Maduro, Ortega e Morales: o que explica distanciamentobetesporte entrarLulabetesporte entrarantigos aliados na América Latina:betesporte entrar

Maduro com Lulabetesporte entrarevento oficial

Crédito, Ricardo Stuckert/Presidência da República

Legenda da foto, Em maiobetesporte entrar2023, Maduro foi recebido no Brasil por Lula

De forma cautelosa, Lula estaria se distanciandobetesporte entraralguns antigos parceiros na América Latina.

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Introdução: Quem é Antonio Rüdiger?

Antonio "Toni" Rüdiger (nascido betesporte entrar {k0} 3 betesporte entrar março betesporte entrar 1993 betesporte entrar {k0} Berlim) é um 👄 jogador betesporte entrar futebol alemão e atualmente atua como zagueiro no Real Madrid. Nascido betesporte entrar um pai alemão, Matthias Rüdiger, e 👄 uma mãe da Sierra Leone, Lily, é um jogador betesporte entrar destaque que tem capturado a atenção do mundo do futebol.

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Alémbetesporte entrarMaduro e Ortega, também faria parte desse grupo o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, com quem Lula sempre manteve proximidade.

Mas o que estaria levando Lula a adotar essa estratégiabetesporte entrarseu terceiro mandato?

Analistas e diplomatas ouvidos pela reportagem avaliam que isso seria resultadobetesporte entraruma combinaçãobetesporte entrardois fatores principais.

De um lado, a dinâmica política brasileira teria obrigado o governo e o presidente a recalibrarem a proximidade com estes três países e seus líderes.

Venezuela e Nicarágua, por exemplo, vivem crises políticas prolongadas, e seus presidentes são acusadosbetesporte entraragir como ditadores, não respeitar direitos humanos e perseguir opositores.

De outro lado, a polarização política no Brasil teria aumentado os custos políticos para que Lula mantenha um discurso públicobetesporte entraralinhamentobetesporte entrarrelação ao trio formado por líderesbetesporte entraresquerda e contra os quais pairam,betesporte entrarmaior ou menor grau, alegaçõesbetesporte entrardesrespeito a princípios democráticos.

Maduro: uma relação estremecida

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Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa

Lula assumiu seu terceiro mandato com uma meta clara e públicabetesporte entrarrelação à Venezuela: restabelecer a normalidade das relações entre os dois países e ajudar o país caribenho a retomar o diálogo com o resto do mundobetesporte entrarmeio a severas críticasbetesporte entrarorganismo internacionais e da oposição venezuelana sobre o caráter autoritário do regimebetesporte entrarMaduro.

O petista mandou reabrir a embaixada brasileirabetesporte entrarCaracas, desativada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nomeou uma nova embaixadora e recebeu Madurobetesporte entrarBrasília com honrasbetesporte entrarchefebetesporte entrarEstado durante uma cúpulabetesporte entrarlíderes da América do Sul,betesporte entrarmaio do ano passado.

Na ocasião, foi criticado por afirmar que as alegaçõesbetesporte entrarque o regimebetesporte entrarMaduro é autoritário eram, na verdade, partebetesporte entraruma "narrativa" que deveria ser combatida pelo líder venezuelano.

"Se eu quiser vencer uma batalha, eu preciso construir uma narrativa para destruir o meu potencial inimigo. Você sabe a narrativa que se construiu contra a Venezuela,betesporte entrarantidemocracia e do autoritarismo", disse Lula a jornalistas.

Apesar do tom amistoso entre os doisbetesporte entrarpúblico, nos bastidores o clima no governo brasileiro erabetesporte entrarexpectativabetesporte entrarrelação àquele que era visto como o grande testebetesporte entrarMaduro: as eleições presidenciais neste ano.

Foi assim que, aos poucos, Lula e Maduro começaram a se distanciar, ao menos sob os holofotes.

Em dezembro do ano passado, o governo brasileiro enviou tropas à fronteira com a Venezuela depois que o presidente venezuelano realizou um plebiscito sobre a incorporação da regiãobetesporte entrarEssequibo, hoje controlada pela Guiana, ao território venezuelano.

