Víciobet on sportexercícios físicos: como o esporte pode se tornar uma obsessão nada saudável:bet on sport

Valerie correndo
Legenda da foto, A corrida tornou-se uma obsessão na vidabet on sportValeria e prejudicou seus relacionamentos

Atrasar-se para os compromisso ou reagendá-los e cancelá-los tornou-se a regra. Valerie passou a combinarbet on sportse encontrar com os amigos com a condiçãobet on sportque fossem jogar squash ou nadar, relaxando apenas quando atingia seu objetivo no dia. "Eles pensavam que não queria vê-los. Eu queria, mas tinhabet on sporttreinar muito antes para não me sentir culpada."

Retratobet on sportValerie Stephan
Legenda da foto, Depoisbet on sportanos forçando os limites do seu corpo e dabet on sportmente, Valerie ficou deprimida e esgotada

Sua obsessão também afetou outros relacionamentos importantes. "Eu nunca conseguia descansar. Estava sempre correndo. Nunca queria passar um tempobet on sportcasa."

Depoisbet on sportanos forçando os limites do seu corpo e dabet on sportmente, Valerie ficou deprimida e esgotada. Precisou parar com tudo para se recuperar e ficou quatro meses sem trabalhar.

"Tudo o que eu queria era mostrar que era uma super-humana que tinha controle total. Não conseguia demonstrar o quanto aquilo era difícil emocionalmente para mim", afirma Valerie.

O que é o víciobet on sportexercício?

Psicólogos dizem que a dependênciabet on sportexercício se enquadrabet on sportuma categoriabet on sportvício na qual um comportamento se torna compulsivo e causa problemas na vidabet on sportuma pessoa.

Estima-se que isso afete cercabet on sport3% da populaçãobet on sportgeral, mas chegue a 10% entre os praticantesbet on sportcorridabet on sportalto desempenho.

Normalmente, os mais propensos ao vício ​são os atletas amadores que, como Valerie, buscam na atividade física alívio para algum sofrimento interno, diz a psicóloga Chetna Kang, do Hospital The Priory,bet on sportLondres, no Reino Unido.

"Muitas vezes, as pessoas chegam com problemasbet on sportrelacionamento, ansiedade, depressão. Mas, quando você começa a analisar, percebe que o excessobet on sportexercício é o motivo. Isso não é extremamente comum, mas está se tornando cada vez mais", diz Kang.

Caz Nahman, psiquiatrabet on sportcrianças e adolescentes especializadabet on sportdistúrbios alimentares, diz que excessobet on sportexercício é uma condição frequente entre seus pacientes.

"O exercício geralmente é benéfico para a saúde mental. É uma ótima maneirabet on sportgerenciar a depressão leve ou a ansiedade severa. Mas o excesso pode ter um impacto negativo", afirma Nahman.

Os sintomas incluem lesões como fraturas por estresse, tendinite e falhas do sistema imunológico. Em mulheres, pode levar à interrupção da menstruação, osteoporose e distúrbios alimentares. Nos homens, provoca redução da libido.

Pessoas praticando exercício
Legenda da foto, Especialistas afirmam que o víciobet on sportexerícios não é comum, mas está se tornando mais frequente

Martin Turner, psicólogobet on sportesportes da Universidade Metropolitanabet on sportManchester, no Reino Unido, estuda atletas há dez anos e encontra regularmente pessoas que são dominadas por esse aspectobet on sportsuas vidas.

"Elas criam uma ideiabet on sportque o sucesso como atleta reflete seu valor como ser humano. 'Se falho como atleta, sou inútil'. Quando correr se torna um elemento centralbet on sportquem a pessoa é, ela pensa: 'Se eu não correr, quem eu sou?'."

Os estudosbet on sportTurner mostram que essas ideias estão geralmente associadas a um maior graubet on sportdependênciabet on sportexercícios, depressão, raiva, ansiedade e esgotamento.

"Existem três razões principais pelas quais essas crenças não fazem sentido. Primeiro, impedem o bem-estar,bet on sportvezbet on sportcontribuir para isso. Segundo, refletem uma motivaçãobet on sportcurto prazo. As pessoas correm para evitar a culpa e não pela atividadebet on sportsi. Terceiro, isso não condiz com a realidade: uma pessoa precisa respirar, comer, se hidratar e dormir, mas não precisa correr", diz o psicólogo.

