Governo Bolsonaro: Quem serão os ministros e os altos funcionários na futura equipe:email betnacional

Da esquerda para a direita: Marcos Pontes, Augusto Heleno, Onyx Lorenzoni e Paulo Guedes

Crédito, AFP/Getty

Legenda da foto, Da esquerda para a direita: Marcos Pontes, Augusto Heleno, Onyx Lorenzoni e Paulo Guedes

*Este texto foi atualizado pela última vez no dia 09email betnacionaldezembroemail betnacional2018

email betnacional O presidente eleito Jair Bolsonaro email betnacional concluiu neste domingo a escalação daemail betnacionalfutura Esplanada dos Ministérios, ao indicar um nome para o Ministério do Meio Ambiente. Assim, já são conhecidos os 22 ministros que farão parte da equipeemail betnacionalgoverno.

O desenho provável da futura Esplanada - com 22 ministérios - foi apresentado a jornalistas pelo futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Abaixo, saiba quem são os 22 nomes confirmados como ministros, alémemail betnacionaloutros 8 indicados para postos-chave, que vão assumiremail betnacionaljaneiroemail betnacional2019.

André Luizemail betnacionalAlmeida Mendonça (AGU)

O presidente eleito anunciou no Twitter que Mendonça foi nomeado o novo Advogado Geral da União.

Mendonça já trabalhou na AGU, onde foi Corregedor-Geral, Adjunto do Procurador-Geral da União e Diretor do Departamentoemail betnacionalPatrimônio e Probidade, Coordenadoremail betnacionalMedidas Disciplinares, Vice-Diretor da Escola da AGU e Procurador-Seccional da Uniãoemail betnacionalLondrina.

Atualmente é assessor especial da Controladoria Geral da União (CGU), responsável por coordenar as comissõesemail betnacionalnegociação dos acordosemail betnacionalleniência no âmbito da CGU.

O advogado é formado pela Faculdadeemail betnacionalDireitoemail betnacionalBauru e fez curso sobre corrupção na Universidadeemail betnacionalSalamanca, na Espanha.

Augusto Heleno (Gabineteemail betnacionalSegurança Institucional)

O general da reserva Augusto Heleno Ribeiro quase foi candidato a vice-presidenteemail betnacionalBolsonaro no lugar do general Hamilton Mourão, mas a intenção acabou frustrada por contrariar a estratégia eleitoral do seu partido, o PRP. Em entrevista ao Jornal Nacional logo após o primeiro turno, Bolsonaro chegou a se referir duas vezes ao seu vice erroneamente como "Augusto".

Heleno, que é generalemail betnacionalquatro estrelas (generalemail betnacionalExército, no topo da hierarquia), deve assumir o comando do Gabineteemail betnacionalSegurança Institucional (GSI), substituindo o general Sérgio Etchegoyen.

O general Heleno se formou na Academia Militar das Agulhas Negras com o primeiro lugar na turmaemail betnacionalcavalariaemail betnacional1969 - oito anos antes, portanto, que Bolsonaro. Tornou-se conhecido do grande público ao ser nomeado o primeiro comandante militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), liderada pelo Brasil, cargo que ocupouemail betnacional2004 a 2005.

Depois, assumiu,email betnacionalsetembroemail betnacional2007, o Comando Militar da Amazônia (CMA), um dos postos mais prestigiosos do Exército. Menosemail betnacionaldois anos depois, porém, foi removido após chamar a política indigenista do governo Lula (2003-2010)email betnacional"caótica" e dizer que a demarcação contínua da reserva Raposa-Serra do Sol era uma "ameaça à soberania nacional".

General Heleno

Crédito, Reuters

Legenda da foto, General Heleno chegou a ser cotado a vice; deve assumir o GSI

"Demarcaçõesemail betnacionalterras indígenas baseiam-seemail betnacionallaudos antropológicos forjados. Os índios seguem abandonados e servem como massaemail betnacionalmanobraemail betnacionalinteresses escusosemail betnacionalONG estrangeiras", afirmou, quando já estava aposentado,email betnacionalentrevista a uma pesquisa da USP.

Encerrouemail betnacionalcarreira no Exército no burocrático Departamentoemail betnacionalCiência e Tecnologia,email betnacionalonde saiuemail betnacional2011. No discursoemail betnacionaldespedida, elogiou o golpe militaremail betnacional1964 ao se referir à memória do pai, que também serviu às Forças Armadas: "Lutastes,email betnacional1964, contra a comunização do país e me ensinastes a identificar e repudiar os que se valem das liberdades democráticas para tentar impor um regime totalitário,email betnacionalqualquer matiz".

Após deixar o Exército, onde chegou a chefiar o Centroemail betnacionalComunicação Social, enveredou para a áreaemail betnacionalmídia. Foi consultoremail betnacionalsegurança e assuntos militares da TV Bandeirantes e também dirigiu a Comunicação e a Educação Corporativa do Comitê Olímpico Brasileiro.

É apontado como conselheiroemail betnacionalBolsonaro na áreaemail betnacionalsegurança e, assim como ele, defende que os policiais tenham poder para executar criminosos armados. "Eu vou ter morto sim, mas vou ter morto do lado certo", afirmouemail betnacionalentrevista a rádio BandNews no início do ano.

Bento Costa Lima Leite (Minas e Energia)

Bento Costa foi o 20º ministro anunciado por Bolsonaro. A indicação foi feita diretamente pelo presidente eleito, ememail betnacionalconta no Twitter. Bento Costa é militar da Marinha, e ocupa o postoemail betnacionalAlmiranteemail betnacionalEsquadra. Hoje, Costa é diretor-geralemail betnacionaldesenvolvimento nuclear e tecnológico da força.

Em seu último cargo antesemail betnacionalser indicado ministro, Bento esteve à frente do Programaemail betnacionalDesenvolvimentoemail betnacionalSubmarinos (Prosub) e o Programa Nuclear da Marinha (PNM). Costa é pós-graduadoemail betnacionalciência política pela Universidadeemail betnacionalBrasília (UnB) e também concluiu um MBAemail betnacionalgestão pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Carlos von Doellinger (Ipea)

O economista Carlos von Doellinger foi indicado por Paulo Guedes para presidir o Institutoemail betnacionalPesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Pesquisador aposentado da instituição e economista da Universidade Federal do Rioemail betnacionalJaneiro (UFRJ), von Doellinger presidiu o Banco do Estado do Rioemail betnacionalJaneiro (Banerj) e já integra a equipe econômicaemail betnacionaltransição do futuro governo.

