Consciência Negra: 'Escravidão é o assunto mais importante da história brasileira', diz Laurentino Gomes após percorrer África para trilogia:estrelabet aviator

Laurentino e um guia local na praiaestrelabet aviatorOuidá, pontoestrelabet aviatorembarqueestrelabet aviatorescravos no Benim, oeste da África

Crédito, Acervo pessoal/Laurentino Gomes

Legenda da foto, Laurentino e um guia local na praiaestrelabet aviatorOuidá, pontoestrelabet aviatorembarqueestrelabet aviatorescravos no Benim, oeste da África

Segundo o escritor, "a participação dos africanos no tráficoestrelabet aviatorescravos se tornou um tema politicamente explosivo no Brasil". Para ele, "o fatoestrelabet aviatorchefes africanos terem participado do tráfico nada tem a ver com a enorme dívida social e real que o Brasil tem com os seus afrodescendentes". "Não se pode culpar os escravos pelaestrelabet aviatorprópria escravidão", falou Gomes.

O tema foi motivoestrelabet aviatorpolêmica durante a campanha presidencialestrelabet aviator2018, devido declaração do então candidato Jair Bolsonaroestrelabet aviatorque os portugueses não entraram na África para capturar escravos.

"Basta ver as estatísticas, onde a nossa população negra aparece como a parcela da sociedade com menos oportunidades e a que mais sofre com a desigualdade social crônica. Precisamos corrigir isso urgentemente, e não podemos nos esconder atrásestrelabet aviatorfalsas e incorretas discussões a respeitoestrelabet aviatorfatos históricos", afirmou o escritor.

Ilustraçãoestrelabet aviatorviolência contra escravos: um açoite a escravo amarradoestrelabet aviatortronco, com nádegas ensanguentadas

Crédito, The New York Public Library Digital Collections

Legenda da foto, 'O fatoestrelabet aviatorchefes africanos terem participado do tráfico na África nada tem a ver com a enorme dívida social e real que o Brasil tem com os seus afrodescendentes', diz Gomes

Para escrever os novos livros, Laurentino Gomes passou seis mesesestrelabet aviator2017 viajando por Angola, Cabo Verde, Moçambique, Senegal, Gana, Benim, Marrocos e África do Sul, além do períodoestrelabet aviatorpesquisas e entrevistasestrelabet aviatorLisboa, capital portuguesa, onde vive há alguns anos.

Nos mesesestrelabet aviatorque viajou pela África, Laurentino admite que descobriu realidades diferentes do que esperava. Para além do futebol e da música, por exemplo, que são idolatrados na maior parte do continente, ele percebeu que o Brasil é um "parente" distante do qual eles queriam estar mais perto.

"Não observei qualquer traçoestrelabet aviatorressentimento ou cobrança relacionados à história da escravidão. Ao contrário: se pudessem, os africanos estariam mais próximos dos brasileiros do que são hoje", conta. Mas também lamenta: "Há ainda muito preconceito no Brasilestrelabet aviatorrelação à África, é uma pena".

A seguir, trechos da entrevista que Laurentino Gomes concedeu à BBC News Brasil sobre a nova trilogia e as viagens pela África:

estrelabet aviator BBC News Brasil - Como a história sobre a escravidão africana para as Américas é contada hoje nos países africanos que você visitou?

estrelabet aviator Laurentino Gomes - Existem algumas distorções parecidas com o estudo e o ensino oficial da escravidão fora da África. Lá estuda-se e discute-se pouco o papel dos próprios africanos no processoestrelabet aviatorescravização, com uma ênfase muito grande no papel dos europeus, dos traficantes e dos compradoresestrelabet aviatorcativos que estavam na América.

Os africanos são apontados nos discursos hegemônicos como vítimas do regime escravista. De fato, pelo menos 12 milhõesestrelabet aviatorprisioneiros africanos foram vítimas do tráfico, porque cruzaram o Oceano Atlântico como escravos a bordo dos navios negreiros.

