'Americanas me levou à falência e agora temo nunca reaver dinheiro':rodadas grátis hoje

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Com recuperação judicial da varejista, Moacirrodadas grátis hojeAlmeida Reis é um dos pequenos e médios empresários brasileiros que temem nunca receber o que avaliam que Americanas lhes deve. Americanas nega dívida com a transportadora Forte Minas

Diversas vezes no topo do rankingrodadas grátis hojeexcelência da Direct — braço logístico da Americanas, adquiridarodadas grátis hoje2014 da Tegma Gestão e Logística —, a Forte Minas chegou a ter 29 filiaisrodadas grátis hojeMinas Gerais e expandiurodadas grátis hojeatuação também para o Espírito Santo.

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No auge, a empresa faturava cercarodadas grátis hojeR$ 50 milhões por ano, segundo os sócios, e empregava diretamente 350 funcionáriosrodadas grátis hojeMinas e outros 200 no Estado vizinho, contando ainda com uma rederodadas grátis hoje700 a 800 "agregados", como eram chamados na companhia os trabalhadores terceirizados proprietários dos veículos e prestadores do serviçorodadas grátis hojeentrega.

Moacir e seus sócios João Wanderlayrodadas grátis hojeOliveira Júnior e Carlos Henriquerodadas grátis hojeSouza viram tudo isso ruirrodadas grátis hojeum dia para o outro, após,rodadas grátis hojeacordo com eles, a Americanas romper repentinamente o contrato com a Forte Minas. Segundo os sócios, o rompimento foi feitorodadas grátis hojeforma unilateral e sem aviso prévio pela Americanas, embora o contrato entre as empresas — ao qual a BBC News Brasil teve acesso — estabelecesse um prazorodadas grátis hoje30 diasrodadas grátis hojeaviso.

Com 85%rodadas grátis hojesua receita então dependente do grupo Americanas e, segundo o relato dos sócios, R$ 7 milhõesrodadas grátis hojeserviços prestados e não pagos pela empresarodadas grátis hojeJorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, a Forte Minas entrou numa espiralrodadas grátis hojedívidas que já chegam a R$ 18 milhões,rodadas grátis hojeacordo com os empresários. A Americanas nega dívida com a transportadora Forte Minas.

Sem dinheiro sequer para pagar os direitos trabalhistas dos ex-funcionários ou processar a Americanas pelos valores aos quais avaliam ter direito, os sócios se veem atualmente afundadosrodadas grátis hojecobranças e processos judiciais. Perderam o sustentorodadas grátis hojesuas famílias, bens pessoais e a saúde — Moacir sofreu um infarto, Carlos enfrenta uma depressão severa.

Agora, com a entrada da Americanasrodadas grátis hojerecuperação judicial após a revelaçãorodadas grátis hojeuma inconsistênciarodadas grátis hojeR$ 20 bilhões no balanço da empresa, eles temem talvez nunca reaver o dinheiro que acreditam que a varejista lhes deve.

As famíliasrodadas grátis hojeMoacir, João e Carlos são trêsrodadas grátis hojemilharesrodadas grátis hojefamílias brasileiras afetadas pelo colapso financeiro da rederodadas grátis hojelojas e e-commerce.

Criadarodadas grátis hoje1929 como uma lojinharodadas grátis hojerua, a Americanas hoje emprega 44 mil funcionários e vende produtosrodadas grátis hoje150 mil lojistasrodadas grátis hojeseu market place virtual, contando com uma rederodadas grátis hojemilharesrodadas grátis hojefornecedores, como foi um dia a Forte Minas.

Questionada pela BBC News Brasil, a Americanas afirma que se considera um credor do Grupo Forte Minas/Forte Vix, e não devedor, como alegado. "A companhia instaurou,rodadas grátis hoje2021, processo para cobrar os valores que entende devidos pela empresarodadas grátis hojetransporte", informou a Americanasrodadas grátis hojenota.

A Americanas optou ainda por não comentar a alegaçãorodadas grátis hojeque teria desrespeitado o contrato com a Forte Minas, ao supostamente rompê-lorodadas grátis hojeforma unilateral e sem o aviso préviorodadas grátis hoje30 dias estabelecidorodadas grátis hojecláusula contratual.

'Acabou'

"Eu lembro no dia que ele me contou da falência. A gente estava junto e ele falou: 'Acabou' e começou a chorar", lembra Bernardo Garcia,rodadas grátis hoje31 anos e filhorodadas grátis hojeMoacir. "Eu não entendi na hora como que do nada [uma empresa acaba] — no dia anterior estava tudo bem."