O instituto tem a funçãoemail betnacionaldar suporte técnico ao governo para a formulação eemail betnacionalpolíticas públicas e programasemail betnacionaldesenvolvimento.

Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretariaemail betnacionalGoverno)

Gaúcho da cidadeemail betnacionalRio Grande (RS), Carlos Alberto é engenheiro civilemail betnacionalformação e general da reserva do Exército. Enquanto estava na ativa, Carlos Alberto comandou a missãoemail betnacionalpaz no Haiti, a Minustah,email betnacional2007 a 2009. Também chefiou a Secretaria Nacionalemail betnacionalSegurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça, durante alguns meses no governoemail betnacionalMichel Temer (MDB).

A Secretariaemail betnacionalGoverno têmemail betnacionalestrutura dentro do Palácio do Planalto. Hoje chefiado por Carlos Marum (MDB), o órgão é um dos responsáveis pela fazer a articulação com o Congresso. Hoje, são quatro os ministérios que funcionam dentro do Palácio: Casa Civil, Secretaria-Geral, Gabineteemail betnacionalSegurança Institucional (GSI) e a Secretariaemail betnacionalGoverno.

Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos)

A advogada e pastora evangélica Damares Alves, atualmente assessora do senador Magno Malta (PR-ES), foi confirmada como ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos no governoemail betnacionalJair Bolsonaro. Sua pasta incluirá também a Funai (Fundação Nacional do Índio) - a decisão contraria a vontadeemail betnacionalrepresentantes dos povos indígenas que defendiam a manutenção do órgão no Ministério da Justiça.

Damares Alves acompanhadaemail betnacionaloutros futuros ministros

Crédito, RAFAEL CARVALHO / GOVERNO DE TRANSIÇÃO

Legenda da foto, Damares Alves (dir.) fala com jornalistas depoisemail betnacionalser anunciada por Onyx Lorenzoni (esq., à frente)

O futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, justificou a alteração dizendo que Alves é "mãe (adotiva)email betnacionaluma índia". Aos jornalistas, a pastora disse que se aproximou do universo indígena ao assessorar uma CPI (Comissão Parlamentaremail betnacionalInquérito) que investigou a Funaiemail betnacional1999. Questionada sobre declaraçõesemail betnacionalBolsonaroemail betnacionalqueemail betnacionalseu governo não haverá "mais um centímetro"email betnacionalterras demarcadas, Alves afirmou que "índio não é só terra, índio tem que ser visto como um todo".

Ressaltou ainda que uma das ações da pasta será evitar a prática culturalemail betnacionalalguns povosemail betnacionalenterrar bebês, por exemplo quando nascem com problemasemail betnacionalsaúde. Essa intervençãoemail betnacionaltradições culturais, porém, é criticada por antropólogos.

A ministra também afirmou que a pauta LGBT é "muito delicada", mas que vai dialogar com os movimentos que representam esse grupo. Prometeu também priorizar a infância, mas sem dar detalhes, alémemail betnacionallevar direitos humanos para mulheres hoje "invisíveis". "Será prioridade a mulher ribeirinha, a mulher pescadora, a mulher catadoraemail betnacionalsiri, a quebradoraemail betnacionalcoco", prometeu.

Érika Marena (DRCI)

A delegada federal Érika Mialik Marena assume o Departamentoemail betnacionalRecuperaçãoemail betnacionalAtivos e Cooperação Jurídica Internacional, área responsável pela cooperação com outros paísesemail betnacionalquestões penais.

Atualmente é Superintendente da Polícia Federalemail betnacionalSergipe.

Marena teve papel importante no início da Lava Jato e foi responsável por cunhar o nome da operação.

Mais recentemente, comandou a operação Ouvidos Moucos, que prendeu o então reitor da UFSC (Universidade Federalemail betnacionalSanta Catarina), Luiz Carlos Cancellieremail betnacionalOlivo, por suspeitaemail betnacionalcorrupção. O então reitor, que se dizia inocente, se matou. Mais tarde, reportagem da Folhaemail betnacionalS. Paulo mostrou que o relatório final da PF não apresentou provasemail betnacionalque Cancellier tenha se beneficiado do suposto esquemaemail betnacionaldesvioemail betnacionalverbas.

Ao anunciar seu nome, Moro foi questionado por jornalistas sobre o episódio. "A delegada tem minha plena confiança. O que aconteceuemail betnacionalFlorianópolis foi uma tragédia, algo muito trágico, e toda minha solidariedade aos familiares do reitor, mas foi um infortúnio imprevisto no âmbitoemail betnacionaluma investigação, a delegação não tem responsabilidade quanto a isso", disse o ministro.

Ernesto Araújo (Relações Exteriores)

O embaixadoremail betnacional51 anos é atualmente diretor do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos.

O embaixador tinha um blog onde expunha suas opiniões contra o PT e elogios a Jair Bolsonaro.

Na descriçãoemail betnacionalsi mesmo, escreveu: "Sou Ernesto Araújo. Tenho 28 anosemail betnacionalserviço público e sou também escritor. Quero ajudar o Brasil e o mundo a se libertarem da ideologia globalista. Globalismo é a globalização econômica que passou a ser pilotada pelo marxismo cultural. É um sistema anti-humano e anti-cristão".

No mesmo blog, escreveu que a causa ambiental foi "pervertida" pela esquerda.

"O climatismo juntou alguns dados que sugeriam uma correlação do aumentoemail betnacionaltemperaturas com o aumento da concentraçãoemail betnacionalCO2 na atmosfera, ignorou dados que sugeriam o contrário, e criou um dogma 'científico' que ninguém mais pode contestar sob penaemail betnacionalser excomungado da boa sociedade", escreveu o novo chanceler.

Em artigo intitulado "Trump e o Ocidente", publicado na revistaemail betnacionalPolítica Externa do Itamaraty, elogia Donald Trump, que compara a Ronald Reagan e Winston Churchill.

Fernando Azevedo e Silva (Defesa)

O futuro ministro da Defesa do governo Jair Bolsonaro é general da reserva e foi assessor do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli.

Foi chefe do Estado-Maior do Exército e esteve à frente da Autoridade Pública Olímpica durante o governoemail betnacionalDilma Rousseff

Azevedo e Silva também foi chefe da assessoria parlamentar do Comando do Exércitoemail betnacional2003 a 2004.