Mas há ainda uma lacuna que precisa ser preenchida, e que diz respeito ao papel dos chefes africanos aliados aos traficantes europeus e brasileiros, que capturavam pessoas no interior do continente e os vendiam depois no litoral. Esses chefes se enriqueceram muito com isso, tanto é que grande parte da elite africana atual é herdeira desses comerciantesestrelabet aviatorescravos nativos.

estrelabet aviator BBC News Brasil - O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse durante a campanha que os portugueses não entraram na África para capturar escravos. Como o senhor vê essa afirmação?

estrelabet aviator Gomes - A participação dos africanos no tráficoestrelabet aviatorescravos se tornou um tema politicamente explosivo no Brasil. Obviamente, os portugueses entraram, sim, na África. Ocuparam e colonizaram Angola, por exemplo, um território enorme naquela época, para abastecer o tráfico negreiro para as Américas. Mas essa discussão pode ter consequências políticas muito ruins atualmente.

Muita gente afirma que, se os africanos participaram e lucraram com a escravidão, não haveria razão para manter no Brasil um sistemaestrelabet aviatorcotasestrelabet aviatorinclusão dos afrodescendentesestrelabet aviatorescolas, universidades ou postos da administração pública. A chamada "dívida social" brasileiraestrelabet aviatorrelação aos descendentesestrelabet aviatorescravos estaria anulada pelo fatoestrelabet aviatoros africanos serem co-responsáveis pelo regime escravista. Desse modo, não haveria porque indenizá-los ou compensá-los pelos prejuízos sociais e históricos decorrentes disso.

Tudo isso é muito injusto porque, obviamente, não se pode culpar os escravos pela própria escravidão. O fatoestrelabet aviatorchefes africanos terem participado do tráfico nada tem a ver com a enorme dívida social e real que o Brasil tem com os seus afrodescendentes.

Basta ver as estatísticas, onde a nossa população negra aparece como a parcela da sociedade com menos oportunidades e a que mais sofre com a desigualdade social crônica. Precisamos corrigir isso urgentemente e não podemos nos esconder atrásestrelabet aviatorfalsas e incorretas discussões a respeitoestrelabet aviatorfatos históricos.

Alémestrelabet aviatortudo isso, há um enorme equívoco conceitual nesse tipoestrelabet aviatorraciocínio, porque dizer hoje que africanos escravizavam africanos é o que os historiadores chamamestrelabet aviatoranacronismo, ou seja, o uso indevidoestrelabet aviatorvalores e referênciasestrelabet aviatoruma época para julgar ou avaliar personagens ou acontecimentosestrelabet aviatoroutro período histórico.

A noçãoestrelabet aviatoruma identidade pan-africana, que unisse os habitantesestrelabet aviatortodo o continente, ainda não existia nos tempos do tráficoestrelabet aviatorescravos. Ninguém se reconhecia como africano, até porque a África sempre foi um territórioestrelabet aviatorgrande diversidade eestrelabet aviatorriqueza culturais diversas, habitado por uma miríadeestrelabet aviatorpovos, etnias, nações, linhagens e reinos que frequentemente estavam envolvidosestrelabet aviatorguerras e disputas territoriais.

Aceitar, portanto, a ideiaestrelabet aviatoruma identidade continental naquele tempo seria o equivalente a imaginar que, antes da chegadaestrelabet aviatorCabral à Bahia, um índio guarani do sul do Brasil identificasse como irmão pan-americano um índio navajo, dos Estados Unidos, ou um asteca, do México.

estrelabet aviator BBC News Brasil - Como Portugal lida hoje com seu papel centralestrelabet aviatorarticulação desse mercadoestrelabet aviatorescravos do passado?

estrelabet aviator Gomes - Há uma discussão enorme e passional entre os portugueses sobre o passado escravagista.

Tempos atrás, a inauguraçãoestrelabet aviatoruma estátuaestrelabet aviatorhomenagem ao padre Antônio Vieira foi alvoestrelabet aviatorprotestosestrelabet aviatorLisboa. O motivo foi que Vieira é hoje considerado um defensor da escravidão africana.

Obviamente, a história é dinâmica e conceitos que valem hoje certamente não valiam no passado. Seria injusto julgar personagens e acontecimentos do passado com os olhos, os valores e as referênciasestrelabet aviatorhoje. Mas eu acho que há um lado saudável nisso: oestrelabet aviatorchamar a atenção para o problema do legado da escravidão entre nós.

