégico que pagou por esses serviços com petróleo numa fasejogos com bônus de boas vindasboom das commodities.

Ante a pouca transparência do governo cubano, é preciso analisar estimativas oficiais e independentes. Em fevereirojogos com bônus de boas vindas2017, José Luis Rodríguez, ex-ministro da Economiajogos com bônus de boas vindasCuba, afirmoujogos com bônus de boas vindasartigo no portal Cubadebate que essa política rendeu US$ 11,5 bilhões por ano,jogos com bônus de boas vindasmédia, entre 2011 e 2015. Em novembrojogos com bônus de boas vindas2009, o Ministério do Comércio Exterior falavajogos com bônus de boas vindasUS$ 9 bilhões por ano. Em contraponto, a Economist Intelligence Unit estima que essa média anual tenha sidojogos com bônus de boas vindasUS$ 9,6 bilhões no período.

médicos cubanos

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Legenda da foto, Médicos cubanos sendo recebidos para trabalhar no Quênia

Atualmente, há cercajogos com bônus de boas vindas30 mil médicos cubanos atuandojogos com bônus de boas vindas67 países - a maioria na América Latina e na África, mas tambémjogos com bônus de boas vindasalguns países europeus, como Portugal e Itália. As autoridades cubanas estabelecem regras rígidas para impedir seus cidadãosjogos com bônus de boas vindas"desertarem" o regime uma vez no exterior. Mas o que atrai médicos para esse programa internacional?

Os salários pagos nos países que recebem os profissionais cubanos costumam ser muito maiores que os oferecidosjogos com bônus de boas vindasCuba. Esse foi um dos fatores que levaram Dayli a aderir ao programa.

Em Cuba, ela recebia um saláriojogos com bônus de boas vindasUS$ 15 por mês,jogos com bônus de boas vindas2011. Na Venezuela, receberia US$ 125 por mês nos primeiros seis meses - valor que subiria para US$ 250 após seis meses e para US$ 325 no terceiro ano. A família dela,jogos com bônus de boas vindasCuba, também receberia um bônusjogos com bônus de boas vindasUS$ 50 por mês.

De acordo com um relatório do Prisoners Defenders, uma ONG baseada na Espanha que advoga pelos direitos humanosjogos com bônus de boas vindasCuba e que é ligada ao grupojogos com bônus de boas vindasoposição cubano União Patrióticajogos com bônus de boas vindasCuba, os médicos cubanosjogos com bônus de boas vindasmissões recebem entre 10% e 25% dos salários pagos pelos países onde atuam. O restante é retido pelas autoridades cubanas.

Dayli diz que ela assinou voluntariamente o contrato para um períodojogos com bônus de boas vindastrês anos na Venezuela, mas não teve tempojogos com bônus de boas vindasler seu teor nem recebeu uma cópia do documento.

Em outubrojogos com bônus de boas vindas2011, a médica foi encaminhada para uma clínica na cidade venezuelanojogos com bônus de boas vindasEl Sombrero. Ela passou a integrar o programa Bairro Adentro, que distribui médicos cubanosjogos com bônus de boas vindasáreas pobres da Venezuela desde 2003. O governojogos com bônus de boas vindasNicolás Maduro paga pelo serviço dos médicos cubanos com petróleo.

Dayli diz que se viu,jogos com bônus de boas vindasrepente, numa quase zonajogos com bônus de boas vindasguerra, a pontojogos com bônus de boas vindasse acostumar a ter uma arma apontada para si frequentemente.

Dayli na Venezuela ao ladojogos com bônus de boas vindasduas crianças
Legenda da foto, Dayli diz que se decepcionou com a postura do governo cubanojogos com bônus de boas vindasmissão internacional na Venezuela

A Venezuela estava na épocajogos com bônus de boas vindasmeio a uma escalada do crime que levou a uma taxajogos com bônus de boas vindas92 mortos por 100 mil habitantesjogos com bônus de boas vindas2016,jogos com bônus de boas vindasacordo com a ONG venezuelana Observatório da Violência.

Já o Banco Mundial diz que houve 56 mortos por 100 mil habitantesjogos com bônus de boas vindas2016, na Venezuela - o terceiro pior resultado do continente americano, atrás apenasjogos com bônus de boas vindasEl Salvador e Honduras.

"Havia muitas quadrilhas. Quando elas brigavam entre si, levavam seus feridos a nós, porque o hospital venezuelano local tinha policiais fazendo a segurança e nós, não. Esses garotos levavam pacientes com 12, 15 balas no corpo, apontavam as armas e exigiam que a gente os salvasse. 'Se ele morrer, você morre'. Esse tipojogos com bônus de boas vindascoisa acontecia diariamente. Era rotina", diz Dayli.