Em entrevista à Folhaemail betnacionalS.Paulo, Azevedo e Silva disse que as Forças Armadas estão "vacinadas"email betnacionalrelação à política. "Estamos muito vocacionados para nossa atividade-fim, que é cumprir o Artigo 142 [defesa da Pátria, garantia dos poderes constitucionais e da lei e da ordem]."

Gustavo Bebbiano

Crédito, José Cruz / Agência Brasil

Legenda da foto, Gustavo Bebianno já era uma das pessoas mais próximas a Bolsonaro durante a campanha

Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência)

Advogadoemail betnacionalformação, Gustavo Bebianno presidiu o partidoemail betnacionalBolsonaro, o PSL, durante a campanha eleitoral. É considerado uma das pessoas mais próximas do presidente eleito.

A Secretaria-Geral é um dos quatro ministérios atuais cuja estrutura fica dentro do Palácio do Planalto;email betnacionalfunção é auxiliar o presidente da República no relacionamento com a sociedade civil, entre outras tarefas.

Ao ser anunciado como o futuro titular do órgão, Bebianno disse queemail betnacionalpasta será a responsável por tocar o Programaemail betnacionalParceriasemail betnacionalInvestimentos (PPI), criado por Michel Temer, com o objetivoemail betnacionalacelerar privatizações e concessõesemail betnacionalserviços públicos (rodovias, aeroportos etc). Bebianno disse ainda que terá como principal tarefa modernizar e desburocratizar o governo.

Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional)

O ministério criado pelo governo Bolsonaro será uma fusão dos ministérios das Cidades e da Integração Nacional, do qual Canuto é o atual secretário executivo. "Vamos unir as políticasemail betnacionaldesenvolvimento regional e urbano. O país tem históriasemail betnacionaldesenvolvimento muito diferentes, cada estado tememail betnacionalprópria cultura e especialidades o ministério vai potencializar essas especialidades", disse eleemail betnacionalentrevista após o anúncio.

Segundo o futuro ministro, o orçamento da pasta deve seremail betnacionalR$6 bi a R$8 bi.

Antesemail betnacionalse tornar secretário executivo, foi chefeemail betnacionalgabinete do ministro por dois anos. É servidor efetivo do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, integrante da carreiraemail betnacionalEspecialistaemail betnacionalPolíticas Públicas e Gestão Governamental.

Canuto é formadoemail betnacionalEngenhariaemail betnacionalComputação pela Universidade Estadualemail betnacionalCampinas (Unicamp) eemail betnacionalDireito pelo Centro Universitárioemail betnacionalBrasília (UniCEUB).

Joaquim Levy (BNDES)

O futuro presidente do BNDES foi nomeado ministro da Fazenda por Dilma Rousseff para seu segundo mandato e anunciado pouco depoisemail betnacionala presidente se reeleger. O cargo era ocupado até então por Guido Mantega.

Levy administrava na época um dos braços do banco Bradesco, o Bradesco Asset Management, e teria sido escolhido depoisemail betnacionalo então presidente da instituição, Luiz Carlos Trabuco, ter declinado o convite para o mesmo cargo.

Ex-aluno do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, ele é visto como um adepto do liberalismo econômico, que prega uma menor intervenção do Estado na economia, filosofia criticada por Mantega.

Levy assumiu o ministérioemail betnacionalDilma com a missãoemail betnacionalrecuperar o quadro econômico do País, quando a inflação rondava o tetoemail betnacional6,5% estabelecido pelo Banco Central, a economia estava quase estagnada e o governo já admitia que não deveria atingir as metas fiscais.

Levy e Barbosa

Crédito, AFP

Legenda da foto, Levy (esq.) foi ministro da Fazendaemail betnacionalDilma Rousseff.

Doze meses depois, a situação havia piorado, e a economia enfrentavaemail betnacionalpior recessão desde os anos 1990, com um desemprego crescente, inflaçãoemail betnacionalcercaemail betnacional10% e uma retraçãoemail betnacional3,8% do PIB, o pior resultadoemail betnacional25 anos.

Levy acabou sendo substituído pelo então titular do Ministério do Planejamento, Nelson Barbosa. Um mês depois, foi nomeado diretor financeiro do Banco Mundialemail betnacionalWashington, onde estava até agora.

Engenheiro navalemail betnacionalformação, com mestrado e doutoradoemail betnacionaleconomia pela Universidadeemail betnacionalChicago, nos Estados Unidos, Levy trabalhou no inícioemail betnacionalsua carreira no Fundo Monetário Internacional e foi vice-presidente do Banco Interamericanoemail betnacionalDesenvolvimento.

Já teve duas outras experiências na gestão pública antesemail betnacionalintegrar o governo Dilma. Foi secretárioemail betnacionalFazenda do governoemail betnacionalSérgio Cabral no Rioemail betnacionalJaneiro, entre 2007 e 2010, e comandou o Tesouro na gestão do ex-ministro Antonio Palocci,email betnacional2003 a 2006, durante o primeiro mandatoemail betnacionalLuiz Inácio Lula da Silva.

Luiz Mandetta (Ministério da Saúde)

O deputado do DEM do Mato Grosso do Sul é ortopedista e foi secretárioemail betnacionalSaúdeemail betnacionalCampo Grande entre 2005 e 2010, quando saiu para candidatar-se a deputado federal, cargo que ocupa desde então.

Desistiuemail betnacionalconcorrer à reeleiçãoemail betnacional2018. Médico pediatra, disseemail betnacional2013 que a vindaemail betnacionalcubanos para o Mais Médicos era um "navio negreiro do século 21".

Coube à deputada Carmen Zanotto (PPS-SC) fazer o anúncioemail betnacionalsua indicação. "O nome dele (Mandetta) já tinha sido ventilado pelo Bolsonaro como possível ministro, na imprensa, há alguns dias. Na semana passada, a Frente Parlamentar da Saúde (FPS) e outras frentes da área se reuniram na Câmara para discutir. Ele tem o apoio das frentes. Tem também o apoio dos hospitais filantrópicos e das entidades médicas", disse ela à BBC News Brasil, depois do anúncio oficial. 

Sul-matogrossense da capital Campo Grande, Mandetta é médico formado pela Universidade Gama Filho, no Rioemail betnacionalJaneiro (RJ). Em seguida, no começo dos anos 1990, fez residência no serviçoemail betnacionalOrtopedia da Universidade Federalemail betnacionalMato Grosso do Sul (UFMS) - o serviço era chefiado pelo pai dele, o também ortopedista Hélio Mandetta, que foi vice-prefeitoemail betnacionalCampo Grande, nos anos 1960. Poucos anos depois, fez uma especializaçãoemail betnacionalortopedia infantilemail betnacionalAtlanta (EUA). Ainda nos anos 1990, trabalhou durante alguns anos como médico do Exército, no postoemail betnacionaltenente. 