Rua Brasil,estrelabet aviatorAcra, capitalestrelabet aviatorGana. A Rua fica no bairro do Tabons, comunidadeestrelabet aviatordescendentesestrelabet aviatorescravos do Brasil que retornaram para a África

Crédito, Acervo pessoal/Laurentino Gomes

Legenda da foto, Rua Brasil,estrelabet aviatorAcra, capitalestrelabet aviatorGana. A Rua fica no bairro do Tabons, comunidadeestrelabet aviatordescendentesestrelabet aviatorescravos do Brasil que retornaram para a África

estrelabet aviator BBC News Brasil - Como o Brasil é visto hoje nos países africanosestrelabet aviatoronde partiram escravos?

estrelabet aviator Gomes - Em todas as minhas cinco viagens por oito países africanos eu, como brasileiro, me senti sempre muito bem acolhido e bem tratado. Não observei qualquer traçoestrelabet aviatorressentimento ou cobrança relacionados à história da escravidão.

Coisa bem diferente ocorre, por exemplo, com os angolanosestrelabet aviatorrelação aos portugueses, que hoje ainda são apontados como os principais culpados pelos grandes problemas do país.

Isso acontece porque o chamado processoestrelabet aviator"descolonização" ainda é bem recente, já que a guerra contra Portugal pela independência acabou meio século atrás. O climaestrelabet aviatormá vontadeestrelabet aviatorparte a parte é ainda muito grande, masestrelabet aviatorrelação ao Brasil isso não acontece.

Ao contrário: senti que, se dependesse dos africanos, a aproximação seria maior do que a que temos hoje.

estrelabet aviator BBC News Brasil - Muito se fala sobre os impactos da escravidão africana na sociedade brasileira, mas você conseguiu captar esses efeitos nas sociedades atuais da África?

estrelabet aviator Gomes - Existem estudos importantes feitos na África sobre o impacto da escravidão na demografia do continente e também no processoestrelabet aviatordesenvolvimento posterior desses países.

O tráficoestrelabet aviatorescravos drenou uma quantidade inacreditávelestrelabet aviatorrecursos humanos do continente africano e distorceu a economia e as relaçõesestrelabet aviatorpoder nas sociedades afetadas pelo comércioestrelabet aviatorcativos, sem contar o fatoestrelabet aviatorque regiões inteiras do continente foram redesenhadasestrelabet aviatorrazão do tráficoestrelabet aviatorescravos.

As marcas dessa história ainda todas lá, bem presentes.

estrelabet aviator BBC News Brasil - Muitos locais que outrora foram pontos centrais da escravidão hoje são roteiros turísticos, como os portõesestrelabet aviatornão retorno. Como você percebe esse tipoestrelabet aviatorturismo moderno?

estrelabet aviator Gomes - Existem dezenas desses portões nas cidades africanas, que simbolizam antigos portosestrelabet aviatorembarque dos escravos para a América. A mais famosa e fotografada fica na Ilhaestrelabet aviatorGoreia, na Baíaestrelabet aviatorDacar, capital do Senegal. Eles se orgulham com o fatoestrelabet aviatorque diversas celebridades internacionais, incluindo o papa João Paulo 2º, o presidente norte-americano Barack Obama, e o sul-africano Nelson Mandela foram visitá-lo.

Uma das bases dos livros sobre a escravidão é o bancoestrelabet aviatordados Slave Voyages, que cataloga maisestrelabet aviator37 mil viagensestrelabet aviatornavios negreiros ao longoestrelabet aviatortrês séculos e meio e registra um totalestrelabet aviator188 portosestrelabet aviatorpartidaestrelabet aviatorcativos no continente africano.

