Sem terras nem mãofreebet c'est quoiobra, Japão revoluciona agricultura com robôs, polímeros e drones:freebet c'est quoi

Em um país com escassezfreebet c'est quoiterras cultiváveis efreebet c'est quoimãofreebet c'est quoiobra, a agrotecnologia tem aumentado a precisão no monitoramento e na manutenção da lavoura, mesmo sem usofreebet c'est quoiterra ou entãofreebet c'est quoiáreas com acesso limitado à água, uma preocupação crescentefreebet c'est quoitodo o mundo.

O Relatório Mundial da ONU sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos deste ano estima que 40% da produçãofreebet c'est quoigrãos e 45% do Produto Interno Bruto global estarão comprometidosfreebet c'est quoi2050 se a degradação do ambiente e os recursos hídricos continuarem nas taxas atuais.

"Discriminação, exclusão, marginalização, desequilíbriosfreebet c'est quoipoder arraigados e desigualdades materiais estão entre os principais obstáculos para a realização dos direitos humanos à água potável e ao saneamento seguros para todos", conclui o documentofreebet c'est quoi2019.

O cultivofreebet c'est quoipolímeros como ofreebet c'est quoiYuichi Mori supera fronteiras e já é praticadofreebet c'est quoimaisfreebet c'est quoi150 locais dentro do Japão e regiões como o deserto dos Emirados Árabes, no Oriente Médio. O método também está sendo empregado na reconstruçãofreebet c'est quoiáreas agrícolas do nordeste japonês, contaminadas por substâncias levadas pelo tsunami que se seguiu ao grande terremotofreebet c'est quoimarçofreebet c'est quoi2011.

Trator robô

Com o aumento projetado na população mundial (de 7,6 bilhões para 9,8 bilhõesfreebet c'est quoi2050), empresas apostamfreebet c'est quoigrandes oportunidadesfreebet c'est quoinegócios e demanda global por alimento, alémfreebet c'est quoium mercadofreebet c'est quoipotencial para maquinários.

O governo japonês subsidia atualmente o desenvolvimentofreebet c'est quoi20 tiposfreebet c'est quoirobôs, capazesfreebet c'est quoiajudarfreebet c'est quoivárias etapas do plantio até a colheitafreebet c'est quoivários cultivos.

Em parceria com a Universidadefreebet c'est quoiHokkaido, a empresa Yanmar desenvolveu um trator robô que está sendo testado no campo. Uma só pessoa consegue operar dois tratores ao mesmo tempo, graças a um sensor integrado que identifica os obstáculos e impede colisões.

Já a montadora Nissan lançou neste ano um robô equipado com GPS, conexão WiFi e movido a energia solar. Batizadofreebet c'est quoiPato, o equipamento com o formatofreebet c'est quoiuma caixa percorre campos alagadosfreebet c'est quoiarroz para ajudar na oxigenação da água, reduzindo o usofreebet c'est quoipesticidas e seu impacto ambiental.

Lavoura sem gente

Com a tecnologia, o governo busca atrair para o campo jovens que têm pouco interessefreebet c'est quoitrabalhar diretamente na lavoura, mas com afinidade por tecnologia,freebet c'est quoiuma tentativafreebet c'est quoireanimar um setor com cada vez menos gente.

Em quase uma década, o númerofreebet c'est quoiprodutores agrícolas japoneses caiufreebet c'est quoi2,2 milhões para 1,7 milhão, com médiafreebet c'est quoiidadefreebet c'est quoi67 anos. Somente 7% da população economicamente ativa do Japão está empregada no campo, e grande parcela dos agricultores trabalha apenas meio período.

A topografia limita muito a agricultura do Japão, que consegue produzir somente 40% dos alimentosfreebet c'est quoique precisa. Cercafreebet c'est quoi85% do território é ocupado por montanhas e a maior parte do que restafreebet c'est quoiárea agricultável é dedicada ao arroz, cultivadofreebet c'est quoitanques intensamente irrigados.

Esse grão sempre foi o alimento básico dos japoneses. O governo fornece subsídios para os rizicultores manterem a produçãofreebet c'est quoiminifúndiosfreebet c'est quoi1 hectare, mas a mudança dos hábitos alimentares tiraram o brilho do arroz nas tigelas dos japoneses.

Com a quedafreebet c'est quoiconsumo anual per capitafreebet c'est quoi118 kgfreebet c'est quoi1962 para menosfreebet c'est quoi60kgfreebet c'est quoiarroz nos últimos anos, o Japão passou a incentivar a diversificação no campo. Sem gente e para continuar sustentando as plantações, os agricultores recorreram a maquinários e pesquisa biotecnológica. Cada vez mais drones estão sendo usadosfreebet c'est quoitarefas como a pulverização, realizandofreebet c'est quoimeia hora o trabalho que consumiria um diafreebet c'est quoium trabalhador.