Mandetta entrou para a políticaemail betnacional2005, assumindo a Secretariaemail betnacionalSaúde da cidadeemail betnacionalCampo Grande, no governoemail betnacionalNelson Trad Filho (MDB), conhecido como Nelsinho Trad. Antes,email betnacional2001 a 2004, foi presidente da Unimedemail betnacionalCampo Grande. Em 2010, candidatou-se para seu primeiro cargo público, oemail betnacionaldeputado federal. Foi eleito com 78,7 mil votos. Já no primeiro anoemail betnacionalmandato foi escolhido por seus pares como presidente da Comissãoemail betnacionalSeguridade Social e Família (CSSF), uma das mais importantes da Câmara. 

Em 2014, reelegeu-se deputado federal com 57,3 mil votos. Naquele ano, o deputado recebeu uma doaçãoemail betnacionalR$ 100 mil da Amil, uma operadoraemail betnacionalplanosemail betnacionalsaúde - o valor representa menosemail betnacional5% dos R$ 2,1 milhões que ele declarou ter arrecadado naquele ano. 

Politicamente, Mandetta integra o grupo político da futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM-MS). Pesaram na indicação dele os apoiosemail betnacionalentidades da área médica eemail betnacionalhospitais filantrópicos, como as Santas Casas, alémemail betnacionaldeputados ligados à área da saúde e que apoiarão o governo Bolsonaro. Alémemail betnacionalCristina, Mandetta teve o aval do ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Apesar disso, o Democratas trata as indicações como escolhas pessoaisemail betnacionalBolsonaro. 

Por contaemail betnacionalseu trabalho como secretárioemail betnacionalSaúdeemail betnacionalCampo Grande, Mandetta responde a um inquérito que investiga suposta fraudeemail betnacionallicitação, tráficoemail betnacionalinfluência e caixa dois - a investigação giraemail betnacionaltorno da implementaçãoemail betnacionalum sistemaemail betnacionalprontuário eletrônico. Segundo uma auditoria da Controladoria-Geral da Uniãoemail betnacional2014, o pagamento foi feito, mas o sistema não foi instalado. Mandetta nega irregularidades. 

O futuro ministro comandará a pasta com um dos maiores orçamentos da Esplanada. Em 2019, estarão reservados cercaemail betnacionalR$ 128 bilhões para a Saúde. 

Mansueto Almeida (Tesouro)

Atual secretário do Tesouro Nacional do governo Temer, Almeida permanecerá no governo Bolsonaro. Antesemail betnacionalse tornar secretário do Tesouro, ocupava o cargoemail betnacionalsecretárioemail betnacionalAcompanhamento Fiscal, Energia e Loteria do ministério da Fazenda.

É economista licenciado do Ipea (Institutoemail betnacionalPesquisa Econômica Aplicada), especialistaemail betnacionalcontas públicas, e é visto como alguém com bom conhecimento sobre previdência, área que é um dos principais desafios que o próximo governo enfrentará.

Mansueto defende que é urgente mudar as regras previdenciárias. Sobre impostos, Almeida acha que a carga tributária, hoje equivalente a 30% do Produto Interno Bruto, não deveria aumentar. "Para ele, não há como o país suportar uma elevação da carga tributária sem ter aumentoemail betnacionalprodutividade. "Teremosemail betnacionaltomar uma decisão difícil, mas que será benéfica a todos", disse,email betnacionalseminário do jornal Valor Econômico,email betnacionaldezembroemail betnacional2017.

Nas eleiçõesemail betnacional2014, atuou na campanhaemail betnacionalAécio Neves participando da equipe criada pelo economista Arminio Fraga.

É bacharel pela Universidade Federal do Ceará e mestre pela Universidadeemail betnacionalSão Paulo.

Marcelo Álvaro Antônio (Turismo)

O futuro ministro é deputado federal pelo PSLemail betnacionalMinas Gerais e membro da Frente Parlamentar Evangélica da Câmara. Estáemail betnacionalseu segundo mandato como deputado e tem 44 anos. Antesemail betnacionalse candidatar a deputado federal. foi vereador por Belo Horizonte.

O deputado já foi filiado aos partidos PRP, PMB e PR, antesemail betnacionalchegar ao PSLemail betnacionalBolsonaro.

Cursou Engenharia Civilemail betnacionalBelo Horizonte, mas não completou o curso.

O anúncio do nome para a pasta do Turismo foi feito por Onyx Lorenzoni, futuro ministro da Casa Civil. Segundo ele, o governo considera a área do turismo estratégica por conta do potencialemail betnacionalgeraçãoemail betnacionalemprego e renda.

Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia)

O engenheiro e astronauta Marcos Pontes chegou a ser cotado para vice-presidenteemail betnacionalBolsonaro - cargo que acabou ficando com o general Hamilton Mourão.

Sua indicação para o Ministérioemail betnacionalCiência e Tecnologia, porém, há meses ganha força.

Em um vídeo publicadoemail betnacionalseu canal no YouTubeemail betnacionalabrilemail betnacional2017, Bolsonaro o apresenta como "colega da Aeronáutica, colega astronauta e motivoemail betnacionalorgulho para o Brasil, que também esteve na Nasa" - e "chegou lá por mérito".

"E nós carecemos muitoemail betnacionalgente com essa visão, né? De ser cientista,email betnacionalser pesquisador, no caso dele um astronauta".

Bolsonaro pergunta então a ele se "país sem tecnologia está condenado a ser escravoemail betnacionalquem a tem". Como resposta, ouviu um "sem dúvida, aliás, educação, ciência e tecnologia têm importância primordial no desenvolvimento do país".

Em 19email betnacionaloutubro,email betnacionalentrevista ao Jornal da Band, Bolsonaro afirmou que estava na iminênciaemail betnacionalse acertar com o astronauta para o ministério, destacando que ele "é um conhecedor com profundidade do que acontece na ciência e tecnologia do Brasil, ou melhor, do que não acontece", alémemail betnacionalser "patriota, ter conhecimento, vontadeemail betnacionalmudar as coisas e uma iniciativa muito grande".

