A astrofísica brasileira que simula buracos negros com inteligência artificial e é fenômeno nas redes:bet 365 aposta gratis

Roberta Duarte posabet 365 aposta gratisfrente a seu computador ebet 365 aposta gratismesa,bet 365 aposta gratissala do Institutobet 365 aposta gratisAstronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, na Universidadebet 365 aposta gratisSão Paulo

Crédito, Fernando Silva/BBC News Brasil

Legenda da foto, 'Eu não seria nada se não fosse a física', diz Roberta Duarte, hoje doutoranda na USP

Alémbet 365 aposta gratisseu trabalho, ela se tornou uma das personalidades mais conhecidas entre divulgadoresbet 365 aposta gratisciência no Brasil. No Twitter, ela tem maisbet 365 aposta gratis118 mil seguidores e no Instagram eles já somam maisbet 365 aposta gratis37 mil, e ela coleciona passagens por canaisbet 365 aposta gratismídia, onde divulga a Física.

Inteligência artificial

O casamentobet 365 aposta gratisastrofísica e ciência da computação é o eixobet 365 aposta gratissua dissertaçãobet 365 aposta gratismestrado, que simula o funcionamentobet 365 aposta gratisum buraco negro a partirbet 365 aposta gratisaprendizadobet 365 aposta gratismáquina, e foi publicadobet 365 aposta gratismarço deste anobet 365 aposta gratisedição da revista científica Monthly Notices, da associação inglesa Royal Astronomical Society, sob o título Black hole weather forecasting with deep learning: a pilot study ("Previsão das condições atmosféricasbet 365 aposta gratisum buraco negro com aprendizadobet 365 aposta gratismáquina: um estudo piloto",bet 365 aposta gratisportuguês).

Assinada também pelo astrofísico e professor da USP Rodrigo Nemmen e pelo cientista da computação João Paulo Navarro, arquitetobet 365 aposta gratissoluções da empresabet 365 aposta gratiscomputação gráfica Nvidia, a tese é frutobet 365 aposta gratispesquisa desenvolvida por Roberta desde 2019 e pioneira ao trilhar o caminho da inteligência artificial para buscar entender mais sobre esses objetos celestes.

A ideia veio não só pelo avanço da tecnologiabet 365 aposta gratissi, mas também como formabet 365 aposta gratisacelerar o processo, já que o estudo é complexo. "Tem muita coisa envolvida [para uma simulação]: campos magnéticos, equaçõesbet 365 aposta gratisMaxwell, relatividade geral", enumera a doutoranda.

Tentar montar um projeto desses por vias mais tradicionais demanda tempo pela abrangência dos cálculos, além do cruzamento da enorme quantidadebet 365 aposta gratisdados necessários na astronomia.

Ao ser questionada a respeitobet 365 aposta gratisquão complexo pode ser o método, Roberta explica as variáveis das operações envolvidas.

"São equaçõesbet 365 aposta gratisconservação, então, a gente tem conservaçãobet 365 aposta gratismassa, conservaçãobet 365 aposta gratisenergia, conservação do momento e cada uma dessas são equações EDP, as equações diferenciais parciais, que dependembet 365 aposta gratisvariadas, ou seja, variaçõesbet 365 aposta gratisparâmetros", diz ela. "E se você está prevendo três parâmetros, são três equações e uma depende da outra. Então, uma equação afeta a outra."

No processo, se vão alguns dias para cálculos considerados mais simples e até um mês para resultados com maior complexidade. "São cálculos numéricos, mas muito demorados porque se precisabet 365 aposta gratisfato resolver a equação", afirma a pesquisadora. "Com a inteligência artificial, não. Ela aprende a física do que está acontecendo e retorna com os resultados."

O segredo para a máquina aprender física estábet 365 aposta gratisalgo intrínseco a esse tipobet 365 aposta gratistecnologia. "Você não precisa da matemáticabet 365 aposta gratisfato. Ela olha padrões e entende os padrões sem resolver a física", afirma Roberta, citando pensamentobet 365 aposta gratisum dos pioneiros da inteligência artificial, o canadense Yoshua Bengio, vencedor do Turingbet 365 aposta gratis2019, o prêmio Nobel da computação. "Se tende a achar que a inteligência artificial é boa na lógica, mas ela é boa para reconhecer padrão", diz ela.

