12 perguntas ainda sem resposta sobre o assassinatobet nacional e confiavelMarielle e Anderson:bet nacional e confiavel

Anderson Gomes e Marielle Franco

Crédito, Arquivo Pessoal/Câmara Municipal do RJ

Legenda da foto, Assassinatobet nacional e confiavelAnderson Gomes e Marielle Franco completa um ano nesta quinta-feira

1. Houve mandante do crime?

Essa é a principal pergunta não respondida até agora, assim como as outras questões ligadas a ela: quem seria esse mandante e qual seriabet nacional e confiavelmotivação. A polícia deixou claro na coletivabet nacional e confiavelterça-feira que não tem respostas a elas porque serão objeto da segunda fase das investigações.

Mas entre as informações dadas na terça-feira há indíciosbet nacional e confiavelque o assassinato da vereadora foi encomendado, como o fato dele ter sido "meticulosamente planejado", depoimentosbet nacional e confiavelsuspeitosbet nacional e confiavelligação com milíciasbet nacional e confiavelque o crime teria custado "R$ 200 mil", e o próprio perfil dos acusados, suspeitosbet nacional e confiavelterem realizados outros homicídios ebet nacional e confiavelenvolvimento com milícias.

2. Havia um terceiro ocupantebet nacional e confiavelum dos carros envolvidos no crime?

Marielle, Anderson e uma assessora da vereadora viajavambet nacional e confiavelum carro pelo bairro do Estácio, quando um Cobalt prata emparelhou com o veículo. Os disparos foram dadosbet nacional e confiaveldentro do Cobalt. A princípio, a polícia afirmou que havia dois ocupantes no carro, que havia aguardado por duas horas a saídabet nacional e confiavelMariellebet nacional e confiavelum evento e depois a perseguiu.

Foi divulgado posteriormente que a análisebet nacional e confiavelimagensbet nacional e confiavelcâmerasbet nacional e confiavelsegurança por meiobet nacional e confiavelum programabet nacional e confiavelcomputador indicou haver três pessoas no interior do Cobalt prata e que isso teria sido difícilbet nacional e confiavelidentificar por conta da película escura usada nos vidros do veículo.

Na terça-feira, no entanto, Giniton Lages, chefe da Delegaciabet nacional e confiavelHomicídios da Capital, responsável pela investigação, disse que a hipótese mais provável ébet nacional e confiavelque apenas Lessa e Queiroz estavam no Cobalt prata usado no crime.

"Análisebet nacional e confiavelimagem é bastante delicado, precisabet nacional e confiavelferramentas. Numa primeira leitura, tínhamos o desenhobet nacional e confiaveltrês pessoas no carro. Em análise mais recente, porém, estamos caminhando para confirmaçãobet nacional e confiavelum motorista e uma pessoa no bancobet nacional e confiaveltrás, sem carona", disse Lages.

Esse aspecto da investigação ainda será aprofundado na próxima fase da investigação,bet nacional e confiavelacordo com o delegado. Porbet nacional e confiavelvez, o MP-RJ diz categoricamente que não havia uma terceira pessoa no veículo.

3. Por que Marielle entrou na mira dos criminosos pouco tempo depoisbet nacional e confiavelassumir o cargobet nacional e confiavelvereadora?

O crime teria sido "meticulosamente planejado" nos três meses anteriores ao crime, segundo o Grupobet nacional e confiavelAtuação Especialbet nacional e confiavelCombate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ). Isso significa que Marielle passou a ser um alvo antes mesmobet nacional e confiavelcompletar um ano como vereadora.

Segundo a denúncia, "é inconteste que Marielle Francisco da Silva foi sumariamente executadabet nacional e confiavelrazão da atuação política na defesa das causas que defendia".

"É surpreendente que a Marielle tenha incomodado tantobet nacional e confiaveltão pouco tempo", disse a deputada estadual Renata Souza (PSOL-RJ) à BBC News Brasil. "Por que logo a Marielle? Qual foi o ponto crítico? O que ela fez especificamente para ser morta?"

Marielle foi a quinta candidata mais votada nas eleições municipaisbet nacional e confiavel2016, com 46.502 votos, embet nacional e confiavelprimeira disputa eleitoral.