Em 2006, a missão espacial da qual Marcos Pontes participou, ligada à Estação Espacial Internacional, custou ao Brasil US$ 10 milhões, gerando questionamentosemail betnacionalparte dos pesquisadores sobre o valor científico para o país. A saídaemail betnacionalPontes à reserva militar, meses depois, para se dedicar a dar consultorias e palestras e se envolver na política, também despertou críticas.

Jair Bolsonaro, presidente eleito do Brasil, e Marcos Pontes, apontado como ministro da Ciência e Tecnologia

Crédito, Reprodução Facebook Marcos Pontes

Legenda da foto, Marcos Pontes é cotado para o Ministério da Ciência

Bolsonaro teceu elogios ao astronautaemail betnacionalcarta à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e à Academia Brasileiraemail betnacionalCiências (ABC). O texto apresenta propostas à comunidade científica e acadêmica e reforça que o "engenheiro, que também é astronauta, foi escolhido" (para as funções que já ocupou) por meritocracia e não por "toma lá da cá".

Bolsonaro afirmou ainda, no texto, que os investimentos do Brasil na área são tímidos, que devem ser estimulados e que o provável novo ministro "tem esse conceito sistemático bem presente nas suas propostas, alémemail betnacionalter ótimas relações internacionais, o que nos traz boas perspectivasemail betnacionalcooperações lucrativas para o país".

Nascidoemail betnacionalSão Paulo,email betnacional1963, Marcos Pontes é mestreemail betnacionalEngenhariaemail betnacionalSistemas, engenheiro aeronáutico, pilotoemail betnacionaltestesemail betnacionalaeronaves e astronauta. Ele entrou na Força Aérea Brasileiraemail betnacional1981. Em 1998, passouemail betnacionalum concurso público da Agência Espacial Brasileira (AEB) para representar o Brasil na Nasa na funçãoemail betnacionalastronauta. Se tornou o primeiro astronauta brasileiro.

Essa não éemail betnacionalprimeira investida no campo político.

Em 2014, ele foi candidato a deputado federalemail betnacionalSão Paulo pelo PSB, mas não foi eleito. Em 2018, era candidato ao cargoemail betnacional2º Suplenteemail betnacionalSão Paulo pelo PSL na coligação São Paulo acimaemail betnacionaltudo, Deus acimaemail betnacionaltodos.

Maurício Valeixo (Polícia Federal)

Escolhido pelo futuro ministro da Justiça Sergio Moro, o delegado é o atual Superintendente da Polícia Federal no Paraná. Foi Diretoremail betnacionalInvestigação e Combate ao Crime Organizadoemail betnacional2015 a 2017. Antes disso, passou dois anos como adido policial na embaixada brasileiraemail betnacionalWashington, nos Estados Unidos.

Foi responsável pela operação que prendeu o ex-presidente Lula. Também foi naemail betnacionalgestão que foi fechada a delação premiadaemail betnacionalAntônio Palocci com a PF.

A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) divulgou nota felicitando o delegado Maurício Leite Valeixo pela indicação. "Valeixo possui sólida carreira no órgão e reúne todas as condições necessárias à condução da corporação para as missões que se vislumbram, com integração e aproveitamentoemail betnacionaltodas as virtudes dos servidores, focando na atuação republicana da instituição, livreemail betnacionalinterferências políticas e garantindo a autonomia das atividadesemail betnacionalinvestigação e da produçãoemail betnacionalprovas."

Onyx Lorenzoni (Casa Civil)

Ferrenho opositor do PT na Câmara dos Deputados e apoiadoremail betnacionalprimeira hora da candidaturaemail betnacionalBolsonaro, o deputado federal reeleito Lorenzoni (DEM-RS) ocupará o cargoemail betnacionalministro-chefe da Casa Civil no novo governo.

Contrariando a orientação do seu partido, que no primeiro turno apoiou a candidaturaemail betnacionalGeraldo Alckmin (PSDB), o parlamentar gaúcho é articulador da campanha do presidente eleito desde 2017. Há cercaemail betnacionalum ano, começou a realizar jantares ememail betnacionalcasaemail betnacionalBrasília a fimemail betnacionalatrair outros parlamentares e construir uma frente suprapartidáriaemail betnacionalapoio ao capitão reformado.

Lorenzoni,email betnacional64 anos, é médico veterinário e iniciouemail betnacionalatuação política como dirigenteemail betnacionalentidades da categoria no Rio Grande do Sul. Ele é sócio do Hospital Veterinário Lorenzoni onde, por maisemail betnacional20 anos, atuou como clínico e cirurgiãoemail betnacionalpequenos animais.

Após dois mandatos como deputado estadual, chegouemail betnacional2003 à Câmara Federal, quando se tornou amigoemail betnacionalBolsonaro. Chegaram a ser colegasemail betnacionalpartido por um período. "É um pouco radical, tem umas ideiasemail betnacionalque eu discordo, mas é uma pessoa que respeito. Liderei o Bolsonaro quando fui líder do Democratasemail betnacional2008. Comigo, ele foi nota dez", disseemail betnacionalentrevistaemail betnacionalabrilemail betnacional2017 ao portal Congressoemail betnacionalFoco.

Assim como o novo presidente, o parlamentar batalhou na Câmara pela flexibilização do Estatuto do Desarmamento e pela aprovação do impeachmentemail betnacionalDilma Rousseff (PT). Defendeu que seu partido não assumisse cargos no governo Michel Temer (MDB), mas a posição acabou vencida.

Onyx Lorenzoni

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Onyx Lorenzoni é apontado como futuro ministro da Casa Civil

No finalemail betnacional2016, ganhou destaque como relator do projetoemail betnacionallei elaborado pelo Ministério Público que ficou conhecido como Dez Medidas Contra a Corrupção. Àemail betnacionalrevelia, a proposta acabou desfigurada no texto final aprovado na Câmara e, depois, empacou no Senado.

Apesaremail betnacionalsua postura incisiva pela moralidade na administração pública e na política, foi citado na delação premiada da JBS como receptoremail betnacionalR$ 200 mil para caixa dois eleitoral. Lorenzoni preferiu admitir que havia recebido recursos não declarados para cobrir gastosemail betnacionalcampanha, segundo eleemail betnacionalvalor menor,email betnacionalcercaemail betnacionalR$ 100 mil, mas afirmou que não houve contrapartida a essa doação, nem dinheiro público envolvido.

Após essa revelação, ele tatuou no braço o versículo bíblico: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará".

"Por que eu tatuei isso? Para nunca mais errar", disseemail betnacionalentrevista a uma redeemail betnacionalTVemail betnacionalCachoeira do Sul (RS).