Uma vez traçado o caminho e acompanhadabet 365 aposta gratisseu orientador na pesquisa, o professor Rodrigo Nemmen, e do cientista da computação João Paulo Navarro, a astrofísica optou então por se inspirarbet 365 aposta gratisum modelobet 365 aposta gratisrede neural chamado U-Net.

Criadabet 365 aposta gratis2015 para fazer exames biomédicos mais precisos pelos pesquisadores Olaf Ronneberger, Philipp Fischer e Thomas Brox, da Universidadebet 365 aposta gratisFreiburg, na Alemanha, a arquitetura digital mostrou-se muito interessante para o trabalhobet 365 aposta gratisRoberta, pois mais do que exibir bons resultados com as imagens, ela também se desenvolvia bem com vídeos.

E a máquina parte justamentebet 365 aposta gratisvídeos para apresentar o que pode acontecer ao redor do objetobet 365 aposta gratisestudo, detentorbet 365 aposta gratisuma gravidade tão brutal que nem a luz escapa dela.

"Imagina como se fosse um vídeobet 365 aposta gratisum buraco negro no centro só que,bet 365 aposta gratisvezbet 365 aposta gratisser uma imagem bonitinha,bet 365 aposta gratisluz, como a do Gargantua, do [filme preferidobet 365 aposta gratisRoberta, lançadobet 365 aposta gratis2014 e dirigido por Christopher Nolan] Interestelar, o que a gente tem é a densidadebet 365 aposta gratiscada ponto do frame", explica a astrofísica sobre o método da pesquisa à BBC News Brasil.

"No meu trabalhobet 365 aposta gratismestrado, a gente utilizou a densidade porque ela é mais visual, trabalha melhor com imagem."

Assim, alimenta-se a máquina com a imagem, as camadasbet 365 aposta gratisdensidade, e então vem o resultado. "Ela vai retornar uma imagem com esses pesos. E, no final, essa imagem que ela retornou é comparada com a que a gente espera", diz Roberta.

"Aí você calcula o erro entre as duas. O quão errada aquela que ela devolveu está [em comparação] ao que você espera."

A taxabet 365 aposta gratiserro foibet 365 aposta gratis0,8% para simulações simples ebet 365 aposta gratis2% para simulações avançadas. Já a aceleração nos cálculos foibet 365 aposta gratis32.000 vezesbet 365 aposta gratissimulações consideradas mais simples ebet 365 aposta gratis7.000 vezes para simulações inéditas para o algoritmo.

Segundo a pesquisadora, o processobet 365 aposta gratismontar do zero a máquina inspirada na U-Net, treiná-la, testá-la e enfim alcançar com ela os resultados durou cercabet 365 aposta gratisum ano e meio.

E o trabalhobet 365 aposta gratisequipe fez diferença.

"O João Paulo [Navarro], como cientista da computação, foi essencial para nos dar direções porque eu e o Nemmen somos físicosbet 365 aposta gratisformação", lembra Roberta, que tevebet 365 aposta gratislidar com a unidadebet 365 aposta gratisprocessamento GPU, feita para gráficos e renderizaçãobet 365 aposta gratisimagens.

Roberta Duarte e o professor Rodrigo Nemmen sorrindo abraçadosbet 365 aposta gratiscorredorbet 365 aposta gratisuniversidade

Crédito, Divulgação/Black Hole Group/IAG-USP

Legenda da foto, Roberta Duarte e o professor Rodrigo Nemmen, seu orientador na pesquisabet 365 aposta gratissimulaçãobet 365 aposta gratisum buraco negro

O professor Nemmen, porbet 365 aposta gratisvez, foi quem levantou a bola da inteligência artificial.

A sugestão apareceubet 365 aposta gratisuma conversa entre os dois, na qual Roberta falava a respeitobet 365 aposta gratisredes neurais ebet 365 aposta gratiscomo gostava do tema. Era um tempobet 365 aposta gratisque ela ainda trabalhava com simulações numéricas, sem a ajudabet 365 aposta gratisdeep learning, o aprendizadobet 365 aposta gratismáquina.

"Então, ele teve a ideia: e se a gente propusesse um novo métodobet 365 aposta gratissimular?", recorda ela.

À época, Nemmen andava estudando exatamente esse tipobet 365 aposta gratistecnologia. "Fiquei empolgado com a perspectivabet 365 aposta gratisaplicação dos algoritmosbet 365 aposta gratisinteligência artificialbet 365 aposta gratisastrofísica", lembra o professorbet 365 aposta gratisentrevista por e-mail para a BBC News Brasil.

