Como o usosportcentermaconha medicinal tem crescido no Brasil:sportcenter

Produtorsportcentermaconha analisa a qualidade das plantas com um aparelho eletrônico

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Legenda da foto, A Anvisa autorizou a importaçãosportcenterderivadossportcentermaconha para uso medicinalsportcenter2015

Desde 2015, os produtos derivados da maconha foram prescritos por mais 800 médicos brasileiros. Cada paciente também precisa solicitar liberação à Anvisa para adquirir o medicamento. Hoje, 4.617 pessoas já têm autorização para importar para uso próprio.

Os dados são da própria Anvisa e foram obtidos via LeisportcenterAcesso à Informação pela Plataforma BrasileirasportcenterPolíticasportcenterDrogas (PBPD), uma redesportcenterdiversas organizações não-governamentais que discute a questão das drogas.

Fotografiasportcenterum pote com azeitesportcentercannabis dentro; do ladosportcenterfora, pedaçossportcenterplantasportcentermaconha

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Legenda da foto, A partirsportcenter1930, o usosportcentercannabis começou a ser restringidosportcentermuitos países

Fazem parte da rede entidades como o grupo do ProgramasportcenterÁlcool e Drogas da Fundação Oswaldo Cruz, a Associação Juízes pela Democracia, a Conectas Direitos Humanos, o Instituto BrasileirosportcenterCiências Criminais, o InstitutosportcenterDefesa do DireitosportcenterDefesa e a Pastoral Carcerária, entre outros.

Demanda

"O númerosportcenterimportações mostra que já existe um grande mercado para maconha medicinal no Brasil", afirma Gabriel Elias, o coordenadorsportcenterRelações Institucionais da PBPD.

O preço mínimosportcentercada um dos produtos é cercasportcenterUS$ 70 (R$ 250), sem contar as taxassportcentertransporte e importação. Produtos com maior processamento são ainda mais caros – o Mevatyl sai por R$ 2.896 reais (uma caixa contendo três frascossportcenter10 ml).

"Isso dá um mercadosportcentermilhõessportcenterdólares que poderiam estar indo pra indústria brasileira", afirma Elias.

A PBPD defende que regular a produção da substância no Brasil traria outras vantagens, como baratear e facilitar o acessosportcenterpacientes que precisam do princípio ativo e permitir a regulação da qualidade dos produtos.

Um pésportcentermaconhasportcenterclose

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Legenda da foto, É preciso ter uma receita médica e autorização da Anvisa para importar maconha legalmente

A maioria dos derivadossportcentermaconha importados pelo Brasil não tem indicação, por exemplo, da concentraçãosportcentercanabidiol ousportcenterTHC (outra substância presente na planta e responsável pelos efeitos psicotrópicos). Eles são comprados principalmente dos EUA, mas tambémsportcenterpaíses como Canadá e Holanda.

Muitas etapas

O processo para conseguir o produto não é simples - é preciso obter uma receita especial com o médico e passar por diversas etapassportcenterautorização da Anvisa para a importação. Com a liberaçãosportcentermãos, é possível comprar os produtossportcentersites internacionais e encaminhar a permissãosportcenterentrada para a Receita Federal.

Para Margarete Brito, da AssociaçãosportcenterApoio à Pesquisa e a PacientessportcenterCannabis (Apepi), o acesso ainda é muito difícil, tanto pelo preço quanto pelos entraves burocráticos.

"Muitas famílias não conseguem importar e muitas vezes acabam comprando dentrosportcenterum mercado ilegal", diz ela. "Muitos médicos nem prescrevem porque sabem que o paciente não vai conseguir comprar o medicamento."

Sementessportcentermaconha

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Legenda da foto, A maior parte dos produtos importados no Brasil vem dos Estados Unidos

O alto preço do tratamento pode onerar inclusive os cofres públicos. Diversos pacientes já foram à Justiça pedir para que o SUS (Sistema ÚnicosportcenterSaúde) banque o tratamento - foram 46 casos sósportcenter2016, segundo o Ministério da Saúde.

Os derivadossportcentermaconha para tratamentossportcentersaúde costumam ser feitos a partir do óleo extraído da planta atravéssportcenterum processo simples, que é possívelsportcenterser feitosportcentercasa.

Brito é uma das poucas pessoas que têm autorização da Justiça para cultivar cannabissportcentercasa, já que seu filho, que tem epilepsia, recebeu prescrição para o tratamento com os derivados da maconha.

Há cercasportcenter20 pessoas que conseguiram habeas corpus preventivos no Brasil para cultivar a planta para fins medicinais - mas elas não podem compartilhar nem vender. Eles foram concedidos para casossportcenterepilepsia, câncer e MalsportcenterParkinson.

O diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, já disse ter interessesportcenterregular o cultivo da Cannabis no Brasil para usosportcenterpesquisas até o fim deste ano. Neste ano, a agência liberou o preenchimento dos formulários por e-mail para facilitar a importação.

Uso ou abuso

Os produtos derivados da maconha são usados para tratar sintomassportcenterdiversas doenças.

Dois potes com floressportcentermaconha e uma delas sendo pegada com uma pinça

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Legenda da foto, Importar os produtos legamente sai caro – o preço mínimo costuma ser US$ 70, ou R$ 240

Estudos já mostraram que eles reduzem convulsõessportcenterpacientes com epilepsia, por exemplo. O tratamento é indicadosportcentercasossportcenterpessoas que não responderam a outros tratamentos.

Produtos derivados da maconha também são receitados a pacientessportcentercâncer para diminuir a dor provocada pela doença e aumentar o apetitesportcenterquem sofresportcenteraids ou faz quimioterapia. Os efeitos podem variar bastantesportcenterpaciente para paciente.

Se, por um lado, pesquisas revelaram os efeitos benéficossportcenterderivados da planta, do outro, foram apontados riscos no uso recreativo da droga. Segundo o Ministério da Saúde, fumar maconha frequentemente pode prejudicar a memória, irritar o sistema respiratório e aumentar as possibilidadessportcenterdesenvolver câncersportcenterpulmão, entre outros.