"Entre carregar uma mancha que me macularia pela vida toda, eu resolvi ter uma cicatriz", acrescentou.

Osmar Terra (Cidadania e Ação Social)

Ex-ministro do Desenvolvimento Social do governo Michel Temer, Terra é deputado federal pelo MDB há cinco mandatos.

A pastaemail betnacionalCidadania e Ação Social vai juntar os atuais ministérios do Desenvolvimento Social, Esporte e Cultura. Segundo o ministro, também estará sobemail betnacionalesfera parte da Secretaria Nacionalemail betnacionalPolíticas sobre Drogas (Senad). Cada área terá um secretário, a ser nomeado.

O programa Bolsa Família, diz o ministro, será mantido, "com focoemail betnacionalgeraçãoemail betnacionalemprego e renda". "A maior vitóriaemail betnacionalum programa é a reduçãoemail betnacionalpessoas que precisam dele. É isso que vamos trabalhar."

O ministro disse ainda queemail betnacionalindicação não veio do MDB, mas foi frutoemail betnacionalum movimento das bancadas temáticas da assistência social, doenças raras, primeira infância, deficiência e idosos do Congresso.

Médico, foi Secretárioemail betnacionalSaúde do Rio Grande do Sul. Também foi prefeitoemail betnacionalSanta Rosa (RS).

Paulo Guedes (Economia)

O economista liberal Guedes - que ficou conhecido na campanha como "Posto Ipiranga" por ser a referência para qualquer questão econômica levada a Bolsonaro - deve assumir um super-Ministério da Fazenda, previsto para incorporar também as pastas do Planejamento, da Indústria e Comércio, além da secretaria que hoje cuidaemail betnacionalconcessões e privatizações.

A fusão faz parte da promessaemail betnacionalreduzir o númeroemail betnacionalministériosemail betnacional29 para 15. Guedes é um fervoroso defensor da redução do tamanho do Estado e promete zerar o rombo das contas da Uniãoemail betnacionalmaisemail betnacionalR$ 100 bilhõesemail betnacionalapenas um ano, com ajudaemail betnacionalum amplo programaemail betnacionalprivatizações.

O economista já declarou que gostariaemail betnacionalvender todas as estatais, sem restrições, mas Bolsonaro quer preservar as que considera "estratégicas", como Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica.

"Mais Brasil e menos Brasília", resumiuemail betnacionalartigo do ano passado, com críticas à "concentraçãoemail betnacionalpoder político e recursos financeiros no governo federal".

Carioca, nascidoemail betnacional1949, Guedes deixou o Brasil nos anos 1970 para fazer doutorado sobre política fiscal na Universidadeemail betnacionalChicago (EUA), referência no ensinoemail betnacionaleconomia liberal. De lá saíram os chamados Chicago Boys, grupoemail betnacionaleconomistas que atuou no governo do ditador chileno Augusto Pinochet (1973-1990).

Paulo Guedes

Crédito, AFP

Legenda da foto, Guedes foi interlocutoremail betnacionalBolsonaro junto ao mercado financeiro

A conviteemail betnacionalum deles, Jorge Selume, Guedesemail betnacionaltornou professor da Universidade do Chile no início dos anos 1980, segundo perfil da revista Piauí.

Logo, porém, retornou ao Brasil, onde desenvolveu carreira no mercado financeiro e na áreaemail betnacionaleducação. Chegou a dar aulas na PUC e na FGV e presidiu o Ibmec, uma escolaemail betnacionalnegócios. Fundou,email betnacional1983, o banco Pactual, hoje BTG Pactual, do qual já se desligou. Foi sócioemail betnacionaloutras gestorasemail betnacionalrecursos e hoje é presidente da Bozano Investimentos, posto que deixará para integrar o novo governo.

Segundo jornais brasileiros, o Ministério Público Federal instaurou no início do mês uma investigação para apurar se Guedes teria cometido gestão fraudulenta ao administrar R$ 1 bilhão captadoemail betnacional2009 junto a fundosemail betnacionalpensão estatais e investidoemail betnacionaldois fundos da gestora BR Educacional. A defesa do economista negou qualquer ilegalidade e disse que a investigação "é uma afronta à democracia cujo principal objetivo é oemail betnacionalconfundir o eleitor".

A aproximação com Bolsonaro ocorreu no finalemail betnacional2017, quando o então pré-candidato subia nas pesquisas, mas ainda estava longeemail betnacionaldespontar como favorito. O economista, porém, já enxergava o potencial vitorioso do agora presidente eleito e passou a externar issoemail betnacionalartigos. Os textos atraíram a atençãoemail betnacionalBolsonaro, que precisavaemail betnacionalum interlocutor para conquistar a confiança do mercado financeiro - a estratégia funcionou.

Pedro Guimarães (Caixa Econômica Federal)

O escolhido para presidir o banco agente das políticas públicas do governo federal é PhDemail betnacionalEconomia pela Universidadeemail betnacionalRochester, nos Estados Unidos, com especializaçãoemail betnacionalprivatizações, tem experiência no mercado financeiro, com passagem por instituições como os bancos Bozano, Simonsen; BTG Pacutal e Brasil Plural.

Ricardoemail betnacionalAquino Salles (Meio Ambiente)

Último integrante da Esplanada dos Ministérios a ser anunciado por Bolsonaro,email betnacional9email betnacionaldezembro, o advogado Ricardoemail betnacionalAquino Salles foi secretárioemail betnacionalMeio Ambiente do governoemail betnacionalSão Paulo no governoemail betnacionalGeraldo Alckmin (PSDB). É também um dos criadores do movimentoemail betnacionaldireita Endireita Brasil. Nas eleições 2018, Salles concorreu a deputado federal pelo Partido Novo, mas não se elegeu.

"Vamos preservar o meio ambiente sem ideologia e com muita razoabilidade", disse Salles,email betnacionalentrevista ao jornal Folhaemail betnacionalS. Paulo após Bolsonaro indicar seu nome ao cargo.

Em um post no seu blogemail betnacionalsetembro, Salles escreveu: "O meio ambiente é uma pauta que foi sequestrada pela esquerda no Brasil e no mundo. No entanto, a preservação da natureza tem muito mais a ver com a direita do que com a esquerda". A seguir, Salles elogiouemail betnacionalatuação no governo Alckmin, afirmando que "defendeu o meio ambiente sem ceder às pressões ideológicasemail betnacionalgrupos esquerdistas".

