O que quer o AfD, que deve ser 1º partido anti-imigração a chegar ao Parlamento alemão desde a 2ª Guerra:casinoone
casinoone Pela primeira vez desde a Segunda Guerra mundial, a Alemanha pode ter representantescasinooneum partidocasinoonedireita nacionalista com uma plataforma anti-imigraçãocasinooneseu Parlamento, o Bundestag.
É o que indicam as pesquisascasinooneopinião para as eleições gerais neste domingo (24casinoonesetembro), que sugerem que o partido Alternativa para a Alemanha (AfD na siglacasinoonealemão) pode chegarcasinooneterceiro lugar, com até 12% dos votos e 50 cadeiras -casinooneum totalcasinoone630.
Em uma eleição regional no ano passado, o AfD chegou a ser o segundo mais votado, empurrando o partido da chanceler Angela Merkel para o terceiro lugar.
O AfD foi fundadocasinoone2013 como um partido contra os planos da União Europeia para resgatar a Grécia e salvar o euro, mas passou a destacar posições contrárias a entradacasinooneimigrantes e à disseminação do islamismo no país emcasinooneplataforma. Agora, tem deputadoscasinoone13 dos 16 Parlamentos estaduais da Alemanha.
Entenda, abaixo, o que o AfD representa e por que acasinoonepopularidade cresceu:
Campanha contra a imigraçãocasinoonemassa
O AfD capitalizou uma reação nacionalista à abertura do país a quase 900 mil imigrantes e refugiadoscasinoone2015.
O crescimento do númerocasinooneimigrantes na Alemanha entre 2014 e 2015 se tornou o foco do partido. O AfD fortaleceu laços com o movimento anti-imigração Pegida, que organizou marchas semanais contra o que chamoucasinoone"islamização do Ocidente".
O AfD adotou algumas das críticas do Pegida ao establishment, como por exemplo o slogan "Lügenpresse" ("imprensa mentirosa"), que tem ecos da era nazista.
O AfD é particularmente fortecasinoonepartes da antiga Alemanha Oriental comunista - ainda que as maiores concentraçõescasinooneimigrantes não estejam nessas áreas.
O partido defende a reintroduçãocasinoonecontroles permanentes das fronteiras do país e o "fechamento completo" das fronteiras externas da União Europeia (UE). Esta posição contradiz o acordocasinooneSchengen - a zonacasinoonelivre circulação da UE, onde os controles nas fronteiras são geralmente mínimos.
O AfD argumenta que a Alemanha deveria criar uma nova força policialcasinoonefronteira. Frauke Petry, que se afastou da liderança do AfD no início deste ano, chegou a dizer que a polícia alemã deveria, "se necessário", disparar contra imigrantes que tentam entrar ilegalmente no país.
O AfD pede por regrascasinooneasilo mais rigorosas, incluindo a verificação mais rigorosacasinoonereivindicaçõescasinoonepessoas cujos paísescasinooneorigem sejam considerados "seguros". O partido argumenta que o sistemacasinooneassistência social não pode mais lidar com os requerentes que trazem membros da família para se juntarem a eles na Alemanha.
O AfD diz que um sistema projetado para ajudar refugiados individuais está sendo explorado por migrantes não qualificados, muitos dos quais resistem à integração com os alemães.
Agenda explícita
Em maiocasinoone2016, o AfD adotou uma política anti-islâmica explícita. O seu manifesto nas eleições (em alemão) tem uma seção dedicada a explicar por que acredita que "o Islã não pertence à Alemanha".
O AfD propõe a proibição do financiamento estrangeirocasinoonemesquitas na Alemanha, a burka (véu que cobre todo o corpo da mulher) e o "azan", como é conhecido o chamado muçulmano para as orações diárias. Segundo o manifesto, o partido tem como projeto também sujeitar todos os imãs (líderes religiosos muçulmanos) a um procedimentocasinooneverificação pelo Estado.
Os muçulmanos "moderados" que aceitam a integração são "membros valorizados da sociedade", diz o programa. Mas o partido defende que o multiculturalismo não funciona.
Cercacasinoone3 milhõescasinoonepessoascasinooneorigem turca vivem na Alemanha, a maioria muçulmana.
O AfD classifica como "degradante" o controverso acordo 2016 da União Europeia com a Turquia, que tinha como objetivo impedir o fluxocasinooneimigrantes através dos Balcãs.
Nacionalismo ressurgente
A apenas alguns dias para as eleições, um dos principais candidatos do AfD, Alexander Gauland, causou controvérsia ao dizer que a principal funcionária do governo para assuntoscasinooneintegração, Aydan Özoguz, poderia ser "largada na Anatólia (região da Turquia)". Özoguz é alemãcasinooneorigem turca.
Gauland também foi criticado por declarar que os alemães deveriam ser "orgulhosos"casinooneseus soldados que lutaram nas duas guerras mundiais. Enquanto a Schutzstaffel (organização militar ligada ao nazismo) ficou conhecida pelas atrocididades cometidas na Segunda Guerra Mundial, as Forças Armadas regulares também cometeram muitos crimescasinooneguerra.
Anteriormente, outro político importante do AfD, Björn Höcke, causou indignação ao condenar o memorial do HolocaustocasinooneBerlim. Ele disse que os alemães eram "as únicas pessoas no mundo que plantaram um memorialcasinoonevergonha no coraçãocasinoonesua capital".
Contra o euro
O lançamento do AfD no iníciocasinoone2013 tinha como focos desafiar os planoscasinoonerecuperação econômica na zona do euro e rejeitar os argumentos da União Europeia (UE) para manter a moeda. O partido ainda promete abandonar o euro e reintroduzir o marco alemão (moeda oficial anterior do país).
O principal líder do partido, Bernd Lucke, comandou um grupocasinooneeconomistas que se opuseram aos resgates à Grécia e a outros países do Sul da Europa. Eles defenderam que os contribuintes alemães não deveriam ser responsabilizados por dívidas maciçascasinoonegovernos irresponsáveis.
Lucke deixou o AfDcasinoone2015, argumentando que o partido estava se tornando cada vez mais xenófobo. Foi o primeirocasinoonevários conflitos internos do partido.
Acasinoonepolítica antieuro está alinhada acasinooneoutros partidoscasinoonedireita na Europa, especialmente a Frente Nacional (FN), na França, o Partido da Independência do Reino Unido (UKIP); e o Partido da Liberdade da Áustria (FPOe).
O AfD defende que os poderes devem retornar aos estados-nação, opondo-se a todos os movimentos "centralizadores" na União Europeia e a qualquer coisa que se aproxime do eurofederalismo.
Se a UE não for reformada e continuar centralizando o poder, o partido diz que buscará retirar a Alemanha do bloco.