Bernardo lembra que seu pai ficou muito abatido nos meses posteriores à falência, perdeu 30 quilos e infartou cercarodadas grátis hoje3 ou 4 meses depois desse dia fatídico, durante uma viagemrodadas grátis hojetrabalho para fechar uma das filiais, após a ruína financeira da empresa.

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, 'Na UTI, com ele muito fragilizado mentalmente e o sócio delerodadas grátis hojecondição ainda pior, com crisesrodadas grátis hojepânico, eu dizia para o meu pai: 'Pai, a gente vai fazer alguma coisa, vamos conseguir alguma justiça', diz Bernardo, filhorodadas grátis hojeMoacir

"O susto foi muito grande. Na UTI, com ele muito fragilizado mentalmente e o sócio delerodadas grátis hojecondição ainda pior, com crisesrodadas grátis hojepânico, eu dizia para o meu pai: 'Pai, a gente vai fazer alguma coisa, vamos conseguir alguma justiça para isso'", lembra Bernardo.

Mas, por dois anos, Bernardo ouviu do pai que era melhor deixar para lá, que tentar tomar alguma ação contra a Americanas seria "mexer com cachorro grande" e não dariarodadas grátis hojenada.

"Para você ter uma noção da gravidade da situação da nossa família e como aquilo me doía, teve um dia que minha mãe comprou um amendoimrodadas grátis hojeR$ 6 e ela chorou porque naquele dia ela teve dinheiro para comprar isso", afirma.

"Mas o pontorodadas grátis hojevirada para mim foi que meus pais já não tinham carro próprio, nem casa própria, e eles usavam uma picapezinha que era da empresa para fazer o caminho entre a roça e BH, trajeto que ele faz agora vendendo leite e queijo. E aí nesse trajeto, o carro parou na blitz e foi apreendido, por contarodadas grátis hojeprocesso trabalhista. Eles ficaram na estrada, chorando muito e se sentindo completamente humilhados", relata o filho do casal.

"Minha mãe pegou o telefone, chorando, e falou para mim: 'Olha onde a gente está, olha o que essa empresa fez com a gente'. Aquilo me doeu demais e foi quando eu decidi que essa história precisava ser contada."

A parceria entre Forte Minas e Americanas

Segundo Moacirrodadas grátis hojeAlmeida Reis, então diretorrodadas grátis hojeoperações da Forte Minas, a empresa foi criadarodadas grátis hoje2015, com o propósitorodadas grátis hojeatender o interiorrodadas grátis hojeMinas Gerais, uma região com quase 15 milhõesrodadas grátis hojehabitantes, mas carenterodadas grátis hojetransportadoras.

O foco da empresa era a entregarodadas grátis hojepequenos volumes do varejo virtual, que podiam ser feitas por uma pessoa só, utilizando veículos pequenos, como uma Fiorino ou uma van.

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Legenda da foto, Os sócios Carlos (à frente) e Moacir com gerentesrodadas grátis hojefilial, vestindo camisas da Direct, empresa do grupo Americanas

A Direct, empresarodadas grátis hojeserviços logísticos para cargas e encomendas expressas do grupo Americanas, entrou na carteirarodadas grátis hojeclientesrodadas grátis hoje2016, lembra Moacir.

A Forte Minas começou realizando entregas para a Direct no centro-oeste mineiro. Com os bons resultados apresentados, a parceria foi estendida para a Zona da Mata, no sudeste do Estado, depois para o Vale do Aço e o Triângulo Mineiro.

"Fomos expandindo, até fechar todo o Estadorodadas grátis hojeMinas Gerais, sempre dando esse passorodadas grátis hojefunção do cliente", lembra o empresário. "Depois fomos convidados por eles também para assumir o Espírito Santo. Ficamos lá um ano e depois tudo ocorreu..."

Rumoresrodadas grátis hojemercado

Com a empresa faturando à época cercarodadas grátis hojeR$ 4 milhões por mês e crescendo 30% ao ano, segundo relata João Wanderlayrodadas grátis hojeOliveira Jr., então diretor comercial da Forte Minas, os sócios não davam importância a rumoresrodadas grátis hojemercadorodadas grátis hojeque a Americanas não teria sido leal com outras empresas do setor.

