Pesquisa mostra benefícios da dieta mediterrânea mesmo entre aqueles que ‘começaram tarde’:brazino aposta
A pesquisa é partebrazino apostaum projeto iniciadobrazino aposta2005 na regiãobrazino apostaMolise, justamente para estudar os efeitos dos hábitos mediterrâneos na população local, compreendendo fatores como problemas cardiovasculares, cânceres e patologias degenerativas.
No total, 25 mil pessoas foram acompanhadas pelo estudo.
A dieta
Desde 2010 protegida como patrimônio imaterial da humanidade, a dieta mediterrânea consiste no consumobrazino apostaprodutos frescos,brazino apostaacordo com a estação do ano.
É uma alimentação ricabrazino apostavegetais – leguminosas, verduras, frutas – , azeite, cereais não refinados, alémbrazino apostaconsumo moderadobrazino apostavinho e lacticínios. O conceito tem esse nome porque se tratabrazino apostaum hábito comum nas populações tradicionais do sulbrazino apostapaíses como Itália, Grécia, França e Espanha.
Segundo a epidemiologista Marialaura Bonaccio, principal autora da pesquisa, a novidade do levantamento foi focar os resultados na população acimabrazino aposta65 anos.
Ela frisa,brazino apostaconversa com a BBC News Brasil, que antes já se sabia que tal dieta era capazbrazino apostareduzir o riscobrazino apostamortalidade na populaçãobrazino apostageral – o que não se sabia era se o efeito era o mesmobrazino apostaidosos.
"O principal resultado da nossa pesquisa foi ter mostrado que um modelo tradicionalbrazino apostadieta mediterrânea – ricabrazino apostafrutas, legumes, peixes, azeites e cereais, pouca carne e produtos lácteos e consumo moderadobrazino apostavinho com as refeições –, está associada a uma importante redução médiabrazino aposta25% da mortalidade por todas as causas, com benefícios,brazino apostaparticular, para a mortalidade cardiovascular e cerebrovascular, mesmo na população idosa, aquela acimabrazino aposta65 anos", explica.
Além dos 5 mil idosos moradores da regiãobrazino apostaMolise, foram também analisados dadosbrazino apostaindivíduosbrazino apostaoutros países, da mesma faixa etária, totalizando cercabrazino aposta12 mil pessoas – possibilitando, assim que comparações fossem feitas.
A constatação foi semelhante: quanto mais próxima da dieta mediterrânea era o cardápio adotado pelo dia a dia da pessoa, menores eram os riscosbrazino apostamortalidade.
"As conclusões, portanto, derivambrazino apostadois estudos epidemiológicos realizados por nós", relatou à BBC News Brasil a médica Licia Iacoviello, chefe do Laboratóriobrazino apostaBiologia Molecular e Epidemiologia Nutricional do Instituto Neuromed e professora da Universidadebrazino apostaInsubria,brazino apostaVarese.
"No primeiro, a incidênciabrazino apostaeventosbrazino apostamorte durante dez anosbrazino apostaobservação da população do projeto – 5 mil indivíduos com maisbrazino aposta65 anosbrazino apostaidade,brazino aposta900 eventosbrazino apostamorte observados – foi comparada entre aqueles que, no início do estudo, eram aderentes ou não aos ditames da dieta mediterrânea."
"No segundo estudo", prosseguiu Iacoviello, "os resultados acima foram combinados – com metodologia estatística apropriada – com aqueles relatados na literatura científica e derivadosbrazino apostaseis pesquisas semelhantes, sempre realizadosbrazino apostauma população idosa – no caso, perfazendo um totalbrazino aposta11.738 indivíduos e 3.874 eventosbrazino apostamorte. Também nesta análise, percebemos que a adesão à dieta mediterrânea estava associada a um risco reduzidobrazino apostamorte."
Para Iacoviello, o resultado da pesquisa não deixa dúvida: quanto mais se segue a dieta mediterrânea, maior o pesobrazino apostatal hábito na redução do risco do mortalidade.
Alimentos como proteção
As pesquisadoras concordam que há outros fatores que podem exercer papéis importantes na qualidadebrazino apostavida e, consequentemente, na redução das taxasbrazino apostamortalidade.
Entretanto, elas ponderam que os alimentos são fundamentais nesse processo, "conduzindo, portanto, para a conclusãobrazino apostaque há um efeito positivo na dieta mediterrânea".
E, entre vegetais e azeites, há o vinho. "Que deve ser tomado com moderação e junto às refeições", ressalta Bonaccio.
"Nossos dados confirmam o que já foi observadobrazino apostanumerosos estudos epidemiológicos e metabólicos: o consumobrazino apostabebidas alcoólicas, se inseridobrazino apostaum contexto alimentar mediterrâneo, é um fatorbrazino apostaproteção para a nossa saúde."
Para Giovannibrazino apostaGaetano, diretor do Departamentobrazino apostaEpidemiologia e Prevenção do instituto, a pesquisa serve como uma "mensagem importantebrazino apostatermosbrazino apostasaúde pública", considerando o envelhecimento progressivo da população mundial.
"Na Europa, muitobrazino apostabreve, um quarto da população terá maisbrazino aposta65 anos. É preciso estudar e identificar aqueles fatores que podem garantir uma vida longa, com qualidadebrazino apostavida aceitável", afirmou.