Quatro razões para explicar por que apenas 2sport bet android155 delatores da Lava Jato são políticos:sport bet android

Crédito, Agência Senado

Legenda da foto, O ex-senador Delcício do Amaral, que chegou a ser preso no exercício do mandato, foi o primeiro político a assinar delação

Para procuradores, a resistênciasport bet androidpolíticos,sport bet androidespecial os ocupantessport bet androidcargos públicos, está relacionada à expectativasport bet androidimpunidade. "Devido, entre outras razões, ao foro privilegiado, há uma perspectiva menorsport bet androidpunição", afirmou o MPF, por meio da assessoriasport bet androidimprensa.

A BBC Brasil ouviu especialistas, entre eles advogadossport bet androidpolíticos esport bet androidempresas investigados pela Lava Jato que preferiram manter o anonimato, para entender por que políticos ainda são minoria na listasport bet androiddelatores.

Risco menorsport bet androidprisão preventiva

Crédito, Agência Brasil

Legenda da foto, Da prisão, o ex-presidente da Câmara mandou recado dizendo que tem material para 'explodir' o mundo empresarial

O ex-senador Delcídio do Amaral concordousport bet androiddetalhar a participação delesport bet androidesquemassport bet androidcorrupção da Petrobras e outras agências do governo e apontar nomes depoissport bet androidter sido preso, ainda no exercício do mandato,sport bet androidtrocasport bet androidliberdade.

O ex-presidente do PP, Pedro Correa, que já tinha sido condenado pelo mensalão, assinou delação na Lava Jato maissport bet androidum ano depoissport bet androidter sido preso. O acordosport bet androidCorrea, contudo, não foi validadosport bet androidimediato e precisou passar por ajustes. Palocci e Cunha, que ensaiam uma delação, também estão detidos.

Mas a maioria dos políticos alvossport bet androidinquéritos, já denunciados e réussport bet androidações criminais, até o momento, está solta. Para especialistas, estandosport bet androidliberdade ou sob a proteçãosport bet androidforo privilegiado, muitos não veem motivos para negociar a saída da prisãosport bet androidtroca da colaboração com informações.

"As prisões têm sido usadas para pressionar as delações e os políticos foram menos presos até o momento", avalia Cristiano Maronna, presidente do Instituto Brasileirosport bet androidCiências Criminais (IBCCRIM). "Muitos dos delatores estão conseguindo ir para casa e até reduzir as penas ao máximo. É uma opçãosport bet androiddefesa."

Além disso, muitos dos políticos desfrutamsport bet androidforo privilegiado, ou seja, são julgados por instâncias superiores na Justiça que, normalmente, são mais sobrecarregadas e mais lentas que a 13ª Vara da Justiça Federal sob o comandosport bet androidSérgio Morosport bet androidCuritiba. Moro é juiz exclusivo da Lava Jato desde 2014.

Fidelidade ao partido ou a pessoas

Alguns advogados acreditam que o corporativismo pesousport bet androidalgumas decisõessport bet androidnão fazer delações. Mesmo entre os políticos que estão presos, a maioria deles optou por não falar ou eventualmente entregar colegassport bet androidplenário ou partido.

O ex-deputado André Vargas, por exemplo, tenta conquistar o regime semiaberto sem colaborar com as investigações. Ele foi preso e condenado a 14 anossport bet androidprisão pelo desviosport bet androidR$ 1,1 milhãosport bet androidcontratossport bet androidpublicidade na Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde. Mas pleiteia a progressãosport bet androidregimesport bet androidcumprimentosport bet androidpena por ter trabalhado como chefe da faxina e por ter lido 12 livros na prisão.

O ex-ministro José Dirceu também tenta reduzir a pena sem fazer delações. Ele trabalha na biblioteca do presídio e divide a cela com o ex-deputado Luiz Argolo. Nenhum dos dois assinou delação, assim como o ex-tesoureiro do PTJoão Vaccari,que também está preso e rejeitou o acordo.

Crédito, Agência Brasil

Legenda da foto, Aqueles que estão sendo investigados devem tentar se reeleger com o discurso da vitimização, dizem especialistas

Instintosport bet androidpreservação política

Assumir um crime pode representar também a cassação do mandato e levar à inelegibilidadesport bet androidum político.

A maioria, avaliam especialistas, prefere não arriscar a carreira. Aqueles que estão sendo investigados tendem a tentar se reeleger com o discurso da vitimização.

Muitos dos citados,sport bet androidespecial os com foro no Supremo Tribunal Federal, dificilmente serão julgados até as próximas eleições e, por isso, não enfrentariam impedimento legal para concorrer a um cargo público.

Pela Lei da Ficha Limpa, o candidato torna-se inelegível apenas se condenado, por um órgão colegiado, por um dos dez tipossport bet androidcrimes ali previstos - entre eles atos contra a administração pública e fraudes eleitorais.

Negociação está mais difícil

Para fazer acordosport bet androiddelação, um investigado precisa ter informações relevantes e aproveitáveis ao curso da Lava Jato, após três anossport bet androidinvestigação e 155 delações.

Os primeiros que assinaram delação foram o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, e o doleiro Alberto Youseff, que citaram empresas e políticos, alémsport bet androidoutros agentes públicos. A partir deles, a força-tarefa mirousport bet androidempresários que também decidiram colaborar.

Os políticos precisariam, assim, entregar novos esquemas, citar empresassport bet androidoutros conglomerados que não apenas ossport bet androidempreiteiras e incriminar colegas, bem como companheirossport bet androidpartidos.

"A negociação vai ficando cada vez mais difícil. Além disso, políticos parecem ser os principais alvos no mapa da delação. Podem ser vistos como a parte mais poderosa", observa Maronna. Ele, contudo, diz que as negociações não são transparentes e critica os métodos usados até o momento - entre eles, prisão preventiva - para estimular a assinaturasport bet androidacordos.