O frigorífico que produz carnebetnacional aposta gratisfrango sem matar uma ave:betnacional aposta gratis

Frangos

Crédito, Alamy

Legenda da foto, Bilhõesbetnacional aposta gratisanimais são abatidos anualmente para alimentar a população

Essa carne não deve ser confundida com os hambúrgueres vegetarianos à basebetnacional aposta gratisverduras e legumes e outros produtos substitutosbetnacional aposta gratiscarne que estão ganhando popularidade nos supermercados.

Não, trata-sebetnacional aposta gratiscarne real fabricada a partirbetnacional aposta gratiscélulas animais. Elas são chamadasbetnacional aposta gratisdiversas formas: carne sintética, in vitro, cultivadabetnacional aposta gratislaboratório ou até mesmo "limpa".

São necessários cercabetnacional aposta gratisdois dias para produzir um nuggetbetnacional aposta gratisfrangobetnacional aposta gratisum pequeno biorreator, usando uma proteína para estimular as células a se multiplicarem, algum tipobetnacional aposta gratissuporte para dar estrutura ao produto e um meiobetnacional aposta gratiscultura - ou desenvolvimento - para alimentar a carne conforme ela se desenvolve.

O resultado ainda não está disponível comercialmentebetnacional aposta gratisnenhum lugar do planeta, mas o presidente-executivo da Just, Josh Tetrick, diz que estará no cardápiobetnacional aposta gratisalguns restaurantes até o fim deste ano.

"Nós fazemos coisas como ovos, sorvete ou manteigabetnacional aposta gratisplantas e fazemos carne apenas a partirbetnacional aposta gratiscarne. Você simplesmente não precisa matar o animal", explica Tetrick.

Nós provamos e os resultados foram impressionantes. A pele era crocante e a carne, saborosa, embora a textura interna fosse um pouco mais macia do que abetnacional aposta gratisum nugget do McDonald's ou do KFC, por exemplo.

Tetrick e outros empresários que trabalham com "carne celular" dizem que querem impedir o abatebetnacional aposta gratisanimais e proteger o meio ambiente da degradação da pecuária intensiva industrial.

Eles afirmam estar resolvendo o problemabetnacional aposta gratiscomo alimentar a crescente população sem destruir o planeta, ressaltando quebetnacional aposta gratiscarne não é geneticamente modificada e não requer antibióticos para crescer.

A Organização das Nações Unidas (ONU) diz que a criaçãobetnacional aposta gratisanimais para a alimentação humana é uma das principais causas do aquecimento global e da poluição do ar e da água. Mesmo que a indústria pecuária convencional se esforce para se tornar mais eficiente e sustentável, muitos duvidam que será capazbetnacional aposta gratisacompanhar o crescente apetite global por proteína.

Abatemos 70 bilhõesbetnacional aposta gratisanimais por ano para alimentar sete bilhõesbetnacional aposta gratispessoas, destaca Uma Valeti, cardiologista que fundou a Memphis Meats, empresabetnacional aposta gratiscarnes fabricadas a partirbetnacional aposta gratiscélulas, na Califórnia.

Segundo ele, a demanda global por carne está dobrando, à medida que mais pessoas saem da pobreza. Nesse ritmo, acrescenta, a humanidade não conseguirá criar gado e frango suficientes para saciar o apetitebetnacional aposta gratisnove bilhõesbetnacional aposta gratispessoas até 2050.

"Assim, podemos literalmente cultivar carne vermelha, aves ou frutos do mar diretamente dessas células animais", diz Valeti.

Muitos americanos afirmam que estão comendo menos carne, mas dados do Departamentobetnacional aposta gratisAgricultura dos Estados Unidos sugerem que o consumidor médio ainda vai ingerir maisbetnacional aposta gratis100 quilosbetnacional aposta gratiscarne vermelha e frango neste ano - cercabetnacional aposta gratis20 quilos a mais do que consumiam nos anos 1970.