"Propus uma mudança radical no projeto da Roberta para passar a ser a aplicaçãobet 365 aposta gratisinteligência artificial nessas simulaçõesbet 365 aposta gratisburacos negros, e ela topou."

Para o professor Nemmen, o processobet 365 aposta gratis"idas e voltas,bet 365 aposta gratistentativas e erros" tem sido,bet 365 aposta gratisacordo com suas próprias palavras, uma "montanha-russa emocional" desde o início.

"Vivendo os altos quando obtínhamos resultados interessantes, no sentido da IA conseguir aprender sobre a dieta do buraco negro, ao ser alimentada com dados, mas também os baixos, quando encontrávamos desafios no tratamento dos dados. Ou quando encontramos o lado negro da IA: os pontos onde a inteligência artificial falha."

Nemmen considera o trabalho uma viabet 365 aposta gratispista dupla, com resultadosbet 365 aposta gratisdesenvolvimento nos dois campos.

"Fazemos ciência da mais alta qualidade — e inovadora — no nosso país apesar das investidas do atual governo federal contra a ciência básica. Não há ninguém mais simulando buracos negros com inteligência artificial no mundo, por exemplo, além do meu grupo [o Black Hole Group, equipebet 365 aposta gratispesquisadores da USP]", diz o professor. "Este é um tópicobet 365 aposta gratispesquisa ativo tantobet 365 aposta gratisastrofísica quantobet 365 aposta gratisciência da computação".

A pista dupla alcança também o coraçãobet 365 aposta gratisRoberta, pois o computador é um amorbet 365 aposta gratisberço.

Históriabet 365 aposta gratisamor

Nascidabet 365 aposta gratisMogi das Cruzes, cidade paulista a 57 quilômetrosbet 365 aposta gratisdistânciabet 365 aposta gratisSão Paulo, Roberta é filhabet 365 aposta gratisuma ex-estudantebet 365 aposta gratisdireito ebet 365 aposta gratisum analistabet 365 aposta gratissistemas.

Sua históriabet 365 aposta gratisamor com a informática e as telas surgiu na infância, como uma herança paterna portanto. "Eu até brinco que o computador foi quase uma babá, junto com meu pai, porque ele estava sempre ali comigo, ensinando e mostrando como funcionava, mexendo no computador", lembra a astrofísica.

O gosto pela tecnologia foi crescendo e nunca diminuiu, tanto que, às vezes, como no meiobet 365 aposta gratisuma das três entrevistas que deu à BBC News Brasil, ela se pergunta "como é que eu não fui fazer ciência da computação?". À própria questão, Roberta responde "que deu certo, tudo se juntou", já que trabalha diretamente com inteligência artificial hoje.

Ao prazer tecnológico se juntou aos poucos o da leitura, incentivado pelos pais, que lhe davam livrosbet 365 aposta gratispresente. Desta forma, entre páginasbet 365 aposta gratisrevistas, como Recreio, Superinteressante e Ciência Hoje das Crianças, e do contato com o personagem Astronauta, das históriasbet 365 aposta gratisquadrinhos da Turma da Mônica, surgiu um interesse pela astronomia.

E não deu outra: aparecia ali mais uma área para Roberta explorar a fundo. "Quando eu era criança, achava que ia ser astrônoma, 100% astrônoma,bet 365 aposta gratisolhar telescópio", diz ela.

O próximo passo veio por acaso. Fã das leituras sobre ciência, a menina estava um diabet 365 aposta gratisuma unidade das lojas Americanas,bet 365 aposta gratisMogi das Cruzes, quando viu numa cesta o livro Buracos Negros - Uma viagem ao centrobet 365 aposta gratisum buraco negro - Um dos maiores mistérios do Universo (Editora Moderna,bet 365 aposta gratis1997),bet 365 aposta gratisHeather Couper (1949-2020) e Nigel Henbest.

A obra a fisgou à primeira vista. "Aquele livro explica tudo o que os buracos negros são, os fenômenos, o que eles fazem, como são formados", explica ela sobre a publicação, da qual guarda um exemplar na casa dos pais até hoje.

"Lembro que eu li aquilo, com 10 anos, e não entendia a teoria da relatividade geral, as equações. Mas ficava lendo e lendo e lendo, como se estivesse entendendo tudo", recorda. "A partir daí eu me apaixonei por buracos negros e eles viraram meus objetos favoritos."

