Os argumentos a favor do dia do trabalho mais curto:boas vindas betano

Homem andando com skate nas mãos

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Finsboas vindas betanosemanaboas vindas betanotrês dias são ótimos, mas condensar cinco diasboas vindas betanotrabalhoboas vindas betanoquatro pode ser estressante
  • Author, Kate Morgan
  • Role, BBC Worklife

boas vindas betano A preocupação com o bem estar dos profissionais e a produtividade das empresas durante a pandemia fez com que alguns empregadores testassem novos formatosboas vindas betanotrabalho.

Muito se tem falado sobre a semanaboas vindas betanoquatro dias. Ocorre que finsboas vindas betanosemanaboas vindas betanotrês dias são ótimos, mas condensar cinco diasboas vindas betanotrabalhoboas vindas betanoquatro pode ser estressante para alguns trabalhadores e seus empregadores - ou até ser inviável.

Mas pode haver alternativas. Alguns psicólogos organizacionais estão sugerindo reduzir a duração do diaboas vindas betanotrabalho.

Trabalhar por menos tempo - seis horasboas vindas betanovezboas vindas betanooito, por exemplo - pode ser uma solução prática para um maior númeroboas vindas betanoempresas e também melhorarboas vindas betanomuito a vida dos profissionais.

"Existem empresas que realmente precisam ficar disponíveis cinco dias por semana", diz Celeste Headlee, autoraboas vindas betanoDo Nothing: How to Break Away from Overworking, Overdoing and Underliving ("Não faça nada: como pararboas vindas betanotrabalhar demais, fazer coisas demais e viverboas vindas betanomenos",boas vindas betanotradução livre). "E, para essas empresas, pode ser mais fácil e conveniente reduzir o diaboas vindas betanotrabalho."

Teoricamente, o diaboas vindas betanotrabalho mais curto pode parecer fantasiosa - afinal, empregadores querem que os funcionários trabalhem o máximoboas vindas betanotempo possível, e "a ideia da jornadaboas vindas betanooito horas está muito enraizada na sociedade industrial", diz Headlee.

Mas existem argumentos poderososboas vindas betanodefesa da jornada mais curta, que envolvem maior bem estar dos profissionais e possível aumento da produtividade. Pode ser que, ao contrário das normas arraigadas, os funcionários consigam trabalhar com mais concentração se forem para casa mais cedo.

'É benéfico para estabelecer prioridades'

As jornadasboas vindas betanotrabalhoboas vindas betanooito horas são o padrãoboas vindas betanomuitos setores, e é difícil abalar essa estrutura, segundo Adam Grant, professorboas vindas betanoPsicologia Organizacional da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

"As pessoas muitas vezes consideram imutável o padrão com o qual foram criadas. Todos os conhecidos trabalharam cinco dias por semana, oito horas por dia. Parece inevitável."

Os empregadores também colaboram com a perpetuação dessa estruturaboas vindas betanotrabalho, segundo Grant. "Em vezboas vindas betanomedir resultados, é mais simples contar o númeroboas vindas betanohoras trabalhadas, considerando que, quanto mais, melhor. É uma premissa que precisa ser rompida."

Headlee concorda que a jornadaboas vindas betanooito horas não é o melhor formato para os profissionais.

"Cognitivamente, temos,boas vindas betanofato, uma quantidade limitadaboas vindas betanohorasboas vindas betanoconcentração por dia", segundo ela. "Quando você tenta forçar seu cérebro para concentrar-se fora daquela janela, você realmente verá os resultados diminuírem, culminandoboas vindas betanoum esgotamento. Você acaba cometendo mais erros,boas vindas betanocapacidadeboas vindas betanoinovação diminui, e isso torna você menos eficiente."

Estudos demonstram que trabalhar por mais tempo não está necessariamente correlacionado com maior produtividade. Uma pesquisa da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, indicou que o rendimento dos profissionais começa a apresentar fortes quedas depoisboas vindas betanocercaboas vindas betano48 horas semanais.

Outros especialistas indicam que o número idealboas vindas betanohoras pode ser ainda menor, dependendo do tipoboas vindas betanotrabalho. Alguns calculam até 35 horas por semana, ou seis horas por dia. A Noruega e a Dinamarca têm semanasboas vindas betanotrabalhoboas vindas betanomenosboas vindas betano40 horas e estão entre os países mais produtivos do mundo.

Afinal, os funcionários precisamboas vindas betanointervalos, o que significa que mesmo os profissionais mais produtivos não estão a todo momento concentradosboas vindas betanosuas tarefas. Uma pesquisa com cercaboas vindas betano2 mil trabalhadores do Reino Unido concluiu que,boas vindas betanomédia, as pessoas só sentem que são realmente produtivasboas vindas betanocerca da metade do diaboas vindas betanotrabalho.

Por isso, a redução da jornada pode motivá-los a ampliar essa janela. Trabalhando menos horas,boas vindas betanovezboas vindas betanocombinar trabalho e intervalos, os profissionais poderão ser ainda mais produtivos.

O melhor ânimo e saúde física,boas vindas betanoconsequência do melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, também pode aumentar a produtividade.

Foi o que ocorreu com as enfermeirasboas vindas betanouma casaboas vindas betanorepouso na Suécia, onde um experimento reduziu o diaboas vindas betanotrabalho para seis horas por dois anos. As enfermeiras relataram que eram mais felizes e tiravam menos licençasboas vindas betanosaúde, o que permitiu que elas organizassem 85% mais atividades com os moradores.

Grant afirma que faz sentido que um cronogramaboas vindas betanotrabalho condensado resulteboas vindas betanoaumento da produtividade.