Diante desses números, acho importante a existência dos portões hoje como pontos turísticos, porque ajudam na reflexão sobre a história da escravidão. O ruim disso, para mim, é que eles são pouco visitados por brasileiros.

estrelabet aviator BBC News Brasil - Quais são as influências do Brasil nos países africanos que você visitou para escrever o novo livro?

estrelabet aviator Gomes - Brasil e África compartilham raízes mais profundas do que se imagina. Fomos a maior sociedade escravagista do hemisfério Ocidental por maisestrelabet aviator300 anos e, além disso, 40%estrelabet aviatortodos os 12 milhõesestrelabet aviatorcativos africanos trazidos para as Américas tiveram como destino nosso país. Por conta desses números expressivos, as marcas brasileiras são bem visíveis hoje no continente africano.

Em Gana e no Benim, por exemplo, encontrei uma numerosa comunidadeestrelabet aviatordescendentesestrelabet aviatorex-escravos que voltaram durante o século 19 e que, nas sociedades atuais, ocupam posições importantes da hierarquia social.

Alguns deles foram ministros, governadores e chegaram até a ser presidentes. Esses ex-escravos retornados deixaram contribuições importantes na arquitetura, nas artes e nos costumesestrelabet aviatordiversos países africanos. Na cidadeestrelabet aviatorPorto Novo, no Benim, há uma mesquita muçulmana com traços arquitetônicos semelhantes às igrejas católicas brasileiras, que foi construída por escravos libertos da Bahia. O ofício deles no Brasil era justamente erguer templos católicos, e eles levaram a técnicaestrelabet aviatorconstrução para a África.

Mas eu vi influência também na enorme audiência que as novelas da Rede Globo têm nos paísesestrelabet aviatorlínguas portuguesa. É tão grande que elas chegam a mudar o sotaque e o modoestrelabet aviatorfalar desses locais.

Mesquita com estilo arquitetônico das igrejas católicas brasileiras construídas por ex-escravos que voltaram ao Benim, no oeste da África

Crédito, Acervo pessoal/Laurentino Gomes

Legenda da foto, Mesquita com estilo arquitetônico das igrejas católicas brasileiras construídas por ex-escravos que voltaram ao Benim, no oeste da África

estrelabet aviator BBC News Brasil - Qual capital da África se parece mais com uma cidade brasileiraestrelabet aviatorhoje?

estrelabet aviator Gomes - Praia, capitalestrelabet aviatorCabo Verde, é uma misturaestrelabet aviatorSalvador e Rioestrelabet aviatorJaneiro, com a presença constante da música da brasileira, especialmente a Bossa Nova, que é muito forte entre os compositores e intérpretes caboverdianos.

Luanda, capitalestrelabet aviatorAngola, lembra muito o Rio, incluindo as muitas favelas que compõem a periferia pobre da cidade. O biotipo da pessoas, o jeitoestrelabet aviatorfalar eestrelabet aviatorse comportar também lembram muito o carioca.

Tive a mesma sensaçãoestrelabet aviatorrelação à Bahia quando fui para Gana, Senegal e Benim,estrelabet aviatoronde, por sinal, vieram muitos cativos africanos para trabalhar nos engenhosestrelabet aviatoraçúcar do Recôncavo Baiano.

No Benim, especialmente, me impressionou a quantidadeestrelabet aviatortemplos e símbolos ligados à prática do candomblé. A culinária desses países também é muito parecida com a nossa: marcada pelo usoestrelabet aviatoringredientes como a pimenta-malagueta, a mandioca, o feijão, o quiabo, o inhame e o milho. Qualquer brasileiro que visitar a África, pelo menos nessas regiões, vai se sentir imediatamenteestrelabet aviatorcasa.

estrelabet aviator BBC News Brasil - Nesses países que visitou, você notou que o Brasil é um destinoestrelabet aviatormigrantes africanos?

estrelabet aviator Gomes - O Brasil ocupa esse lugar sim. A migração para o Brasil ainda é muito forte entre os angolanos, os nigerianos e os cabo verdianos.

Encontrei muitas pessoas que já tinham morado e estudado no Brasil e conheci outras muitas com desejoestrelabet aviatorviver pelo menos algum tempo neste outro lado do Atlântico.

Fiquei bastante surpreso ao ver que os africanos têm muita informação sobre o Brasil, acompanhamestrelabet aviatorperto das notícias a nosso respeito e até se ressentem pelo fatoestrelabet aviatora recíproca não ser a mesma.