Na Câmara, era um dos quatro relatoresbet nacional e confiaveluma comissão criadabet nacional e confiavelfevereiro para monitorar a intervenção federalbet nacional e confiavelsegurança pública no Estado do Rio. Também presidia a Comissãobet nacional e confiavelDefesa da Mulher e havia proposto projetosbet nacional e confiavellei voltados à defesabet nacional e confiaveldireitosbet nacional e confiavelminorias e a assistência social.

Entre eles estavam a criaçãobet nacional e confiavelespaçobet nacional e confiavelacolhidabet nacional e confiavelcrianças durante a noite, enquanto seus pais estudam ou trabalham, uma campanha permanentebet nacional e confiavelconscientização sobre assédio e violência sexual, um estudo periódicobet nacional e confiavelestatísticas sobre mulher atendidas por serviços públicos da cidade, a ofertabet nacional e confiavelassistência técnica gratuitabet nacional e confiavelhabitação para famíliasbet nacional e confiavelbaixa renda e um diabet nacional e confiavelcombate à LGBTfobia.

Em entrevista coletiva na manhãbet nacional e confiavelterça-feira, Lages disse que um dos acusados, Lessa, tem "obsessão por personalidades que militam à esquerda".

Giniton Lages, chefe da Delegaciabet nacional e confiavelHomicídios do Rio,bet nacional e confiavelcoletivabet nacional e confiavelimprensa

Crédito, AFP

Legenda da foto, Segundo o delegado Giniton Lages, um dos acusados, Lessa, tem "obsessão por personalidades que militam à esquerda"

"Numa análise do perfil dele, você percebe ódio e desejobet nacional e confiavelmorte, você percebe alguém capazbet nacional e confiavelresolver diferenças dessa forma (matando)", afirmou o delegado.

Essa interpretação foi corroborada pelo MP-RJbet nacional e confiavelentrevista coletiva na tarde desta terça-feira. A promotora Simone Sibilio, coordenadora do Gaeco, disse que os acusados agiram por "motivo torpe" e que Lessa teria matado a vereadora por "repulsa" abet nacional e confiavelatuação política. Anderson teria sido incluído como alvo para dificultar a solução do crime.

O MP-RJ não exclui, no entanto, que tenha havido outras motivações, nem que o crime tenha sido encomendado por outras razões.

4. Os acusados têm relação com a milícia Escritório do Crime, que atuabet nacional e confiavelRio das Pedras?

Durante a maior parte das investigações, era apurado se o vereador Marcello Siciliano (PHS) e o ex-policial Orlando Oliveirabet nacional e confiavelAraújo, conhecido como Orlandobet nacional e confiavelCuricica, atualmente preso por chefiar uma milícia, foram os mandantes do crime. Os dois sempre negaram ter envolvimento no caso.

Em setembro do ano passado, Orlandobet nacional e confiavelCuricica denunciou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que estaria sendo coagido pela Delegaciabet nacional e confiavelHomicídios do Rio a assumir a autoria do crime.

Na época, segundo o jornal O Globo, ele também afirmou que Marielle e Anderson foram mortos pela milícia Escritório do Crime, que atuabet nacional e confiavelRio das Pedras, na zona oeste da cidade. A execução do crime teria custado R$ 200 mil. Curicica afirmou ainda que, embora soubesse quem havia matado a vereadora, desconhecia a motivação.

Porém, segundo o MP-RJ, não há provas contundentes do envolvimentobet nacional e confiavelLessa com milícias. Mas isso ainda está sendo investigado, porque há indíciosbet nacional e confiavelsua "participaçãobet nacional e confiavelatividade paramilitar", ainda que nãobet nacional e confiavelRio das Pedras, masbet nacional e confiaveloutras áreas da cidade.

O órgão afirma que ele é suspeitobet nacional e confiavelter cometido homicídios ligados à contravenção (jogo do bicho). O mesmo motivo levou à instauração do processo que culminou com a expulsãobet nacional e confiavelQueiroz da PM. De acordo com o MP, os dois são amigos.

À BBC News Brasil, Marinete Silva, mãebet nacional e confiavelMarielle, questionou por que milicianos teriam encomendado a mortebet nacional e confiavelsua filha: "Marielle não atuava nessas áreas. As cobranças que ela fazia erambet nacional e confiavelcimabet nacional e confiavelvárias questões nas quais ela acreditava. Não era direcionada a milícia. As pautas que ela defendia eram as da mulher negra, dos direitos humanos,bet nacional e confiaveldefender o outro".

