Cúpula do G20: Quais as chancesaplicativo pagbetTrump e Xi Jinping chegarem a um acordo durante o encontro?:aplicativo pagbet

Trump e Xi caminhamaplicativo pagbettapete vermelho eaplicativo pagbetfrente a guardasaplicativo pagbetencontro que teve lugaraplicativo pagbetPequim no anoaplicativo pagbet2017

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Líderes da China e dos EUA têm encontro marcado para este sábadoaplicativo pagbetBuenos Aires,,aplicativo pagbetmeio à cúpula do G20

Mas,aplicativo pagbet2018, o relacionamento entre as duas potências se deteriorou rapidamente. Tarifas "de revanche" anunciadasaplicativo pagbettuítes fomentaram uma guerra comercial que é, na verdade, uma ameaça mundial.

A batalha estaráaplicativo pagbetfoco quando Trump e Xi se encontrarem para um jantar neste sábadoaplicativo pagbetmeio à cúpula do G20 na Argentina.

Mas por que há sinaisaplicativo pagbetque o desfecho dessa reunião não atenderá às expectativas mais otimistas? Entenda abaixo.

A China quer o controle

Os EUA têm preocupações legítimas sobre seu acesso ao mercado na China, segundo avaliação do Instituto Brookings, um centroaplicativo pagbetpesquisas sediadoaplicativo pagbetWashington. Mas as tarifas sobre transações comerciais não são sempre o problema.

Pequim vem aliás baixando algumas alíquotas e,aplicativo pagbetalguns setores, elas são menores do queaplicativo pagbetoutros mercados emergentes.

Mas o ponto que talvez mais preciseaplicativo pagbetmudanças é a limitação imposta por Pequim ao acessoaplicativo pagbetempresas estrangeiras a seus consumidores.

Existem restrições ao investimento diretoaplicativo pagbetcompanhias externas que vão do setor automotivo ao financeiro, passando pelas telecomunicações.

Bandeiras da China e dos EUA

Crédito, AFP

Legenda da foto, A batalha comercial entre China e EUA é na verdade uma ameaça mundial

É aí que entraaplicativo pagbetcena a acusação dos americanosaplicativo pagbetque, com as restrições existentes, os chineses acabam se beneficiando da transferênciaaplicativo pagbettecnologia e colocandoaplicativo pagbetrisco a propriedade intelectual das empresas estrangeiras que decidem entrar no mercado do país asiático. Seria uma troca desequilibrada, na visãoaplicativo pagbetWashington.

Para apaziguar os EUA, a China precisaria relaxar regras que exigem joint ventures para agentes externos - uma medida protecionista para que empresas estrangeiras só possam atuar quando associadas a companhias chinesas.

É difícil que isso ocorra, porque o que Pequim tem demonstrado é que deseja o controle.

Se a China permitisse que as empresas estrangeiras ditassem os termos, provocaria uma mudança fundamentalaplicativo pagbetcomo o país opera hoje. Xi Jinping tem demonstrado maior, e não menor, controle das rédeas da economia.

Uma retórica sem sinaisaplicativo pagbetcooperação

Em todos os principais e recentes encontros internacionais, Washington disse ao mundo que Pequim é a culpada pelos problemas no relacionamento bilateral.

Trump, por exemplo, tem constantemente afirmado que vai aplicar mais tarifas a Pequim se os chineses não fizerem sinalizações positivas - ainda que essas ações pudessem eventualmente ter impacto negativo sobre a economia americana.

Falando na cúpula da Apec (Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico) recentemente, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, criticou a política chinesa do "Belt and Road Initiative" (algo como "Iniciativa do Cinturão e da Rodovia", que faz referência aos investimentos chinesesaplicativo pagbetobrasaplicativo pagbetinfraestruturaaplicativo pagbetdezenasaplicativo pagbetpaíses), dizendo que ela levaria as nações receptoras dos recursos a se afogaremaplicativo pagbetdívidas.

Já o secretárioaplicativo pagbetEstado dos EUA, Mike Pompeo, disse que os acordos chineses são "bons demais para ser verdade".

Trabalhador chinês trabalhaaplicativo pagbetobra da Iniciativa do Cinturão e da Rota no Sri Lanka

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A Iniciativa do Cinturão e da Rodovia marca presençaaplicativo pagbetpaíses como o Sri Lanka

E mesmo na véspera da próxima reunião do G20, Larry Kudlow, diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, ressaltou que nenhum acordo será possível a menos que "questões envolvendo o rouboaplicativo pagbetpropriedade intelectual, transferências forçadasaplicativo pagbettecnologia e barreiras tarifárias e não tarifárias" sejam resolvidas.