Nós, aqui no Brasil, acompanhamos pouco o que acontece na África. O turismo daqui para lá também é muito reduzido. Muitos brasileiros preferem passar férias na Flórida,estrelabet aviatorLos Angeles e Las Vegas, nos Estados Unidos - que não têm nada a ver com a nossa cultura -, do que fazer uma visita, mesmo que rápida e uma só vez na vida, aos países africanosestrelabet aviatorque estão plantadas as nossas raízes mais profundas. Há ainda muito preconceito no Brasilestrelabet aviatorrelação a África, o que é uma pena.

estrelabet aviator BBC News Brasil - Você chegou a presenciar a reação dos africanos às eleições no Brasil?

estrelabet aviator Gomes - Não, mas observei um grande desconfortoestrelabet aviatorrelação ao que estava acontecendo ainda durante o governo Michel Temer.

O Brasil mantém uma política meio esquizofrênicaestrelabet aviatorrelação à África, com surtosestrelabet aviatoraproximação que se alternam com distanciamentos abruptos.

O último desses surtos ocorreu durante os 14 anosestrelabet aviatoradministração petista,estrelabet aviatorque o governo brasileiro derramou muito dinheiro nos países africanos para obrasestrelabet aviatorinfraestrutura, usando como duto as empreiteiras que, mais tarde, estariam envolvidas na Operação Lava Jato.

Hoje é só um distanciamento e até uma má vontade dos dois lados: encontrei obras paradas, projetos interrompidos e embaixadas e consulados com dificuldades até para pagar as contas, incluindo o aluguel, como resultado dos cortes do orçamento no Itamaraty. Entre os governos locais, até pouco tempo atrás habituados a conviver com a generosidade do dinheiro do BNDES eestrelabet aviatoroutras linhasestrelabet aviatorfinanciamentos brasileiras, impera agora uma franca revolta contra o governo do presidente Michel Temer, que fechou a torneira quando chegou.

estrelabet aviator BBC News Brasil - O que mais o impressionou nessas viagens a África?

estrelabet aviator Gomes - A presença chinesa que substituiu o vácuo deixado pelo Brasil.

Encontrei projetos chineses espalhados por todos os lugares:estrelabet aviatorCabo Verde, Angola e Moçambique - para citar apenas três dos países africanosestrelabet aviatorlíngua portuguesa que visitei no meu trabalhoestrelabet aviatorreportagens.

São obras gigantescas identificadas com placas, também enormes, escritasestrelabet aviatormandarim. A agressividade chinesa na África podia ser medida, entre outras providências, pela criação do Fórumestrelabet aviatorMacau, organismoestrelabet aviatorcooperação com as nações lusófonas na África, iniciativa que tem o óbvio propósitoestrelabet aviatorse contrapor à CPLP, a Comunidade dos Paísesestrelabet aviatorLínguas Portuguesa.

O Brasil, embora seja um dos fundadores da CPLP, nunca deu a devida importância à entidade.

estrelabet aviator BBC News Brasil - Como escritorestrelabet aviatorsucesso com a trilogia estrelabet aviator 1808 estrelabet aviator , estrelabet aviator 1822 estrelabet aviator e estrelabet aviator 1889 estrelabet aviator , qual é aestrelabet aviatorexpectativa sobre as reaçõesestrelabet aviatortorno desse novo trabalho?

estrelabet aviator Gomes - Acredito que a escravidão seja o assunto mais importanteestrelabet aviatortoda a história brasileira.

Tudo que já fomos no passado, o que somos hoje e o que seremos no futuro tem a ver com as nossas raízes africanas e a forma como nos relacionamos com elas. Minha trilogia segue a fórmula dos meus livros anteriores, pelo usoestrelabet aviatoruma linguagem simples, fácilestrelabet aviatorentender, capazestrelabet aviatoratrair a atenção mesmoestrelabet aviatorleitores mais jovens e não habituados a estudar o tema. Mas espero dar uma contribuição pessoal para o desafio brasileiroestrelabet aviatorencarar aestrelabet aviatorprópria história escravagista e dela tirar lições que nos ajudem a construir o futuro.

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