Durante a campanha presidencial, a própria existência do Ministério do Meio Ambiente havia sido postaemail betnacionalxeque por Bolsonaro, que prometera fundir a pasta com o Ministério da Agricultura. Segundo o então candidato, isso colocaria "um fim na indústria das multas, bem como leva harmonia ao campo".

Porém, após a eleição, a ideia repercutiu mal tanto entre ambientalistas como entre ruralistas (pois poderia prejudicar as vendas do agronegócio para o exterior, uma vez que há pressão internacional por preservação ambiental). Então, Bolsonaro voltou atrás. Em 1ºemail betnacionaldezembro,email betnacionalentrevistas para televisões católicas, declarou: "Serão dois ministérios distintos, mas com uma pessoa voltada para a defesa do meio ambiente sem o caráter xiita, como feito nos últimos governos".

Ricardo Vélez Rodríguez (Educação)

O presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou no Twitter que o novo ministro da Educação será o colombiano Ricardo Vélez Rodríguez, filósofo e professor emérito da Escolaemail betnacionalComando e estado Maior do Exército.

Seu currículo acadêmico na plataforma Lattes diz que o futuro ministro tem graduaçãoemail betnacionalfilosofia pela Universidade Pontifícia Javeriana (1964), graduaçãoemail betnacionalteologia pelo Seminário Conciliaremail betnacionalBogotá (1967), mestradoemail betnacionalfilosofia pela PUC-Rio (1974), doutoradoemail betnacionalfilosofia pela Universidade Gama Filho (1982) e pós-doutorado pelo Centroemail betnacionalPesquisas Políticas Raymond Aron, Paris.

Em um blogemail betnacionalsua autoria, Rodríguez diz ter sido indicado pelo escritoremail betnacionaldireita Olavoemail betnacionalCarvalho.

"Aceitei a indicação movido unicamente por um motivo: tornar realidade, no terreno do MEC, a propostaemail betnacionalgoverno externada pelo candidato Jair Bolsonaro,email betnacional'Mais Brasil, menos Brasília'."

No texto, Rodríguez descreve assim seu plano para a educação: "recolocar o sistemaemail betnacionalensino básico e fundamental a serviço das pessoas e não como opção burocrática sobranceira aos interesses dos cidadãos, para perpetuar uma casta que se enquistou no poder e que pretendia fazer, das Instituições Republicanas, instrumentos para aemail betnacionalhegemonia política".

Diz ainda que, nos último anos, os brasileiros viveram "refénsemail betnacionalum sistemaemail betnacionalensino alheio às suas vidas e afinado com a tentativaemail betnacionalimpor, à sociedade, uma doutrinaçãoemail betnacionalíndole cientificista e enquistada na ideologia marxista, travestidaemail betnacional'revolução cultural gramsciana', com toda a coorteemail betnacionalinvenções deletériasemail betnacionalmatéria pedagógica como a educaçãoemail betnacionalgênero, a dialética do 'nós contra eles' e uma reescrita da históriaemail betnacionalfunção dos interesses dos denominados 'intelectuais orgânicos', destinada a desmontar os valores tradicionais da nossa sociedade, no que tange à preservação da vida, da família, da religião, da cidadania,email betnacionalsoma, do patriotismo".

Roberto Campos Neto (Banco Central)

O indicado é netoemail betnacionalRoberto Campos (1917-2001), importante economista liberal que foi ministro durante a ditadura militar. Tem 49 anos e é diretor do banco Santander, responsável pela tesouraria. É especialistaemail betnacionalfinanças pela Universidade da Califórnia.

Seu nome será levado ao Senado, que tem a atribuiçãoemail betnacionalaprovar a indicação.

Trabalhou no Banco Bozano Simonsenemail betnacional1996 a 1999. De 2000 a 2003, trabalhou como chefe da áreaemail betnacionalRenda Fixa Internacional no Santander Brasil. Em 2004, ocupou a posiçãoemail betnacionalGerenteemail betnacionalCarteiras na Claritas. Voltou ao Santander Brasilemail betnacional2005 como Operador eemail betnacional2006 foi Chefe do Setoremail betnacionalTrading. Em 2010, passou a ser responsável pela áreaemail betnacionalProprietáriaemail betnacionalTesouraria e Formadoremail betnacionalMercado Regional & Internacional.

O Banco Central é o responsável, entre outras atribuições, pelo controle da inflação no País. Cabe a ele conduzir as políticas monetária, cambial,email betnacionalcrédito, eemail betnacionalrelações financeiras com o exterior; a regulação e da supervisão do Sistema Financeiro Nacional; a administração do Sistemaemail betnacionalPagamentos Brasileiro e os serviços do meio circulante.

Roberto Castello Branco (Petrobras)

Roberto Castello Branco foi indicado pelo futuro ministro Paulo Guedes. Atualmente é diretor no Centroemail betnacionalEstudosemail betnacionalCrescimento e Desenvolvimento Econômico da Fundação Getúlio Vargas.

O atual presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, permanece no comando da estatal até a nomeação do novo presidente.

Castello Branco doutoremail betnacionaleconomia pela FGV e tem pós-doutorado pela Universidadeemail betnacionalChicago. Foi Professor da FGV, presidente executivo do Ibmec, diretor do Banco Central, diretor executivoemail betnacionalinstituições financeiras e diretor e economista chefe da Vale S.A..

Fez parte do Conselhoemail betnacionalAdministração da Petrobras e desenvolveu projetosemail betnacionalpesquisa na áreaemail betnacionalpetróleo e gás.

Segundo seu currículo no site da FGV, também participouemail betnacionalconselhosemail betnacionalentidadesemail betnacionalclasse ligadas ao mercadoemail betnacionalcapitais, mineração, comércio internacional e investimento direto estrangeiro, e membro do Conselho Curador da Fundação Getulio Vargas.

É autor do livro "Crescimento acelerado e o mercadoemail betnacionaltrabalho: a experiência brasileira".

Rubem Novaes (Banco do Brasil)

PhDemail betnacionalEconomia pela Universidadeemail betnacionalChicago, foi professor da Fundação Getúlio Vargas, diretor do BNDES e presidente do Sebrae.

É autor do livro "Investimentos Estrangeiros no Brasil: Uma Análise Econômica" e colaborador do Instituto Liberal-RJ.

Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública)

O juiz da 13ª Vara Federalemail betnacionalCuritiba era responsável pelo julgamento dos processos da Operação Lava Jato até aceitar o conviteemail betnacionalJair Bolsonaro para o governo. Com isso terá que deixar seu cargo no Judiciário.