Em 2012, por exemplo, a Ramos Transportes, do empresário Marcelo Ramos, entrourodadas grátis hojerecuperação judicial com uma dívidarodadas grátis hojeR$ 115 milhões, após a B2W — então controladora das marcas Americanas.com, Shoptime e Submarino —, maior cliente da empresa, rescindir o contrato entre as partes.

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Legenda da foto, Em 2012, a Ramos Transportes entrourodadas grátis hojerecuperação judicial com uma dívidarodadas grátis hojeR$ 115 milhões, após a B2W — então controladora das marcas Americanas.com, Shoptime e Submarino —, rescindir o contrato entre as partes

Com a decisão da Americanas, a Ramos Transportes — fundadarodadas grátis hoje1938 e então há maisrodadas grátis hoje70 anos no mercado — demitiurodadas grátis hojeum mês 1,6 milrodadas grátis hojeseus 5,1 mil funcionários à época, encerrando operações no norte e sulrodadas grátis hojeMinas, Riorodadas grátis hojeJaneiro e São Paulo.

O enxugamento, no entanto, não foi suficiente para sanear as contas da empresa, que enfrentou problemas operacionais, gerando transtornos e prejuízos a clientes, conforme noticiado pela agência Transporta Brasil e pelo jornal Estadorodadas grátis hojeMinas à época.

A BBC News Brasil tentou contato com o empresário Marcelo Ramos da Ramos Transportes, sem sucesso.

Após a publicação desta reportagem, o empresário Marcelo Ramos entrourodadas grátis hojecontato com a BBC News Brasil. Ele afirma que, antes da quebrarodadas grátis hojecontrato, foi levado à insolvência devido a serviços realizados e não pagos pela Americanas.

"Nossa massa falida tem maisrodadas grátis hojeR$ 30 milhõesrodadas grátis hojecrédito junto à Americanas. Aí pararamrodadas grátis hojesolicitar novos transportes (a tal rescisão do contrato) e não nos pagaram. Calote, puro e simples", diz Ramos, lembrando que tratam-serodadas grátis hojevaloresrodadas grátis hoje2012.

Procurada para comentar as declaraçõesrodadas grátis hojeMarcelo Ramos, a Americanas não se pronunciou até a atualização desta reportagem. A assessoriarodadas grátis hojeimprensa da empresa afirmou estar recebendo grande volumerodadas grátis hojesolicitaçõesrodadas grátis hojemeio à recuperação judicial.

"Nós conhecíamos essas histórias, mas nossa relação com a Direct sempre foi muito boa. Inclusive ela lançou um planorodadas grátis hojepremiação por melhores entregas e nossas filiais todos os anos estavam entre os dez primeiros lugares", conta Moacir.

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Legenda da foto, Um dos certifcadosrodadas grátis hojeexcelência recebido pela Forte Minas da Direct, ao longo dos anosrodadas grátis hojeboas relações entre as empresas

A virada na relação

"A virada nessa relação aconteceurodadas grátis hoje2020", lembra o empresário. Naquele momento, a empresa operava há cercarodadas grátis hojetrês anos sem reajusterodadas grátis hojecontrato. Os sócios então pleitearam um reajusterodadas grátis hoje13% e conseguiram ao fim 8%rodadas grátis hojeaumento, relatam.

O contrato com os novos valores chegou a ser assinado entre as partes mas, antesrodadas grátis hojepassar a viger, houve uma mudança na administração da Direct e,rodadas grátis hojevez do aumentorodadas grátis hoje8% acordado, a Forte Minas teria recebido um corterodadas grátis hoje5% narodadas grátis hojeremuneração. A BBC News Brasil não pôde checarrodadas grátis hojeforma independente esta informação relatada pelos sócios da Forte Minas.

Questionado sobre por que aceitaram a reduçãorodadas grátis hojevalores, Moacir conta que a Americanas então representava parcela grande demais do faturamento da empresa, para que ela pudesse simplesmente romper o contrato.

"Ela então representava 85% a 90% da nossa receita, era difícil tomar uma decisãorodadas grátis hojeinterromper o serviço e não trabalhar mais para eles, porque tínhamos maisrodadas grátis hoje300 funcionários, 600 e tantos agregados e toda uma estrutura", conta Moacir.