Mulher fazendo anotações

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Com diasboas vindas betanotrabalho mais curtos, os profissionais podem ficar inclinados a trabalharboas vindas betanoforma mais eficiente

"É benéfico para estabelecer prioridades", segundo ele. "Quando você tem menos tempo, você começa a concentrar-se no que realmente interessa. Isso pode fazer com que os gerentes distribuam menos cargaboas vindas betanotrabalho e façam menos reuniões sem importância."

O resultado é que a eficiênciaboas vindas betanomuitos profissionais pode aumentar, com menor quantidadeboas vindas betanoerros. "Em um mundoboas vindas betanoque todos nós podemos nos distrair com uma sérieboas vindas betanoprioridades, o diaboas vindas betanotrabalho mais curto tem maior probabilidadeboas vindas betanoser um dia realmenteboas vindas betanotrabalho, ao contrárioboas vindas betanoum diaboas vindas betanotrabalho com mais uma sérieboas vindas betanooutras coisasboas vindas betanomente", afirma Grant.

"Se você pensarboas vindas betanohospitais ou pessoas que trabalham com engenhariaboas vindas betanosoftware ou contabilidade, por exemplo, onde a atenção aos detalhes é importante, eu também esperaria que um diaboas vindas betanotrabalho mais curto reduzisse erros."

Potenciais armadilhas

Mesmo com os claros benefícios da redução da jornadaboas vindas betanotrabalho diária, Grant ressalta que isso não quer dizer que tudo dará certo.

Primeiramente, não há garantiaboas vindas betanoque todos serão igualmente produtivos durante uma jornada mais curta, especialmente aqueles menos comprometidos. Mas, se as pessoas realmente fugirem das suas responsabilidades, "será falhaboas vindas betanoadministração", diz Grant.

"Se você não pode confiar que aboas vindas betanoequipeboas vindas betanotrabalho será produtiva fazendo um pouco menosboas vindas betanotrabalho, você falhou - seja na contratação, no projeto do trabalho ou na liderança."

O diaboas vindas betanotrabalho mais curto pode também complicar as coisas para multinacionaisboas vindas betanoalguns setores, segundo Headlee. Para elas, a redução da jornadaboas vindas betanotrabalho pode diminuir a cobertura dos diferentes fusos horários.

Além disso, pode haver custos invisíveis para os empregadores. No estudo sueco, por exemplo, a casaboas vindas betanorepouso precisou contratar mais enfermeiras para compensar a reduçãoboas vindas betanohoras.

Mas é importante observar que as empresas que funcionam 24 horas por dia, como no setorboas vindas betanosaúde, já precisam ter mais funcionários,boas vindas betanoforma que os impactos sobre seus custos podem ser diferentes do que nas empresas do setorboas vindas betanoconhecimento, por exemplo.

Mas talvez o mais importante seja o riscoboas vindas betanoque reduzir o diaboas vindas betanotrabalho acabe não alterando muito a quantidadeboas vindas betanohoras trabalhadas. Como ocorre com as jornadasboas vindas betanooito horas, os funcionários podem continuar indo além do horário normal.

Em outras palavras, segundo Headlee, se as empresas deixarem que as pessoas saiam mais cedo, é importante ter certezaboas vindas betanoque elas, na verdade, não estão fazendo horas extras, como é o padrãoboas vindas betanomuitos empregos.

Sonho ou realidade?

Apesar das desvantagens, a redução da jornada diária pode estar agora mais perto da realidade.

Com a pandemia, alguns empregadores estão repensando - e até questionando - as condiçõesboas vindas betanotrabalho. Muitas empresas decidiram oferecer novos padrões, como o trabalho remoto, onde elas não conseguem necessariamente observar a produtividade da mesma forma.

E a semanaboas vindas betanoquatro diasboas vindas betanotrabalho é outro desenvolvimento particularmente significativo. Embora ainda não tenha sido amplamente adotada - ainda estáboas vindas betanotestesboas vindas betanomuitos países e empresas -, tornou-se uma discussão cada vez mais popular.

A semanaboas vindas betanoquatro dias também não é ideal para todos. Para empresas que relutamboas vindas betanofechar por mais um dia todas as semanas, os diasboas vindas betanotrabalho mais curtos podem ser "vendidos com mais facilidade", nas palavrasboas vindas betanoAdam Grant.

Ele acrescenta que existe um grupo específicoboas vindas betanoprofissionais que certamente se beneficiaria muito: os funcionário com filhos. Grant acredita que,boas vindas betanoboa parte do mundo, o diaboas vindas betanotrabalho que termina no fim da tarde é problemático.

"O caos ocasionado para os pais que estão tentando cuidar das crianças não deve ser subestimado. É uma das experiências mais estressantes e desafiadoras das pessoas naboas vindas betanovida profissional e existe agora uma grande oportunidadeboas vindas betanotentar criar um melhor alinhamento", destaca ele.

Ainda não se sabe quantas empresas acreditam que a redução da jornadaboas vindas betanotrabalho é viável. Mas, para aquelas que fizerem a mudança, Grant afirma que verão os benefícios muito rapidamente.

Para ele, "a maioria das pessoas que puderem trabalharboas vindas betanouma jornadaboas vindas betanotrabalho menor considerará essa oportunidade um enorme benefício. Elas ficarão agradecidas por isso. Haverá mais lealdade. Eboas vindas betanomotivação aumentará. Elas irão trabalhar mais e melhor no tempo que tiverem."

- Texto originalmente publicadoboas vindas betanohttp://bbc.co.ukhttp://vesser.net/geral-62260908

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