Só 2,1% dos alunos carentes no Brasil aprendem o nível aceitávelcreation 22Ciências, diz OCDE:creation 22
A OCDE considera que o desempenho abaixo do nível 2 -creation 22conhecimentos rudimentares e com poucas análises e interpretações - representa dificuldades escolares e também, no futuro, problemas no mercadocreation 22trabalho ecreation 22evolução social.
Com apenas 2,1%creation 22alunos carentes que conseguem atingir pelo menos o nível 3 do Pisa, o resultado do Brasil é um dos piores nesta questão social entre os cercacreation 2270 países do estudo.
O Brasil fica atráscreation 22países como Colômbia, Costa Rica, Geórgia, Romênia e Trinidade e Tobago.
O resultado brasileiro supera apenas o do Peru, Argélia, Indonésia, Jordânia, Kosovo, Líbano, Tunísia e Macedônia.
Em Hong Kong (China), 53,2% dos alunos desfavorecidos atingiram o nível 3 do Pisa. No Japão, o número écreation 2240,6% e, na Finlândia, 39,5%.
Desempenho ruimcreation 22Ciências, Matemática e Leitura
No último PISA, realizadocreation 222015, apenas 2,2% dos estudantes brasileiroscreation 22geral conseguiram atingir os níveis 5 e 6 do teste, com elementos e argumentações mais complexos. E 44,1% ficaram abaixo do nível 2.
O país está entre os últimos na classificação internacional nas três áreas avaliadas (Ciências, Matemática e Leitura).
"No Brasil, o númerocreation 22alunoscreation 22geral que obtém melhores desempenhos no Pisa é baixo", ressalta Pauline Givord, analista da equipe do programa internacional da OCDE, se referindo ao também baixo totalcreation 22estudantes desfavorecidos com nívelcreation 22bons conhecimentos.
Ao mesmo tempo, 11,2% dos alunos carentes no Brasil na faixacreation 2215 anos estão entre os melhores resultadoscreation 22ciências,creation 22nível nacional.
Segundo a OCDE, as desigualdades escolares já são visíveis a partircreation 22dez anoscreation 22idade.
O relatório divulgado nesta terça-feira destaca uma forte relação entre o perfil socioeconômico da escola e os resultados dos alunos.
"Os que frequentam escolas com mais vantagens têm melhores resultados nas provas do Pisa", diz a organização.
Diferença reduzida
O estudo também revela que o Brasil conseguiu reduzir, entre 2006 e 2015, a diferençacreation 22performance entre alunos desfavorecidos e os demais nas provascreation 22Ciências do Pisa. O mesmo ocorreu com a leitura entre 2000 e 2015.
Em 2006, quase 17% da variaçãocreation 22performancecreation 22Ciências dos estudantes brasileiros estava relacionada ao status econômico-social,creation 22acordo com a OCDE.
Em 2015, esse percentual caiu para 12,5%, sem que houvesse, no entanto, queda no desempenho geralcreation 22Ciências, ou seja, que os demais tivessem obtido resultados piores.
Houve até uma leve melhora no resultado geral do Brasil, que passoucreation 22390 pontos na disciplinacreation 222006 para 401 pontoscreation 222015.
No último Pisa, que deu destaque para a áreacreation 22Ciências, os estudantes carentes totalizaram, na média, 368 pontos na disciplina. Os mais favorecidos atingiram 450 pontos.
Para a OCDE, é "fundamental" desenvolver a pré-escola, permitindo acesso cedo à escolarização, principalmente no casocreation 22crianças carentes, "para favorecer a aquisiçãocreation 22aptidões sociais e emocionais indispensáveis na continuidade do percurso escolar".
A organização também recomenda que os governos direcionem recursos focados para os alunos e escolascreation 22áreas desfavorecidas, alémcreation 22reduzir a concentraçãocreation 22estudantescreation 22famíliascreation 22baixa renda nos mesmos estabelecimentoscreation 22ensino.
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