O movimento foi visto como uma espéciebetesporte entraralerta ante uma possível escaladabetesporte entrartensões então promovida por Maduro.

À época, um diplomata ouvido pela BBC News Brasil afirmou que o governo brasileiro via o assunto como um movimento eleitoreiro, voltado a aglutinar apoio às vésperas da disputa presidencial.

Lula e Nicolás Maduro se cumprimentambetesporte entrarfoto oficial

Crédito, Ricardo Stuckert/Presidência da República

Legenda da foto, Quando recebeu Maduro no Brasil, Lula disse que parte das críticas contra a Venezuela eram uma 'narrativa'

Na ocasião, Lula enviou seu assessor para assuntos internacionais, Celso Amorim, à Venezuela para mediar a crise.

Apesarbetesporte entrarcontrariado com a possibilidadebetesporte entraruma disputa territorial na região, o governo brasileiro não condenou diretamente a postura venezuelana.

A conduta brasileira, no entanto, começou a mudar mais visivelmentebetesporte entrarmarço passado, depois que as autoridades eleitorais da Venezuela impediram a principal líder da oposição no país, Maria Corina Machado, ebetesporte entrarsubstituta, Corina Yoris,betesporte entrardisputarem a eleição.

Lula classificou o impedimento como "grave", e o Itamaraty emitiu uma nota afirmando que o país acompanhava o processo eleitoral com preocupação.

A nota e a declaraçãobetesporte entrarLula foram encaradas como um sinal públicobetesporte entraruma mudança na forma como o governo petista vinha lidando com Maduro.

O governo venezuelano rebateu afirmando que a nota brasileira parecia ter sido escrita pelo "Departamentobetesporte entrarEstado dos Estados Unidos".

Às vésperas da eleição, Lula voltou a se manifestarbetesporte entrartom crítico ao líder venezuelano por seu alerta sobre um possível "banhobetesporte entrarsangue".

"Já falei com o Maduro duas vezes, falei por telefone com o Maduro, e o Maduro sabe que a única chancebetesporte entrara Venezuela voltar à normalidade é ter um processo eleitoral que seja respeitado por todo mundo", disse Lula.

Foi quando Maduro aconselhou o chábetesporte entrarcamomila. Mesmo após Maduro levantar dúvidas sobre o sistema eleitoral brasileiro, Lula decidiu enviar Amorim à Venezuela para acompanhar a eleiçãobetesporte entrar28betesporte entrarjulho.

O resultado das urnas vem sendo contestado desde então. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo governobetesporte entrarMaduro, declarou a vitória do atual presidente.

A oposição, por outro lado, afirma que a vitória foibetesporte entrarEdmundo González, que assumiu a cabeçabetesporte entrarchapa da oposição.

O governo dos Estados Unidos reconheceu a vitória da oposição. China e Rússia, por outro lado, reconheceram a vitóriabetesporte entrarMaduro.

O Brasil, no entanto, preferiu aguardar e pediu, juntamente com Colômbia e México, que as autoridades da Venezuela apresentassem as atasbetesporte entrarvotação para garantir a lisura do pleito. Até agora, no entanto, nada foi apresentado.

Para Carol Pedroso, professorabetesporte entrarRelações Internacionais da Universidade Federalbetesporte entrarSão Paulo (Unifesp), a mudança na posturabetesporte entrarLulabetesporte entrarrelação a Maduro pode ser explicada,betesporte entrarparte, pela polarização política interna no Brasil.

Segundo ela, à medida que a direita se organizou no Brasil e passou a focar na proximidadebetesporte entrarLula com líderes como Hugo Chávez ou Nicolás Maduro, o custo para manter as relações como eram ficou mais caro.

“A polarização política no Brasil é um dos elementos que complicam qualquer posicionamentobetesporte entrarrelação à Venezuela”, explica Pedroso.

"Nos dois primeiros mandatosbetesporte entrarLula, as alianças internacionais dele não eram alvobetesporte entrarcríticas tão pesadas. Agora, o tema é instrumentalizado pela direita brasileira."