Os membrosjogos com bônus de boas vindasgrupos criminosos que a médica atendia tinham entre 15 e 16 anos. "Já recebi um com uma bala no coração, outro com cinco na cabeça. Alguns poderiam sobreviver, mas você sabia que, se não fossem operadosjogos com bônus de boas vindasminutos, morreriam, e a gente não tinha as condições necessárias nem remédios básicos. Era para haver quatro médicos intensivistas, mas, normalmente, só havia um por turno", diz ela.

Esses pacientes eram normalmente transferidosjogos com bônus de boas vindasambulância para um hospital que ficava a 45 minutosjogos com bônus de boas vindasdistância. Alguns membrosjogos com bônus de boas vindasgangues ordenavam que Dayli entrasse na ambulância com eles. "Uma vez uma ambulância foi alvejada por outra quadrilha, e um médico venezuelano e o motorista morreram", conta.

Cirurgiões cubanos trabalhando
Legenda da foto, 'Tinha 24 anos. Mas, num lugar com tamanha violência, você desenvolve uma frieza emocional impressionante', diz Dayli

"Sempre havia a possibilidadejogos com bônus de boas vindasuma gangue rival tentar eliminar o paciente durante a transferência para um hospital. Já vivi uma situaçãojogos com bônus de boas vindasque uma quadrilha rival entrou e matou o paciente. Eu tinha 24 anos. Mas, num lugar com tamanha violência, você desenvolve uma frieza emocional impressionante."

O que dizem os médicos cubanos

Um relatório do Cuban Prisoners Defenders, baseado no depoimento inéditojogos com bônus de boas vindas46 médicos que atuaramjogos com bônus de boas vindasmissões internacionais e nos testemunhos públicosjogos com bônus de boas vindasoutros 64 profissionais cubanos revela que:

- 89% não tinham conhecimento préviojogos com bônus de boas vindasonde seriam alocados dentro do paísjogos com bônus de boas vindasdestino;

- 41% tiveram seus passaportes confiscados por uma autoridade cubana ao chegar ao paísjogos com bônus de boas vindasdestino;

- 91% disseram ter sido monitorados por agentesjogos com bônus de boas vindassegurançajogos com bônus de boas vindasCuba durante a missão e pressionados a compartilhar informações sobre os colegas;

- 57% não se voluntariaram para aderir à missão, mas se sentiram obrigados a isso, enquanto 39% disseram que se sentiram fortemente pressionados a participar do programa internacional.

A BBC fez vários pedidos para que o governo cubano se manifestasse, mas não recebeu resposta. Mas, depois do relatório ser publicado, o presidente cubano Miguel Diaz-Canel tuitou: "Mais uma vez, o império mente para desacreditar os programasjogos com bônus de boas vindascooperaçãojogos com bônus de boas vindassaúde com outros países, rotulando-osjogos com bônus de boas vindas'escravidão moderna' ejogos com bônus de boas vindaspráticasjogos com bônus de boas vindas'tráfico humano'. Eles não se conformam com exemplo e a solidariedadejogos com bônus de boas vindasCuba."

Pacientesjogos com bônus de boas vindasclínicajogos com bônus de boas vindasCaracas

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Legenda da foto, 'Mais uma vez o império mente para desacreditar os programasjogos com bônus de boas vindascooperaçãojogos com bônus de boas vindassaúdejogos com bônus de boas vindasCuba com outros países', disse o governo cubano

Em dezembro, ele fez uma homenagem aos "heróis da medicana cubana e latino-americana" para marcar o Dia da Medicina da América Latina. "Para aqueles que lutam pela vida, é a mesma coisa num bairro modestojogos com bônus de boas vindasCuba ou num vilarejo na Amazônia. Mais que médicos, eles são guardiões da virtude humana", disse o presidente cubano, no Twitter.

No final do ano passado, o governojogos com bônus de boas vindasCuba decidiu retirar seus médicos do Brasil, após ser alvojogos com bônus de boas vindascríticasjogos com bônus de boas vindasBolsonaro, que acabarajogos com bônus de boas vindasser eleito. O presidente brasileiro questionou a qualificação dos profissionais cubanos e disse que atuavam numa situação análoga àjogos com bônus de boas vindas"trabalho escravo", destacando que mantinham apenas 25% da remuneração paga pelo Brasil e que o restante ia para o governo cubano.

Em resposta, as autoridades cubanas rebateram essa comparação com a escravidão e disseram que não era "aceitável questionar a dignidade, o profissionalismo e o altruísmo" da equipe médica internacionaljogos com bônus de boas vindasCuba.

