Bolsonaro presidente: a matemática que pode alavancar (ou travar) projetos do governo no Congresso:vaidebet jusbrasil
O PSL, partidovaidebet jusbrasilBolsonaro, até então uma sigla nanica, saiu das urnas com a segunda maior bancada da Câmara Federal - elegeu 52 deputados, ficando atrás apenas do PT (56).
O partido, porém, deve receber até 15 deputadosvaidebet jusbrasillegendas menores que não alcançaram o patamar mínimovaidebet jusbrasilvotos para ter direito a fundo partidário, segundo Joice Hasselmann, eleita pelo PSLvaidebet jusbrasilSão Paulo e cotada para liderar a sigla na Câmara.
"Além da bancada pura do PSL, temos apoiovaidebet jusbrasiloutras bancadas que já fecharam conosco, como a evangélica e a ruralista. São maisvaidebet jusbrasil300 parlamentares alinhados com Bolsonaro", afirmou Hasselmann à BBC News Brasil.
O cientista político Murillovaidebet jusbrasilAragão, da consultoria Arko Advice, tem um cálculo um pouco mais conservador que ovaidebet jusbrasilHasselmann. Ele estima que as bancadas formadas por ruralistas, evangélicos e antigos policiais e militares (parte deles eleitos pelo PSL) podem dar maisvaidebet jusbrasil250 votos a Bolsonaro.
"Então, a dificuldade para ter uma maioria simples não deve ser grande. A dificuldade para uma maioria constitucional é um pouco maior. Isso vai ter que ser negociado caso a caso", acredita.
Na leitura do diretorvaidebet jusbrasildocumentação do Departamento Intersindicalvaidebet jusbrasilAssessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augustovaidebet jusbrasilQueiroz, conhecedorvaidebet jusbrasilCongresso, a oposição mais firme ao governo Bolsonaro partirávaidebet jusbrasilPT, PSB, PDT, PSOL, PCdoB, Rede e PV. Esses partidos elegeram juntos 140 deputados.
Já partidos como MDB, PSDB, Solidariedade, PPS, Novo, Pros, Avante e mais algumas siglas nanicas tendem a ocupar o centro, prevê ele, negociando cada votação. Isso somaria algo entre 100 e 120 deputados.
"Nas pautas econômicas evaidebet jusbrasilprivatização (em que o presidente eleito tem sinalizado para propostas liberais), Bolsonaro não terá problema. O Novo, por exemplo, tende a votar todo com o governo nessas questões, mas nas pautasvaidebet jusbrasilvalores, não", acredita o diretor do Diap.
Os demais partidos, ressalta Queiroz, teriam um alinhamento maior com as propostas conservadoras da nova administração e tendem a lhe dar apoio, como PSL, DEM, PP, PR, PTB, PSD, PRB, entre outros, que representarão cercavaidebet jusbrasilmetade da Câmara.
Se esse cenário se confirmar, haverá uma situação confortável para o governo tentar aprovar pautas conservadoras que não exigem alteração constitucional, como a revisão do Estatuto do Desarmamento e o Escola Sem Partido - proposta que prevê a fixaçãovaidebet jusbrasilcartazes nas salasvaidebet jusbrasilaula com orientações para professores e que é vista por críticos como um formavaidebet jusbrasiltolher a liberdadevaidebet jusbrasilensino.
Já propostas que geram controvérsia na sociedade e exigem alteração da Constituição enfrentarão mais dificuldade para serem aprovadas, avalia o diretor do Diap, como a redução da maioridade penal e a reforma da Previdência.
"Se a reforma (previdenciária) mexer com policial, militares, vai ter resistência na basevaidebet jusbrasilBolsonaro", exemplifica.
Na bancada do PSL, 12 deputados vieram das polícias militar e civil ou das Forças Armadas.