A pesquisadora Stephanie Braun, doutorandabetesporte entrarRelações Internacionais pela Universidade do Estado do Riobetesporte entrarJaneiro (Uerj), concorda que "o aumento na polarização política no âmbito doméstico brasileiro, aliada a um incremento na voz da opinião pública sobre temáticas internacionais, acaba pressionando o governo e faz com que as atitudes sejam muito bem pensadas e elaboradas antesbetesporte entrarserem colocadasbetesporte entrarprática".

"A polarização torna maiores os custosbetesporte entrarmanter aliançasbetesporte entraralguns tabuleiros regionais", diz Braun.

Pedroso afirma que as declarações amistosasbetesporte entrarLulabetesporte entrarrelação a Maduro no início do terceiro mandato deram a impressãobetesporte entrarque o petista não teria se dado conta, àquela altura, das reações negativas que isso causaria agorabetesporte entrarcontraste com o que aconteceubetesporte entrarseus dois primeiros governos, quando a polarização política seria a seu ver menos intensa.

"Parece que Lula não dava, no início do seu mandato, tanto valor a esse fato (a polarização) e, muitas vezes, falavabetesporte entrarimproviso e isso gerava muito ruído", afirma Pedroso.

"Algumas declaraçõesbetesporte entrarLula sobre Venezuela impactaram embetesporte entrarpopularidade. Agora, ele parece estar mais atento a isso."

Um exemplobetesporte entrarcomo a polarizaçãobetesporte entrartorno da Venezuela pode ter consequências práticas aconteceu na semana passada.

A Comissão Relações Exteriores do Senado aprovou o convite para que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e Celso Amorim sejam ouvidos sobre a posição do Brasilbetesporte entrarrelação ao regimebetesporte entrarMaduro.

A comissão tem maioria governista, mas também é composta por alguns dos principais opositores do governo Lula, como a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP-MS) e o ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS).

Ortega: esfriamento e quase rompimento

Apesar do caráter público das falasbetesporte entrarLula e Maduro, a tensão nas relações entre os dois países não parece ter chegado ao nível do que aconteceu nas últimas semanas entre o Brasil e a Nicarágua.

No iníciobetesporte entraragosto, a governobetesporte entrarDaniel Ortega expulsou o embaixador brasileiro no país, Breno Dias da Costa.

Um diplomata brasileiro diz à BBC News Brasilbetesporte entrarcaráter reservado que o motivo oficial da expulsão teria sido o fatobetesporte entrarCosta não ter participado da festabetesporte entrarcelebração dos 45 anos da Revolução Sandinista.

Este diplomata, no entanto, afirma que o não comparecimentobetesporte entrarCosta foi determinado pelo Itamaraty e faz parte da políticabetesporte entrardistanciamento que o governo brasileiro já vinha adotandobetesporte entrarrelação à Nicarágua desde 2023.

A ordem, segundo ele, era manter as relaçõesbetesporte entrarníveis mínimos, evitando situações que possam demonstrar o apoio do Brasil ao governo da Nicarágua. Dessa forma, o embaixador era orientado a não participarbetesporte entrareventos públicosbetesporte entrarcaráter político.

Um dos motivos para essa posição foi o recrudescimento do regime contra a oposição e membros da Igreja Católica que se posicionambetesporte entrarforma crítica ao governobetesporte entrarOrtega.

Lula e o presidente Daniel Ortegabetesporte entrarrecepçãobetesporte entrarBrasília

Crédito, Ricardo Stuckert/Presidência da República

Legenda da foto, Lula recebeu Daniel Ortegabetesporte entrarBrasília,betesporte entrar2010

Em junhobetesporte entrar2023, ao se encontrar com o papa Francisco, Lula disse que conversaria com Ortega para interceder pelo bispobetesporte entrarMatagalpa, Rolando José Alvarez, preso pelo governo da Nicarágua.

"Vou tentar ajudar, se puder ajudar. Nem todo mundo é grande para pedir desculpas; a palavra é simples, mas exige grandeza", disse Lula a jornalistas na ocasião.