Hamburgerbetnacional aposta gratisfrango
Legenda da foto, A demanda por carne está crescendobetnacional aposta gratistodo o mundo

O cientista holandês Mark Post é um dos pioneiros da agricultura celular - seu primeiro hambúrguer produzidobetnacional aposta gratislaboratório,betnacional aposta gratis2013, custou US$ 300 mil.

Nenhuma empresa ampliou ainda a produção para servir comercialmente um hambúrguer feito a partirbetnacional aposta gratiscélulas, mas Post estima que, se começasse a produzir seus hambúrgueresbetnacional aposta gratismassa, poderia reduzir o custobetnacional aposta gratisprodução para cercabetnacional aposta gratisUS$ 10 cada.

"É claro que ainda é muito alto", avalia.

Se a Just conseguir fabricar nuggetsbetnacional aposta gratisfrango suficientes para vender neste ano, é improvável que sejabetnacional aposta gratisum restaurante americano, pois o governo dos EUA ainda está decidindo como proceder.

A maioria dos alimentos no país é regulada pela Administraçãobetnacional aposta gratisAlimentos e Medicamentos (FDA, na siglabetnacional aposta gratisinglês). Mas alguns - principalmente a carne produzida convencionalmente - são controlados pelo Departamentobetnacional aposta gratisAgricultura (USDA, na siglabetnacional aposta gratisinglês).

Então, se você compra uma pizza congelada nos EUA, o USDA é responsável pelabetnacional aposta gratispepperoni e o FDA, pelabetnacional aposta gratisqueijo.

"Há vários países na Ásia e na Europa com os quais estamos conversando", diz Tetrick.

Segundo ele, "há uma faltabetnacional aposta gratisclareza"betnacional aposta gratisrelação à regulamentação nos EUA, enquanto o USDA e o FDA realizam audiências públicas sobre o tema.

"Acho que os países querem assumir essa liderança. Seja pela escassezbetnacional aposta gratisalimentos, por questõesbetnacional aposta gratissustentabilidade ou apenas pelo desejobetnacional aposta gratisconstruir uma economia inteiramente nova, eles querem assumir essa liderança", disse Tetrick.

O objetivo final é levar a "carne celular" do laboratório para grandes fábricas.

Existem atualmente dezenasbetnacional aposta gratisempresas que atuam nessa área e estão atraindo investidoresbetnacional aposta gratiscapitalbetnacional aposta gratisrisco do Vale do Silício ebetnacional aposta gratisoutras regiões. Bilionários como Bill Gates e Richard Branson estão entre aqueles que investiram dinheiro na tecnologia.

O produto também conta com um benfeitor mais surpreendente: a Tyson Foods, que investiu uma quantia não revelada na Memphis Meats.

A Tyson é a maior processadorabetnacional aposta gratiscarnes dos EUA - são cercabetnacional aposta gratis424 mil suínos, 130 mil vacas e 35 milhõesbetnacional aposta gratisfrangos processados por semana.

Então, por que a companhia estaria investindobetnacional aposta gratis"carne celular"?

Ela decidiu "deixarbetnacional aposta gratisser uma empresabetnacional aposta gratiscarne para ser uma empresabetnacional aposta gratisproteína", diz Tom Mastrobuoni, diretor financeiro da Tyson Ventures, braçobetnacional aposta gratiscapitalbetnacional aposta gratisrisco da Tyson.

"Tomamos a decisão conscientebetnacional aposta gratisque seremos a maior empresabetnacional aposta gratisproteínas", acrescentou.

A tecnologiabetnacional aposta gratisponta do Vale do Silício pode ser sinônimobetnacional aposta gratisum espírito liberal e empreendedor, mas os EUA ainda são um país onde a tradição fala alto.

A Associação dos Pecuaristas tem um lobby forte e não há nenhum símbolo mais venerado ou romantizado na história do país do que a figura do caubói.

E, assim, os fazendeiros do Meio-Oeste estão entrando no debate sobre como este novo produto será comercializado - como carne limpa, carne celular, carne livrebetnacional aposta gratisabate, proteína ética ou apenas carne?

Em seu ranchobetnacional aposta gratisOzarks, região montanhosa que se estende do Missouri ao Arkansas, Kalena e Billy Bruce alimentam seu rebanhobetnacional aposta gratisgado Black Angus, com a ajuda da filhabetnacional aposta gratisquatro anos, Willa.