5. Há algum laço entre os suspeitos e o vereador Marcello Siciliano e o ex-PM Orlandobet nacional e confiavelCuricica, apontados como suspeitosbet nacional e confiaveltramar o crime?

A linhabet nacional e confiavelinvestigação que apurava se Siciliano e Orlandobet nacional e confiavelCuricica seriam os mandantes do crime perdeu força, segundo uma reportagem do Globo, a partirbet nacional e confiavelapurações paralelas realizadas pela Polícia Federal.

Isso ocorreu após uma testemunha, o PM Rodrigo Ferreira, voltar atrás nas declarações que implicavam os dois suspeitos. Segundo o delegado Giniton Lages, esta pessoa pode ser responsabilizada por falso testemunho caso isso seja provado. As autoridades não souberam informar o que teria motivado estas declarações.

No entanto, Lages disse que a hipótese do envolvimentobet nacional e confiavelSiciliano e Curicica não está totalmente descartada, mas não esclareceu se existe algum indício que ligue os dois acusados presos nesta terça àqueles que eram tratados na maior parte do último ano como os principais suspeitos pelo crime.

6. Como as armas e munições usadas no crime foram extraviadas das polícias civil e federal?

A polícia identificou que uma submetralhadora HK MP5,bet nacional e confiavelorigem alemã e calibre 9mm, foi empregada no crime. Trata-sebet nacional e confiaveluma armabet nacional e confiaveluso restrito no Brasil, utilizadas por forças especiais.

Cinco unidadesbet nacional e confiavelsubmetralhadoras deste modelo teriam desaparecido do arsenal da Polícia Civil, algo que foi identificadobet nacional e confiavelum recadastramento feitobet nacional e confiavel2011.

Porbet nacional e confiavelvez, as balas usadas eram do lote UZZ18, vendido à Polícia Federalbet nacional e confiavel2006 e ligado a outros crimes. Raul Jungmann, então ministrobet nacional e confiavelSegurança Pública, disse logo após o assassinatobet nacional e confiavelMarielle e Anderson que a munição foi roubada "anos atrás" na sede dos Correios na Paraíba. Os Correios afirmaram não ter registro disso.

As investigações não revelaram até o momento quem estaria por trás destes desviosbet nacional e confiavelmunição e armas nem como elas teriam chegado aos acusados.

Retratobet nacional e confiavelMarinete Silva, mãebet nacional e confiavelMarielle

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Mãebet nacional e confiavelMarielle, Marinete Silva diz que a vereadora não atuavabet nacional e confiavelquestões relacionadas a milícias

7. De quem são as digitais encontradas nas cápsulas achadas na cena do crime?

Durante as investigações, a polícia encontrou fragmentosbet nacional e confiaveldigitaisbet nacional e confiavelnove cápsulasbet nacional e confiavelmunição achadas na cena do crime. Os fragmentos seriam insuficientes para identificar os autores dos disparos, mas poderiam ser confrontadas com as digitaisbet nacional e confiavelpossíveis suspeitos.

No entanto, nas duas coletivasbet nacional e confiavelimprensa realizadas nesta terça-feira, nada foi divulgado neste sentido.

8. De onde veio o Cobalt prata usado no crime?

A origem do Cobalt prata usado pelos dois acusados ainda é um mistério. O número dabet nacional e confiavelplaca foi clonado, e o veículo registrado sob a numeração foi encontrado na Zona Sul do Rio, estacionado na garagembet nacional e confiaveluma cuidadorabet nacional e confiavelidosos.

De acordo com o MP-RJ, a investigação mostrou que o Cobalt já circulava pelo Riobet nacional e confiavelJaneiro desde 2016 e que ele foi comprado especialmente para a execução do crime.

Imagensbet nacional e confiavelcâmerabet nacional e confiavelsegurança mostraram que o carro estava na Barra da Tijuca horas antes do crime. Sua identificação foi possível por características do veículo, como um "defeito traseiro inconfundível".

Mas ainda não se sabebet nacional e confiavelonde o Cobalt veio nem o percurso que realizou após o assassinato.