Queiroz ressalta que, por mais que o presidente eleito repudie a composição com partidos baseada no "toma lá da cá" (distribuiçãovaidebet jusbrasilcargos), ele terá que,vaidebet jusbrasilalguma forma, negociar com as siglas. As urnas elegeram deputadosvaidebet jusbrasil30 legendas diferentes, uma fragmentação recorde que dificulta essa missão.
Os próprios aliadosvaidebet jusbrasilBolsonaro sabem disso. À BBC News Brasil, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) reconheceu que não será possível negociar apenas com bancadas conservadoras suprapartidárias.
"O Bolsonaro que dará as coordenadas, mas, no meu entendimento, não temos como descartar a conversa com os partidos políticos. Tem um partido que representa 40 deputados, como é que o governo vai conversar com um deputado? Tem que conversar com o partido que representa os 40 deputados", exemplificou ele.
Fraga também aponta a alta renovação da Câmara (47% dos eleitos são deputadosvaidebet jusbrasilprimeiro mandato) como um empecilho a mais para o andamentovaidebet jusbrasilpautas complexas como a reforma da Previdência. Ele descarta a possibilidadevaidebet jusbrasilo assunto ser votado ainda neste ano.
"Nós não vamos assumir esse ônus para quem está chegando agora ficarvaidebet jusbrasilbonzinho não. (…) Se com os experientes já era difícil andar, imagina com pessoas novas, que seguramente demoram um ou dois anos para entender como a Casa funciona. Vai ter muita dificuldade", reconheceu.
Fraga, que é coronel reformado da Polícia Militar, esteve na semana passada na casavaidebet jusbrasilBolsonaro no Rio com 30 deputados da bancada da segurança pública para reafirmar o apoio do grupo avaidebet jusbrasileleição.
Feliz com o tamanho da caravana mobilizada por Fraga, o então candidato chegou a dizer publicamente que o queria no Palácio do Planalto, auxiliando na articulação política.
O deputado do DEM, que perdeu a disputa pelo governo do Distrito Federal e estará sem mandato no próximo ano, negou à BBC News Brasil que tenha havido algum convite formal.
Rodrigo Maia presidente?
Apesar da ampla renovação, o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tenta se articular para continuar na liderança da Casa.
Segundo a imprensa brasileira, o demista colocará a revisão do Estatuto do Desarmamentovaidebet jusbrasilvotação ainda neste ano como aceno a Bolsonaro. Fraga, que é relator da proposta, nega que haja essa negociação, mas confirma que Maia pautará a matéria jávaidebet jusbrasilnovembro.
Em entrevista ao portal Poder 360, Bolsonaro reconheceu que seu partido pode apoiar um nomevaidebet jusbrasilfora da sigla. Alémvaidebet jusbrasilreconhercer a movimentaçãovaidebet jusbrasilMaia, apontou também como outros interessados no cargo Alceu Moreira (MDB-RS), João Campos (PRB-GO), Fernando Giacobo (PR-PR) e Luciano Bivar, fundador do PSL que abriu a sigla para a candidaturavaidebet jusbrasilBolsonaro ao Planalto.
"Nós temos 52 votos lá dentro, na bancada do PSL. Pelo que tudo indica, a bancada está quase toda fechada: devem apoiar algum deputadovaidebet jusbrasiloutro partido. Não sabemos quem vai ser ainda, pois ainda não fizemos nenhuma reuniãovaidebet jusbrasilbancada", afirmou Bolsonaro.
"Geralmente o presidente não se mete nessa questão, senão ele ganha inimigos eternos lá dentro. O que eu tenho falado para a minha bancada é que eu gostaria que nós não lutássemos pela Presidência da Câmara", complementou Bolsonarovaidebet jusbrasiluma entrevista à TV Record, nesta segunda-feira. O presidente defendeu ainda que os novatosvaidebet jusbrasilseu partido não disputem cargos na Mesa Diretora.
Há ainda outros postulantes ao cargo, como Capitão Augusto (PR-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP) - o primeiro será o próximo coordenador da Frente Parlamentar da Segurança Pública, a bancada da bala, e espera contar com o apoio destes colegas.