Pessoas fazendo alongamento
Legenda da foto, Lidar com a falta da adrenalina e das endorfinas liberadas pelo esporte pode ser particularmente difícil

Sintomasbet on sportabstinência

Enfrentar a abstinência da adrenalina e da endorfina liberadas pelo esporte pode ser particularmente difícil. Valerie tentou reduzir a cargabet on sportexercícios, mas isso teve um forte impacto sobre seu bem-estar, fazendo com que se sentisse mais inquieta.

Ela diz que isso a manteve presabet on sportum ciclo vicioso. "Fico ansiosa quando não consigo treinar. Não consigo dormir, tenho doresbet on sportcabeça. Se não sair para me exercitar, parece que estoubet on sportuma prisão."

Especialistas apontam que aparelhos ou aplicativos que monitoram o volumebet on sportexercício praticado podem alimentar este vício, especialmente se a pessoa é motivada por conquistas e perfeccionismo.

Usar esses dispositivos e compartilhar o desempenho pelas redes sociais faz com que essa prática se torne pública e competitiva, e torna ainda mais difícil reduzir a carga.

Relógio inteligente
Legenda da foto, Compartilhar o desempenho pelas redes sociais faz com que a práticabet on sportexercícios se torne pública e competitiva

Valerie diz que adora estes aplicativos e os usa todos os dias para monitorar seu ritmobet on sportcorrida, volumebet on sporttreino e seu progresso. "Você recebe elogios e vê como melhorou e o que seus amigos estão fazendo. Mas, se tenho uma maratona chegando e meu amigo está treinando mais, me sinto pressionada."

Turner diz que estas ferramentas podem aumentar a obsessão e prejudicar a recuperação. "Elas podem ser uma injeçãobet on sportautoestima. O problema é se te dizem que você ficou aquémbet on sportalguma forma. Você não foi tão bom quanto da última vez, não foi tão bom quanto seu amigo. Você fica constantemente competindo com os outros", afirma o psicólogo.

A situação pode piorar ainda mais se a autoestimabet on sportuma pessoa estiver diretamente atrelada às suas realizações na práticabet on sportexercícios, diz Turner. "Se o aplicativo te diz que você não foi tão bem e você pensa que isso te torna um fracasso completo, é algo pode ser ainda mais problemático."

O caminho para a recuperação

A treinadorabet on sporttriatlo Audrey Livingstonebet on sportuma sessãobet on sporttreinamento
Legenda da foto, A treinadorabet on sporttriatlo Audrey Livingstone diz que aplicativos e aparelhos que monitoram exercícios estimulam um comportamento obsessivo

A treinadorabet on sporttriatlo britânica Audrey Livingstone diz que estes aplicativos e aparelhos estimulam um comportamento doentio entre seus atletas.

"Alguns deles ficam muito ocupados checando o que os outros estão fazendo. Digo a eles que só precisam fazer melhor do que fizeram da última vez. 'Concentre-se no seu próprio desempenho'", diz ela.

Livingstone afirma que busca, nestes casos, reduzir a cargabet on sportexercícios dos seus atletas por uma semana. "Eles não gostam, questionam e lutam contra isso. Simplesmente, não entendem por que precisam descansar às vezes."

Como com qualquer outro tipobet on sportvício, interromper o ciclo vicioso e dar os primeiros passos rumo à recuperação pode ser um processo demorado e complicado. Turner acredita que, antes, é preciso reconhecer que há um problema.

"Uma das coisas que os atletas devem fazer é refletir sobre seus pensamentos, motivações e crenças. É importante ser realista e flexível e dizer 'se não treinar hoje, pode ser ruim, mas certamente não é a pior coisa do mundo' e reconhecer que só porque não treinou, isso não faz da pessoa uma perdedora."

Para Valerie, buscar um equilíbrio entre exercícios e descanso é um desafio contínuo. Agora, com o apoiobet on sportparentes e amigos, acredita que está conseguindo se recuperar.

"Entender que aquilo se tornou um vício levou muito tempo. Precisei aprender a abrir mãobet on sportme exercitar, não ficar obcecada com isso e que não posso controlar tudo, ao dizer para mim mesma: 'Você não precisa ser perfeita."

Línea

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