Kalena and Billy Bruce, with Willa
Legenda da foto, Kalena e Billy Bruce, com a filha Willa,betnacional aposta gratisseu ranchobetnacional aposta gratisOzarks, nos EUA

"Acho que precisa ser rotulado propriamente - como proteína produzidabetnacional aposta gratislaboratório", opina Billy Bruce.

"Quando pensobetnacional aposta gratiscarne, penso no que está atrásbetnacional aposta gratisnós, um animal vivo que respira."

O estado do Missouri concorda. A pedido dos agricultores, os legisladores determinaram que o rótulobetnacional aposta gratiscarne só pode ser aplicado ao produto do gado. É um indiciobetnacional aposta gratisque o rompimento com a agricultura tradicional pode estar a caminho.

"Do pontobetnacional aposta gratisvista da transparência para os consumidores, para que saibam o que estão comprando e dando para suas famílias comerem, achamos que precisa ser chamadobetnacional aposta gratisalgo diferente", diz Kalena Bruce.

Lia Biondo, diretorabetnacional aposta gratispolíticasbetnacional aposta gratisexpansão da associaçãobetnacional aposta gratispecuaristas dos EUA, com sedebetnacional aposta gratisWashington, diz que espera que a lei do Missouri possa ser reproduzidabetnacional aposta gratisoutros Estados.

"Vamos deixar que essas empresas decidam como chamar seus produtos, desde que não chamembetnacional aposta gratiscarne", diz Biondo.

Mas,betnacional aposta gratistodo caso, será que alguém vai realmente comer esses produtos?

Frequentadores do Lamberts, restaurante tradicional do Meio-Oestebetnacional aposta gratisOzark, no Missouri, terão que ser convencidos.

"A carne deve ser criadabetnacional aposta gratisuma fazenda, nos campos", declara Jerry Kimrey, trabalhador da construção civilbetnacional aposta gratisLebanon, no Missouri.

A professora Ashley Pospisil, tambémbetnacional aposta gratisLebanon, diz que prefere não comer carne à basebetnacional aposta gratiscélulas.

"Eu gostobetnacional aposta gratissaberbetnacional aposta gratisonde a carne veio, que é natural e não foi processadabetnacional aposta gratislaboratório", diz ela.

Linda Hilburn, que está comendo um bife antesbetnacional aposta gratisir para casabetnacional aposta gratisGuthrie,betnacional aposta gratisOklahoma, concorda:

"Tem algo na criação do homem que me assusta. Só causamos destruição aqui. Eu meio que gosto da ideia da criaçãobetnacional aposta gratisDeus."

Enquanto Hilburn está longebetnacional aposta gratisser a única a ter um pé atrás com a "comida Frankenstein", como os críticos a rotularam, Josh Tetrick insiste que a carne feita a partirbetnacional aposta gratiscélulas é totalmente livre das muitas doenças animais que afetam a produção tradicionalbetnacional aposta gratiscarne.

E ele está apostando na experiência humana a favor do progresso.

"No fim das contas, se você está falando do avanço do picadorbetnacional aposta gratisgelo para a geladeira ou da matançabetnacional aposta gratisbaleias para usar seu óleobetnacional aposta gratislamparinas até as lâmpadas incandescentes... mesmo que as pessoas associassem as lâmpadas ao diabo... a humanidade conseguiu abraçar algo novo."

"Isso sempre acontece e, se eu tivesse que apostar, é o que vai acontecerbetnacional aposta gratisrelação a isso também."

betnacional aposta gratis Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!

Pule YouTube post
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosbetnacional aposta gratisautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticabetnacional aposta gratisusobetnacional aposta gratiscookies e os termosbetnacional aposta gratisprivacidade do Google YouTube antesbetnacional aposta gratisconcordar. Para acessar o conteúdo cliquebetnacional aposta gratis"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdobetnacional aposta gratisterceiros pode conter publicidade

Finalbetnacional aposta gratisYouTube post