'Exército é o mesmodownload vai de bet1964, mas circunstâncias mudaram', diz comandante sobre pedidosdownload vai de betintervenção militar:download vai de bet
O comandante falou também sobre o emprego - e limitações - das Forças Armadas para conter a escalada da violência urbana. Para ele, que maisdownload vai de betuma vez já criticou o uso delasdownload vai de betações para garantir a manutenção da lei e da ordemdownload vai de betcidades, o Exército nas ruas pode melhorar a sensaçãodownload vai de betsegurança apenasdownload vai de betforma passageira.
E chamou aindadownload vai de bet"alarmistas" os críticos do exercício militar que o Exército fez na Amazônia com a participaçãodownload vai de betrepresentantesdownload vai de bet20 países.
'Comandar o Exército me fortalece'
Villas Bôas,download vai de bet66 anos, completou 50 anosdownload vai de betExército.
Aos 16, entrou na Escoladownload vai de betCadetesdownload vai de betCampinas, paradownload vai de betseguida ingressar na Academia Militar das Agulhas Negras. Aspirante da turmadownload vai de bet1973, acumulou na carreira importantes postosdownload vai de betcomando, como o da Amazônia, e funções mais políticas como adownload vai de betadido-adjunto na Embaixada do Brasil na China e chefe da assessoria parlamentar do Exército.
Foi promovido a generaldownload vai de bet2011 e assumiu o comando do Exércitodownload vai de bet2015. Logo depois, passou usar as redes sociais para se comunicar com dois públicos diferentes: os militares e entusiastas das Forças e também o públicodownload vai de betgeral. Ele próprio é ativo no Twitter, mas admite que não posta diretamente. "Mas sempre defino os temas e o espírito da mensagem."
Villas Bôas se diz frustrado por não poder percorrer as unidades do Exército, mas garante que o exercício da função o ajuda a enfrentar a doença.
"Me fortalece e me anima", diz, complementando, no entanto, "que não quer dar um caráter heroico ao que está acontecendo".
O general afirma não ver razão para ir para a reserva e que desde que assumiu publicamente a doença tem recebido "muitas manifestaçõesdownload vai de betsolidariedade e apoio".
'Linha-dura' na fila da sucessão do Exército
Após o comandante assumir a doença publicamente, as especulações sobredownload vai de betsucessão ganharam corpo.
Há quem acredite que ele esteja resistindo no cargo e enfrentando pressões internas para evitar que nomes mais "linha-dura" e ícones dos "intervencionistas" - como o general Antonio Hamilton Mourão, atual secretáriodownload vai de betEconomia e Finanças do Exército - assumam o comando da Força.
Foi Mourão quem, ao ser questionado sobre intervenção militardownload vai de betuma palestra promovida pela maçonariadownload vai de betBrasíliadownload vai de betsetembro, falou sobre impor uma ação caso a Justiça não aja contra a corrupção.
Mourão, ao lado dos oficiais Juarez Aparecidodownload vai de betPaula Cunha, chefe do Departamentodownload vai de betCiência e Tecnologia do Exército, e Gerson Menandro, da representação brasileira na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), são os mais bem colocados no chamado "Almanaque do Exército".
O termo refere-se a um rankingdownload vai de betposicionamento dos militares dentro da linha hierárquica, com base na colocação que eles obtêm no decorrerdownload vai de betsua formação e carreira. A posição dentro do almanaque, atualizado maisdownload vai de betuma vez por ano a cada ciclodownload vai de betpromoções, define a hierarquia mesmo entre militares no mesmo posto.
Aspirantes da turmadownload vai de bet1975, os três generais cotados para o lugar do atual comandante vão para a reservadownload vai de betmarço do próximo ano.
Segundo Villas Bôas, o Exército tem "como praxe" nomear alguém ainda da ativa.
"Realmente não é uma praxe a escolhadownload vai de betoficiais da reserva para voltar para a Força e assumir o comando. A praxe tem sido sempre no sentidodownload vai de betescolher alguém ainda na ativa porque isso realmente fortalece a coesão", explica.
Mas ele nega estar resistindo no cargo para barrar os colegas.
"Eu diria que especulações nesse sentido estão absolutamente desprovidasdownload vai de betfundamentação. Esses oficiais a que você se referiu, assim como os outros oficiais do Alto Comando do Exército, estão plenamente habilitados a assumir o comando e cumprir um papel tão bom ou melhor que o meu", diz.
O comandante ressalta a proximidade com esses generais. "Eles estão entre os que mais trabalham pela manutenção da coesão e da institucionalidade do Exército."
"Essa preocupação, sinceramente, não está presente", completa.
Perfil para comandar
Villas Bôas também nega ter entre seus nomes preferidos para assumir o comando do Exército o do general Fernando Azevedo e Silva, tido no meio militar como um moderado que desfrutadownload vai de betcrédito com a tropa e, ao mesmo tempo, circula bem no meio político.
"O nome do general Fernando surge naturalmente porque ele é o chefe do Estado Maior do Exército. O chefe do Estado Maior é o principal executivo, aquele que implementa as diretrizes político estratégicas que eu, no caso como comandante, formulo. Ele acaba tendo uma visibilidade maior e até, talvez, uma ligação mais estreita comigo", afirma.