Um dia após ser eleito, Bolsonaro disse que gostariaemail betnacionalter Moro no Ministério da Justiça ouemail betnacionalindicá-lo para o Supremo Tribunal Federal (STF).

A vaga no Supremo, no entanto, depende da saídaemail betnacionalatuais ministros - o que deve aconteceremail betnacional2020, quando o ministro Celsoemail betnacionalMello completar 75 anos e se aposentar compulsoriamente. No ano seguinte outra vaga se abrirá com a aposentadoriaemail betnacionalMarco Aurélio Mello.

Em uma entrevistaemail betnacional2016 ao jornal o Estadoemail betnacionalS. Paulo, Moro dissera que jamais entraria para a política.

Segundo o próprio juiz, o que o fez aceitar se desligar do Judiciário e virar ministro foi a "a perspectivaemail betnacionalimplementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado" no Executivo.

Em suas primeiras declarações após aceitar o conviteemail betnacionalBolsonaro, Moro indicou queemail betnacionalprimeira medida será encaminhar ao Congresso, já no inícioemail betnacional2019, um pacoteemail betnacionalpropostasemail betnacionalnovas leis anticorrupção.

Sergio Moro

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Em uma entrevistaemail betnacional2016 ao jornal o Estadoemail betnacionalS. Paulo, Moro dissera que jamais entraria para a política.

A ideia é resgatar parte do que ficou conhecido como Dez Medidas Contra a Corrupção - pacote que foi desfigurado na Câmara dos Deputadosemail betnacional2016 e acabou empacado no Senado - e aproveitar também algumas sugestões reunidas no livro Novas Medidas Contra a Corrupção, elaborado pela Transparência Internacional e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Com a reunificação dos ministérios da Justiça e da Segurança Pública, áreas que foram divididas pelo presidente Michel Temer, a Polícia Federal ficará subordinada à pastaemail betnacionalSergio Moro. Bolsonaro já garantiu que o futuro ministro terá autonomia para definir o diretor geral da instituição e os superintendentes.

Moro terá sobemail betnacionalresponsabilidade a crise da segurança pública, demarcaçãoemail betnacionalterras indígenas e o tratamentoemail betnacionalimigrantes e refugiados, o que inclui a tensão envolvendo venezuelanos que ingressamemail betnacionalRoraima. Um grande desafio, portanto, será como conciliar tudo.

As primeiras declaraçõesemail betnacionalMoro sinalizam que o combate ao crime organizado será prioridade ao lado da corrupção. Nesse campo,email betnacionalpropostas também passam por projetosemail betnacionallei, por exemplo para regulamentar o usoemail betnacional"policiais disfarçados para descobrir crimes, (…) por exemplo comprando grandes carregamentosemail betnacionaldrogas e armas".

"Pretendo utilizar forças-tarefas não só contra esquemaemail betnacionalcorrupção, mas contra o crime organizado. Nova York, na décadaemail betnacional1980, combateu cinco famílias poderosas por meio da criaçãoemail betnacionalforças tarefas", defendeu também na coletivaemail betnacionalimprensa.

Tarcísio Gomesemail betnacionalFreitas (Infraestrutura)

Na tarde desta terça-feira, Jair Bolsonaro anunciou ememail betnacionalconta na rede social Twitter a escolhaemail betnacionalTarcísio Gomesemail betnacionalFreitas para chefiar o ministério da Infraestrutura - a pasta não existe ainda no organograma da Esplanada, e será criada a partir da junção do Ministério dos Transportes com outros órgãos.

Tarcísio é engenheiro civil formado pelo Instituto Militaremail betnacionalEngenharia (IME), e possui pós-graduaçãoemail betnacionalgerenciamentoemail betnacionalprojetos e engenhariaemail betnacionaltransportes. Hoje, trabalha como consultor legislativo da Câmara dos Deputados - é responsável por avaliar e escrever análises sobre projetosemail betnacionallei e outras matérias que tramitam na Casa.

Antesemail betnacionalocupar seu posto atual, foi diretor-executivo e depois diretor-geral do Departamento Nacionalemail betnacionalInfraestruturaemail betnacionalTransportes (DNIT). Também atuou como engenheiro ca Companhiaemail betnacionalEngenharia Brasileira na missãoemail betnacionalpaz da ONU no Haiti (Minustah).

Tereza Cristina (Agricultura)

A futura ministra da Agricultura é voz forte da Frente Parlamentar da Agropecuária, conhecida como bancada ruralista, da Câmara. É deputada federal pelo DEM do Mato Grosso do Sul e começou seu primeiro mandatoemail betnacional2015. É engenheira agrônoma e teve cargosemail betnacionalgovernos do seu estado.

Tereza Cristina

Crédito, Antonio Cruz/ Agência Brasil

Legenda da foto, A deputada Tereza Cristina (DEM) será ministra da Agricultura do governo Bolsonaro

Defendeu a PEC 125, que propunha uma mudança na Constituição para tirar da União e passar para o Congresso a competência para demarcar terras indígenas. O projeto não avançou.

Presidiu a comissão onde foi aprovado o projetoemail betnacionallei batizado pela oposiçãoemail betnacional"PL do Veneno", que tramita na Câmara. Segundo especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, o projetoemail betnacionallei põe Brasil na contramão da Europa na questão do usoemail betnacionalagrotóxicos.

O projeto dá mais poderes ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para realizar a avaliação toxicológica das substâncias e aprovação do seu uso, diminuindo as competênciasemail betnacionalcontrole e fiscalização da Agência Nacionalemail betnacionalVigilância Sanitária (Anvisa) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no processo.

Wagner do Rosário (CGU)

Rosário segue como ministro da Transparência e Controladoria-Geral da União, cargo que ocupa desde 13email betnacionaljunhoemail betnacional2018.

Funcionárioemail betnacionalcarreira da CGU e militar, éemail betnacionalCiências Militares pela Academia das Agulhas Negras e mestreemail betnacionalCombate à Corrupção e Estadoemail betnacionalDireito pela Universidadeemail betnacionalSalamanca, na Espanha. Também já atuou como Oficial do Exército.

É auditor Federalemail betnacionalFinanças e Controle desde 2009. No órgão, trabalhouemail betnacionalárea responsável por investigações conjuntasemail betnacionalcombate à corrupção,email betnacionalarticulação com a Polícia Federal, ministérios públicos (Federal e Estadual) e demais órgãosemail betnacionaldefesa do Estado.

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