O bispo Álvarez foi condenado por um tribunal nicaraguense por "desestabilizar o país" e se encontrabetesporte entrarprisão domiciliar. Ortega, porbetesporte entrarvez, chamou a Igreja Católicabetesporte entrar"ditadura perfeita".

O bispo foi soltobetesporte entrarjulhobetesporte entrar2023, após a falabetesporte entrarLula, mas voltou a ser preso dois dias depois.

Ortega também é criticado internacionalmente por se manter no poder desde 2007 por meiobetesporte entrareleições consecutivas, algumas delas contestadas pela oposição, governos estrangeiros, como o dos Estados Unidos, e por entidades internacionais como a União Europeia.

Uma das principais razões para as contestações são as alegaçõesbetesporte entrarque o regimebetesporte entrarOrtega estaria perseguindo seus principais opositores, reduzindo as chancesbetesporte entraruma alternânciabetesporte entrarpoder.

O líder nicaraguense, no entanto, se defende e afirma ser alvobetesporte entrarperseguição políticabetesporte entrarpaíses como os Estados Unidos.

A resposta brasileira à expulsão do seu embaixador foi na mesma moeda. Em 8betesporte entraragosto, o governo Lula anunciou a expulsão da embaixadora da Nicarágua no país. Apesar da expulsão, o Itamaraty informou que o Brasil não rompeu relações diplomáticas com o país.

Esse distanciamento contrasta com a proximidade que Lula e Ortega cultivaram entre o final dos anos 1970 e início dos 1980, quando eram vistos como dois dos principais líderesbetesporte entraresquerda da América Latina.

Enquanto Lula liderou greves durante os últimos anos da ditadura militar no Brasil e participou da fundação do Partido dos Trabalhadores, Ortega foi um dos principais comandantes da guerrilha que derrubou a ditadura da família Somoza na Nicarágua antesbetesporte entrarser eleito presidente.

No poder, Lula foi o primeiro presidente brasileiro a visitar a Nicarágua,betesporte entrar2007, quando Ortega já estava na Presidência.

Em 2010, foi a vezbetesporte entrarOrtega ser recebido por Lula,betesporte entrarBrasília. Na ocasião, Lula chamou o presidente nicaraguensebetesporte entrar"companheiro" e "amigo".

Para Pedroso, a situação política na Nicarágua tornou qualquer tipobetesporte entrarapoio público a Ortega insustentável.

“O regimebetesporte entrarDaniel Ortega já não é mais revolucionário há muito tempo”, afirma Pedroso.

“Hoje, ele persegue os mesmos que fizeram a revolução com ele nos anos 1980. Essa mudança é tão evidente que até parte da esquerda brasileira não quer mais ter vínculo com o que acontece na Nicarágua.”

Para a pesquisadora Stephanie Braun, o Brasil buscava atuar como um mediador entre Ortega e lideranças religiosas a pedido do Vaticano.

Nabetesporte entraravaliação, o prejuízo da trocabetesporte entrarexpulsõesbetesporte entrardiplomatas deverá ser maior para a Nicarágua.

"Nesse caso, prejudicar as relações bilaterais é mais impactante para a Nicarágua do que para o Brasil, dado que o país possui menor presença e impacto econômico no sistema internacional e tal ato reforça seu isolamento internacional."

Evo Morales presenteia Lula com uma roupa típica boliviana

Crédito, Ricardo Stuckert/Presidência da República

Legenda da foto, Evo Morales e Lula se encontraram na posse do petista,betesporte entrarjaneirobetesporte entrar2023

Morales e o racha na esquerda boliviana

Lula e o ex-presidente da Bolívia Evo Morales se chamambetesporte entraramigos e participarambetesporte entrardiversas iniciativasbetesporte entrarconjunto durante a primeira década dos anos 2000, quando os dois presidiam seus respectivos países.

Morales chegou, inclusive, a ir à cerimôniabetesporte entrarpossebetesporte entrarLula,betesporte entrar2023, junto com o atual presidente e, agora ex-aliado político, Luis Arce.

É justamente a rusga entre Morales e Arce que vem dando mostrasbetesporte entrarum certo distanciamento entre Lula e o ex-presidente.