"E ele é perfeitamente habilitado a assumir o comando do Exército, assim como os demais integrantes do Alto Comando. Isso não caracteriza uma preferência", completa.
Questionado sobre o perfildownload vai de betum comandantedownload vai de bettemposdownload vai de betcrise política, turbulência econômica e apelos cada vez mais crescentes por intervenção, Villas Bôas diz não ser possível traçar características ideais.
"Com relação ao perfil ideal para comandante do Exército, não se pode traçar um perfil considerado ideal, já que os estilosdownload vai de betliderança são absolutamente individualizados. Cada pessoa estabelece seu estilodownload vai de betliderançadownload vai de betacordo com as circunstâncias, comdownload vai de betcapacidade, com o ambiente edownload vai de betacordo com os objetivos que ele estabelece. Não há como traçar um perfil para essa função."
Intervenção militar
Questionado sobre os apelos por intervenção militar agregarem complexidade à missãodownload vai de betcomandar o Exército e a tropadownload vai de betmaisdownload vai de bet200 mil homens, Villas Bôas diz que não há nenhuma dificuldade interna e salienta a necessidadedownload vai de betficar longe das disputas político-partidárias.
"O Exército está coeso e absolutamente conscientedownload vai de betque é uma instituiçãodownload vai de betEstado edownload vai de betque não cabe participardownload vai de betuma dinâmicadownload vai de betcaráter político edownload vai de betcaráter partidário", afirma.
Ele próprio cita 1964, anodownload vai de betque os militares assumiram o comando do Brasil, para salientar quão diferentes eram as circunstâncias daquela época se comparadas com o momento atual.
"Sempre vêm lembranças relativas ao períododownload vai de bet1964... O Exército continua o mesmo daquele período, com os mesmos valores, os mesmos princípios, os mesmos objetivos, mas as circunstâncias mudaram muito", diz.
Segundo o comandante, aqueles foram temposdownload vai de betGuerra Fria,download vai de betque até mesmo a coesão do Exército estava ameaçada. "O Exército estava na eminênciadownload vai de betrachar."
Hoje, afirma Villas Bôas, o país tem instituições amadurecidas. "Tanto que a gente vem nessa crise já há algum tempo e as instituições permanecem cada uma cumprindo as suas funções. O Brasil é um país complexo, tem um sistemadownload vai de betpesos e contrapesos que dispensa a sociedadedownload vai de betser tutelada. Então ela própria, a sociedade, tem que encontrar os caminhos para a superação dessa crise."
Solução para o problema da segurança pública
Alémdownload vai de betse posicionar contra a necessidadedownload vai de betintervenção militar para resolver a atual crise, o comandante também tem uma visão críticadownload vai de betrelação ao uso das Forças Armadas para conter a violência urbana.
Apesardownload vai de betconsiderar natural a expectativadownload vai de betver o Exército atuando para garantir segurança pública, Villas Bôas acredita que o problema é mais complexo - e exige muito mais que soldados nas ruas.
"Quero ressaltar que não se pode esperar que o emprego das Forças Armadas, no nosso caso o Exército, vai resolver o problemadownload vai de betsegurança pública. Essa é uma problemática que tem raízes muito profundas e decorredownload vai de betfalência,download vai de betnão funcionamento idealdownload vai de betvários outros setores da atuação governamental ou até mesmodownload vai de betresponsabilidade da sociedade", afirma.
"Aí vem o problema da educação e da disciplina social, das quais a nossa sociedade está carente. Vem o problemadownload vai de betfaltadownload vai de betalternativa para a juventude e algo que lhes dê uma esperança no futuro."
"Faço questãodownload vai de betressaltar que o emprego das Forças Armadas simplesmente não vai resolver a problemáticadownload vai de betsegurança pública. Pode contribuir? Sim para a sensaçãodownload vai de betsegurança da sociedade, mas isso é passageiro."
'Alarmistas' sobre Amazônia
Villas Bôas respondeu às críticas dos que se manifestaram contra um exercício militar inédito, com participaçãodownload vai de bet20 países, incluindo os EUA, na Amazônia.
"Jamais, jamais tomaríamos uma iniciativa que pudesse colocardownload vai de betrisco a nossa, como você disse, soberania na Amazônia. Estamos realizando um exercício multinacional. É um exercíciodownload vai de betcaráter humanitário. Visa nos preparar para fazer face a problemas humanitáriosdownload vai de betáreas remotas com todas as dificuldades logísticasdownload vai de betacesso, por isso foi escolhida a Amazônia", explica.
Segundo o comandante do Exército, a base montada durante a operação, que aconteceu entre os dias 6 e 13download vai de betnovembro, é temporária e será desmobilizada.
"Há pessoas com caráter alarmista dizendo que vai permanecer uma base, e isso é absolutamente inverídico", critica.
Ele diz que o exercício envolveu tropas brasileiras, peruanas e colombianas, alémdownload vai de betobservadoresdownload vai de betoutros 17 países, entre eles os EUA.
"Cada país possui um tipodownload vai de betexpertise que dependem das suas condições geográficas. Há países que têm problemasdownload vai de betterremoto,download vai de betincêndios florestais, outros problemasdownload vai de betinundação... Os EUA estão com a guarda-nacional e aviões que espargem água para o casodownload vai de betincêndios florestais."