Independência do Brasil: as mulheres que lutaram e foram esquecidas pela História:bet365 sportingbet
Terminada a guerra, Maria Quitéria voltou para casa. Meses depois, se casou com o agricultor Gabriel Pereirabet365 sportingbetBrito, com quem teve uma filha, Luísa Maria da Conceição. Morreubet365 sportingbet1853, aos 61 anos, quase cega e sem dinheiro. Quanto ao seu pai, ele nunca a perdoou por tê-lo desobedecido.
Mulheres à frentebet365 sportingbetseu tempo
O nomebet365 sportingbetMaria Quitériabet365 sportingbetJesus (1792-1853) não pode faltarbet365 sportingbetnenhuma antologia que se propõe a resgatar grandes personagens femininos da História do Brasil. Como o recém-lançado Independência do Brasil — As Mulheres que Estavam Lá, organizado por Heloísa Starling e Antonia Pellegrino.
A obra apresenta a biografiabet365 sportingbetsete autênticas heroínas, como Hipólita Jacinta Teixeirabet365 sportingbetMelo (1748-1828), Bárbarabet365 sportingbetAlencar (1760-1832), Urânia Vanério (1811-1849), Maria Felipabet365 sportingbetOliveira (1800-1873), Maria Leopoldina (1797-1826) e Ana Lins (1764-1839), alémbet365 sportingbetMaria Quitéria.
"As mulheres reunidas neste livro têm um traçobet365 sportingbetcomum: elas assumiram protagonismo e decidiram agir politicamentebet365 sportingbetpúblico, o espaço por excelência da política, um espaço rigorosamente proibido para uma mulher", explica a historiadora e cientista política Heloísa Starling. "Seja no Brasil, seja na Europa, as mulheres atuavam confinadasbet365 sportingbetcasa. Podiam ganhar a vida com o próprio trabalho ou, então, sustentar maridos. Mas,bet365 sportingbetjeito nenhum, podiam reivindicar voz pública, visibilidade e participação política".
Coordenadora do Projeto República, núcleobet365 sportingbetpesquisa, documentação e memória do Departamentobet365 sportingbetHistória da Universidade Federalbet365 sportingbetMinas Gerais (UFMG), Heloísa acrescenta que as sete personagens do livro levaram a sério um projetobet365 sportingbetIndependência para o Brasil. E viveram esse projetobet365 sportingbetdiferentes maneiras, partirambet365 sportingbetpatamares sociais desiguais e atuarambet365 sportingbetforma diversa.
Algumas empunharam armas. Outras se engajaram no ativismo político. Outras, ainda, fizeram uso da palavra escrita no debate público. Mas, todas recusaram o lugar subalterno que lhes era reservado. "Até hoje, sabemos pouco ou quase nada sobre a história dessas mulheres e o modo como se posicionaram na cena pública brasileira durante a Independência. Seu protagonismo continua ignorado. A vedação ao acesso da mulher ao mundo público foibet365 sportingbettal forma enraizada na sociedade que se mantém no centro da desigualdadebet365 sportingbetgênero até hoje. Para as mulheres brasileiras, a fronteira da política foi e continua sendo a mais difícilbet365 sportingbettranspor".
Uma mulher entre os inconfidentes
Alémbet365 sportingbetorganizar a obra, Heloísa Starling assina o capítulo dedicado à mineira Hipólita Jacinta Teixeirabet365 sportingbetMelo, a única mulher a participar da Conjuração Mineira,bet365 sportingbet1789, um dos principais movimentos separatistas do Brasil Colônia, que abre a antologia.
Filhabet365 sportingbetum rico casalbet365 sportingbetportugueses, Hipólita se casou tarde, por volta dos 33 anos, com o coronel Franciscobet365 sportingbetOliveira Lopes, amigo do alferes Joaquim José da Silva Xavier (1746-1792), o Tiradentes. "Pouco se sabe sobre essa mulher, mas uma coisa salta aos olhos: era destemida. Quando a notícia da prisãobet365 sportingbetTiradentes chegou à fazenda da Ponta do Morro, na noitebet365 sportingbet20bet365 sportingbetmaiobet365 sportingbet1789, Hipólita decidiu, sozinha, levar a revolta adiante. Tudo indica que partiu dela a ordembet365 sportingbetdar início ao levante militar", afirma Heloísa Starling.
