Quando a perda do emprego - ou um propósito novo - faz o profissional se reinventar:freebet artinya
Formadofreebet artinyaArtes Plásticas, Marcello Passeri, 51 anos, tem décadasfreebet artinyaexperiênciafreebet artinyaagênciasfreebet artinyapublicidade. Chegou a terfreebet artinyaprópria empresa, com uma boa carteirafreebet artinyaclientes e um retorno financeiro satisfatório.
Mas o avanço da internet mexeu com esse mercado, transformando trabalhos manuaisfreebet artinyadigitais e mudando a configuraçãofreebet artinyavários departamentos dentro das agências.
"A estratégia, o planejamento - tudo mudou. Até agências grandes quebraram ou foram absorvidas", conta. Enfrentando problemasfreebet artinyasociedade e sem capital para bancar a total reinvenção que seria necessária, Marcello quebrou.
Certofreebet artinyaque precisava inventar algo totalmente novo nafreebet artinyavida profissional, ele decidiu arriscar. Por intermédio do irmão arquiteto, acabou sendo contratado como líderfreebet artinyavendasfreebet artinyauma empresafreebet artinyarevestimentos acústicos.
Hoje, acumula a tarefa com a instalação dos produtos da empresa - um trabalho difícil, delicado e especializado que ele domina graças à expertise com trabalhos manuais adquirida ainda na época da carreira publicitária.
"A gente às vezes toma alguns chutes fortes da vida, que nos fazem perceber que precisamos mudar", avalia Marcello.
"O meu primeiro ano nesta atual carreira foi bem difícil. É preciso estar predisposto a mudar e a aprender. Consigo me manter bem e hoje já posso elaborar um planejamento para o próximo ano, mas não tenho toda a segurança do mundo - e acho que nunca terei. O mundo muda rápido demais, vamos ter que viver prestando atenção e nos preparando para o casofreebet artinyaamanhã não existir mais o trabalho que fazemos hoje."
Mentoria
Navegarfreebet artinyaum mundofreebet artinyaeterna mudança pode assustar, mas buscar novos caminhos fica mais fácil quando se tem um bom mentor.
Moradorfreebet artinyaSão Paulo e filhofreebet artinyafranceses, o administrador Philippe Boutaud foi presidentefreebet artinyacompanhiasfreebet artinyagrande porte, mas optou por encerrar afreebet artinyacarreira como executivo aos 50 anos e, após um período como consultorfreebet artinyarecrutamentofreebet artinyaexecutivos, entroufreebet artinyacontato com o mundo das start-ups.
Com 59 anos hoje, Philippe atua como investidor-anjo, ou seja, investindo o próprio patrimôniofreebet artinyastartups e dando mentoria aos projetos.
"No mundo das start-ups vejo pessoas com ideias muito boas, mas que não sabem o que é uma nota fiscal ou um fluxofreebet artinyacaixa. Daí a importância da mentoria. É muito estimulante saber que posso ser útil e produtivo ajudando essas empresas", diz.
Ele, no entanto, não pertence à tribo dos que enxergam um mundo radicalmente diferente batendo à nossa porta. "Já ouvimos que o rádio ia morrer, depois que o cinema ia morrer e por aí vai. Nada disso faz sentido. As empresas nas quais trabalhei, por exemplo, certamente vão permanecer. Mas vão precisar mudar um pouco. Já estão mudando. Vide a colaboração cada vez maior entre elas e as start-ups, junto com a criaçãofreebet artinyacentros ou departamentos internos inteiros voltados à inovação", diz.
História semelhante tem Eduardo Smith,freebet artinyaFlorianópolis. Atualmente investidor-anjo, ele tem 47 anos, é formadofreebet artinyaciências da computação e tem duas décadasfreebet artinyaexperiência como executivofreebet artinyauma empresafreebet artinyacomunicação. Em 2015, sem ver mais possibilidadesfreebet artinyacrescimento por lá, ele se demitiu e se deu um tempo para pensar no que iria fazer depois.
"Não estava no meu radar ser mentor ou investirfreebet artinyastart-ups. Mas uma vez que saí da empresa passei a ter algo que não tinha antes na mesma medida: tempo. E esse tempo me permitiu conversar com bastante gente. Algumas dessas conversas me levaram a ajudar pessoas e a perceber que eu possuía um conhecimento valioso", conta.
Os empreendedores que o procuravam pediam que Eduardo os ajudasse das mais diversas formas: aportando dinheiro, abrindo portas e oferecendo mentoria. Foi então que o ex-executivo decidiu começar a estudar esse mercado mais detalhadamente.
Foram seis mesesfreebet artinyapreparação antesfreebet artinyaEduardo fazer o seu primeiro investimentofreebet artinyauma aceleradora. Passados três anos, ele hoje possui 24 investimentos, sendo um terço deles nos Estados Unidos e dois terços no Brasil.