Médicas relatam abusos e violência sexual

Alguns profissionais também relatam ter sofrido violência sexual nos países onde atuaram. É o casojogos com bônus de boas vindasuma médicajogos com bônus de boas vindas48 anos que prefere ser identificada nesta reportagem como Júlia para poupar os familiares do sofrimento pelo qual passou.

No iníciojogos com bônus de boas vindassua missãojogos com bônus de boas vindascinco anos na Venezuela, ela foi levada ao Estadojogos com bônus de boas vindasBolívar. "Tive o azarjogos com bônus de boas vindaso coordenador da missão se interessar por mim. Não aceitei suas insinuações repulsivas, e ele me mandou para uma sériejogos com bônus de boas vindasmissõesjogos com bônus de boas vindasáreas rurais", diz Júlia.

Em dado momento, ela foi alojada num casebre, juntamente com outra médica cubana. "Acordei numa noite com alguém cobrindo a minha boca. A médica no outro quarto estava gritando. Havia dois homens portando armas", diz Julia.

Ela conta que foi estuprada. O coordenador da missão retirou as duas mulheres da localidade, mas Júlia diz que ele não sofreu qualquer reprimenda por ter exposto integrantesjogos com bônus de boas vindasseu time a situaçõesjogos com bônus de boas vindasperigo. A médica foi levada a Caracas, onde recebeu medicamento anti-HIV e passou por sessões com um psicólogo cubano. "Mas não era o melhor tratamento. O foco era basicamente me fazer não contar para ninguém o que aconteceu."

Durante uma missão na Bolívia, Júlia fugiu e cruzou a fronteira com o Chile. Atualmente, ela mora na Espanha, onde pediu asilo e trabalha como assistentejogos com bônus de boas vindasum cirurgião.

Maria, cujo nome foi trocado para protegerjogos com bônus de boas vindasidentidade, é outra médica cubana que diz que o fatojogos com bônus de boas vindasser mulher a transformoujogos com bônus de boas vindasalvo. Ela tinha 26 anos quando foi encaminhada para a Guatemala, emjogos com bônus de boas vindasprimeira missão internacional,jogos com bônus de boas vindas2009.

Durante a jornada até o Estadojogos com bônus de boas vindasAlta Verapaz, o coordenador da missão começou a contar para ela sobre um homem rico da região, a quem se referia como engenheiro. "Ele insinuou que esse homem gostavajogos com bônus de boas vindasmulheres cubanas." Maria conta que recebeu um celular, e o "engenheiro" passou a telefonar para ela todos os dias.

"Não respondia e cheguei a trocarjogos com bônus de boas vindasnúmero, mas ele continuou ligando. O coordenador me disse que seria mandada para casa como punição, se não me encontrasse com esse homem. Embarquei numa missão pelo meu país com a ideiajogos com bônus de boas vindasajudar pessoas pobres. Foi muito frustrante. Estava assustada, não tinha como fugir."

Maria conta que seu passaporte foi confiscado por funcionários cubanos assim que chegou à Guatemala. Após dois meses resistindo à pressão para que se encontrasse com o homem, ela foi transferida para outra missão.

Alunosjogos com bônus de boas vindasmedicinajogos com bônus de boas vindasHavana, capital cubana

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Legenda da foto, Todos os formandosjogos com bônus de boas vindasmedicinajogos com bônus de boas vindasCuba precisam cumprir três anosjogos com bônus de boas vindasserviço social obrigatório

Alguns meses depois, soube que o "engenheiro" havia sido preso numa operação do Exército, acusadojogos com bônus de boas vindasser traficantejogos com bônus de boas vindasdrogas. Maria completou dois anos na Guatemala e desertou quando ia ser enviada ao Brasil, se inscrevendo num programa do governo americano dedicado a ajudar médicos cubanos a fugir.

Metas estabelecidas pelos líderes da missão

Dayli conta que ela e seu time na Venezuela tinham que cumprir metas semanais estabelecidas pelos líderes da missão cubana, como números mínimosjogos com bônus de boas vindasvidas salvas, pacientes admitidos e tratamentos para determinadas doenças. Ela diz que rejeitou aderir ao que chamoujogos com bônus de boas vindasinterferência antiética nos princípios médicos.

"Não aceitei mentir. Se um paciente está pronto para receber alta e tomar medicamento oralmente, não vou interná-lo por cinco dias (para cumprir a meta). Não tenho como antecipar quantos pacientes com ataques cardíacos vou receber numa semana."