Ele destaca que, a essa altura, a empresa havia sido estimulada pela Americanas a assumir a entregarodadas grátis hojelinha branca (geladeiras, fogões, etc) narodadas grátis hojeárearodadas grátis hojeatuação, o que elevou o custo mensal com aluguelrodadas grátis hojegalpões da Forte Minasrodadas grátis hojecercarodadas grátis hojeR$ 38 mil para R$ 800 mil. Assim, desfazer esses contratosrodadas grátis hojealuguel e demitir os funcionários teria custos proibitivos.

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Legenda da foto, Armazém da Forte Minasrodadas grátis hojeCurvelo (MG)

"Então, mesmo com o caixa da empresa apertado, decidimos aceitar [o corterodadas grátis hojeremuneraçãorodadas grátis hoje5%] e reforçar nosso comercial, para tentar compensar essa perda com novos clientes."

No meio dessa situação apertada, foi quando João entrou para a sociedade, comprando uma fatiarodadas grátis hoje20% do negócio. Ao assumir a diretoria comercial, João trouxe novos clientes e um desses novos grandes clientes comunicou o interesserodadas grátis hojecomprar a empresa.

Como o contrato com a Americanas dava a ela preferência para uma eventual aquisição, os sócios comunicaram a ela a conversarodadas grátis hojecurso com a concorrente. A Americanas então teria demonstrado interesse na aquisição, segundo o relato dos sócios.

"Eles foram empurrando essa conversa até o dia 29rodadas grátis hojejaneirorodadas grátis hoje2021. Naquele dia, eles me ligaram umas 20h e falaram: 'A partirrodadas grátis hojeamanhã, a Americanas não trabalha mais com a Forte Minas. Estamos retirando todas as cargasrodadas grátis hojevocês'", conta João.

Mercadorias saqueadas e falência

Segundo João, sem respeitar o aviso préviorodadas grátis hoje30 dias, no dia seguinte, a Americanas direcionou caminhões aos armazéns da Forte Minas para retiradarodadas grátis hojemercadorias.

"Foi uma debandada geral nas 29 filiais, os agregados ligando para colegas que estavam com carga e mandando não entregar porque a empresa quebrou. E começaram a saquear nossos galpões, não deixando carregar os caminhões da Direct. Os gerentes e funcionários nos galpões perderam o domínio da situação e eles também se sentiam traídos pela companhia", diz João.

"Tivemos muita mercadoria saqueada devido a essa faltarodadas grátis hojeaviso prévio e hoje a Americanas nos cobra a conta disso", afirma o diretor comercial.

Em meio a esse término ruidoso, a empresa também não conseguiu arcar com os direitos dos trabalhadores desligados e agora enfrenta um marrodadas grátis hojeprocessos trabalhistas.

"Ficamos sem recurso nenhum. Tentamos continuar até julho, colocando na empresa todos os nossos recursos pessoais. Não tivemos dinheiro nem para entrarrodadas grátis hojerecuperação judicial", diz João, que estima que a Americanas encerrou o contrato devendo R$ 7 milhõesrodadas grátis hojeserviços realizados e não pagos — o que a Americanas nega.

"Eu tenho 35 anos no mercadorodadas grátis hojetransportes e hoje não tenho condiçõesrodadas grátis hojesair na rua nem para procurar emprego. Todos os dias tenho no mínimo dez ligaçõesrodadas grátis hojecobrança e um oficialrodadas grátis hojejustiça batendo na porta. Minha vida, que sempre foi muito tranquila, virou um inferno", conta o executivo.

"Quando penso no rombo da Americanas e que os três acionistas da empresa são alguns dos homens mais ricos do Brasil, e eu não consigo pagar a faculdade dos meus filhos e trazer comida para dentrorodadas grátis hojecasa, sinto que fui feitorodadas grátis hojetrouxa."

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Legenda da foto, 'Quando penso no rombo da Americanas e que os três acionistas da empresa são alguns dos homens mais ricos do Brasil, e eu não consigo pagar a faculdade dos meus filhos e trazer comida para dentrorodadas grátis hojecasa, sinto que fui feitorodadas grátis hojetrouxa', diz João, um dos sócios da Forte Minas

Um históricorodadas grátis hojerelações agressivas com fornecedores

O caso da Forte Minas não é isolado. A Americanas tem um históricorodadas grátis hojeser muito "agressiva"rodadas grátis hojesuas negociações com fornecedores, afirma André Pimentel, sócio da consultoria Performa Partners, que trabalhou na reestruturação da Americanas no fim dos anos 1990, quando estava na Galeazzi & Associados. Antes disso, Pimentel atuou na PwC, atual auditoria da Americanas.

