Crise e pandemia forçam jovens a buscar trabalho e prejudicam estudos:site de aposta e sports
A crise econômica agravada pela pandemia tem efeitos perversos sobre a juventude. Entre 2020 e 2021, caiu o númerosite de aposta e sportsestudantes que não trabalhavam nem procuravam trabalho. Ao mesmo tempo, cresceu o percentualsite de aposta e sportsalunos que estão procurando emprego. No ensino médio eram 33% no ano passado e,site de aposta e sportsabril deste ano, já são 42%. Entre eles, a maioria (44%) está na rede pública e 29% no ensino privado.
Ao todo, 6 a cada 10 estudantes dizem que estãosite de aposta e sportsbusca do primeiro emprego devido ao impacto da crise econômica na renda familiar, agravada pela pandemia.
Os dados são da pesquisa Juventude e Pandemia, que ouviu 68 mil jovenssite de aposta e sports15 a 29 anos entre março e abril deste ano. Ela foi divulgada nesta quarta-feira (11), no Dia do Estudante, pelo Conselho Nacionalsite de aposta e sportsJuventude (Conjuve),site de aposta e sportsparceria com instituições como Em Movimento, Fundação Roberto Marinho, Mapa Educação, Porvir, Rede Conhecimento Social, Visão Mundial e Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
"O que a gente enxerga são sonhos desconstruídos, sonhos deixadossite de aposta e sportslado, e a manutenção da condição socialsite de aposta e sportstoda uma geração, que terá desafios maiores para crescer", afirma Marcus Brandão, presidente da Conjuve.
Acesso ao ensino superior
A dificuldadesite de aposta e sportsconcluir os estudos, agravada pela antecipação da entrada destes jovens no mercadosite de aposta e sportstrabalho, pode impactar no futuro desta geração.
A pesquisa aponta que 11% dos estudantes matriculados no ensino médio declaram não estar acompanhando as aulas remotas, seja por faltasite de aposta e sportsconectividade, ou por questõessite de aposta e sportstrabalho.
Outro dado que chama a atenção é que 70% dos jovens declaram que não estão conseguindo se preparar como gostariam para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021. A prova é considerada o maior vestibular do país, porque as notas permitem disputar vagassite de aposta e sportsuniversidades públicas pelo Sistemasite de aposta e sportsSeleção Unificada (Sisu), alémsite de aposta e sportsserem aceitassite de aposta e sportsalgumas instituições privadas.
Com isso, 80% dos estudantes dizem ter medo do desempenho na prova;site de aposta e sports2020 eram 63%.
A insegurança levou 50% dos jovens a declararem que estão pensandosite de aposta e sportsdesistir do Enem neste ano. Em 2020, eram 47%.
O cenário revelado pela pesquisa também pode ser percebido nos números oficiais do Enem. Em 2021, o totalsite de aposta e sportsinscritos confirmados foisite de aposta e sports3.109.762, o menor índice desde 2005, quando o exame ainda não tinha o formatosite de aposta e sportsvestibular e contou com a participaçãosite de aposta e sports3.004.491 candidatos.
Na ediçãosite de aposta e sports2020, já tomada pelos efeitos da pandemia, foram 5.783.357 inscritos e o maior registrosite de aposta e sportsabstenção da história: 55% dos candidatos não compareceram às provas.
Trabalho e estudo
A pressão do emprego sobre o estudo também atingiu Rafaela Ribeiro dos Santos,site de aposta e sports18 anos, que morasite de aposta e sportsNatal (RN).
Ela está conciliando a conclusão do ensino médio no Instituto Federal Tecnológico do Rio Grande do Norte (IFRN) com um trabalho na áreasite de aposta e sportstecnologia da informação.
"Sem a pandemia, eu não estaria trabalhando. O plano era me dedicar 100% ao Enem", avalia.
"Agora, o ritmosite de aposta e sportsestudos diminuiu. Saiosite de aposta e sportscasa às 7h30 e chego às 15h30. Aí, é difícil ver a aula, entender o que está passando. O Enem vai ficandosite de aposta e sportslado", revela a jovem.
Se antes Rafaela se dedicava todos os dias aos estudos, incluindo sábado e domingo, agora são dois dias por semana.
"A gente vai perdendo aquela vontadesite de aposta e sportsestudar e correr atrás", admite.
"Dá medo do futuro, do que vai acontecer lá na frente. Tiveram muitos cortes na educação, principalmentesite de aposta e sportsverba para institutos federais, onde estudo. É essa incerteza do futuro,site de aposta e sportsnão saber exatamente como será o dia amanhã, que desanima", afirma.
Custos da educação
A dificuldade atual dos jovenssite de aposta e sportspermanecer estudando afeta sonhos pessoais, e também a economia do país.
"A pandemia tem acirrado desigualdades", avalia Rosalina Soares, assessorasite de aposta e sportspesquisa e avaliação da Fundação Roberto Marinho.
"Em 2020, 27% dos jovens do ensino médico pensavamsite de aposta e sportsabandonar os estudos. Neste ano, já são 36%", destaca. "É um risco grande, não só para a juventude, mas para todo o Brasil sesite de aposta e sportsfato perdemos os jovens que podem deixar as escolas", afirma Rosalina.
