Gasolina mais cara: 4 motivos para disparadavaidebet logotipopreço dos combustíveis:vaidebet logotipo
Nas últimas semanas, o conjuntovaidebet logotipofatores que vinha pressionando valor dos combustíveis no mundo ganhou um novo ingrediente: a explosão dos preçosvaidebet logotipogás natural, o GNL,vaidebet logotipomeio a temoresvaidebet logotipouma crise energética na Europa.
Entenda esta e outras razões para a disparada nos preços a seguir.
1. Aumento da demanda
A cotação do petróleo vemvaidebet logotipouma sequênciavaidebet logotipoalta forte desde o início do ano. O preço do barril do tipo Brent, referência internacional, passouvaidebet logotipoUS$ 80 no último dia 28vaidebet logotiposetembro pela primeira vez desde outubrovaidebet logotipo2018.
Essa trajetóriavaidebet logotipoalta impacta diretamente nos derivados — gasolina, diesel, gás natural, gásvaidebet logotipocozinha — e é explicada por pressões dos dois lados: maior demanda e restriçãovaidebet logotipooferta.
Parte do aumento do consumo é explicada pela reabertura dos países que têm conseguido implementarvaidebet logotiposeus programasvaidebet logotipovacinação contra a covid-19 — e o impacto da retomada tem sido mais forte do que o esperadovaidebet logotipoalgumas regiões.
Mas essa não é a única razão.
Como explica a professora da Faculdadevaidebet logotipoEconomia da Universidade Federal Fluminense (UFF) Julia Braga, a China vem usando mais gás natural como substituto do carvãovaidebet logotiposuas termelétricas. A medida é parte do esforço do país para cumprir as metas para redução da emissãovaidebet logotipopoluentes e entra na políticavaidebet logotipomédio e longo prazovaidebet logotipotransição energética da China.
"Isso também pressiona o preço do barril", ressalta.
O preço do gás natural disparou nas últimas semanas com o maior consumo também na Europa, surpreendida pela redução da geraçãovaidebet logotipoenergia renovável, que vinha tendo papel cada vez mais importante na matriz da região.
Muitos dos parques eólicos do continente estão produzindo menos do que a capacidade porque tem ventado menos. No último dia 29vaidebet logotiposetembro, a SSE Renewables, empresa britânica do setor, afirmouvaidebet logotipocomunicado quevaidebet logotipoprodução entre abril e setembro ficou 32% abaixo do previsto e apontou como uma das razões o fatovaidebet logotipoo último verão ter sido um dos que menos ventou na Irlanda e Reino Unido.
Além disso, a própria retomada das atividadesvaidebet logotiporitmo maior que o esperado elevou substancialmente o consumovaidebet logotipogás natural no continente durante o verão, sem que a oferta se recuperasse na mesma velocidade.
O cenário acendeu um alerta entre as autoridades, ante a iminência da chegada do inverno, quando o consumovaidebet logotipoenergia sazonalmente já cresce.
2. Restriçãovaidebet logotipooferta
Se a demanda por petróleo e derivados cresceuvaidebet logotipoum lado, a oferta não acompanhou.
Uma das razões vem da própria dinâmica da Organização dos Países Produtoresvaidebet logotipoPetróleo (Opep), um cartel que reúne 13 países e concentra cercavaidebet logotipo33% da produção global da commodity (por voltavaidebet logotipo30 milhõesvaidebet logotipobarris por dia).
O grupo muitas vezes limita a produção para evitar quedas substanciais nos preços ou mesmo valorizar a cotação do barril.
Isso aconteceu no ano passado, quando a Opep decidiu cortar a produção por conta da pandemia. As atividades estão sendo normalizadas gradativamente, com a expectativavaidebet logotipoque a oferta seja completamente retomada até dezembrovaidebet logotipo2022.
A demanda, contudo, vem crescendovaidebet logotiporitmo mais rápido.
O salto no preço do barril nos últimos meses tem levado países como os Estados Unidos a pressionar a Opep e seus aliados (que formam, com a organização, a Opep+) a acelerar a retomada. Assim como no Brasil, o preço da gasolina nos EUA deu um saltovaidebet logotipo2021.
3. Dólar alto
A valorização do barrilvaidebet logotipopetróleo tem um duplo efeito para países como o Brasil, que passam por uma profunda desvalorização cambial.
O preço sobe não apenas porque a commodityvaidebet logotiposi custa mais, mas porque o dólar também está mais caro.
Uma sérievaidebet logotipofatores explica porque a moeda americana tem se mantidovaidebet logotipopatamar elevado, acimavaidebet logotipoR$ 5 por dólar. Alguns são externos, como a expectativavaidebet logotipoaumentovaidebet logotipojuros nos Estados Unidos evaidebet logotiporetirada do programavaidebet logotipoestímulos monetários, outros, internos.
"Aí entra muito da crise institucional, a briga entre os poderes", explica Braga.
"E essa imagem muito ruim que o Brasil passa para o mundo inteiro, não apenas na parte política, mas também a visão anti-Ciência [do governo], a política ambiental, com aumento das queimadas,vaidebet logotipoum momentovaidebet logotipoque o mundo está cada vez mais sensível a essas questões. Tudo isso acaba afetando a decisão dos investidores internacionaisvaidebet logotipoapostar no Brasil", avalia.
4. Elevação dos preçosvaidebet logotipobiocombustíveis
Os biocombustíveis que entram na composição da gasolina e do diesel também experimentam forte alta, contribuindo para pressionar o preço final dos combustíveis.