Capa do livro apoiadobet 365 aposta gratismesa

Crédito, Acervo Pessoal

Legenda da foto, Capabet 365 aposta gratis'Buracos Negros', livro que os paisbet 365 aposta gratisRoberta compraram a pedido dela — e que atiçoubet 365 aposta gratisvez a curiosidade da menina por buracos negros

Mas a garota não optaria nem pela ciência da computação tampouco pela astronomia na horabet 365 aposta gratisescolher um curso na faculdade.

Pois um valor mais alto se levantava no ensino médio, mais precisamente nas salas do colégio particular Tomás Agostinho, onde tinha uma bolsabet 365 aposta gratisestudos,bet 365 aposta gratisMogi das Cruzes.

"Eu me apaixonei por física e, já nas primeiras aulas, achei incrível", lembra. "Tinha a questãobet 365 aposta gratisque gostavabet 365 aposta gratisciência, então, a física entrava como ferramenta para explicar."

Assim, ela deixoubet 365 aposta gratiscidade natal para morarbet 365 aposta gratisSão Carlos, a 232 quilômetros da capital do Estado, São Paulo, e fazer faculdade no Institutobet 365 aposta gratisFísicabet 365 aposta gratisSão Carlos (IFSC), da USP.

Lá, alémbet 365 aposta gratisaprender os conceitos e teorias da ciência, Roberta descobriu algumas coisas.

Uma delas foi a importânciabet 365 aposta gratister escolhido exatamente aquele curso. "Eu não seria nada se não fosse a física", diz ela sem pestanejar.

"Não consigo me imaginar fazendo outra coisa porque a física abriu todas as portas que eu queria. A computacional, a astrofísica. E mesmo trabalhando com inteligência artificial, a bagagem matemática para entender, aplicar e até criar os modelos veio com a física."

Outra foi a experiênciabet 365 aposta gratisser uma mulher formada neste curso. "A física ainda é uma área predominantemente masculina. Quando entrei [na faculdade], tinha 40 alunos na turma e só duas mulheres: 38 homens e duas mulheres", relembra.

"Chega a ser machista às vezes porque são acostumados com aluno homem. Então, quando entra uma mulher, acaba sendo um choque", diz a astrofísica, que afirma, porém, ter tido sorte, já que os colegasbet 365 aposta gratisturma na graduação "sempre respeitaram"bet 365 aposta gratiscapacidade.

Mas, conta ela, não é raro ouvir dentrobet 365 aposta gratisum cursobet 365 aposta gratisfísica comentários do tipo "mulher não sabe programar".

Para tentar mudar o cenário embet 365 aposta gratisáreabet 365 aposta gratisatuação e também aumentar o númerobet 365 aposta gratisinteressadosbet 365 aposta gratisinteligência artificial, a astrofísica lista entre os objetivos "inspirar pessoas a seguirem carreirabet 365 aposta gratisfísica computacional", como se pode lerbet 365 aposta gratisseu site.

"Ainda tem uma certa resistência da parte dos pesquisadores com a inteligência artificial porque é uma coisa muito nova e coisas muito novas acabam assustando as pessoas", diz.

"É importante mostrar que dá para utilizá-la dentro da astronomia, da física. Tem muita coisa que pode ser feita. Então, quanto mais gente estiver trabalhando nisso, melhor."

Mostrar e compartilhar, aliás, são partes importantes na rotina diáriabet 365 aposta gratisRoberta.

Como um milhãobet 365 aposta gratispequenas estrelas brilhantes

O professor Rodrigo Nemmen conhece Roberta Duarte desde os temposbet 365 aposta gratisque a então alunabet 365 aposta gratisfísica o procurou para um projetobet 365 aposta gratisiniciação científica.

Hoje doutoranda na USP, ela é vista por seu orientador não apenas como alguém que "tem um potencial imenso", mas um "rosto da astrofísica" para os mais jovens.

"Sei que ela é extremamente popular no Twitter e Instagram pela empolgação que consegue transmitir pela astronomia", diz Nemmen.

A definiçãobet 365 aposta gratisseu orientador é explicada ao se observarem os números das redes sociaisbet 365 aposta gratisRoberta. No Twitter, ela tem maisbet 365 aposta gratis118 mil seguidores e no Instagram eles já somam maisbet 365 aposta gratis37 mil.

Nos perfis, ela explica temas da ciência como a Teoria das Cordas e a impossibilidadebet 365 aposta gratisse ultrapassar a velocidade da luz ou comenta a respeitobet 365 aposta gratisbaixíssimas temperaturas registradasbet 365 aposta gratiscrateras da Lua (-248 °C).