Diferentes formasfreebet artinyareinvenção
Priscillafreebet artinyaSá, psicóloga e coachfreebet artinyacarreira, diz que analisar com o máximofreebet artinyafrieza possível a natureza das próprias insatisfações é fundamental para que o profissional que estejafreebet artinyacrise na carreira ou tenha acabadofreebet artinyaperder o emprego saiba qual rumo tomar.
Se a decisão for pela ruptura completa, essa mudança radical deve ser considerada não apenas pelas circunstâncias do momento, mas também quando a insatisfação e o desgosto são generalizados.
"Você olha para o seu chefe e para o chefe do seu chefe e percebe que não quer ser como eles, não quer fazer o que eles fazem e levar a vida que eles levam. A pessoa que está nesta situação muitas vezes não tem mais orgulho da carreira ou mesmo dafreebet artinyaprofissão. Ele vai ter que virar outro profissional", explica Priscilla.
Mas mesmo quem está convencido da necessidadefreebet artinyauma ruptura precisa se cercarfreebet artinyamuitos cuidados.
"Existe uma listafreebet artinyao que não se pode fazer nessas horas. A primeira delas é jamais tomar uma decisão motivada por revanchismos. Muitas pessoas saemfreebet artinyauma empresa com raiva da organização, do chefe, do conselho. Esse lugar da mágoa é o piorfreebet artinyaque se pode estar na horafreebet artinyatomar uma decisão. Isso porque a nova realidade que esse profissional quer para afreebet artinyavida vai acabar nascendofreebet artinyaalgo reativo, algo defensivo, e nãofreebet artinyauma ação", aconselha a coach.
"É preciso resolver as próprias mágoas, curar as feridas e fazer o exercíciofreebet artinyapensarfreebet artinyatrês ou cinco coisas boas que se viveu na experiência profissional passada. Sempre há o que se aproveitar, sempre existe aprendizado e nós temos que ser capazesfreebet artinyaenxergar isso."
O outro alerta que Priscilla faz é que não se deve abrir um negócio próprio sem muita reflexão prévia. Ideias como "eu não quero mais ter chefe" são equivocadas e bastante perigosas, diz ela.
"Os seus milharesfreebet artinyachefes, que serão os seus clientes, podem ser tão nefastos quando o seu ex-chefe. Você pode se revelar um chefe implacável com você mesmo, o pior dos chefes quando, por exemplo, não se permite descansarfreebet artinyaum finalfreebet artinyasemana ou tirar um diafreebet artinyafolga", exemplifica.
Logo, essa não pode ser a principal motivação por trásfreebet artinyaum negócio oufreebet artinyaum planofreebet artinyauma nova carreira.
Pensar nos outros
Além disso, é preciso pensar além do próprio umbigo e pesquisar o mercado.
"Muitas vezes, o profissional que é demitido ou se demite por insatisfação entrafreebet artinyauma fase muito autocentrada,freebet artinyaque deseja pensar apenas no seu futuro, seus desejos e suas necessidades. Mas começar um negócio próprio é, por definição, ter que pensar nos outros. Afinal, os produtos ou serviços que serão criados serão criados para os outros, não para nós mesmos", diz.
O networking é outro motivo para se manter fora da concha.
"É preciso achar afreebet artinyaturma. Trocar experiências com pessoas desse novo mercado, frequentar palestras, cursos e assim por diante. O networking é uma poupança que fazemos, uma semente que se lança despretensiosamente e quefreebet artinyaalgum momento do futuro será útil", ensina Priscilla.
E melhor ainda se, no meio dessa nova "turma", o empreendedor se deparar com mentores.
"Existe muita gente por aí disposta a ajudar. Mais do que parece", acredita Priscilla. O caso dos ex-executivos Eduardo e Philippe ilustra isso. "A realização que um mentor tem na horafreebet artinyaauxiliar outras pessoas éfreebet artinyaordem diferente. O topo do sucesso, na verdade, é sair da posiçãofreebet artinyaCEO para a posiçãofreebet artinyasábio. Saber que está deixando um legado é algo muito poderoso para um profissional como esses", afirma.
Um casofreebet artinyatransformação
A advogada curitibana Marília Pedroso Xavier,freebet artinya33 anos, é sóciafreebet artinyaum escritóriofreebet artinyaadvocacia na capital paranaense e professora na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialistafreebet artinyadivórcios, Marília está justamentefreebet artinyaprocessofreebet artinyatransformarfreebet artinyacarreira: ela agora quer se tornar uma comunicadora e palestrante, com o mote "divórcio com dignidade"freebet artinyamente.