O etanol anidro responde por 27% do litro da gasolina vendida dos postos; já o biodiesel hoje equivale a 10% do diesel que sai das bombas.
O primeiro acumula altavaidebet logotipoquase 60% desde o início do ano, conforme os dados do Cepea/Esalq. O salto é consequência direta dos efeitos climáticos adversos que têm se abatido sobre o país: a faltavaidebet logotipochuvas e as geadasvaidebet logotipojunho e julho reduziram a produção das lavourasvaidebet logotipocana-de-açúcar,vaidebet logotipomatéria-prima.
A soja usada no biodiesel, porvaidebet logotipovez, também está mais cara. Com maior demanda e a oferta também prejudicada pelas estiagens, a cotação da commodity acumula altavaidebet logotipomaisvaidebet logotipo70%.
Papel da Petrobras no mercado
O dólar e a cotação do petróleo vêm tendo mais influência sobre os preçosvaidebet logotipocombustíveis no Brasil desde 2016, quando a Petrobras passou a praticar o Preçovaidebet logotipoParidade Internacional (PPI), que se orienta pelas flutuações do mercado internacional.
A mudançavaidebet logotipopolítica foi uma resposta ao controlevaidebet logotipopreços que vigorou na estatal entre 2011 e 2014 como partevaidebet logotipouma estratégia do governo da então presidente Dilma Rousseff (PT) para segurar a inflação.
O caixa da companhia foi duramente afetado. De um lado, arrecadava menos que o potencial;vaidebet logotipooutro, chegava a subsidiar o preço, importando muitas vezes combustível mais caro e vendendo-o mais barato no mercado interno para fazer frente à demanda.
Os desequilíbrios levaram a empresa a elevar seu nívelvaidebet logotipoendividamento, comprometendo a capacidadevaidebet logotipoinvestimento. Esse também foi um períodovaidebet logotipoque bilhõesvaidebet logotiporecursos foram desviadosvaidebet logotipograndes esquemasvaidebet logotipocorrupção.
Apesarvaidebet logotipoa estatal não ter monopólio sobre o refino no Brasil, a Petrobras ainda é a principal fornecedoravaidebet logotipocombustíveis no país. É donavaidebet logotipo13 das 18 refinariasvaidebet logotipoterritório nacional e concentra 98,6% da capacidade totalvaidebet logotipoprodução, conforme os dados da ANP relativos a 2020. Assim, os preços praticados pela empresa acabam tendo reflexo sobre toda a cadeia.
É uma companhiavaidebet logotipoeconomia mista e com capital aberto, com investidores privados. A União, contudo, é acionista majoritária.
Nos últimos anos, a companhia não apenas mudouvaidebet logotipopolíticavaidebet logotipopreços. Ela também mudou seu foco, hoje mais concentrado na extraçãovaidebet logotipopetróleo do que no refino, pontua a professora da UFF Julia Braga. O chamado "planovaidebet logotipodesinvestimento" da estatal prevê a vendavaidebet logotipo8vaidebet logotiposuas 13 refinarias.
"O pré-sal é um sucesso retumbante, tem um custo baixíssimo, enquanto a parte do refino não tem tanta competitividade. Então prevaleceu essa ideiavaidebet logotipo'desverticalizar' para preservarvaidebet logotipogeraçãovaidebet logotipolucro", afirma a economista.
Uma capacidade menorvaidebet logotiporefino, diz a economista, significa maior dependência das importações, o que deixa a empresa com menor margemvaidebet logotipomanobra para amortecer as flutuações do mercado internacional sobre os preços.
"Agora a gente está vendo que esse outro extremo [em termosvaidebet logotipovisão para a empresa] 'cobra seu preço'. Você perde esse instrumento que poderia ser usado para tentar não repassarvaidebet logotipoimediato toda a volatilidade que se vê nos preços do petróleo", completa.
E o ICMS?
No caso da gasolina, a Petrobras responde por cercavaidebet logotipo34% do preço pago pelos consumidores. A estruturavaidebet logotipoprecificação foi utilizada no fimvaidebet logotiposetembro pelo presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna, como argumento para defender a atual políticavaidebet logotipopreços. Na ocasião, ele afirmou que "tudo o que excede R$ 2" não é responsabilidade da companhia.
Além dos 34% da Petrobras, cercavaidebet logotipo16,5% representam o custo do etanol anidro, 10,7% vão para distribuição e revenda, 11,3% correspondem aos tributos federais PIS/Pasep e Cofins e 27,7% ao ICMS, tributo estadual.
Há meses o ICMS tem sido objetovaidebet logotipoatritos entre o governo federal e os Estados. No fimvaidebet logotipoagosto, Bolsonaro chegou a afirmarvaidebet logotipoentrevista que a alta dos combustíveis se devia à "ganância dos governadores".
Nesse sentido, Braga pondera que as alíquotasvaidebet logotipoICMS praticadas pelos Estados não foram alteradas e, assim, não se pode atribuir o aumento nos preços ao tributo.
O valor nominalvaidebet logotipoICMS pago por litrovaidebet logotipocombustível cresceu porque seu custo, usado como base para o cálculo, está maior.
As alíquotas, contudo, são as mesmas praticadas antes da atual crise: tantovaidebet logotipomaio do ano passado, quando a gasolina custavavaidebet logotipomédia R$ 4,00, quanto neste mêsvaidebet logotiposetembro, com o preço a R$ 6, o percentual cobradovaidebet logotipoSão Paulo, por exemplo, é o mesmo, 25%.
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