De acordo com o relatório do Cuban Prisoners Defenders, mais da metade dentre 46 médicos com experiênciajogos com bônus de boas vindasmissões internacionais entrevistados relatou ter falsificado estatísticas e inventar pacientes, atendimentos e patologias que não existiam.

Dayli na Venezuela
Legenda da foto, Dayli diz que era pressionada a adulterar estatísticas para cumprir metas estabelecidas pelo governo cubano

Ao exagerar a eficácia das missões, as autoridades cubanas podem, diz o relatório, exigir pagamentos maiores dos países que recebem os profissionais ou justificar extensões no contratojogos com bônus de boas vindascolaboração.

Dayli diz que as discordâncias que manifestou sobre adulteraçãojogos com bônus de boas vindasestatísticas fizeram com que fosse transferida para uma cidade rural mais calma, San Joséjogos com bônus de boas vindasGuaribe. Mas as dificuldadesjogos com bônus de boas vindastrabalhar sem equipamentos médicos suficientes e as ordens para atingir metas impossíveis continuaram.

Uma vez, uma mulher chegou à clínicajogos com bônus de boas vindastrabalhojogos com bônus de boas vindasparto, lembra Dayli, mas não havia instrumentos adequados para auxiliar no parto. Em outra ocasião, ela diz que tevejogos com bônus de boas vindasusar a luz do próprio telefone como iluminação para entubar um paciente. Dayli também conta que seu pedido para transferir um homem com câncer no pulmão para Caracas foi recusado para que ele fosse inserido na estatística dajogos com bônus de boas vindasclínica.

"A saúde dos venezuelanos não importa para a missão. Um meninojogos com bônus de boas vindas11 anos morreu nos meus braços quando tentei colocá-lojogos com bônus de boas vindasaparelhos respiratórios que não estavam funcionando", diz ela.

Clínica

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Legenda da foto, Dayli conta que qualquer confraternização com venezuelanos fora do ambientejogos com bônus de boas vindastrabalho era proibido

Dayli também conta que qualquer fraternização com venezuelanos fora do ambientejogos com bônus de boas vindastrabalho era proibido. Os médicos cubanos moravam juntos e tinhamjogos com bônus de boas vindasrespeitar um toquejogos com bônus de boas vindasrecolher às 18h.

O coordenador da missão era um agente do serviçojogos com bônus de boas vindasinteligência cubano. "Ele costumava perguntar sobre meus colegasjogos com bônus de boas vindascasa e tinha uma redejogos com bônus de boas vindasinformantes locais que passavam qualquer informação que pudesse indicar possíveis desertores. Não nos era permitido tomar um drink com um venezuelano ou ir à casajogos com bônus de boas vindasalguém que você salvou para ver como ela estava."

Uma reportagem do jornal americano The New York Times, publicadajogos com bônus de boas vindasmarço, trouxe depoimentosjogos com bônus de boas vindasmédicos cubanos baseados na Venezuela que disseram que tiveram persuadir seus pacientes a votar no Partido Socialista, do governojogos com bônus de boas vindasNicolás Maduro.

Os cubanos seriam orientados a recusar tratamento para simpatizantes da oposição e a entregar remédios como propinajogos com bônus de boas vindastrocajogos com bônus de boas vindasvotos.

Em resposta, o governo cubano negou as acusações dizendo que seus médicos salvaram quase 1,5 milhãojogos com bônus de boas vindasvidas na Venezuela, alémjogos com bônus de boas vindascitar a participação dos profissionais na luta contra o vírus Ebola na África e da Cólera, no Haiti, entre outros exemplos.

Após as experiências nas missões internacionais, Dayli retornou a Cubajogos com bônus de boas vindas2014, onde foi alocada num hospital que não tem unidadejogos com bônus de boas vindasterapia intensiva - um sinal claro, diz ela,jogos com bônus de boas vindasque não contava com a simpatia do regime. Posteriormente, foi suspensajogos com bônus de boas vindaspraticar a medicinajogos com bônus de boas vindasfacejogos com bônus de boas vindasalegaçõesjogos com bônus de boas vindasque teria se ausentado injustificadamente do trabalho, o que ela nega.

Dayli conta que passou a ser tratada como dissidente e que um agentejogos com bônus de boas vindassegurança do governo cubano passou a vigiarjogos com bônus de boas vindascasa e segui-la para onde fosse. Amigos e familiares passaram a ser assediados, afirma. Em dado momento, ela não conseguiu mais suportar a situação e está, agora, visitando parentes na Espanha, onde pretende tentar permanecer.

"Queria ser uma médicajogos com bônus de boas vindasCuba, mas tive que desistir. Não quer ser um risco para a minha família. Falei o que achava, e essa é a consequência. Eles querem soldados, não médicos."

Línea

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