Cansadafreebet artinyaver clientes chegarem ao seu escritório sem ter noção dos seus direitos mais básicos ou dos bensfreebet artinyapossefreebet artinyaseus ex-cônjuges, ela decidiu mudar seu focofreebet artinyaatuação, mesmo se considerando bem-sucedida na áreafreebet artinyaque já atua.
Após passar por um processofreebet artinyamentoria, Marília fez um inventáriofreebet artinyatodas as tarefas que possuía emfreebet artinyavida profissional e reavaliou cada um desses itens, para então lapidar as competências que o novo posicionamento profissional exigirá.
"Esse planofreebet artinyaação é crucial. Se a gente não desdobrar o nosso sonhofreebet artinyametasfreebet artinyacurto, médio e longo prazo, ele acaba ficando só na intenção", alerta a advogada. Marília agora tem trabalhado para aprender a ser mais didática e a se comunicarfreebet artinyamaneira eficaz com o público leigofreebet artinyadireito, mas sem que isso empobreça os conteúdos abordados.
Outro ponto importante é assumir publicamente o novo objetivo. "Às vezes as pessoas têm sonhos que não dividem com ninguém, até por vergonha ou medofreebet artinyanão dar certo ou ser mal visto. Esse não é o caminho", opina a advogada.
"Eu inclusive passei a recusar coisas dizendofreebet artinyaforma clara que não podia fazer aquilo porque estava voltada para um novo projeto meu. E aí contava o projeto."
Por último, Marília defende que, quando um profissional está certo da necessidadefreebet artinyauma transformação vigorosa oufreebet artinyauma virada completa na carreira, é preciso fazer as coisasfreebet artinyauma vez só.
"Sempre pensei que mudanças seguras e consistentes precisam se dar aos poucos. Mas na vida sempre vai puxar vocêfreebet artinyavolta para o que você tinha e era. Por isso, para a mudança acontecer, ela precisa ser intensiva", explica.
Intensidade e paixão, aliás, parecem ser ingredientes fundamentaisfreebet artinyatodos os tiposfreebet artinyareinvenção profissional.
A coach Priscillafreebet artinyaSá chama a atenção para a importância desses fatores até nos casosfreebet artinyanegócios que nascem como um simples quebra-galho. "Um plano B, para dar certo, precisa ser levado a cabo como se fosse A. Se você não tem orgulho, se você tem vergonha do que está fazendo, é melhor nem começar. É preciso se apaixonar pela nova identidade profissional. Coisas como se sentir feliz ao mandar fazer os novos cartõesfreebet artinyavisita, coisas ligadas à identidade profissional podem parecer um detalhe, mas não são."
Um exemplofreebet artinyaplano B que virou A vem da administradora e advogada Samantha Salomão, 43, que há seis anos passou a se dedicar à carreirafreebet artinyaorganizadora profissional.
Samantha não se limita a ordenar armários bagunçados, embora adore fazer isso. Ela usa a própria experiência profissional prévia para botar ordem não só nos objetosfreebet artinyapessoas e empresas, mas tambémfreebet artinyatarefas e rotinas. "É uma evolução da funçãofreebet artinyagovernanta", diz.
Foi um serviço que ela passou a oferecer após ampla reflexão.
"Passei tantos anos me preparando, estudando, investindo na minha formação, para então largar tudo e fazer algo diferente? Sempre me questionei muito quanto a isso. Por isso, optei por um meio-termo. Consegui exercer uma outra atividade, mas oferecendo um pacote robusto, que não é barato e só é possível por conta da minha formação e das minhas experiências anteriores", diz ela.
A mudançafreebet artinyacarreira começou a ser gestadafreebet artinya2011, quando Samantha perdeu seu emprego no departamento jurídicofreebet artinyauma empresa e enfrentou perdas difíceis na família.
Sabendo que Samantha passava por um momento financeiro delicado, a nutricionista com quem ela se consultava na época propôs atendê-lafreebet artinyatroca da organização dos 4 mil arquivosfreebet artinyapacientes do seu consultório, transformadosfreebet artinyauma planilha organizada.
Samantha acabou prestando o mesmo serviço para os colegasfreebet artinyaclínica da nutricionista, e desse trabalho foi indicada para outro: a organização completafreebet artinyauma biblioteca.
"Com coisas burocráticas como fichasfreebet artinyapacientes eu já possuía a técnicafreebet artinyaorganização sem saber. Mas no caso da biblioteca, eu tinha apenas o instinto. Precisei estudar, me preparar e aprender a técnica", explica. Hoje, Samantha possui até apresentadoresfreebet artinyaTV entre seus clientes, efreebet artinyaum deles veio a ideiafreebet artinyaque Samantha criasse um perfil profissional no Instagram.
E o que é um perfil no Instagram senão um exemplar virtual e mais rico do bom e velho cartãofreebet artinyavisitas, nova armafreebet artinyaidentidade profissional?