Hipólita escreveu cartas para o marido e demais inconfidentes, relatando a prisãobet365 sportingbetTiradentes e denunciando a traiçãobet365 sportingbetJoaquim Silvério dos Reis (1756-1819). Pedia a todos que tomassem cuidado e lembrava a eles que estavam lutando por algo maior. "Quem não é capaz para as coisas, não se meta nelas", dizia a carta. "Mais vale morrer com honra do que viver com desonra".
Em 19bet365 sportingbetabrilbet365 sportingbet1792, seu marido foi condenado ao exílio na África, onde morreu. Hipólita, então, teve seus bens confiscados. No entanto, argumentou que boa partebet365 sportingbetseu patrimônio tinha sido herança paterna. Ao fimbet365 sportingbetuma longa batalha, que durou até 1795, conseguiu reaverbet365 sportingbetfortuna.
"Ao se colocar como exímia negociadora e competente administradora, Hipólita rompeu com a imagembet365 sportingbetmulher submissa", afirma a jornalista Duda Portobet365 sportingbetSouza, coautorabet365 sportingbetExtraordinárias — Mulheres Que Revolucionaram o Brasil. "Por um lado, Hipólita se mostrou implacável na defesabet365 sportingbetseu patrimônio. Por outro, se revelou generosa ao distribuir parte dele entre os mais pobres da região".
As sentinelas da Ilhabet365 sportingbetItaparica
Duas das heroínas do livro lideraram revoltas populares: Maria Felipabet365 sportingbetOliveira, na Ilhabet365 sportingbetItaparica, na Bahia, e Bárbarabet365 sportingbetAlencar,bet365 sportingbetCrato, no Ceará. "Não se sabe ao certo se Maria Felipabet365 sportingbetOliveira, negra da ilhabet365 sportingbetItaparica, era escrava, se foi alforriada ou se nasceu livre", observa a jornalista Aryane Cararo, coautorabet365 sportingbetExtraordinárias. "Como se voluntariou para lutar contra os portugueses, a opção mais provável é a última".
Maria Felipa era marisqueira (vendedorabet365 sportingbetfrutos do mar) e liderou as Vedetas da Praia. Armadasbet365 sportingbetfacas, arpões e peixeiras, emboscavam os soldados da Coroa que mal atracavam nas imediações da Ilhabet365 sportingbetItaparica. Às vezes, surravam os portugueses com galhosbet365 sportingbetcansanção, arbusto espinhoso que provoca úlcera e coceira. Outras, ateavam fogobet365 sportingbetsuas embarcações com tochas feitasbet365 sportingbetpalhabet365 sportingbetcoco e chumbo.
"Embora suas habilidades como guerreira sejam cantadasbet365 sportingbetprosa e verso, é necessário destacar seus predicados como comerciante e navegadora numa guerrabet365 sportingbetque as questões ligadas ao abastecimentobet365 sportingbetcomida foram determinantes para os portugueses abandonarem a derradeira batalhabet365 sportingbet2bet365 sportingbetjulhobet365 sportingbet1823,bet365 sportingbetSalvador, escapando pelo mar. Eles não tinham mais o que comer", revela a escritora Cidinha da Silva. "Segundo registros históricos, morreram mais soldados vitimados pela fome e por doenças do que por balas".
Violência políticabet365 sportingbetgênero
Filhabet365 sportingbetmãe indígena e pai português, Bárbarabet365 sportingbetAlencar tinha 57 anos quando,bet365 sportingbetmaiobet365 sportingbet1817, conduziu a multidão da cidadebet365 sportingbetCrato, a 508 kmbet365 sportingbetFortaleza, até a Câmara Municipal. Acompanhadabet365 sportingbetseus filhos, familiares e outros combatentes, todos homens, retirou a bandeira da Coroa Portuguesa e hasteou outra, branca, símbolo dos republicanos,bet365 sportingbetseu lugar. Não satisfeita, ainda destituiu seus membros e nomeou novos representantes que aboliram impostos, soltaram presos e confiscaram armas e bens dos portugueses.
Acusadabet365 sportingbettraição, rebeldia e resistência à prisão, Bárbara foi mandada para a Fortalezabet365 sportingbetNossa Senhora da Assunção, na capital cearense. De lá, foi transferida para prisões no Recife ebet365 sportingbetSalvador. Foi solta, quatro anos depois,bet365 sportingbet17bet365 sportingbetnovembrobet365 sportingbet1821, graças a um decretobet365 sportingbetDom João 6º que anistiou presos políticos.