365 DIAS DE INVESTIGAÇÃO

A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes (foto) são executados a tirosbet nacional e confiaveltorno das 21h30 no bairro do Estácio, na região central do Rio, após deixarem um evento no local. Uma assessorabet nacional e confiavelMarielle que estava no mesmo carro fica ferida por estilhaços, mas escapa com vida.

Imagens obtidas pela polícia mostram um Cobalt prata com placa clonada paradobet nacional e confiavelfrente ao local do evento. Os três homens no interior do carro aguardaram por duas horas a saída da vereadora.

TV Globo divulga que uma pistola 9mm, calibrebet nacional e confiaveluso restrito no Brasil, foi usada no crime. As balas são do lote UZZ18, vendido à Polícia Federal (PF)bet nacional e confiavel2006 e ligado a outros crimes. Raul Jungmann, então ministrobet nacional e confiavelSegurança Pública, diz que balas foram roubadas "anos atrás" na sede dos Correios na Paraíba. Os Correios dizem não ter registro disso.

O portal G1 apura que cinco das 11 câmeras da Secretariabet nacional e confiavelSegurança no trajeto da vereadora estavam apagadas no momento do crime. O jornal Extra diz que elas foram desligadas entre 24 e 48 horas antes.

Após duas semanasbet nacional e confiavelmanifestações pedindo a solução do crime (na foto, manifestação ocorrida no dia 18 na favela da Maré), o General Richard Nunes, então secretáriobet nacional e confiavelSegurança Pública do Rio, diz à Globonews que assassinato foi "crime político", motivado pela atuaçãobet nacional e confiavelMarielle.

O líder comunitário Carlos Alexandre Pereira Maria, o Cabeça, é morto a tiros na Taquara, na Zona Oeste do Rio. Ele era colaborador do vereador Marcello Siciliano (PHS), posteriormente apontado por uma testemunha como mandante do crime, e teria envolvimento com uma milícia.

Laudo mostra que Marielle morreu com quatro tiros no lado direito da cabeça. Anderson foi atingido nas costas por três balas. Fragmentosbet nacional e confiaveldigitaisbet nacional e confiavelnove cápsulas achadas na cena do crime são insuficientes para identificar os autores dos disparos.

A TV Record apura que a arma usada no crime foi uma submetralhadora HK MP5 usada por forças especiais do Rio. A reconstituição do crime (foto) confirma o uso da arma. A Record diz ainda que o carrobet nacional e confiavelque estavam Marielle e Anderson foi deixado no pátio da delegacia sem cuidados especiais e que seus corpos não passaram por raio-x porque o Estado estaria sem equipamento.

O policial militar Rodrigo Ferreira aponta o vereador Marcello Siciliano (PHS) e o ex-policial Orlando Oliveirabet nacional e confiavelAraújo, o Orlandobet nacional e confiavelCuricica (foto), preso por chefiar a milíciabet nacional e confiavelBoiúna, como mandantes do crime. Ações comunitáriasbet nacional e confiavelMarielle teriam interferidobet nacional e confiavelinteressesbet nacional e confiavelmilicianos. Ambos negam as acusações.

Thiago Bruno Mendonça, o Thiago Macaco, é preso, acusadobet nacional e confiavelmatar Cabeça. Ele foi apontado por uma testemunha como um ex-miliciano ligado a Orlandobet nacional e confiavelCuricica e acusadobet nacional e confiavelser o responsável por clonar a placa do Cobalt prata usado na execuçãobet nacional e confiavelMarielle.

Manifestações continuam marcando aniversários da mortebet nacional e confiavelMarielle e Anderson e pedindo respostas (na foto, manifestaçãobet nacional e confiavel12bet nacional e confiaveljulho no centro do Rio).

O policial militar reformado Alanbet nacional e confiavelMorais Nogueira, o Cachorro Louco, é preso suspeito sob a acusaçãobet nacional e confiavelparticipar da milíciabet nacional e confiavelOrlandobet nacional e confiavelCuricica. Ele é suspeitobet nacional e confiavelser um dos ocupantes do carro dos atiradores.

