Por que o Japão não destrói os mísseis lançados pela Coreia do Norte?:bet7k site

Cidadãos japonesesbet7k sitefrente a uma grande tela que mostra a trajetória do ultimo míssil norte-coreano

Crédito, AFP

Legenda da foto, Dois mísseis norte-coreanos sobrevoaram o Japão nas últimas três semanas

"Realmente não temos prática com evacuações. Não sabemos o que fazer, pois o Japão não entrabet7k siteguerra há maisbet7k site70 anos", disse à BBC o estudantebet7k sitemedicina Avelino Fujimoto. Ele morabet7k siteMaebashi, cidade a noroestebet7k siteTóquio.

"Em geral, o Japão é um lugar muito seguro para se viver. Mas o fatobet7k siteque não sabemos quão potentes são esses mísseis e nem que áreas eles podem atingir está deixando muita gente com medo", acrescenta Fujimoto.

O ministro da Defesa, Itsunori Onodera, disse que as autoridades acompanharam o míssil desde seu lançamento até a queda no mar, e que o governo soube rapidamente que o projétil não visava um alvobet7k sitesolo japonês.

De fato, o petardo caiu a maisbet7k site2,2 mil quilômetrosbet7k siteHokkaido. Mas quais opções o Japão teria?

Rota dos mísseis norte-coreanos
Legenda da foto, Rota dos mísseis norte-coreanos

Defesa antimísseis

O Japão possui hoje um sistemabet7k sitedefesa antimísseis que funcionabet7k siteduas etapas.

De um lado está o sistemabet7k sitecombate Aegis, espalhado pela regiãobet7k sitenaviosbet7k siteguerra japoneses, norte-americanos e coreanos.

Além disso, o território japonês conta com várias baterias antiaéreas do sistema Patriot,bet7k sitecurto alcance, cuja função é derrubar os mísseis quando estes começam a descer para atingir os alvos.

A combinação não é ruim, mas possui limitações.

Baterias antiaéreas Patriot instaladasbet7k siteum gramado

Crédito, AFP

Legenda da foto, O sistema antimísseis Patriot, que funcionabet7k sitesolo japonês

Para que o sistema Aegis funcione corretamente, os navios precisam estar posicionados no lugar certo e na hora certa,bet7k sitemodo a tornar a interceptação possível.

O sistema Patriot, porbet7k sitevez, funciona bem para defender áreas específicas, mas é pouco eficiente para defender áreas muito grandes.

O Japão teria outras alternativas, mas são caras e demorariam bastante tempo para serem instaladas.

Poderia, por exemplo, criar um sistema adicional parecido com o Terminalbet7k siteDefesa Aéreabet7k siteGrande Altitude norte-americano (Thaad, na siglabet7k siteinglês). O Thaad estábet7k siteoperação na ilhabet7k siteGuam e foi oferecido pelos EUA para operar na Coreia do Sul.

"O sofisticado radar do Thaad ebet7k sitecapacidadebet7k sitedestruir projéteis à uma grande altitude reduziriam os estilhaços produzidos pelos mísseis interceptados, reduzindo os danos que seriam causadosbet7k sitezonas habitadas. Uma vantagem valiosa, principalmente no casobet7k siteum ataque nuclear", escreveu este ano o especialistabet7k sitesegurança Jonathan Berkshire Miller na revista Foreign Affairs.

Mas a implementação deste tipobet7k sitesistema criaria tensões com a China. Isto ocorreu quando o Thaad foi posicionado na Coreia do Sul.

O governo japonês já disse que pretende ampliar o uso do sistema Aegis. Além disso, o ministro da Defesa indicou que pretende adquirir um sistema terrestre, conhecido como Aegis Ahore, capazbet7k siteinterceptar mísseis acima da atmosfera terrestre. O Ahore tem um alcance ainda maior que o Thaad, segundo o jornal americano The New York Times.

O problema é que nenhum destes sistemas garantiria a proteção do Japão.

É por isto que os oficiais da áreabet7k sitedefesa do país debatem a aquisiçãobet7k sitearmas que permitam destruir mísseis norte-coreanos antes mesmo do seu lançamento, talvezbet7k siteconjunto com os EUA.

"O Japão poderia comprar mísseis Tomahawk dos EUA, ou usar o caça F-35ª, que deve ser adquirido nos próximos anos, para atingir alvos norte-coreanos", diz Berkshire Miller. O especialista integra o Conselhobet7k siteRelações Exteriores (Council on Foreign Relations), um think-tank.

Estes equipamentos se adaptariam facilmente aos destroieres do país, estacionados no Mar do Japão.

disparobet7k sitetestebet7k siteum míssil a partirbet7k siteum naviobet7k siteguerra

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O sistemabet7k sitedefes Aegis, que funciona instaladobet7k sitenavios

Mas ainda não está claro quais destas opções seriam consideradas legais pela Constituição japonesa,bet7k sitecaráter pacifista. A Constituição atual do país foi estabelecida depois da Segunda Guerra Mundial, e limitabet7k sitegrande medida as possibilidadesbet7k sitedesenvolver um exército convencional. Também limita as ações que não tenham um caráter estritamente defensivo.

O governo japonês definiubet7k site1956 que um ataque preventivo seria considerado mero exercício do direitobet7k sitedefesa. Mas, segundo o jornal New York Times, estudiosos do direito japonês dizem que este tipobet7k siteação representaria uma ruptura com a política estabelecida depois da Segunda Guerra.