"O jogorodadas grátis hojenegócios — principalmente no varejo, que é um setorrodadas grátis hojemargens muito apertadas — não é fácil para ninguém. Toda varejista procura maximizar a eficiênciarodadas grátis hojesua operação e uma das formas é negociar com os fornecedores melhores condições", diz Pimentel.

"Mas quanto maior o varejista e menor o fornecedor, a relaçãorodadas grátis hojeforças traz um desequilíbrio às negociações e, algumas vezes, esses fornecedores se veem obrigados a aceitar determinadas condições que acabam sendo muito duras para eles", acrescenta.

"A Americana, historicamente, járodadas grátis hojemuitos anos, traz essa culturarodadas grátis hojeapertar fornecedores para maximizar a rentabilidade", observa o consultor, acrescentando que essa é uma característica das companhias administradas pelo 3G Capital, empresarodadas grátis hojeinvestimentosrodadas grátis hojeLemann, Telles e Sicupira.

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Legenda da foto, Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Herrmann Telles, sócios da 3G Capital, principais acionistas da Americanas

Por exemplo, enquanto o mercado pratica prazosrodadas grátis hoje30 a 90 dias para pagamento aos fornecedores, a Americanas chegava a 120, 180 dias para pagamento, cita o especialista.

Foi justamente nessa relação com os fornecedores que surgiu o rombo bilionáriorodadas grátis hojeR$ 20 bilhões no balanço da empresa. Numa operação financeira conhecida como "risco sacado", bancos pagavam os fornecedores e a Americanas conseguia um prazo maior para pagar ao banco, com juros.

O problema é que essa dívida bancária não foi corretamente registrada no balanço, que durante anos mostrou uma dívida total menor e lucro e patrimônio líquido maiores do que a realidade. Quando isso veio à tona, as ações da empresa derreteram na bolsarodadas grátis hojevalores e as disponibilidadesrodadas grátis hojecaixa diminuíram fortemente, levando a Americanas à recuperação judicial.

"Infelizmente, a Americanas nunca respeitou muito [seus fornecedores]. Ela sempre passou muito da linha da negociação justa. Hojerodadas grátis hojedia se fala muitorodadas grátis hojerelações abusivas e o que ela fazia era quase uma relação abusiva entre empresas", opina o consultor.

Situação difícilrodadas grátis hojeser resolvida

Carlos Deneszczuk, sócio da Dasa Advogados e especialistarodadas grátis hojerecuperação judicial e reestruturaçãorodadas grátis hojeempresas, avalia que a situação dos sócios da Forte Minas é difícilrodadas grátis hojeser resolvida. Ele explica que, num processorodadas grátis hojerecuperação judicial, há quatro classesrodadas grátis hojecredores.

A primeira são os trabalhistas. A segunda, credores com garantia (aqueles com dívidas garantidas por imóveis ou bens móveis, como máquinas, equipamentos e estoques). Na classe três, entram os credores quirografados: bancos e fornecedores. Por fim, na classe quatro, entram os pequenos e médios empresários.

Crédito, Reuters

Legenda da foto, 'Provavelmente, serão anos para os credores [da Americanas] receberem', diz advogado especialistarodadas grátis hojerecuperação judicial

Para receber os valores que acreditam ter direito, diz Deneszczuk, os sócios da Forte Minas precisariam mover ação judicial para ter a dívida reconhecidarodadas grátis hojesentença. Só assim eles entrariamrodadas grátis hojeuma das últimas classesrodadas grátis hojecredores.

"Provavelmente, serão anos para os credores receberem, ou a dívida será convertidarodadas grátis hojeações da companhia, a depender do que for negociado. E certamente essa dívida terá um deságio, porque é muito grande para o tamanho da empresa", diz o advogado, avaliando que o caminho para os credores será longo.

Bernardo, o filhorodadas grátis hojeMoacir, afirma que, apesar do drama vivido porrodadas grátis hojefamília, torce pela recuperação da Americanas.

"A notícia da recuperação judicial tocou muito meus pais. Eles ficaram muito afetados e ainda mais inseguros, pois vai prejudicar ainda mais a situaçãorodadas grátis hojetodos os credores se essa empresa vir à falência", diz o jovem.

"Então eu torço pela recuperação e por uma conscientização. Essa recuperação da Americanas tem que vir necessariamente com uma tomadarodadas grátis hojeconsciência sobre a forma com que acontecem as relações capitalistas."

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