"Bárbarabet365 sportingbetAlencar sabia que poderia ser punida com penabet365 sportingbetmorte. No entanto, suas convicções eram maiores que seus medos. Ousada e corajosa, é considerada a primeira presa política brasileira. E, por mais brutal que tenha sido o cárcere, ela não se intimidou. Continuou fiel aos seus ideais revolucionários. Tanto que, anos depois, participou também da Confederação do Equador", destaca a roteirista Antonia Pellegrino.
Alémbet365 sportingbetser a primeira mulher presa por suas convicções políticas, Bárbarabet365 sportingbetAlencar entrou para a História também como a primeira vítimabet365 sportingbetviolência políticabet365 sportingbetgênero no Brasil. Ao ser presa, foi acusadabet365 sportingbetamasia (concubinato) por causabet365 sportingbetsua amizade com o vigário-geral do Crato, Padre Miguel Carlos da Silva Saldanha, e perdeu todos os seus bens. Dizia-se até que José Martiniano, o caçulabet365 sportingbetseus cinco filhos, seria dele. "A acusaçãobet365 sportingbetamasia tinha por objetivo difamar a única mulher que participou da Revoluçãobet365 sportingbet1817 para que ela não servissebet365 sportingbetexemplo para nenhuma outra que tivesse aspiração política", afirma a roteirista.
Maria Felipa morreubet365 sportingbet4bet365 sportingbetjaneirobet365 sportingbet1873,bet365 sportingbetlocal desconhecido, aos 73 anos. E Bárbarabet365 sportingbetAlencarbet365 sportingbet28bet365 sportingbetagostobet365 sportingbet1832, na fazenda Alecrim, no Piauí, aos 72. Seu corpo foi sepultado na Igrejabet365 sportingbetNossa Senhora do Rosário, no distritobet365 sportingbetItaguá, próximo à sede do municípiobet365 sportingbetCampos Sales, no Ceará. Uma curiosidade: o escritor Josébet365 sportingbetAlencar (1829-1877) era filhobet365 sportingbetJosé Martiniano e netobet365 sportingbetBárbarabet365 sportingbetAlencar.
Uma autêntica chefebet365 sportingbetEstado
Dos sete perfis apresentadosbet365 sportingbetIndependência do Brasil — As Mulheres que Estavam Lá, o mais famoso deles é o da Maria Leopoldina da Áustria. Nascidabet365 sportingbet22bet365 sportingbetjaneirobet365 sportingbet1797, seu nome completo era Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernandabet365 sportingbetHabsburgo-Lorena.
"Estava completando 20 anos quando aceitou se casar com Dom Pedro e se mudar para um país distante e completamente diferente. No início do século 19, Viena e Riobet365 sportingbetJaneiro não poderiam ser mais díspares", observa a jornalista Virgínia Siqueira Starling. "Leopoldina estava empolgadíssima com seu casamento: não só representava a concretizaçãobet365 sportingbetum dever público como também marcavabet365 sportingbetpassagem para a vida adulta".
No início, Leopoldina até levou uma vida feliz ao lado do príncipe regente, mas,bet365 sportingbetpouco tempo, passou a sofrer com suas infidelidades conjugais. A futura imperatriz teve papel decisivo na separação entre Brasil e Portugal. Na manhã do dia 2bet365 sportingbetsetembrobet365 sportingbet1822, assinou o decreto da Independência. Em seguida, escreveu uma carta a Dom Pedro 1º, entreguebet365 sportingbetmãos por Paulo Bregaro, o carteiro oficial da família real, às margens do Ipiranga, cinco dias depois. A correspondência o aconselhava a romper com Portugal, que ameaçava rebaixar o Brasilbet365 sportingbetreino para colônia. "O pomo está maduro. Colhei-o já. Senão apodrece", aconselhou a princesa.
"Alémbet365 sportingbetdeterminante na permanênciabet365 sportingbetDom Pedro no Brasil, Leopoldina era considerada uma excelente chefebet365 sportingbetEstado. Muitobet365 sportingbetsua atuação é resultado da educação que recebeu desde criança. Provenientebet365 sportingbetuma família rica e influente da Europa, os Habsburgo, serviubet365 sportingbetreferência intelectual e política até para Dom Pedro", explica a historiadora Giovanna Trevelin. "Na carta que escreveu para Dom Pedro, Leopoldina o incentiva a concluir o processo. A Independência já estava basicamente decidida, só precisava ser proclamada".