Para Queiroz, a estratégiavaidebet jusbrasilapoiar um nome experientevaidebet jusbrasiloutra sigla para presidir a Câmara "é o mais inteligente", pois ampliaria a base do governo. Já Joice Hasselmann repudia a continuidadevaidebet jusbrasilMaia no comando da Casa e defende que ter um presidente do PSL seria mais estratégico para o governo conseguir controlar a pautavaidebet jusbrasilvotação.
"Acho que Maia não prejudica a governabilidade, mas, do pontovaidebet jusbrasilvistavaidebet jusbrasilimagem do governo, uma imagemvaidebet jusbrasilmudança, manter o mesmo rosto na Presidência da Câmara pode prejudicar", acredita a deputada eleita.
Um encontro entre os deputados eleitos pelo PSL deve ocorrer nesta semana, segundo disse à reportagem o deputado Delegado Waldir (PSL-GO), reeleito para seu segundo mandato. A atuação no Congresso será um dos temas do encontro.
Indefinição maior no Senado
No Senado, o PSL chegará com menos força, já que elegeu apenas a nona maior bancada, empatado com o PDT (4 senadores cada).
Senadoresvaidebet jusbrasiloutros partidos, porém, saíram surpreendentemente vitoriosos graças ao apoiovaidebet jusbrasilBolsonaro e devem lhe prestar lealdade, como Jorginho Mello (PR-SC) e Aroldevaidebet jusbrasilOliveira (PSD-RJ).
A oposição mais sólida, formada pelos partidosvaidebet jusbrasilesquerda, também será pequena, com 17 dos 81 senadores. PSDB com 9 e MDB com 12, por outro lado, seguem sendo os maiores partidos na Casa, ainda que tenham reduzido suas bancadas.
Lá, está ainda menos claro quem poderá assumir o comando.
Em geral, o partido com maior bancada, no caso o MDB, é quem leva a presidência. Na legenda, um nome que tem sido ventilado é o da senadora do Mato Grosso do Sul Simone Tebet.
Já o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (MDB) se reelegeu com apoio do PTvaidebet jusbrasilAlagoas, o que reduz suas chancesvaidebet jusbrasilchefiar a Casavaidebet jusbrasilum governo Bolsonaro.
Para Queiroz, do Diap, o hoje deputado Esperidião Amin (PP-SC), que voltará ao Senadovaidebet jusbrasil2019 e já foi governador do seu Estado, tem experiência e alinhamento com o novo presidente que o credenciam para disputar o comando da Casa. Amin declarou apoio a Bolsonaro já no primeiro turno.
vaidebet jusbrasil Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube vaidebet jusbrasil ? Inscreva-se no nosso canal!
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosvaidebet jusbrasilautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticavaidebet jusbrasilusovaidebet jusbrasilcookies e os termosvaidebet jusbrasilprivacidade do Google YouTube antesvaidebet jusbrasilconcordar. Para acessar o conteúdo cliquevaidebet jusbrasil"aceitar e continuar".
Finalvaidebet jusbrasilYouTube post, 1
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosvaidebet jusbrasilautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticavaidebet jusbrasilusovaidebet jusbrasilcookies e os termosvaidebet jusbrasilprivacidade do Google YouTube antesvaidebet jusbrasilconcordar. Para acessar o conteúdo cliquevaidebet jusbrasil"aceitar e continuar".
Finalvaidebet jusbrasilYouTube post, 2
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosvaidebet jusbrasilautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticavaidebet jusbrasilusovaidebet jusbrasilcookies e os termosvaidebet jusbrasilprivacidade do Google YouTube antesvaidebet jusbrasilconcordar. Para acessar o conteúdo cliquevaidebet jusbrasil"aceitar e continuar".
Finalvaidebet jusbrasilYouTube post, 3