Arce foi ministro da economiabetesporte entrarMorales e contou com o apoio do ex-presidente para sucedê-lo,betesporte entrar2020.

Em 2019, Morales renunciou ao seu quarto mandato após semanasbetesporte entrarprotestos contrabetesporte entrarreeleição.

Mas voltou a pleitear um novo mandato apesarbetesporte entrara Justiça boliviana já ter se manifestado pela impossibilidadebetesporte entrarmaisbetesporte entrardois mandatos presidenciais no país.

Os planosbetesporte entrarMorales esbarram no desejobetesporte entrarArcebetesporte entrartentar a reeleição.

Um dos ápices do desentendimento entre os dois aconteceubetesporte entrarjunho deste ano quando militares tentaram invadir a sede do governo boliviano no que Arce classificou como uma tentativabetesporte entrargolpebetesporte entrarEstado.

Morales, porbetesporte entrarvez, chamou o movimentobetesporte entrar"autogolpe" supostamente orquestrado por Arce para melhorarbetesporte entrarpopularidade.

O ex-presidente não apresentou nenhuma evidência para corroborarbetesporte entraracusação.

A posturabetesporte entrarMoralesbetesporte entrarrelação ao evento contrasta com a demonstraçãobetesporte entrarapoio a Arce dada por Lula após a tentativabetesporte entrarinvasão pelos militares.

Logo depois do evento, tanto Lula quanto o Itamaraty se manifestarambetesporte entrarapoio à democracia no país.

Dias depois,betesporte entrarjulho deste ano, Lula visitou a Bolívia, onde se encontrou com Arce e reiterou seu apoio ao governo boliviano, ignorando a posiçãobetesporte entrarMorales sobre o assunto.

"Não podemos tolerar devaneios autoritários e golpismos", disse Lula durante declaração à imprensabetesporte entrarSanta Cruzbetesporte entrarLa Sierra, na Bolívia.

"Temos a enorme responsabilidadebetesporte entrardefender a democracia contra as tentativasbetesporte entrarretrocesso. Em todo o mundo, a desunião das forças democráticas só tem servido à extrema direita."

Lula voltou da Bolívia sem se encontrar com Morales, embora não tenha descartado conversar com o líder boliviano no futuro.

Para Braun, a posiçãobetesporte entrarLula sobre Morales e Arce é delicada: “O Brasil tem buscado atuar como mediador nas disputas internas entre Evo e Arce”.

Essa postura, segundo ela, visa manter boas relações com ambos os lados, independentemente do desfecho político das próximas eleições na Bolíviabetesporte entrar2025​.

Lula e presidentes da América do Sul durante cúpula realizadabetesporte entrarBrasíliabetesporte entrarmaiobetesporte entrar2023

Crédito, Ricardo Stuckert/Presidência da República

Legenda da foto, Lula e presidentesbetesporte entrarpaíses da América do Sulbetesporte entrarreunião promovida pelo governo brasileirobetesporte entrarmaiobetesporte entrar2023

Liderança regional

Braun avalia que, apesar do distanciamento entre Lula e esses três antigos aliados, dois deles ainda no poder, o papelbetesporte entrarliderança regional do Brasil na América Latina não estariabetesporte entrarxeque.

"O Brasil ainda se mantém como o principal líder regional na atualidade", diz a pesquisadora.

"Dependendo do desfechobetesporte entrartais casos, a atuação do Brasil como mediadorbetesporte entrartais imbróglios regionais fortalecerá ainda mais o papelbetesporte entrarliderança regional brasileira."

O diplomata brasileiro ouvido pela BBC News Brasilbetesporte entrarcaráter reservado tem uma interpretação semelhante.

Ele faz referência à carta assinada por 30 ex-presidentes latino-americanosbetesporte entrarque eles pedem que Lula "reafirme" seu compromisso com a democracia na Venezuela.

Segundo ele, o fatobetesporte entrara carta ter sido enviada a Lula mostraria que o Brasil é visto como uma liderança regional capazbetesporte entrarmediar a crise na Venezuela.