Pesquisadora do Grupo Nina Simone, um grupobet365 sportingbetEstudos Interdisciplinaresbet365 sportingbetGênero da Universidade Estadualbet365 sportingbetFeirabet365 sportingbetSantana (UEFS), Giovanna relata a existênciabet365 sportingbetum movimento nascido na cidadebet365 sportingbetSaubara, a 110 kmbet365 sportingbetSalvador: as Caretas do Mingau. "Mulheres se vestiambet365 sportingbetbranco e, com panelasbet365 sportingbetmingau na cabeça, saíam às ruas para assustar os portugueses. Quando eles fugiam apavorados, elas levavam armas e mantimentos para seus filhos e maridos, que lutavam contra as tropas", revela a historiadora.
Indignaçãobet365 sportingbetformabet365 sportingbetpanfleto
O menos conhecido dos sete perfis é obet365 sportingbetUrânia Vanério. A filha únicabet365 sportingbetum casalbet365 sportingbetportugueses nasceubet365 sportingbet14bet365 sportingbetdezembrobet365 sportingbet1811,bet365 sportingbetSalvador (BA). Ainda na infância, foi educada pela própria mãe, Samoa Angélica Vanério, que lhe ensinou, entre outros idiomas, inglês, francês e italiano.
Urânia estava na janelabet365 sportingbetcasa, provavelmente nos arredores da Praça da Piedade,bet365 sportingbetSalvador, quando, no dia 19bet365 sportingbetfevereirobet365 sportingbet1822, assistiu à execução da abadessa sóror Joana Angélicabet365 sportingbetJesus (1761-1822) a golpesbet365 sportingbetbaioneta. A religiosa tentava impedir que tropas portuguesas invadissem o Conventobet365 sportingbetNossa Senhora da Conceição da Lapa. Eles acreditavam que soldados baianos estivessem escondidos no claustro. "Para trás, bandidos! Respeitai a casabet365 sportingbetDeus! Só entrarão passando por cima do meu cadáver!", teriam sido suas últimas palavras.
Indignada, Urânia,bet365 sportingbetapenas 10 anos, escreveu Lamentosbet365 sportingbetuma Baiana. Os versos inflamados denunciavam as atrocidades cometidas pelas tropas portuguesas. "Justos Céus, como é possível / Ficar impune a maldade / De monstros, que não perdoam / Nem mesmo o sexo, ou a idade…", dizia o panfleto.
"Nos diasbet365 sportingbethoje, Urânia seria considerada uma menina. Mas, naquele tempo, já era vista como uma moça. Em meados do século 19, elas se casavam entre os 13 e os 15 anos", contextualiza a historiadora Patrícia Valim, do Departamentobet365 sportingbetHistória da Universidade Federal da Bahia (UFBA). "Chama a atenção por ser uma menina que, aos 10 anos, se sentiu estimulada a participar do debate político por meio do engajamentobet365 sportingbetsuas ideias".
Em 1824, Urânia Vanério passou a trabalhar, ao lado dos pais, no antigo colégio da família e, dois anos depois, traduziu, a partir do francês, Triunfo e o Caráter do Patriotismo, escrito por M.bet365 sportingbetFlorian, pseudônimobet365 sportingbetLouis-Pierre Clarisbet365 sportingbetFlorian (1755-1794). Tudo indica que, aos 15 anos, Urânia Vanério se tornou a primeira tradutora do país, uma década antesbet365 sportingbetNísia Floresta (1810-1885).
No dia 1ºbet365 sportingbetmarçobet365 sportingbet1827, Urânia se casou com Felisberto Gomesbet365 sportingbetArgollo Ferrão, filhobet365 sportingbetuma das famílias mais ricas e tradicionaisbet365 sportingbetSalvador. O casal teve 13 filhos. Desses, dois nasceram mortos. Vítimabet365 sportingbetuma infecção na hora do partobet365 sportingbetseu último filho, Urânia morreubet365 sportingbet3bet365 sportingbetdezembrobet365 sportingbet1849, aos 38 anos.
"Heroínas como Maria Felipa, Hipólita Jacinta e Bárbarabet365 sportingbetAlencar são invisibilizadas pela história hegemônica porque simbolizam ideias poderosas e, para nossa sociedade machista e racista, perigosas. Elas enfrentavam proibições à participação feminina na cena pública, bradavam seus ideaisbet365 sportingbetliberdade e desafiavam as repetidas tentativasbet365 sportingbetapagamentobet365 sportingbetseus nomes", afirma a jornalista Virginia Starling.
"Para resgatar essas mulheres do esquecimento e impedi-lasbet365 sportingbetse perderem para sempre, é preciso continuar repetindo seus nomes e contando as suas histórias. Só assim a História do nosso país será mais rica e diversa".
- Este texto foi publicadobet365 sportingbethttp://vesser.net/brasil-62809341
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