A estimativa é que o Brasil poderá perder, ao ano, R$ 220 bilhões com a faltasite de aposta e sportsescolaridade dos jovens. O cálculo é do estudo Consequências da Violação do Direito à Educação, da Fundação Roberto Marinho e do Insper, divulgado neste ano. Ele levasite de aposta e sportsconta a baixa produtividade dos jovens com formação não-qualificada no mercadosite de aposta e sportstrabalho. Ou seja, quanto menos estudo, menor o salário.
"A educação é um meiosite de aposta e sportsmobilidade social importante. Estudos indicam que a cada 100 pontossite de aposta e sportsevolução no Pisa [prova internacionalsite de aposta e sportsavaliação dos estudantes], há um aumentosite de aposta e sportsdois pontos percentuais no PIB [Produto Interno Bruto]. Isso demonstra que a educação tem valor muito grande para o desenvolvimento econômico do país", analisa.
Universidade 'para poucos'
Em meio ao desafio dos jovenssite de aposta e sportsseguirem seus estudos, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, declarousite de aposta e sportsentrevista à TV Brasil nesta segunda-feira (9) que a universidade deveria ser "para poucos".
"Os institutos federais serão a grande vedete no futuro, não tem outro comentário. Você está cansadosite de aposta e sportspegar, com todo respeito que tenho aos motoristas, profissão muito digna, mas tem muito engenheiro, advogado, dirigindo Uber, porque não consegue a colocação devida. Mas, se fosse um técnicosite de aposta e sportsinformática, estaria empregado porque há uma demanda muito grande. Então, o futuro são institutos federais, como é na Alemanha, hoje. A Alemanha dá atenção a..., são poucos os que fazem universidade. A universidade, na verdade, deveria ser para poucos, neste sentidosite de aposta e sportsser útil à sociedade", afirmou Milton Ribeiro, ministro da Educação.
Em entrevista à CNN nesta quarta (11), Ribeiro reafirmou a declaração, destacando que ela se inseresite de aposta e sportsum contextosite de aposta e sportsvalorização da educação técnica.
"Universidade pressupõe pesquisa. Não quero tirar da população brasileira o acesso ao ensino superior. Pelo contrário,site de aposta e sportsoutubro teremos novidades, que gostariasite de aposta e sportsdeixar à mesa, mas quero deixar claro que a declaração foi feita neste contexto", afirmou.
Ribeiro ainda citou que a maioria das vagas do ensino superior estãosite de aposta e sportsinstituições privadas, mas não relacionou o dado à iniciativasite de aposta e sportsampliar o acesso ao ensino superior público. Para o ministro, o foco deve ser a educação básica.
"Ao lado do ensino público brasileiro superior, nós temos a iniciativa privada, que hoje responde por 76% das vagas oferecidas. Creio que a nossa ênfase deveria sersite de aposta e sportspolítica pública para a educação básica. Essa sim, que carecesite de aposta e sportsrecurso, essa sim que carecesite de aposta e sportsatenção maior da sociedade brasileira, e ensino profissionalizante", afirmou.
Alunos buscam acesso
Rafaela, que estudasite de aposta e sportsum instituto federal, comentou que o ensino técnico ainda é muito restrito no país e que a universidade acaba sendo a chancesite de aposta e sportsestudantes melhorarem a formação, além da educação básica.
"Achei um completo absurdo falar que a universidade é para poucos quando, na verdade, é uma porta para muitos que não tiveram acesso ao instituto federal, que ainda tem poucas vagas se comparado ao ensino médio geral. Queria que muitos estudantes tivessem o privilégio que eu tive, mas não é possível. A universidade acaba sendo a portasite de aposta e sportsentrada para uma formação mais qualificada, e cabe aos estudantes decidirem se vão fazer universidade ou não", analisa.
Para Camila, a declaração também não foi animadora. "A universidade já não é para todo mundo. Mas, quando o governo deixa claro isso, só piora a situação porque vão cortar bolsassite de aposta e sportsestudo, auxílio permanência, como já tem ocorrido. É mais uma dificuldade. A sensação que dá é que a gente tem que lidar não só com os concorrentes, mas também com o governo", diz.
Investimentos
Para Rosalina, a saída é pensarsite de aposta e sportspolíticas públicas integradas, que alinhem educação e desenvolvimento.
"A população que estásite de aposta e sportsidadesite de aposta e sportsensino médio está correndo riscosite de aposta e sportsabandonar a escolasite de aposta e sportsfunçãosite de aposta e sportstudo que a gente viveu durante a pandemia, com fechamentosite de aposta e sportsescolas, desafios econômicos, e emocionais. Eles precisam ser enfrentados com políticas sistêmicas, integradas. Não dá para pensar sósite de aposta e sportsprojetosite de aposta e sportseducação, tem que pensarsite de aposta e sportsprojetosite de aposta e sportseducação relacionado à inclusão produtiva, e a projetos que cuidem da saúde física e emocional deste jovem, para que a gente tenhasite de aposta e sportsfato sucesso com as políticas públicas", defende.
Para Marcus Barão, o foco deve ser a volta às aulas presenciais.
"Fomos um dos países que mais demorou para retomar atividades escolares, por conta da pandemia, e a forma como foi conduzida a gestão da crise também trouxe consequências severas para economia e sociedade", avalia.
"O sinal vermelho está aceso há algum tempo, temos que tratar a educação com prioridade e sensosite de aposta e sportsurgência. A prioridade máxima é a volta às aulas aliada a medidas para combater um possível agravamento do quadro social com a evasão e abandono dos estudos", pondera.
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