A TV Globo apura que os deputados estaduais Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi (fotos), todos do MDB, passam a ser investigados. Os três estão presos, acusadosbet nacional e confiavelterem recebido propinasbet nacional e confiavelempresasbet nacional e confiavelônibus. Eles teriam se envolvido na mortebet nacional e confiavelMarielle como retaliação ao hoje deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), que liderou uma ação para barrar a possebet nacional e confiavelAlbertassi no Tribunalbet nacional e confiavelContas do Riobet nacional e confiavelJaneiro. Eles negam as acusações.

Raul Jungmann sugere que a PF assuma a investigação, mas sugestão é rejeitada pelo Gabinetebet nacional e confiavelIntervenção e pelo MP-RJ. Quatro dias depois, a promotoria estadual volta atrás e aceita a colaboração.

Orlandobet nacional e confiavelCuricica denuncia à PGR que estaria sendo coagido pela Delegaciabet nacional e confiavelHomicídios do Rio a assumir a execução do crime. Segundo o jornal O Globo, ele diz que Marielle e Anderson foram mortos pela milícia Escritório do Crime, que a execução teria custado R$ 200 mil e que, embora saiba quem matou a vereadora, desconhece a motivação dos criminosos.

O MP-RJ diz ter identificado características físicas do atirador e novos locais por onde circulou o carro usado pelos executores. Não são divulgados detalhes.

A Polícia Civil cumpre mandadosbet nacional e confiavelprisãobet nacional e confiavel15 endereços no Rio ebet nacional e confiavelMinas Gerais contra integrantesbet nacional e confiavelmilícias, alguns deles suspeitosbet nacional e confiavelparticipar do crime. É a primeira operaçãobet nacional e confiavelprisão ligada à mortebet nacional e confiavelMarielle e Anderson.

Cinco suspeitos são presos, entre eles o major da PM Ronald Pereira Alves, o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, ambos apontados como chefes da milícia Escritório do Crime, e o tenente reformado Maurício Silva da Costa, que seria chefe da milíciabet nacional e confiavelRio das Pedras. Todos negam envolvimento no crime.

A principal linhabet nacional e confiavelinvestigação,bet nacional e confiavelque Orlandobet nacional e confiavelCuricica e Marcelo Siciliano (foto) seriam os mandantes do crime, perde força após apuração feita por uma força-tarefa da PF, segundo o jornal O Globo. A PF apura possíveis ações para dificultar as investigações.

Polícia civil e promotores do MP-RJ prendem dois suspeitos da mortebet nacional e confiavelMarielle e Anderson. Ronnie Lessa (foto à esq.), policial militar reformado, teria sido o autor dos disparos que mataram a vereadora e o motorista. Élcio Vieirabet nacional e confiavelQueiroz (foto à dir.), ex-policial militar, estaria dirigindo o Cobalt prata.

9. Quem clonou a placa do Cobalt prata e quando?

Em maio do ano passado, Thiago Bruno Mendonça foi preso acusadobet nacional e confiavelmatar o líder comunitário Carlos Alexandre Pereira Maria, o Cabeça. Mendonça era colaboradorbet nacional e confiavelSiciliano e foi apontado por uma testemunha como um ex-miliciano ligado a Orlandobet nacional e confiavelCuricica.

Thiago era suspeitobet nacional e confiavelter envolvimento na execução da vereadora ebet nacional e confiavelseu motorista. Seria o responsável por clonar a placa do Cobalt prata.

Depois,bet nacional e confiaveldezembro, a Polícia Civil cumpriu mandadosbet nacional e confiavelprisãobet nacional e confiavel15 endereços no Rio ebet nacional e confiavelMinas Gerais contra integrantesbet nacional e confiavelmilícias, alguns deles suspeitosbet nacional e confiavelparticipar do crime. Segundo o jornal O Globo, o alvo seria uma quadrilha especializada na clonagembet nacional e confiavelveículos.

Porém, nada foi revelado por autoridades até agora sobre quem teria colaborado com esta fraude.

10. Quem desligou as câmerasbet nacional e confiavelsegurança no trajetobet nacional e confiavelMarielle e Anderson?

Cinco das onze câmeras que ficam no trajeto percorrido pelos assassinosbet nacional e confiavelMarielle e Anderson estavam apagadas naquela noite. Elas teriam sido desligadasbet nacional e confiavel24 a 48 horas antes do crime, segundo apurou o site G1.