Também indica livros sobre astronomia e astrofísica, casosbet 365 aposta gratisUma breve história do tempo (de 1988, da editora Intrínseca),bet 365 aposta gratisStephen Hawking (1942-2018), e Origens (de 2004, da editora Planeta),bet 365 aposta gratisNeil deGrasse Tyson e Donald Goldsmith, alémbet 365 aposta gratisapresentar ao público que a acompanha cientistas como a física austríaca Lise Meitner (1878-1968).

Sem deixarbet 365 aposta gratislado, claro, abet 365 aposta gratisespecialidade, os buracos negros.

"Eu sempre gosteibet 365 aposta gratisdivulgar,bet 365 aposta gratisfalarbet 365 aposta gratisciênciabet 365 aposta gratisuma forma acessível", diz a mestrebet 365 aposta gratisastronomia. "De mostrar o que estou estudando, aprendendo, e postar nas redes sociais."

A vontadebet 365 aposta gratiscompartilhar conhecimento dessa forma, no entanto, não caminhava junto ao apreço por essas plataformas. "Nunca fui muito fãbet 365 aposta gratisrede social", diz.

O jogo só virou quando chegou a São Paulo para o mestrado na USP e passou a conversar com uma colega, a astrônoma Geisa Ponte.

"Ela tinha um projeto chamado #AstroThreadBR no Twitter, que era basicamente escrever threadsbet 365 aposta gratisastronomia com linguagem acessível", lembra Roberta.

Na ocasião da festabet 365 aposta gratisaniversáriobet 365 aposta gratisRoberta, dois dias após a apresentação da primeira fotobet 365 aposta gratisum buraco negro,bet 365 aposta gratisabrilbet 365 aposta gratis2019, as duas se encontraram e Geisa lhe sugeriu a ideia.

"A gente começou a conversar sobre isso, e ela falou 'por que você não escreve uma thread sobre a foto? Já que você trabalha com isso, seria legal fazer uma thread'", conta.

Roberta Duartebet 365 aposta gratissorribet 365 aposta gratisfrente a painel com imagens do espaço

Crédito, Fernando Silva/BBC News Brasil

Legenda da foto, Roberta Duarte posabet 365 aposta gratissala do Institutobet 365 aposta gratisAstronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, na USP

Então, iniciou a jornadabet 365 aposta gratisfalar a respeitobet 365 aposta gratisciência na internet, a ser convidada para podcasts e, inclusive, a escrever com o objetivo da divulgação científicabet 365 aposta gratisvídeos. Hoje, ela é roteirista do canal "Ciência Todo Dia",bet 365 aposta gratisPedro Loos, que conta com maisbet 365 aposta gratis3 milhõesbet 365 aposta gratisinscritos no YouTube.

Como um milhãobet 365 aposta gratispequenas estrelas brilhantes que acabarambet 365 aposta gratisse alinhar, Roberta foi vendo o númerobet 365 aposta gratisseguidores (ebet 365 aposta gratisnotificações) aumentar. "É difícil acompanhar", conta ela, ao mesmo tempobet 365 aposta gratisque afirma tentar sempre responder as mensagens.

"Precisamosbet 365 aposta gratismais pessoas assim", argumenta Rodrigo Nemmen. "Nosso país precisabet 365 aposta gratismais astrônomas, físicas, matemáticas; todo esforçobet 365 aposta gratisdivulgação científica no Twitter, Instagram, TikTok - e, é claro, na imprensa tradicional - é importantíssimo."

Olhe o que você me fez fazer

Sentada na sala onde trabalha, no Institutobet 365 aposta gratisAstronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidadebet 365 aposta gratisSão Paulo, o IAG-USP, Roberta Duarte se anima ao falar do temabet 365 aposta gratisseu estudo ebet 365 aposta gratispossíveis aplicações das pesquisas acerca das mais misteriosas regiões espaciais.

"O que acontece ao redor dos buracos negros é a coisa mais energética do Universo e isso é por causa da gravidade", explica. "E se a gente conseguisse fazer isso, sabe? Quem sabe não seria a solução energética na Terra, com energia limpa?"