A alta tecnologia tem permitido a expansão da área cultivável sem usofreebet c'est quoiterra. Através da produçãofreebet c'est quoiestufas e hidroponia, o Japão conseguiu expandir a produçãofreebet c'est quoifrutas e hortaliças.

A empresa Mirai Group, na provínciafreebet c'est quoiChiba, é uma das pioneiras na produçãofreebet c'est quoialimentosfreebet c'est quoiprateleiras que vão do chão ao teto, e atualmente colhe cercafreebet c'est quoi10 mil cabeçasfreebet c'est quoialface por dia. A produtividade é cem vezes maiorfreebet c'est quoicomparação ao método convencional. Atravésfreebet c'est quoium dispositivo com sensores, a empresa faz o controle da luz artificial, nutriente líquido, dióxidofreebet c'est quoicarbono e temperatura da cultura hidropônica.

A luz artificial faz com que as plantas cresçam rápido, e o manejo controlado elimina perdas por doenças. Apesar do alto custofreebet c'est quoienergia que o método representa, o númerofreebet c'est quoifábricasfreebet c'est quoiplantas no Japão triplicoufreebet c'est quoiuma década, chegando às atuais 200 instalações.

O mercado da hidroponia cresce no mundo todo e representa atualmente pouco maisfreebet c'est quoiUS$ 1,5 bilhãofreebet c'est quoinegócios. E segundo previsão da Allied Market Research, ele deverá mais que quadruplicar até 2023, atingindo a marcafreebet c'est quoiUS$ 6,4 bilhões.

Transferênciafreebet c'est quoitecnologia

Com o apoio da tecnologia, o Japão também se comprometeu a ajudars países do continente africano a duplicar a produção anualfreebet c'est quoiarroz para 50 milhõesfreebet c'est quoitoneladas até 2030. Projetos específicos já são realizados na África.

No Senegal, por exemplo, os japoneses investiram na formaçãofreebet c'est quoitécnicos agrícolas e transferênciafreebet c'est quoitecnologia principalmentefreebet c'est quoiirrigação. Como resultado, a produtividade subiufreebet c'est quoi4 para 7 toneladasfreebet c'est quoiarroz por hectare e os rendimentos dos produtores aumentaram cercafreebet c'est quoi20%.

A estratégia japonesa é promover investimentos privados e ampliar o comérciofreebet c'est quoimaquinários para a agricultura sustentávelfreebet c'est quoitodo o continente africano. No períodofreebet c'est quoi15 anos, o PIB da África expandiu 3,4 vezes,freebet c'est quoiUS$ 632 bilhõesfreebet c'est quoi2001 para US$ 2,1 trilhõesfreebet c'est quoi2016, e o mercado consumidor continuará crescendo até o final do século, quando a população africana deverá representar 25% do total global (hoje éfreebet c'est quoi17%).

Com a intençãofreebet c'est quoiajudar na redução da perda pós-colheita, revitalizar a indústriafreebet c'est quoialimentos e aumentar a renda rural,freebet c'est quoi2014 o Ministério da Agricultura, Silvicultura e Pesca do Japão formulou a Estratégia Global da Cadeiafreebet c'est quoiValor Alimentar para aplicar nos paísesfreebet c'est quoidesenvolvimento, como Vietnã, Mianmar e Brasil.

A presença do Japão na agricultura brasileira se confunde com a históriafreebet c'est quoi111 anos da imigração nipônica no país. De todos os projetos já realizados envolvendo os dois países, ofreebet c'est quoimaior porte continua sendo o Prodecer (Programafreebet c'est quoiCooperação Nipo-Brasileiro para o Desenvolvimento dos Cerrados), idealizado na décadafreebet c'est quoi1970. Para resolver problemafreebet c'est quoiabastecimento japonês, foram incorporadas extensas áreas do Cerrado para o desenvolvimentofreebet c'est quoitecnologia para a produçãofreebet c'est quoigrãos, principalmente milho, soja e trigofreebet c'est quoiuma terra que o Brasil considerava infértil.

Agora, os negócios se voltam a novas fronteiras. Em 2016, Brasil e Japão assinaram acordofreebet c'est quoicooperaçãofreebet c'est quoiinvestimentos na região do Matopiba (municípios dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Os brasileiros buscam inovaçõesfreebet c'est quoiconectividade nas áreas rurais, agriculturafreebet c'est quoiprecisão, rastreabilidade e automatização desenvolvidas pelos japoneses.

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