Apesarbet nacional e confiavelter sido um dos principais desdobramentos do início da investigação, a Polícia Civil descarta agora que este fato tenha relação com o homicídio.

O delegado Giniton Lages afirmou na terça não haver qualquer prova que indique que agentes públicos teriam desligado os aparelhos propositalmente, para proteger os criminosos.

Retrato do policial militar reformado Ronnie Lessa e do ex-policial militar Elcio Vieirabet nacional e confiavelQueiroz

Crédito, AFP

Legenda da foto, Ronnie Lessa teria feito os disparos contra Marielle e Anderson e Elcio Vieirabet nacional e confiavelQueiroz teria dirigido o veículo usado no crime

11. Houve um desfecho para a segunda linhabet nacional e confiavelinvestigação que apurava o envolvimentobet nacional e confiaveldeputados do MDB?

Em agosto, abriu-se uma nova linhabet nacional e confiavelinvestigação. Três deputados estaduais do MDB, Edson Albertassi, Paulo Melo e Jorge Picciani, passaram a ser investigados,bet nacional e confiavelacordo com a TV Globo

Atualmente presos, acusadosbet nacional e confiavelterem recebido propinasbet nacional e confiavelempresasbet nacional e confiavelônibus, eles teriam se envolvido no crime como uma retaliação ao deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) quando ele ainda atuava como deputado estadual.

Freixo liderou uma ação para impedir a possebet nacional e confiavelAlbertassi como conselheiro do Tribunalbet nacional e confiavelContas do Riobet nacional e confiavelJaneiro, que seria uma forma do trio escapar da investigação do braço da operação Lava Jato no Estado. Eles negam todas as acusações.

Nas coletivasbet nacional e confiavelterça-feira, não foi divulgado se esta apuração deu frutos ou se o triobet nacional e confiavelpolíticos ainda é suspeitobet nacional e confiavelalgum envolvimento no caso.

Em entrevista à BBC News Brasilbet nacional e confiaveljaneiro, Freixo disse ter falado sobre essa possibilidade com autoridades, mas afirmou er estranhando que isso não tenha recebido muita atenção à época.

Questionado na terça-feira sobre o assunto, o deputado afirmou no entanto que "não cabe a ele fazer ilações sobre quem seria o grupo político por trás do assassinato".

"Cabe aos investigadores identificar, e isso não pode demorar mais um ano. A partir do momento que se identifica quem apertou o gatilho, se facilita saber quem mandou matar", declarou.

12. Houve negligência ou tentativabet nacional e confiavelfraude nas investigações?

A pedido da PGR, a Polícia Federal instaurou,bet nacional e confiavelnovembrobet nacional e confiavel2018, uma "investigação da investigação" do caso Marielle. Havia a suspeitabet nacional e confiavelque agentes do Estado estariam atuando para obstruir a elucidação do crime.

Segundo disse à época o então ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, essa segunda apuração foi criada após depoimentos ao Ministério Público Federal darem contabet nacional e confiavelque havia "uma organização criminosa envolvendo agentes públicosbet nacional e confiaveldiversos órgãos, organização criminosa e a contravenção para impedir, para obstruir, para desviar a elucidação dos homicídiosbet nacional e confiavelMarielle e do Anderson Gomes".

O ex-ministro já havia afirmadobet nacional e confiavelagosto que o envolvimentobet nacional e confiavelagentes do Estado ebet nacional e confiavelpolíticos no crime dificultava seu esclarecimento. A investigação da PF seguebet nacional e confiavelsigilo.

Antes,bet nacional e confiavelmaio, uma reportagem da TV Record apontou que o carrobet nacional e confiavelque estavam Marielle e Anderson havia sido deixado no pátio da delegacia sem cuidados especiais para a preservaçãobet nacional e confiavelprovas e que os corpos das vítimas não passaram por raio-x porque o Estado estaria sem equipamento.

Existe ainda outro indício da participação do poder público para acobertar os responsáveis, que ainda não foi confirmado.

Segundo a promotora Simone Sibilo, do Gaeco, a operaçãobet nacional e confiavelterça-feira foi adiantada, porque os investigadores receberam a informaçãobet nacional e confiavelque os acusados teriam sido alertadosbet nacional e confiavelque seriam presos. De acordo com Sibilo, Lessa disse no momento da operação que sabia quando a polícia agiria.

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