Isso é praticamente tudo o que levou a economia chinesa a chegar onde está hoje. Pequim não vai querer sairaplicativo pagbetum encontro com as mãos abanando.

Mais que uma guerra comercial

EUA e China formam o binômio mais estratégico dos nossos tempos. Por décadas, essa relação funcionou.

Mas, nos últimos anos - e,aplicativo pagbetparticular, desde que Xi assumiu -, a China vem se impondo no cenário internacional. Em parte, tomando os nichos que os EUA, ocupados com a crise financeira global e seus próprios problemas internos, deixaram na Ásia.

A China entrouaplicativo pagbetcena para desempenhar o papelaplicativo pagbetsalvadora financeira, e existe um ressentimento legítimoaplicativo pagbetPequimaplicativo pagbetque o país não recebe o reconhecimento que merece.

Por outro lado, iniciativas como a "Belt and Road", importante parte da política externaaplicativo pagbetPequim, são cada vez mais vistas como um sinalaplicativo pagbetcolonialismo econômico da China. As açõesaplicativo pagbetPequim no Mar do Sul da China também têm deixado Washington preocupado com os verdadeiros objetivos na região.

Portanto, a batalha entre EUA e China não é apenas sobre comércio. É uma tentativa da administração Trumpaplicativo pagbetcolocar a Chinaaplicativo pagbetseu lugar, algo, poraplicativo pagbetvez, temido por Pequim. Essas posições têm tornado difícil um acordo entre as duas partes.

E, mesmo quando há algumas sinalizações positivas, como quando Trump afirmou ter uma ótima química pessoal com Xi, o governo americano diz ao mesmo tempo que a China se aproveitou da generosidade americana e que isso precisa mudar.

Então, o mundo tem assistido a uma dançaaplicativo pagbetum passo à frente, dois passos atrás.

Por isso há tanta expectativa para o próximo encontro entre as partes. Tudo indica, porém, que ao final da dança não haverá nada alémaplicativo pagbetuma trocaaplicativo pagbetcumprimentos protocolar ou até um adeus amargo.

Xi Jinping e Donald Trump durante encontro na Flórida, EUA,aplicativo pagbet2017

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Xi Jinping e Donald Trump durante encontro na Flórida, EUA,aplicativo pagbet2017; 2018 foi cenário para uma deterioração na relação entre os dois países

Quão decisivo é,aplicativo pagbetfato, o G20?

Além do encontro entre Trump e Xi Jinping, o mundo assisteaplicativo pagbetperto às possibilidadesaplicativo pagbetque a cúpula coloque o dedo na feridaaplicativo pagbetoutra pauta internacional incômoda,aplicativo pagbetordem geopolítica.

Existe uma pressão para que o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman explique o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.

Mas, alémaplicativo pagbetdar a possibilidadeaplicativo pagbetlíderes mundiais resolverem certas questões iminentes, o quão crucial a cúpula do G20 podeaplicativo pagbetfato ser?

Diz-se que o G20 é pequeno o suficiente para tomar decisões com alguma rapidez, e grande o bastante para que essas decisões façam uma diferença.

Afinal, o grupo representa 85% da economia mundial e dois terços daaplicativo pagbetpopulação.

Após maisaplicativo pagbetdez anosaplicativo pagbetcúpulas - a primeira foiaplicativo pagbetWashington,aplicativo pagbet2008 -, o encontro se tornou o lugar natural para o debate sobre políticas econômicasaplicativo pagbetnível global.

Mas os críticos dizem que os êxitos do grupo ficaram para trás e que, hoje, ele é uma instituição multilateral aindaaplicativo pagbetbuscaaplicativo pagbetum propósito.

Entre os louros do passado, está a resposta do grupo à crise financeira desencadeada entre 2007 e 2008. Países desenvolvidos e emergentes se reuniram como iguais pela primeira vez e reconheceram a necessidadeaplicativo pagbetapoiar o crescimento global.

O resultado foi a adoção coordenadaaplicativo pagbetestímulos monetários e incentivos ao consumo, alémaplicativo pagbetresgates financeiros.

Mas as medidas não alteraram radicalmente o funcionamento da economia global. Isso significa que uma crise financeira semelhante poderia acontecer novamente.

Hoje, novos obstáculos se impõemaplicativo pagbetmaneira mais acentuada, como a diminuição do comércio e investimento global, o aumento das tarifas bilaterais e, nas economias emergentes, a fugaaplicativo pagbetcapital e o enfraquecimentoaplicativo pagbetmoedas.

Some-se a isso o avançoaplicativo pagbetuma retórica nacionalista que se opõe ao multilateralismo representado por instituições como o G20 - e que, claro, já mostra reflexos na economia.

Rayita

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