Enquanto roda um modelobet 365 aposta gratisrede neural no computador, instalado numa mesa na qual também se aboletam duas canecas, uma estampada com a primeira imagembet 365 aposta gratisum buraco negro e a outra com personagensbet 365 aposta gratisproduções do japonês Studio Ghibli (A Viagembet 365 aposta gratisChihiro, filmebet 365 aposta gratis2001 dirigido por Hayao Miyazaki, está entre os preferidos dela), a astrofísica conversa por uma hora e dezesseis minutos com a BBC News Brasil.

Os assuntos vãobet 365 aposta gratisinteligência artificial, passando por seu projetobet 365 aposta gratispesquisa, até a sériebet 365 aposta gratislivrosbet 365 aposta gratisficção científica Duna, do autor norte-americano Frank Herbert (1920-1986), e ela navega entre eles no mesmo ritmo. Algo despojado, acessível nas explicações, direto.

Como nas redes sociais.

Assim ela fez sucesso com uma thread, um fio no Twitter, a respeito da divulgaçãobet 365 aposta gratisuma imagem do aglomeradobet 365 aposta gratisgaláxias SMACS 0723, capturada pelo telescópio James Webb,bet 365 aposta gratisjulho deste ano.

O Google Brasil indicou a leitura do fiobet 365 aposta gratisRoberta, retuitando seus posts, e o canalbet 365 aposta gratisnotícias GloboNews a convidou para falar sobre as fotos do James Webb no Jornal das Dez.

A participação no telejornal acabou colocandobet 365 aposta gratisevidência outra paixão da cientista.

E aí ela viralizou novamente, desta vez por aparecer no programa na frentebet 365 aposta gratisum jogobet 365 aposta gratisquadros com todas as capasbet 365 aposta gratisdiscos da cantora norte-americana Taylor Swift, colocados na parede da casa dos pais,bet 365 aposta gratisMogi das Cruzes.

Swiftiebet 365 aposta gratiscarteirinha, como são chamados os fãs da artista, Roberta não perde nenhuma chancebet 365 aposta gratisdemonstrar o amor por ela. Seja nas redes sociais, sejabet 365 aposta gratisconversas.

O interesse inicial se deu ainda na escola, temposbet 365 aposta gratisque um amigo era muito mais fã da loirinha do que ela. "Eu gostava, mas não era aquela coisa", lembra.

Até que Taylor Swift lançou o álbum Red,bet 365 aposta gratis2012, e ganhou definitivamente o coraçãobet 365 aposta gratisRoberta.

Seu disco preferido é Reputation,bet 365 aposta gratis2017, e a música favorita "tende a ser Look What You Made Me Do [Olhe o que você me fez fazer,bet 365 aposta gratisportuguês], que é desse disco também", responde a astrofísica.

"O que me fez gostar muito da Taylor, acabar acompanhando e virando fã, é que as músicas dela são sempre sobre situações pessoais. E é muito legal porque sai uma música e os fãs já vão lá tentar descobrir onde aconteceu, o que aconteceu, com quem aconteceu", explica, se divertindo. "Porque sempre tem um motivo por trás [das letras]."

Taylor Swift é inspiração da pesquisadora, assim como as igualmente norte-americanas Margaret Hamilton, cientista da computação, e Andrea Ghez, astrônoma e prêmio Nobelbet 365 aposta gratisfísicabet 365 aposta gratis2020. Ainda mais agora que a cantora é também doutora, graduação com a qual foi agraciada pela Universidadebet 365 aposta gratisNova York,bet 365 aposta gratismaio deste ano.

Para alcançar o título e concluirbet 365 aposta gratistese, o que ela espera acontecer entre o fimbet 365 aposta gratis2024 e o iníciobet 365 aposta gratis2025, Roberta segue estudando os buracos negros com usobet 365 aposta gratisinteligência artificial.

"A gente está indo um pouquinho além, com um pouco maisbet 365 aposta gratisfísica, digamos assim. É mais complexo simular o ambiente com uma dimensão a mais", explica a doutoranda, que no mestrado trabalhava a simulaçãobet 365 aposta gratislarga escala com duas dimensões e agora estuda uma região mais próxima do buraco negro utilizando três dimensões.

"Atualmente, a gente está testando novos métodos porque a áreabet 365 aposta gratisinteligência artificial é muito rápida. Todo dia tem algo novo: o método que saiu na semana passada já está ultrapassado nessa semana. Então, é uma coisa que você precisa estar continuamente lendo papers, lendo artigos e vendo os novos métodos", diz ela.

- Este texto foi publicadobet 365 aposta gratishttp://vesser.net/geral-62803019

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